Quinta, 14 Março 2024 19:27

 

 

Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, nesta quinta-feira, 14/03, a orientação nacional de construir uma greve no primeiro semestre deste ano. A posição aprovada em assembleia geral da Adufmat-Ssind, de indicativo de greve, será levada para a reunião do Setor das Federais do Sindicato Nacional, marcada para o dia 22/03, quando a categoria deverá chegar a uma data.   

 

Logo na abertura da assembleia, a diretora geral-adjunta, Lélica Lacerda, lembrou que faz exatamente seis anos que assassinaram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Silva, num atentado claro à representação democrática, com todas as suas contradições.

 

Em seguida, teve início o ponto de pauta Informes, com o professor Carlos Emílio, que faz parte da comissão de negociação com a Unimed. Ele se colocou à disposição para responder dúvidas. A empresa deveria ter iniciado a cobrança em agosto, quando termina o prazo da última negociação, mas começou a aplicar em fevereiro.

 

A professora Clarianna Silva, diretora secretária da Adufmat-Ssind, afirmou que a diretoria tem o compromisso de chamar assembleia para debater com maior profundidade a questão da Unimed, e que todos os membros da comissão estão dispostos a trabalhar com dedicação para acabar com os despropósitos da Unimed.   

 

Pelo Andes – Sindicato Nacional, o professor Breno Santos fez informes sobre as últimas atividades, entre elas a aprovação da construção de uma greve unificada da Educação Federal, uma moção contra o genocídio na Palestina e a criação de um novo Grupo de Trabalho do Andes (GT Multicampia e Fronteira).

 

O professor Carlos Sanches disse que gostaria de discutir os 28,86% na assembleia, para repensar ações políticas e jurídicas do sindicato. A diretoria informou que haverá uma reunião sobre a questão na sexta-feira (15/03), às 14h30. O professor destacou que gostaria de debater em assembleia e não em reunião, e também observou que a questão da Unimed é antiga, sugerindo à comissão que pesquise outras instituições que são conveniadas à Unimed, mas têm valores bem menores de mensalidades.

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind também utilizou o espaço para alertar sobre o golpe utilizando dados das assessorias jurídicas do sindicato (anunciado em todos os canais oficiais do sindicato).

 

O professor Aldi Nestor de Souza informou sobre um e-mail enviado pelo sindicato dizendo que alguns docentes aposentados podem ter seu pagamento cortado, em abril, por falta de atualização dos dados na chamada “prova de vida”. Sua intervenção foi no sentido de que a Adufmat-Ssind faça mais do que informar.

 

Pela Diretoria do sindicato, novamente a professora Lélica Lacerda fez informes sobre o Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadores (8 de Março), com ato, debates e sarau nos dias 07 e 08, além do sarau em homenagem à Marielle Franco e Anderson Silva nesta quinta-feira, 14/08, na Casa das Pretas – Cuiabá. A professora falou, ainda, sobre os diálogos sobre a Progressão Funcional nas unidades acadêmicas e a Carta Pública aos candidatos à Reitoria, que será apresentada em breve pela Adufmat-Ssind .

 

A professora Alair Silveira complementou os informes da 42º Congresso do Andes - Sindicato Nacional e saudou os técnicos administrativos, que iniciaram a greve nesta quinta-feira, além dos estudantes da Geografia que também paralisaram esta semana, denunciando a precariedade no transporte da UFMT.

 

Do Araguaia, a professora Ana Paula Sacco, diretora da Adufmat-Ssind, também informou sobre o Congresso, destacando a aprovação da realização de mais um Encontro Nacional da Educação (ENE), a existência do Espaço Infantil durante o evento, entre outros pontos.

 

Conjuntura

 

Durante o ponto de pauta Análise de Conjuntura, as manifestações já começaram a apontar a defesa da construção de uma greve.

 

A professora Luciane Gomes falou do apoio da Adufmat-Ssind na Conferência Nacional de Educação, espaço onde conseguiram contribuir para a discussão nacional em cima das referências do sindicato. Ela citou, ainda, outros momentos de grandes debates, inclusive com a participação da professora Marinalva Oliveira, que partiu recentemente, a quem fez questão de homenagear com um “Marinalva, presente!”. Para a professora, o setor da Educação está mobilizado e fortalecido para avançar nas suas reivindicações.

 

 

Na perspectiva da professora Alair Silveira, o último congresso do Andes-SN teve importantes encaminhamentos, incluindo o posicionamento internacional em defesa da Palestina. Durante a leitura do cenário nacional, explorou a realidade da categoria, sem reajuste há anos e com a sinalização concreta de 0% em 2024. “Não se pode cair na falácia de que o Governo não tem recursos, porque se não tivesse não trataria outras categorias de forma diferenciada (as chamadas exclusivas do Estado). Essas categorias conseguem suas reivindicações sempre pela sinalização da greve”, apontou.

