Quinta, 28 Junho 2018 15:17

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá
Dr. em Jornalismo/USP; prof. de Literatura/UFMT

 

A vida útil da opinião emitida em artigos de jornal e revistas quase sempre dura o tempo da circunstância de sua publicação. Logo, não se pode perder um segundo do que acontece aqui e agora.

Para o artigo de hoje, o clima do “aqui” vem de lá da Rússia, país que sedia agora a Copa do Mundo de Futebol masculino. A quem não sabe, existe a copa do feminino, mas sem glamour algum por parte da mídia.

Discriminação?

Sim. Prova disso é que poucos brasileiros saberiam dizer a escalação da Seleção Brasileira de Futebol feminino. Poucos conheceriam outro nome que não fosse o da Marta. Já a biografia de cada jogador da seleção masculina, incluindo os nomes de seus tataravós e outras coisas mais, a maioria saberia. Saberes inúteis.

Essa discriminação resvala no viés das cifras inimagináveis do universo masculino. As cifras do feminino são trocadinhos perto daquelas. Mas não quero falar disso. Tudo até agora serviu como introdução para tratar do clima de Copa.

Em tal clima, sou observador das peças de publicidade e propaganda veiculadas nesses períodos, sempre muito criativos. Por isso, agora, eu não poderia perder esse time.

Dos anúncios que estão sendo veiculados, destaco um da operadora Vivo: “O que é ‘fúlgido”?

Refiro-me àquele anúncio, no qual um garotinho, em idade de fazer todas as perguntas imagináveis e inimagináveis, lendo o “Hino Nacional”, se depara com a palavra “fúlgido”, inserida na passagem do terceiro para o quarto verso, de sua primeira estrofe:

E o sol da liberdade, em raios fúlgidos// Brilhou no céu da pátria nesse instante”.

Diante da dúvida, o garotinho sai correndo para buscar a resposta junto a seus familiares. Começa pelo irmão adolescente, que, desconhecendo o significado, responde: “tu é muito criança pra saber disso...”

O garotinho não desiste. No jardim, encontra a mãe, a quem faz a mesma pergunta. Ela sequer entende a sonoridade da palavra, passando a bola ao avô. Ele, diferentemente de viver na lógica da Paideia dos gregos, também não sabe, mas é salvo pela netinha, que lhe faz companhia na cozinha da casa. A pequenina, que sequer tem idade para saber tal significado, mas portando um tablete, literalmente, lhe dá a cola, assoprando a resposta:

Fúlgido... é uma coisa que tem luz! Uma coisa que brilha, assim como você”, diz o avô.

Curioso que fiquei, passei os olhos em algumas considerações de leitores sobre o referido anúncio. Do que vi, destaco a opinião de um leitor que ficou irritado com a peça, pois não gostou de ver aquela empresa chamar o povo de “burro”.

Na verdade, não me parece que o anúncio tenha chamado o povo de burro, até porque seus criadores devem saber que os burros são, por natureza, burros; logo, sem as condições elementares para saber ou ignorar aprendizados que passam de geração a geração dos humanos. Ademais, em defesa dos burros, nenhum deles precisa de escola. Seus saberes são naturalmente passados.

Ao contrário, naquela família, nitidamente de classe média, todos convivem com a mesma ignorância: não saber o que é “fúlgido”; e certamente também desconhecem o significado de outros termos ou expressões contidas no mesmo Hino, como o famoso “impávido colosso”, que poderia ser compreendido por uma gigantesca estátua adormecida.

Querendo ou não, a publicidade toca em um ponto que nos é recorrente: nossa frágil educação formal, que, a partir da massificação das tecnologias, nos obriga cada vez mais a saber menos de tudo. Assim, nossas existências vão ficando cada vez mais próximas do fosco, não do fúlgido. 

 

Quinta, 28 Junho 2018 15:13

 

 

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Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

Todos os países, ao longo da história, experimentaram ou alguns estão experimentando ou ainda vão experimentar o que os estudiosos denominam de “transição demográfica”, que é uma fase em que esses países experimentam inicialmente altas taxas de fecundidade/natalidade, mas também altíssimas taxas de mortalidade, principalmente a infantil.