 

O professor Breno Santos afirmou que há diversos motivos para a realização da greve. “Só a declaração dada pelo Rui Costa recentemente, de que só precisa fungar o cangote do servidor público para conseguir alguma coisa seria motivo de greve. Mas a mesa de negociação com o Governo não avança desde o ano passado. Além disso, o Governo deu uma orientação clara para que não haja manifestações para denunciar o golpe de 64. Além disso, se o ministro da Educação, Camilo Santana, que tem agenda toda semana com o setor privado não consegue sentar para negociar com o Andes-SN, o maior sindicato de professores da América Latina, o que a gente faz? É grave”, concluiu.      

 

O diretor geral da Adufmat-Ssind, Maelison Neves, lembrou que estava sendo gestada uma greve em 2020, como enfrentamento às políticas do Governo Bolsonaro, que foi interrompida pela pandemia. Como são vários os motivos e as denúncias, Neves afirmou é necessária uma greve de mobilização e ocupação das ruas.

 

A professora Lélica Lacerda avaliou que, apesar de o Partido dos Trabalhadores (PT) ter um discurso mais progressista e práticas não fascistas, ele está praticando um orçamento financeiro pior do que Bolsonaro, e o cenário continua sendo de arrocho.

 

Na perspectiva do professor Denilton Gaio, as concessões são feitas porque o Governo Lula é de coalisão e, nesse sentido, vai vencer quem demonstrar mais força.

 

O professor José Domingues de Godoi Filho falou que há fascistas dentro da categoria, defendendo a ditadura militar e, por isso, o sindicato precisa realizar atividades para lembrar os tempos nefastos da ditadura que teve início em 1964.

 

Indicativo de Greve

 

A construção de uma greve da categoria ainda no primeiro semestre deste ano foi aprovada no 42º Congresso do Andes – Sindicato Nacional. Por isso, a entidade solicitou às seções sindicais, como a Adufmat-Ssind, que debatam a questão para, novamente em reunião nacional, deliberar efetivamente pela deflagração da greve.    

  

Reunião de setor das Federais que avaliará a posição das bases será no dia 22/03, em Brasília.

 

Diante de todas as avaliações sobre a conjuntura, o professor Maelison Neves defendeu que a assembleia aprovasse o indicativo de greve, isto é, sinalizasse ao Andes-Sindicato Nacional que há disposição da categoria para construir a greve.

 

Neste momento, a servida ténica-administrativa, Leia Oliveira, fez informes sobre a greve dos técnicos, que começou nesta quianta-feira, 14/03, com adesão de 54 universidade federais e 4 institutos federais. Segundo Oliveira, já é considerada umas das maiores greves dos últimos tempos.

 

Em seguida, o professor Breno Santos fez a linha do tempo das tentativas de negociação das reivindicações docentes com o Governo Federal, ressaltando que todo o esforço sempre foi da categoria, nunca do Governo. “Refizemos os cálculos três vezes, escalonamos em três anos, e o Governo não deu resposta, não apresentou nenhuma contra proposta. Nem com relação às pautas não financeiras o Governo avançou, por exemplo o direito à greve, a revogação do Novo Enem, que foi bandeira de campanha do Lula, nem isso ele tem respeitado”, destacou.

 

A professora Ana Paula Sacco lembrou que o Andes-SN apoiou a eleição de Lula para derrotar o fascismo de Bolsonaro. No entanto, agora, é tratada com desrespeito. “A gente precisa mostrar para o Lula que a Educação precisa ser dialogada e ele não está atendendo às nossas demandas. O orçamento fecha em agosto e se a gente não quiser ficar, de fato, com zero de reajuste, a greve precisa ter início neste primeiro semestre. Temos de combater, neste momento, essa estrutura autoritária que foi o bolsonarismo, se não abriremos espaço de novo ciclo desses”, pontuou a docente.

 

O professor Magno Silvestri concordou que a construção da greve, neste primeiro semestre, deve ter força, no entanto destacou que há outros repertórios que podem ser ampliados até chegar na greve, de fato, como os acampamentos indígenas e marchas em Brasília.   

 

Concordando com o professor Silvestri, o professor, também lotado no Araguaia, Gilson da Costa afirmou que é preciso melhorar a comunicação com a sociedade em geral e fez uma reflexão nesse sentido. “No Araguaia, nós fomos afetados pela notícia e as consequências dela no corpo docente. Precisamos comunicar de forma adequada para não sermos achincalhados”, observou.   

 

Concordando que razões para a greve não faltam, os presentes afirmaram, ainda, que a categoria tem o compromisso histórico de defender a Educação pública ao lado do Sinasefe e Fasubra, que já iniciaram o movimento paredista.

    

Após o debate, a mesa iniciou a votação. Foram 38 votos pela deflagração da greve, 10 contrários e nenhuma abstenção, considerando os três campi (Cuiabá, Sinop e Araguaia). O professor José Domingues de Godoi Filho terá a tarefa de levar a decisão da assembleia desta quinta-feira para a reunião de setor do Andes-SN no dia 22/03.

 

A assembleia aprovou, ainda, não indicar uma data, aguardar as discussões da reunião do setor no dia 22/03 em Brasília, mas reforçar a orientação inicial de construção da greve ainda no primeiro semestre deste ano e considerar as movimentações de greve já deflagradas por outras categorias da Educação.    

 

O professor Breno Santos relembrou o informe inicial, de que nos dias 23 e 24/03 haverá também plenária nacional em defesa dos direitos sociais, com a possibilidade de construção de um ato.

 

Os docentes aprovaram também a inclusão, na pauta de reivindicações, da recomposição do orçamento das universidades.

 

Progressão Funcional

 

Neste ponto de pauta, a professora Clarianna Silva  atualizou os presentes sobre o debate, que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) deve colocar em pauta no dia 18/03. O sindicato tem denunciado a postura da Reitoria com relação a essa questão, de apressamento do debate, hostilidade à Adufmat-Ssind - que apresentou sua minuta em novembro do ano passado. Para a Diretoria do sindicato, a grande diferença entre a proposta da entidade e da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) é de fundo: enquanto a CPPD defende uma proposta produtivista, que institui sobretrabalho (ou seja, trabalho extra e não remunerado), a proposta do sindicato tem uma perspectiva classista, encarando a Progressão Funcional como um direito que deve ser naturalmente adquirido a partir do cumprimento das 40h semanais contratuais.

 

O sindicato denuncia que a atribuição de “pontos” para acesso ao direito à Progressão Funcional visa esconder uma carga de trabalho excessiva no registro de atividades no Plano Individual de Atividades (PIA) – esse sim, limitado às 40h contratuais.

    

Clarianna Silva afirmou, ainda, que 25 colegiados e algumas congregações com as quais o sindicato manteve diálogo concordaram em incorporar a minuta do sindicato  na pauta do Consepe no dia 18.

 

Os presentes destacaram, também, a necessidade do retorno presencial nas reuniões do Conselho, e de representação efetiva por parte dos conselheiros, que devem dialogar com as bases que foram eleitos para representarem.

 

“A presidente do Conselho alega que o sindicato não cumpriu o Regimento. Ora, o sindicato enviou sua proposta em novembro de 2023, e ela só apareceu em fevereiro. Nós solicitamos fala mais de uma vez, e ela diz que vai colocar em votação, como determina o Regimento, e não o faz. Ela não considera a Adufmat-Ssind como parte da comunidade acadêmica”, afirmou Silva.

 

Não houve encaminhamento com relação a este ponto de pauta.

 

Os pontos de pauta Formação da Comissão do Baile dos Professores 2024 e Indicação de suplentes para a Comissão de Consulta para a Reitoria da UFMT foram adiados pelo avançado da hora. 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Quinta, 14 Março 2024 18:17

 

 

O Sindicato convida todos os sindicalizados para reunião sobre o Processo dos 28,86% nesta sexta-feira, 15/03, às 14h30, com a presença do advogado responsável pelo caso, Alexandre Pereira.  

A reunião será presencial, no auditório do sindicato, e também virtual. O link deverá ser solicitado ao sindicato apenas por meio dos telefones (65) 99686-8732 ou (65) 9696-9293.   

Quinta, 14 Março 2024 15:11

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Professora e pesquisadora do Departamento de Sociologia e
Ciência Política (SOCIP) e do Programa de Pós-Graduação em
Política Social (PPGPS) da UFMT. Membro do Núcleo de
Pesquisa MERQO/CNPq e do GTPFS/ADUFMAT/ANDES-SN.
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            No dia 07 de março/2024, após mais de 16 horas de apuração, a Comissão Eleitoral apresentou os resultados da consulta informal realizada no dia anterior: os votos válidos totalizaram 6.862, os quais asseguraram à Chapa 1 (1.887 votos) e à Chapa 2 (1.880 votos) a disputa no segundo turno. Registre-se que, embora a Chapa 1 tenha obtido o maior número de votos, o critério paritário (defendido pelas três categorias) garantiu 26,3% à Chapa 1 e 31,5% à Chapa 2.

            Este processo, inequivocamente, devolveu à UFMT a sua história democrática, bruscamente interrompida nas eleições de 2020, quando de costas para sua tradição e pioneirismo, a UFMT não reconheceu a paridade entre as três categorias que compõem a comunidade universitária: estudantes, técnico-administrativos e professores.

            Para ignorar a história, o atual Reitor e muitos conselheiros dos Conselhos Superiores recuperaram Lei Federal n. 9.192, de 1995, que subtraiu da comunidade universitária sua autonomia e, principalmente, a submeteu à hiper representação docente (70%) e a sub-representação discente e de servidores técnicos-administrativos (15% para cada). Neste sentido, as eleições ocorridas no dia 06 de março/2024 representaram uma grande vitória para a comunidade acadêmica da UFMT!