Durante décadas ou séculos esses o países não apresentavam crescimento populacional ou se experimentavam, tais índices eram baixos, resultando também em uma expectativa ou esperança de vida ao nascer bem baixa, em torno de no máximo 30 ou 35 anos ou em alguns casos um pouco mais do que esta idade.


A transição demográfica acontece quando, fruto do avanço da ciência e da medicina, com a descoberta de novos produtos, como foi o caso dos antibióticos, conseguem reduzir drasticamente os altos índices de mortalidade geral e mortalidade infantil em particular, disto resulta um aumento rápido e contínuo da população, pois os índices de fertilidade/natalidade continuam elevados.


Durante décadas ou séculos a população cresce em ritmo acelerado, tendo como resultado também duas outras “revoluções” demográficas, o aumento da expectativa ou esperança de vida ao nascer e também as migrações rurais com destino `as cidades, surgindo uma urbanização também acelerada e caótica.


No caso dos países atualmente emergentes e também dos países de baixa renda, segundo a denominação da ONU e outras instituições internacionais, anteriormente denominados de países subdesenvolvidos, esta urbanização acontece de forma caótica, inúmeras invasões de áreas periféricas das cidades, sem as mínimas condições de vida.


A etapa seguinte da transição demográfica acontece, novamente, graças aos frutos do desenvolvimento científico e tecnológico e também mudanças culturais, mesmo diante da oposição de grupos religiosos e conservadores existentes em todas as sociedades. Esta fase é representada pela redução também acelerada dos índices de fertilidade/natalidade graças ao uso de práticas anticoncepcionais como a famosa “camisinha’, o uso do DIU, o controle natural/tabelinha e também à liberação, legalização ou descriminalização do aborto, ou então através de politicas públicas como acontece na China há mais de 70 anos, quando o governo estabelece que cada casal não pode ter mais de um filho ou até mesmo com esterilização forçada ou induzida da população pobre, para que deixe de ter filhos, como dizem os defensores dessas práticas.


Para que a população cresça cada casal precisa ter, em média, mais de dois filhos, pois em se tendo apenas dois ocorrerá apenas a taxa de reposição populacional e quando tem menos do que dois filhos o resultado será o declínio populacional, ou seja, nascem menos crianças do que o índice de mortalidade geral.


Na Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália e alguns outros países a transição demográfica demorou mais de um século ou século e meio para estar completa, enquanto em diversas outros países, que experimentaram ou ainda estão experimentando esta transição demográfica, como no caso do Brasil, a mesma tem ocorrido ou esta ocorrendo em menos de meio século.


No primeiro caso, os países tiverem tempo para outras transformações econômicas , sociais, politicas e conseguiram dotar esses países de infraestrutura, recursos e politicas publicas que resultaram em padrões de vida elevados, oferta ampla de habitação de qualidade, melhor distribuição de renda, saúde pública  de qualidade, educação pública de qualidade, universalização do saneamento básico e água tratada, qualificação da mão de obra para atender aos desafios do desenvolvimento e das transformações tecnológicas.


Já nos países emergentes e subdesenvolvidos o chamado “bônus demográfico” não tem existido resultando em altas taxas de concentração de renda, riqueza e oportunidades, grandes massas vivendo em condições sub-humanas, níveis de pobreza e miséria elevados.


É neste contexto diferenciado entre países desenvolvidos, ricos de um lado e de outro países subdesenvolvidos e emergentes que ocorre a última etapa da transição demográfica que é o envelhecimento populacional, um grande desafio para as famílias, os governantes e para a sociedade, um verdadeiro drama para os países do segundo grupo, incluindo o Brasil, quando o envelhecimento ocorre sem que tais países tenham recursos suficientes ou cuja situação econômica, social, cultural e politica não conseguem tratar as pessoas idosas que eles merecem.


No próximo artigo vamos apresentaram alguns números e índices que retratam bem esta realidade triste e dramática de como a população esta envelhecendo, formando grandes contingentes de marginalizados e excluídos, cujas perspectivas não são das melhores.