            Iniciado o segundo turno das eleições com a disputa entre as Chapas 1 (Marluce/Silvano) e 2 (Evandro/Márcia), alguns episódios extrapolaram a dinâmica dos embates políticos-eleitorais: 1) O viés absolutamente tendencioso de dois meios-de-comunicação, que sequer tiveram o pudor de alterar o título das respectivas matérias; 2) As narrativas eleitoreiras.

            Como parte do primeiro ponto, há que se destacar a cobertura das eleições por dois meios de comunicação de MT: Gazeta Digital Folhamax, os quais, como uma espécie de “inspiração divina”, resolveram destacar (com idêntico título) a filiação partidária da profa. Marluce Souza em contraposição ao cargo ocupado pelo outro postulante à Reitoria. Ora, certamente, editores e jornalistas têm perfeita ciência quanto à versão dos fatos. E de como tais versões tem poder de impactar. Portanto, a decisão de informar com o destaque ao partido em contraposição ao ‘gestor’ não foi resultado de ingenuidade, ‘inspiração e coincidência divina’, mas, claramente, de articulação política para produzir impactos no processo eleitoral da Universidade.

            Desta maneira, ao invés de repercutir as questões que envolvem as dimensões acadêmicas da UFMT e do que efetivamente está em discussão no debate eleitoral, ambos os meios de comunicação tentaram não apenas intervir no processo eleitoral, mas, lastimavelmente, reduzir a importância do pleito sobre o papel estratégico da Universidade a uma oposição entre uma militante política e um gestor. Lamentável!

            Importa registrar, entretanto, que não é a filiação partidária o problema, afinal, a participação político-partidária é uma importante forma de organização e intervenção social; mas, sim, o uso da filiação partidária de um dos candidatos em comparação ao outro: primeiro, como se as qualidades de um se reduzissem à filiação partidária; segundo, porque o uso de dois pesos e duas medidas, oculta, também, as preferências partidárias do outro.

            Também lamentável tem sido a produção de fakes News e apócrifos, assim como de documentos assinados que, na linha da pós-verdade, criam narrativas que se autonomizam em relação aos fatos, tolerando afirmações a partir de opiniões e impressões pessoais.

            Em alguns casos, o ressentimento parece guiar as narrativas. Efetivamente, o ressentimento sempre se faz presente nos processos eleitorais. O problema é quando este sentimento resulta em afirmações problemáticas, seja porque não encontra correspondência nos fatos, seja porque produz assertivas com peso acusatório intolerável. Desta forma, extrapola o limite entre legítimas (e apaixonadas) preferências pessoais em ambientes democráticos, e acusações generalizadas que ofendem a honra daqueles de quem discorda.

            Este é o caso de postagem recente de um colega do ICHS que, para seu próprio desatento infortúnio, cria uma narrativa acusatória sob um título que se autodenuncia como “modo de criação”.  De acordo com o colega, a UFMT está indo para o fundo do poço, o que pressupõe que a Universidade não enfrenta, cotidianamente, as inúmeras mazelas e arbitrariedades que, volta e meia, o próprio colega reitera nas reuniões da Congregação.

            Mas, não bastassem as contradições recorrentes e descompensadas, o colega – criativamente – descola-se dos fatos para produzir denúncias. Nesta toada, afirma que há quase um ano as Atas das Reuniões não são apresentadas, mesmo que, em várias oportunidades, o conteúdo das Atas tenha sido objeto de discussões acaloradas. Afirma, também, que a Diretora não consegue organizar evento regional, esquecendo que, conforme nossa prática regimental, a professora compõe uma Comissão, na qual representantes de todos os departamentos do ICHS tem igual assento e direito a voz e voto, sendo as decisões sobre o que fazer, como fazer e quando fazer resulta de deliberação da maioria.

            Ainda de acordo com a criativa narrativa, a professora não consegue interpretar (“ou finge não saber”) Editais, opinião que não encontra fundamento em fatos, já que a atual Diretora do ICHS não apenas foi reeleita por discentes (com os quais goza de excelentes relações), por técnicos-administrativos e docentes, mas, também, não seria respeitada em todas as instâncias das quais participou nos seus longos 26 anos de Universidade.

            Porém, imerso no seu ressentimento, o colega ultrapassa a linha da opinião para avançar sobre a honra da professora e daqueles que, como eu, partilham do mesmo compromisso com a Universidade. No afã de intervir no processo eleitoral, neutralizando o movimento crescente e contagiante pela “Universidade que queremos” (Chapa 1), o colega nos (des)qualifica como “milícia acadêmica”. Ou seja, de acordo com o colega, nós que lutamos (estudantes, técnicos e professores) por uma Universidade Pública, de qualidade, socialmente referenciada, democrática e laica somos ‘grupos armados que formam um poder paralelo’. É isso mesmo, colega? Baseado em quais elementos ‘filosóficos’ o colega demonstra nossa ação violenta e paralela? Há que ter responsabilidade para com suas afirmações, professor! Publicamente, solicito que comprove as afirmações que fez.

            Não satisfeito com a irresponsabilidade das afirmações, acusa a Diretora de usar recursos do Instituto para fazer pagamentos ao “próprio filho”. Ora, de quais pagamentos está o senhor falando? Pagamentos de serviços prestados, profissionalmente, com custos mais em conta? Estes pagamentos foram feitos à revelia da aprovação do Colegiado da Congregação? Enfim, como tudo acima citado, cabe a prova àquele que acusa. Apresente-as.

            Por fim, como não poderia deixar de ser, a democracia é reivindicada como baluarte para as opiniões e acusações vazias. Então, em nome da democracia, o colega reclama de “decisões arbitrárias e aleatórias”, que revelam uma diretora que “não aceita oposição e que age autoritariamente”. Entretanto, em todos os momentos em que o colega se manifestou contra encaminhamentos sugeridos pela Direção, o fez tanto através de e-mail para o coletivo da Congregação quanto presencialmente nas reuniões. Mas, se suas posições não foram encampadas pelos demais colegas de Congregação, isto é parte da força da democracia e não da sua vulnerabilidade. Porém, como ensina alguns autores dedicados ao estudo da democracia, antes de tudo é preciso que os democratas respeitem o resultado que advém da vontade da maioria. Sem respeito a este princípio básico, os perdedores nunca assumem que os demais não concordam com eles e, assim, acabam sempre responsabilizando os vencedores pelas suas derrotas políticas. Nesta perspectiva, a acusação de assédio também passou a compor os debates políticos, na medida em que o embate entre ideias/proposições é compreendido como ofensa e desrespeito pessoal.

            Aliás, no mundo das individualidades soberbas, quando não se é o centro do mundo, sempre resta um sentimento de ressentimento. Nem sempre democrático.

 

Quinta, 14 Março 2024 11:35

 

 

Terminou, no dia primeiro de março, o 42º Congresso do Andes-Sindicato Nacional, realizado na capital cearense, Fortaleza. De posse das decisões tomadas por docentes de todo o país no maior espaço de discussão e deliberação da categoria, que vão nortear a luta ao longo deste ano, a delegação indicada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) faz a sua avaliação.

 

Entre “veteranos” e “calouros”, quinze docentes do sindicato participaram das intensas atividades durante os cinco dias de evento, sendo dez delegados e cinco observadores, todos indicados em assembleia. Um consenso, entre os que se manifestaram, é de que, apesar de muito denso, o evento, com todas as suas contradições, é essencial para a organização e avanço da categoria, especialmente pela possibilidade de troca entre docentes que vivenciam situações similares e diferentes em todas as regiões.

 

Este ano, um dos principais encaminhamentos foi a construção de uma greve da categoria, que não consegue avançar nas negociações salariais com o atual Governo, mesmo demonstrando uma defasagem salarial de anos, que pode chegar a 50% em alguns casos.  

 

Parte da delegação da Adufmat-Ssind

 

Para a professora Geruza Vieira, diretora da subseção da Adufmat-Ssind no Araguaia, foram justamente as oportunidades de trocas de experiências que chamaram sua atenção. “Acredito que não seriam possíveis essas experiências, vivências, narrativas e debates apenas em meu lugar e local de trabalho na UFMT Araguaia. Para quem acredita na essência e natureza do nosso sindicato, é imprescindível estar aqui. Imprescindível para aprimorar, obter conhecimento dinamizar nossas ações e reafirmar nossas lutas especialmente nas nossas bases. Particularmente, por tudo que ouvi, me integrei, participei e constatei, foi realmente histórico e emocionante poder representar meu sindicato, como sindicalizada e como integrante da coordenação. Estar neste congresso foi de grande responsabilidade, por tratar de temáticas e assuntos discutidos com uma metodologia democrática, com debates caros, reflexões intensas, estudos aprofundados, que me possibilitaram aprofundar minha leitura sobre a conjuntura atual, seus efeitos sociais e as possibilidades de encaminhamentos para propositivas e mudanças. Um espaço de lutas, de debates e estudos, de trocas inimagináveis, espaço de minha identificação como pessoa e docente sindicalizada. O 42º Congresso do ANDES reafirmou, em mim, perspectivas de lutas que se fortaleceram nestes dias, tornando possível o sentimento de pertencimento e identificação que serão multiplicados e reforçados em nossas bases. Volto para meu campus Araguaia da UFMT mais fortalecida”, afirmou a docente, que participou pela primeira vez do evento.

 

 

A professora Valéria Márcia Queiroz, também diretora da Subseção da Adufmat-Ssind no Araguaia e pela primeira vez no congresso, concorda que participar do evento foi uma experiência renovadora. “Esse foi o meu primeiro congresso. Foi uma experiência renovadora. Me possibilitou conhecer a realidade de muitas universidades brasileiras, umas em condições de trabalho muito melhores que as da UFMT e outras muito mais precarizadas. Além disso, foi muito importante perceber que as nossas bandeiras de luta são muito próximas o que nos fortalece. Por isso me sinto renovada para continuar lutando por uma universidade pública, gratuita e de qualidade, e fortalecida por saber que tem um grupo forte e estruturado, o Andes, nessa mesma luta”, avaliou.