*JUACY DA SILVA,   professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversas veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
 

Terça, 26 Junho 2018 19:02

 

Em assembleia geral realizada pela Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind) na tarde dessa terça-feira, 26/06, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) discutiram a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) realizada no dia 18/06/18, que restabeleceu o calendário acadêmico da instituição, e seus desdobramentos. Entendendo que a condução do processo foi antidemocrática, os docentes decidiram, entre outras coisas, endossar o recurso de anulação da sessão apresentado pelas conselheiras Alair Silveira e Sophia Paiva.

 

A maioria das intervenções feitas durante a assembleia destacou que a reunião do Consepe foi ilegal e ilegítima. “Infelizmente nós não conseguimos construir uma entidade única para representar docentes, estudantes e técnicos, mas os conselhos da universidade surgiram da luta dessas categorias, para que nós tivéssemos uma estrutura minimamente democrática para a tomada de decisões. O que está em jogo aqui é a quebra dessa estrutura conquistada a partir dessa luta”, afirmou o professor Dorival Gonçalves.

 

Os presentes entenderam que o debate não deveria ser sobre o que foi decidido no Conselho, mas sobre a maneira autoritária que resultou na decisão. Até porque, para os docentes, a retomada do calendário não consiste no retorno às aulas; essa deliberação confere à categoria que está parada, ou seja, aos estudantes.

 

Para a categoria, ao desrespeitar o Regimento do Consepe, como apontaram as conselheiras e os vídeos da reunião comprovam, a discussão e as decisões do conselho se tornaram inválidas.

 

Além disso, os professores destacaram durante a assembleia que, para além das discussões sobre demandas imediatas, é preciso observar o contexto de forma mais ampla, compreendendo o que efetivamente impõe problemas como o aumento do Restaurante Universitários e retirada de direitos.  Assim, o debate e, consequentemente, as ações da categoria, devem incidir sobre temas como o orçamento da universidade e os contratos com empresas terceirizadas, que envolvem, na verdade, o projeto de universidade que está em disputa. “A Emenda Constitucional 95/16, que limita os recursos para os serviços públicos, vai afetar ainda mais o trabalho docente e as atividades da universidade”, disse o vice-presidente da Adufmat-Ssind, Maelison Neves.

 

Com relação à solidariedade ao movimento estudantil, a plenária referendou decisão anterior, compreendendo que a pauta é justa e a tática de divisionismo utilizada pela Reitoria, criando diferenças entre estudantes dos campi, pode continuar prejudicando a comunidade acadêmica em outros momentos.

   

Além da deliberação de subscrever o documento apresentado pelas conselheiras Alair Silveira e Sophia Paiva solicitado a anulação da reunião (leia aqui o recurso na íntegra), os docentes aprovaram a elaboração de um documento condenando a criminalização do movimento estudantil pela administração superior da UFMT e uma moção de repúdio à forma como a reunião foi conduzida.

 

Pesquisa de opinião

 

Dando segmento à pauta da assembleia, o Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) apresentou uma proposta de pesquisa que deverá ser realizada entre sindicalizados e não sindicalizados em todos os campi da universidade, com o objetivo de tentar compreender melhor os motivos do esvaziamento dos espaços coletivos.

 

Houve uma preocupação por parte dos presentes, no sentido de que a pesquisa poderia provocar certa confusão, considerando que algumas pessoas têm expectativas de que o sindicato assuma tarefas de associação. No entanto, ao final do debate, a plenária decidiu que é preciso agir para além das impressões e suposições acerca da categoria, e que é fundamental pesquisar para balizar as ações a partir de dados concretos.

 

Aprovada a realização da pesquisa, os presentes aprovaram ainda a seleção de dois estudantes bolsistas para auxiliar o trabalho do GTPFS durante três meses.

 

Os docentes de Várzea Grande solicitaram que o debate sobre as demandas do campus, que constava na pauta, seja feito em uma próxima assembleia, para que a participação possa ser mais efetiva.

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind    

Segunda, 25 Junho 2018 13:53

 

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acaba de divulgar um comunicado sobre a disponibilidade de representante da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-exe) na instituição entre os dias 25 e 28/06, para conversar com servidores interessados em aderir.