 

Uma das delegadas da Adufmat-Ssind pode participar do evento sabendo que sua filha estava em segurança no Espaço Infantil, política de apoio às mães utilizada pelo Andes-SN desde o 34º Congresso, realizado em 2015 

 

Clarianna Silva, diretora secretária da Adufmat-Ssind, lotada no campus de Sinop, ressalta que o compartilhamento dos acúmulos de aprendizado e o contato com pessoas de todo o país torna possível o desenvolvimento de projetos universitários visando a transformação social. “Experiências como essas nos fazem perceber que ainda temos muito a aprender e a fazer pra construirmos uma sociedade mais justa e igualitária onde a educação seja verdadeiramente para todos”.

 

Já o professor Everton Botan destacou que o evento, apesar de intenso pelas longas horas de trabalho, apresenta uma estratégia de trabalho muito eficiente. “Gostei muito de conhecer como as decisões são tomadas nas plenárias. Percebi, também, que algumas pessoas vivem o sindicato com muita dedicação e envolvimento. Eu certamente não almejo a sindicância como propósito de vida, mas agora entendo que o sindicato se mantém principalmente por causa essas pessoas. Tenho uma crítica sobre nosso papel no evento. Durante os grupos de trabalhos, não pude apresentar nenhuma discussão, pois não tínhamos feito a nossa tarefa de casa. Deveríamos ter discutido e proposto alterações nos TRs [Textos Resoluções] para levar ao Congresso. Sem as discussões nas bases, não pude”, pontuou.

 

 Um dos momentos de maior alegria, para a professora Jane Vignado, foi a abertura do evento, com apresentação de maracatu cearense, do programa de formação cultural continuado Maracatu Solar

A professora Jane Vignado, que também participou pela primeira vez do congresso, apesar dos seus 34 anos de docência, avaliou que as próprias condições da Universidade Federal do Ceará, campus Pici, onde foi o evento, também revelam muito sobre como a educação superior está sendo conduzida no país. “Como observadora, eu me fiz observar para além dos debates realizados no evento. O campus da UFC, onde nós estávamos, é muito maior do que o da UFMT, dá tranquilamente uns dez do nosso. Para você ter uma ideia, o ligeirão deles, que agora se chama zero-20, demora 20 minutos para dar uma volta, fora do horário de rush. Eles têm 2 Restaurantes Universitários com filas enormes, assim como na UFMT. Andando pelo campus, você percebe prédios abandonados, percebe que os blocos de humanas estão menos cuidados, enquanto os das engenharias, por exemplo, estão melhores. Dá para perceber onde tem mais investimento, igual na UFMT”.

 

Ela destaca, ainda, que o Diretório Central dos Estudantes do campus de Pici foi queimado por bolsonaristas e que o Restaurante Universitário, apesar de ter filas enormes, tem 3 opções de refeições e custa mais barato do que na UFMT. Mas lamenta que nem todos tenham visto essas questões por estarem fechados no que chamou de “bolha”.   

 

Com relação às políticas aprovadas no evento, Vignado afirma que andou em todas as salas e, na sua opinião, os congressistas acabaram, por vezes, se prendendo a detalhes. “Ninguém discute sobre como manter uma mãe na universidade. Nós não temos creches, elas são as primeiras que deixam os cursos. Ninguém discute como manter uma pessoa doente, com câncer, com problema cardíaco. Inclusão não se debate. O que a gente vai fazer para evitar a privatização da universidade? O único debate mais interessante, nesse sentido, foi do Movimento Negro, dentro do GTPCEGDS [Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual]”.  

 

Plenária lotada e orientações para deslocamento no campus Pici da UFC, onde foi realizado o 42º Congresso do Andes-SN

 

Para a professora Alair Silveira, este congresso compreendeu que “o Governo Lula não atribui à Educação – na prática - o mesmo respeito que reafirma nos discursos que promove. Muito menos o reconhecimento que demonstra por outras categorias de servidores públicos, como Banco Central, Auditores da Receita Federal e Polícias Rodoviária e Federal”.

 

Em relatório político publicado no Espaço Aberto (leia a íntegra aqui), a docente destaca que as “análises sobre as condições mundiais (tragicamente agravadas pelo aprofundamento da crise do capital e pela crueldade ignóbil das guerras) convergiram, as relações do ANDES-SN com o governo Lula foram objeto de acirrados embates. De um lado, o espectro do (neo)fascismo e de um possível retorno do Bolsonarismo ao Poder redundou em apelos para que o ANDES-SN modere sua atuação mais radicalizada, de forma a não fortalecer os críticos ao Governo. as experiências pretéritas com os governos petistas foram realçadas, assim como as alianças e concessões que marcaram (e marcam) os governos petistas, tanto os anteriores quanto o atual. Nesta perspectiva, foram destacados o impacto do esvaziamento das ruas para condução de qualquer negociação, na medida em que os interesses do capital continuam a demandar, privilegiadamente, sobre o Governo e o Parlamento, assim como os recuos que já foram experimentados no curto período do terceiro mandato de Lula, como por exemplo, a revogação das contrarreformas (especialmente trabalhista, administrativa e previdenciária), o ‘Novo Ensino Médio’, a representação dos interesses mercantis dentro do Ministério da Educação (Fundação Itáu e Paulo Lemann) etc.”.

 

Essa leitura motivou a aprovação de diversas ações, entre elas uma das decisões mais importante do evento, que foi apostar na construção da organização e mobilização docente, tendo como horizonte a possível deflagração de uma greve, acompanhando outras categorias de trabalhadores da Educação, como a Fasubra e o Sinasefe.

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagem de capa: Adufc-Ssind

Quarta, 13 Março 2024 11:07

 

O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) foi eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados no último dia 6. Além de não ter qualquer experiência e projetos apresentados na área da Educação, o parlamentar é réu em processo no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desde 2022, por transfobia e violação do Estatuto da Criança e do Adolescente, após divulgar vídeo de uma estudante trans, de 14 anos, utilizando o banheiro feminino de uma escola. Se condenado, pode ter direitos políticos cassados. Ferreira também foi condenado, em segunda instância, a pagar R$ 30 mil à deputada Duda Salabert (PDT-MG) por transfobia, quando era vereador na Câmara Municipal de Belo Horizonte (MG).

 

 

Nikolas Ferreira estará à frente da Comissão de Educação em um ano crucial para o setor: a votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE 2024/2034). Após eleito, declarou que pretende pautar temáticas como homeschooling e violência nas escolas. O deputado do PL já declarou ser defensor do porte de armas.

Em nota, a diretoria do ANDES-SN repudiou a indicação de Nikolas para a presidência da Comissão. “A educação, tema prioritário e estratégico para o nosso país, não pode ficar nas mãos de um deputado federal, base do bolsonarismo e apoiador de pautas extremistas, misóginas, reacionárias e obscurantistas, e que desconhece o significado da política educacional para a afirmação da soberania de uma nação”, afirma o documento.

Confira aqui a íntegra da nota

 

Fonte: Andes-SN (com informações da Câmara de Deputados)

Quarta, 13 Março 2024 11:02

 

O ANDES-SN divulgou, na última terça-feira (5), o novo episódio do programa "Carreira Docente em Movimento". Com periodicidade mensal, toda primeira terça-feira do mês, a websérie propõe debater temas referentes à carreira docente, esclarecer dúvidas, discorrer sobre a garantia de direitos e fortalecer a carreira. 

O segundo vídeo do “Carreira Docente em Movimento” aborda o projeto de Carreira Única do ANDES-SN, construído a partir dos princípios contidos no Caderno 2 do Sindicato Nacional. Participam dessa edição, Marina Barbosa, docente da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e ex-presidenta do ANDES-SN; Luiz Henrique Schuch, docente da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e ex-presidente do ANDES-SN; e Josevaldo Cunha, docente da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e 2º vice-presidente da Regional Nordeste II do Sindicato Nacional.

Confira aqui o episódio 2

Se você perdeu o episódio 1, clique aqui para assistir.

 

Fonte: Andes-SN

Quarta, 13 Março 2024 08:52

 

O ANDES-SN repudia a confirmação do Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) como presidente da Comissão de Educação da Câmara. A educação, tema prioritário e estratégico para o nosso país, não pode ficar nas mãos de um deputado federal, base do bolsonarismo e apoiador de pautas extremistas, misóginas, reacionárias e obscurantistas, e que desconhece o significado da política educacional para a afirmação da soberania de uma nação.

A indicação do parlamentar bolsonarista e negacionista para a presidência da Comissão de Educação é um acinte a pensadores como Anísio Teixeira e Paulo Freire, nomes referenciais para a história da educação brasileira. Compete ao presidente de uma Comissão dessa magnitude pautar e debater as grandes e inadiáveis questões de nosso, já há muito debilitado e preterido, sistema educativo, do fundamental ao superior. O eleito, neste caso, além de desconhecer nossos desafios educacionais, faz deboche e agride o bom senso de quem tem compromisso com a educação. Debates importantes precisam ser travados no campo da educação, como as mudanças e os retrocessos decorrentes da implementação do Novo Ensino Médio (NEM) e da expansão da militarização nas escolas.

O Brasil precisa avançar na conquista e manutenção dos direitos fundamentais assegurados pela Constituição de 1988. É preciso ampliar as políticas afirmativas e de equidade social nas universidades, institutos federais e CEFETs. É urgente o impedimento da posse na comissão de educação do Deputado Nikolas Ferreira, pois ele representa um retrocesso político e educacional para a afirmação da democracia no Brasil. Sua permanência à frente de tão estratégica Comissão achincalha o parlamento e fere o sagrado direito do povo brasileiro à educação pública, laica, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

Em defesa da sanidade política, da ética e do direito à educação. Em respeito à democracia, Nikolas, não!