 

Atingidos pelas Contrarreformas da Previdência realizadas nos últimos governos, que precarizaram os direitos trabalhistas dos servidores públicos federais, os docentes que ingressaram no quadro depois de 01/03/2013 tiveram a aposentadoria limitada pelo teto do INSS (atualmente, cerca de R$ 5.600). Se o salário for superior a este valor, o trabalhador terá de analisar e pesquisar outros tipos de aplicação como forma de complementar a aposentadoria.

 

Para o servidor com salário menor ou igual ao teto do INSS a aposentadoria é integral, independente do regime a que estiver associado.

 

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES e o ANDES Sindicato Nacional orientam a categoria a não aderir ao Funpresp, que possui caráter facultativo (opção voluntária) e funciona na modalidade de contribuição definida, ou seja, cada servidor sabe o valor da contribuição mês a mês, durante vinte, trinta anos, desconhecendo, porém, qual será o valor da sua aposentadoria. Este dependerá das aplicações financeiras que o Funpresp-exe fizer no mercado, sempre instável e flutuante.

 

Além disso, o Funpresp atuará no mercado com verba pública e com dinheiro dos trabalhadores. Além disso, representa a continuidade da malfadada Reforma da Previdência, iniciada por FHC e aprofundada por Lula da Silva e Dilma Rousseff, retirando direitos dos trabalhadores na ativa e também de aposentados, ao mesmo tempo em que impuseram o avanço da privatização de um dos serviços essenciais do Estado: a Previdência Social.

 

Para sanar as dúvidas dos sindicalizados sobre o Funpresp, o Andes Sindicato Nacional produziu uma cartilha (Clique aqui para ler a Cartilha do ANDES), disponível também na versão impressa, que pode ser retirada na sede da Adufmat-Ssind.

 

Leia também:

 

DIGA NÃO AO FUNPRESP!

 

ADESÃO AUTOMÁTICA AO FUNPRESP É INCONSTITUCIONAL?

 

FUNPRESP QUER OFERECER CRÉDITO CONSIGNADO

 

FUNPRESP - FRAUDE ACENDE LUZ DE ALERTA

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

    

Segunda, 25 Junho 2018 12:02

 

Assuntos discutidos serão de interesses atuais, ligados à sociedade em geral

Começa hoje (25/06), às 19 hs, no Teatro Universitário da UFMT, a VII Semana de Psicologia da UFMT, que neste ano comemora dez anos de existência do curso no campus Cuiabá. O evento também comporta a 1ª Mostra da Pós-graduação, que oferece Mestrado em Psicologia.

Dentre os destaques está a participação da Profa. Dra. Ana Mercês Bahia Bock que fará a Conferência Magna e discutirá o tema “De onde viemos, para onde vamos!” . Bock possui graduação em Psicologia e mestrado e doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atua nos seguintes temas, principalmente: psicologia, educação, profissão e compromisso social e dimensão subjetiva da desigualdade social.

A programação tem o objetivo de realizar uma discussão em torno das principais temáticas discutidas em sala de aula, bem como nos projetos de extensão e pesquisa, sempre com temas ligados à sociedade. Debates e conversas levam em consideração a psicologia latino-americana, a psicologia brasileira e a psicologia mato-grossense. Também haverá discussões sobre saúde mental e suicídio, e a multiplicidade das diversas abordagens da psicologia. Os participantes ainda terão acesso a mesas-redondas, grupos de trabalho, apresentações orais, apresentação de pôsters  e mini-cursos.

A VII Semana de Psicologia da UFMT vai até o dia 29/06 (sexta-feira) e as inscrições podem ser feitas no local. O valor é de R$ 40,00 para profissionais, R$ 30, 00 para estudantes e R$ 20,00 inscrição social (comprovada com número do NIS ou bolsistas). Será um espaço de diálogo, partilha e construção de saberes entre a comunidade acadêmica e a sociedade em geral e contará com cerca de 500 participantes de Mato Grosso e outros estados.

No primeiro dia do evento contamos ainda com a apresentação do Coral UFMT, sob a regência da maestrina Dorit Kolling e, em todos os dias,  nos momentos de intervalo haverá apresentações culturais, feira de artes e gastronomia. A festa de encerramento será temática em Festa Junina.

Serviço: VII Semana de Psicologia da UFMT e 1ª. Mostra do Programa de Pós-graduação em Psicologia

Quando: de 25 a 29 de junho de 2018

Abertura na segunda-feira, no Teatro Universitário às 19hs.

Nos outros dias das 13h30 às 22 h00, conforme programação disponível no arquivo anexo abaixo.

 

Fonte: Divulgação

 

 

 

 

Segunda, 25 Junho 2018 10:46

 

Em decorrência do jogo do Brasil na Copa do Mundo de Futebol, o segundo encontro da oficina "Saúde Mental de Docentes Universitários", que estava programado para a tarde de quarta-feira, 27/06, foi alterado para a manhã dessa terça-feira, 26/06. A partir das 9h, o Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) da Adufmat-Ssind retomará a roda de conversa, com orientação do psicólogo Maelison Neves. 

 

O objetivo é promover um espaço de discussão que fortaleça as redes sociais de apoio e de ações políticas para construção de uma plataforma de lutas da categoria relacionadas à promoção de saúde mental.

 

O primeiro encontro do grupo, aberto a todos os interessados, foi realizado no dia 20/06/18.

  

Clique aqui para saber mais sobre a atividade.  

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 25 Junho 2018 09:24

 

 

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JUACY DA SILVA*
 

Estamos há poucos meses do que poderíamos chamar de “o maior evento de uma democracia”, que são as eleições gerais para Presidente da República, dois terços do Senado Federal, governadores estaduais, deputados federais e estaduais, momento em que os eleitores podem renovar a cúpula política dirigente do país ou possibilitar a continuidade das mesmas figuras já extremamente desgastadas e a permanência de atores suspeitos, investigados ou denunciados por corrupção.


Todas as pesquisas de opinião pública, há décadas vem demonstrando que o povo, os eleitores, enfim, a população brasileira não acredita mais em partidos políticos, nas instituições, todos os três poderes e, principalmente, na chamada “classe politica”, totalmente desacreditada seja pela sua costumeira incompetência em resolver as grandes questões nacionais, além de seu envolvimento com a corrupção, com o fisiologismo e com o mau uso do suado dinheiro público. O povo anda cético, sem esperanças de um futuro melhor, descrente de tudo e de todos. Estamos caminhando para o que muitos cientistas políticos e sociólogos denominam de anomia social.


E não é para menos, se considerarmos que a crise politica, econômica, financeira, social e institucional já perdura há décadas, gerando um caldo de cultura muito propício para um agravamento dos conflitos sociais, onde a violência, principalmente a urbana, o desemprego, o retorno da pobreza e miséria, as desigualdades, mais de 12,5 milhões de desempregados, 15 milhões de subempregados sem a mínima segurança quanto ao futuro, mais de 55 milhões de inadimplentes, uma divida pública que já beira quatro trilhões de reais, que só de juros, encargos e um mínimo de amortização consome quase a metade do orçamento da União, quase R$900 bilhões de reais a cada ano, estados e municípios à beira da falência, contribuindo, sobremaneira para o caos nos serviços públicos essenciais como saúde, educação, saneamento, habitação, segurança publica, infraestrutura e outros mais.


É neste Quadro complexo que caminhamos para as eleições de outubro próximo. As pesquisas de opinião pública/eleitoral realizadas por diversas institutos como o Data Folha, o IBOPE, o Vox Populi, CNT/MBA e outros mais, indicam que o povo ainda prefere, de forma clara, que votaria em Lula para ser o próximo presidente da República e que o ex presidente, mesmo preso há dois meses, sem poder se comunicar diretamente com as massas continua o preferido. A última pesquisa indica que Lula tem a preferencia de 31% dos eleitores, mais do que a soma dos dois seguintes: Bolsonaro 17% e Marina Silva 10%.


Lula, se for candidato e houver um segundo turno, venceria todos os demais candidatos. Sem Lula, a disputa seria acirrada entre Bolsonaro, que representa a direita e extrema direita no espectro politico, estaria empatado com Alkmin e com Ciro Gomes. Sem Lula na disputa, a única candidata que poderia vencer todos os demais candidatos, inclusive Bolsonaro, seria Marina Silva.


O problema é que tanto Marina Silva, quanto Bolsonaro e Ciro Gomes, os três que melhor tem pontuado nas pesquisas, depois de Lula, estão ligados a pequenos partidos sem grande expressão eleitoral e, com toda certeza, seus partidos não conseguirão eleger governadores, deputados estaduais e, principalmente, deputados federais e senadores.


O resultado seria a eleição de um ou uma presidente da República sem o respaldo parlamentar no Congresso e entre os governadores, o que vai dificultar ou até mesmo inviabilizar o mandato de um presidente fraco politicamente, exigindo do mesmo muita habilidade para “negociar” e conseguir apoio no Congresso, sem o que, estaria fadado ao fracasso, aos confrontos, contribuindo para o agravamento da crise e também do fisiologismo e da corrupção.


Outra alternativa seria o novo ou nova presidente da República buscar apoio na população, trilhando o caminho do populismo politico como costumam fazer políticos sem respaldo legislativo, isto enfraqueceria ainda mais as instituições, incluindo o Congresso Nacional e a própria Presidência da República,  instituições com as piores avaliações ultimamente.


Uma terceira alternativa seria a implantação de um governo autoritário, incluindo ai, até mesmo um golpe de estado, como fez Getúlio Vargas nos anos trinta do século passado. Este cenário é bem provável de acontecer caso o eleito seja Bolsonaro, de origem militar e posturas obscuras em relação às suas propostas de governo em todas as áreas.


Os atuais candidatos ou pré-candidatos até o momento não apresentaram suas propostas para equacionar os grandes desafios nacionais, o povo estará votando às cegas, na busca de um Salvador da pátria e nesta caminhada poderá estar cavando o buraco para enterrar  a democracia e o estado de direito, as liberdades e o futuro de nosso pais. Desta cartola não sai Coelho! Parece que nosso futuro está a cada dia mais incerto ,mais sombrio e sem rumo, lamentavelmente.


*JUACY DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversas veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
 

Segunda, 25 Junho 2018 07:59

 

Os bancos fecharam 2.675 postos de trabalho no Brasil, nos cinco primeiros meses deste ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Desde janeiro de 2016, em apenas quatro meses os saldos foram positivos (janeiro de 2016, julho e novembro de 2017 e janeiro de 2018). 

bancarios demissoes bancos lucros

São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná foram os estados com maiores saldos negativos. Foram, ao todo, 11.283 admissões e 13.958 desligamentos no período. Somente em maio, os bancos fecharam 328 postos de trabalho pelo país.

“Mesmo com os lucros exorbitantes, os bancos continuam demitindo. Isso é um absurdo. É uma falta de compromisso com o Brasil, no momento em que o país tem um nível de desemprego de quase 29 milhões de pessoas, somando desempregados e trabalhadores com empregos precários. Os bancos deveriam contratar, pelo lucro que tem”, declarou Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT.

Os reflexos da reforma trabalhista já ficaram claros. As demissões sem justa causa representaram 53,4% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e maio de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 38,8% dos tipos de desligamento.

Nesse período foram registrados, ainda, 24 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$ 8.898,58.

São Paulo registrou 57,9% das admissões e 52,6% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 814 postos fechados no ano. Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, depois de São Paulo. Foram fechados, respectivamente, 605 e 366 postos. O Pará apresentou o maior saldo positivo (107 postos).

 

Fonte: DIAP (com Portal do Monitor Mercantil)

Sexta, 22 Junho 2018 18:55

 

Centenas de servidores públicos vindos de diversos estados se reuniram em Brasília nesta terça e quarta-feira, para a Jornada de Lutas em defesa dos serviços públicos, pela revogação da Emenda Constitucional 95 e pela data-base para o funcionalismo.

O ato de terça (19), convocado pelo Fórum das Entidades Sindicais Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), começou com uma manifestação em frente ao Ministério do Planejamento, por volta das 14 horas. Os manifestantes de diversas categorias do funcionalismo cobraram a abertura de negociações em torno da pauta de reivindicações apresentada em fevereiro pelos servidores e também a revogação da Emenda Constitucional 95, que limita os recursos destinados aos serviços públicos e às políticas sociais até 2036.

De lá, os servidores seguiram em marcha até o STF, onde permaneceram até o início da noite. A manifestação foi marcada pela presença de representantes de diversas categorias do funcionalismo, vindos de várias partes do país. Escurecia na Praça dos Três Poderes quando servidores públicos federais acenderam velas em frente ao Supremo Tribunal Federal para escrever ‘data-base já’.

“Precisamos reunir os trabalhadores das três esferas: municipais, estaduais e federal e nos tornarmos uma força imbatível, unificados. E é esse o nosso desafio, sermos imbatíveis não apenas para derrubar esse governo mas para barrar os retrocessos em curso”, disse Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, em fala durante o ato.

Na quarta-feira (20), os servidores se reuniram novamente em frente ao STF, em vigília para acompanhar a votação. No entanto, a sessão do Supremo terminou sem que o tema, quinto na pauta do dia, fosse debatido. Nessa mesma data, manifestantes realizaram atos em frente aos Tribunais Regionais da Justiça Federal nos estados, para sensibilizar os magistrados.

A ação
O Recurso Extraordinário (RE) 565089 trata da data-base do funcionalismo público e terá impacto nas três esferas (federal, estadual e municipal). Na ação, os servidores buscam o reconhecimento do direito à indenização a ser fixada, pelos danos decorrentes pela omissão do governo estadual em remeter à Assembleia Legislativa de São Paulo o projeto de lei implementando a revisão anual de remuneração, prevista no inciso X do artigo 37 da Constituição Federal.

O julgamento foi suspenso em 2014 por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, e já foram computados os votos dos ministros Marco Aurélio (relator), Carmen Lúcia e Luiz Fux favoravelmente ao Recurso. Já os ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber, Roberto Barroso e Teori Zavascki – posteriormente substituído por Alexandre Morais - foram contrários à garantia da data-base. A decisão, agora, será pelos votos dos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Melo e Edson Fachin.

Na avaliação de José Vitório Zago, 2º vice-presidente da Regional São Paulo, a jornada de lutas foi importante, pois ocorre cerca de vinte dias depois da grande greve dos caminhoneiros, que paralisou o país, e traz na sua pauta a defesa de um princípio elementar, e que está inclusive na Constituição Federal, que é a revisão anual dos salários. “Evidentemente o governo está descumprindo, mas mesmo que cumprisse teria que fazê-lo na totalidade, porque a intenção não é que os governos cumpram formalmente, com um reajuste pífio. Além disso, o governo não está negociando, o que também contraria todas as convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, como a OIT que garante o direito de negociação inclusive ao funcionalismo público”, lembrou Zago.

“A jornada é importante, pois demonstra a indignação das categorias, com a participação de delegações do Brasil inteiro, para pressionar o governo para que cumpra o que manda a Constituição Federal e o que exige a convenção da OIT”, concluiu.

 

Fonte: ANDES-SN (Foto 2: Valcir Araújo para Aduff SSind).

 



Sexta, 22 Junho 2018 17:45

 

 

A Diretoria no uso de suas atribuições regimentais convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária a se realizar:


Data: 26 de junho de 2018 (terça-feira)

Local: AUDITÓRIO DA ADUFMAT

Horário: às 13:30 horas com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14:00 horas, em segunda chamada, com os presentes.

Pontos de Pauta:

01) Informes;
02) Avaliação da reunião do CONSEPE realizada no dia 18/06: desdobramentos para cada Campus;
03) Pesquisa de opinião dos/as professores/as sobre Sindicato;
04) Demandas dos docentes do Campus Universitário de Várzea Grande.

 

Cuiabá, 22 de junho de 2018.

 


Reginaldo Silva de Araujo
Presidente / ADUFMAT SSind