 

Brasília(DF), 12 de março de 2024.

 

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Terça, 12 Março 2024 11:29

 

 

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.

E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.

(Bertold Brecht)

 

 

É com alegria que a Adufmat-Ssind recebe a notícia da aprovação da greve dos técnico-administrativos da UFMT.

 

São tempos duros na Universidade Federal de Mato Grosso. Estamos diante de uma gestão superior que naturaliza todos os ataques à comunidade acadêmica: silencia diante dos cortes de recursos e o achatamento salarial dos servidores públicos federais, enfrenta a falta de quadro de servidores impondo, naturalizando e invisibilizando sobretrabalho e gere o desmonte da universidade como se este fosse o único caminho a se seguir.

 

Apesar do Reuni ter ampliado o número de cursos e docentes da UFMT, o corpo técnico não foi ampliado, sem haver qualquer concurso público; a defasagem de profissionais vem sendo tratada com sobretrabalho para técnicos e docentes, que tentam remediar a falta de profissionais absorvendo indevidamente inúmeros trabalhos técnicos.

 

Além disso, os servidores públicos federais amargam significativa perda salarial diante de anos de congelamento, num cenário de altos índices inflacionários. O Andes-Sindicato Nacional estima que a perda salarial dos docentes esteja entre 40 e 50%, e a dos servidores públicos em geral, 35%.

 

Além de sobrecarregados e com salários defasados, os servidores públicos federais ainda se veem ameaçados ao perceber que, mesmo com a vitória de Lula nas eleições, o país segue sendo dirigido pelo “Centrão” e a ultradireita, que domina as casas legislativas e limitam a governabilidade do país dentro da lógica da austeridade fiscal que privilegia o pagamento de juros da Dívida Pública em detrimento aos investimentos sociais. Além disso, os mesmos parlamentares colocam no horizonte uma Reforma Administrativa que vislumbra acabar com a estabilidade do servidor público para completar o desmonte dos serviços públicos no Brasil.

 

É por meio da luta que a classe trabalhadora conseguirá colocar na ordem do dia a reversão dos ataques que as elites brasileiras têm promovido contra o povo brasileiro com o desmonte dos serviços públicos. Num país com tamanha concentração de renda, como o nosso, a pandemia mostrou que a diferença entre uma nação e a barbárie é justamente o papel desempenhado pelos serviços públicos.

 

Celebramos a greve do Sintuf/MT, certas de que é o povo, na rua, que vai definitivamente derrotar o fascismo no Brasil.

 

Cuiabá, 12 de março de 2024

 

Diretoria da Adufmat-Ssind

Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais (2023-2025)

Terça, 12 Março 2024 11:03

 

 

Os estudantes do curso de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, na noite desta segunda-feira, 11/03, paralisação do curso contra um fator que poderia ter gerado um grave acidente e colocado em risco a vida dos alunos que se deslocavam para a disciplina de “Planejamento Ambiental” e demais transeuntes da BR 364: um pneu do veículo que transportava a turma, cedido pela universidade, explodiu enquanto o mesmo ainda estava em trânsito.

 

Além do perigo, em si, o protesto foi motivado porque, muito embora a universidade esteja em condições visivelmente ruins, como denuncia a Adufmat-Ssind há anos, a instituição divulgou nota na imprensa local atribuindo a explosão às condições da estrada, não assumindo a precariedade do veículo e “se isentando de fornecer transporte de qualidade” - diz a nota do Centro Acadêmico de Geografia. Os estudantes consideram a declaração da administração como uma tentativa de negação da luta estudantil e reivindicam retratação pública da Reitoria.

 

Os discentes reivindicam, ainda, que o atual reitor e candidato à reeleição, Evandro Soares, bem como a candidata de oposição, professora Marluce Souza e Silva, assinem um termo de compromisso, garantindo o investimento na infraestrutura do Departamento de Geografia, no laboratório da Cartografia e na qualidade da água e ares condicionados do prédio. Marluce e Evandro disputam a Reitoria já em segundo turno no dia 02/04.

 

Além da paralisação, os estudantes fizeram uma passeata pelo campus de Cuiabá e protesto no prédio da Reitoria. Não há previsão de retorno das aulas no curso de Geografia. Clique aqui e leia a íntegra da Nota do Centro Acadêmico de Geografia Valdinei da Silva/ UFMT.

 

Imagem publicada pelos estudantes no dia do acidente (08/03/2024) na página do Instagram do Centro Acadêmico de Geografia. 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind       

Segunda, 11 Março 2024 13:58

 

 


 
A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 14 de março de 2024 (quinta-feira)

Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.

 

Pontos de Pauta:


1) Informes;

2) Análise de Conjuntura;

3) Indicativo de Greve;

4) Progressão Funcional;

5) Formação da comissão do baile dos professores 2024;

6) Indicação de suplentes para a Comissão de Consulta para a Reitoria da UFMT. 

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.



 
 
Cuiabá, 11 de março de 2024.

Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais