Sexta, 16 Fevereiro 2018 09:56

 

De acordo com levantamento, 9 veículos de maior audiência estão sob controle de grupos religiosos

No início de fevereiro, foi lançado em Brasília (DF) um estudo que aponta os principais controladores da mídia brasileira. São mais de 50 grupos de comunicação sob o comando de um nicho seleto de empresários, políticos e famílias brasileiras. O agronegócio, o mercado financeiro e mercado imobiliário são os maiores grupos controladores. O levantamento foi realizado pelo Coletivo Intervozes, em parceria com a organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras.

Através da plataforma quemcontrolaamidia.org.br é possível visualizar quais são as famílias, os parlamentares e grupos religiosos que têm propriedade dos principais veículos comerciais de comunicação e o controle político da mídia por meio de verba publicitária. O estudo aponta, por exemplo, que grupos religiosos de matriz cristã têm aumentado sua participação no controle de mídias após Constituição de 1988. Atualmente, dos 50 veículos de maior audiência ou capacidade de influenciar o público, ao menos 9 são controlados por lideranças religiosas católicas ou evangélicas.

O levantamento revela ainda o grave problema da transparência na difusão de informações. “A campanha Agro é Pop é um exemplo. Não é uma campanha neutra ou cívica, há outro interesse pelo consumo dessa informação se você vir os grupos de agronegócio que controlam a emissora”, disse André Pasti, um dos coordenadores da pesquisa. “Outro dado importante, 90% das fontes usadas no Jornal Nacional foram de grupos favoráveis à reforma da previdência”, relatou.

Ainda segundo Pasti, “a ideia é entender os riscos da não pluralidade da mídia, entendendo que também é um risco à democracia”. Os dados foram garimpados junto ao poder público, por meio de vários pesquisadores e com apoio de diversos órgãos, incluindo a Procuradoria Geral da República, onde a pesquisa foi lançada.

“Foi um labirinto”, disse Jonas Valente, membro do Intervozes, que participou da coleta de dados. Somente três veículos responderam a pesquisa e poucos dados foram fornecidos de forma transparente pelas próprias mídias.

MOM
A pesquisa Media Ownership Monitor foi realizada em 22 países, sendo o Brasil o local onde o quadro geral tem o pior cenário constatado. De acordo com os organizadores, o país apresentou indicadores alarmantes em todos os pontos analisados. “Nosso sistema de mídia mostra alta concentração de audiência e de propriedade, alta concentração geográfica, falta de transparência, além de interferências econômicas, políticas e religiosas”, diz a página de apresentação do estudo.

 

Fonte: ANDES-SN (com informações da Mídia Ninja e Congresso em Foco)

 

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 09:39

 

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*

 

Há poucos dias, por ocasião da quarta feira de cinzas, dia 14 deste mês de fevereiro de 2018, em uma solenidade que contou com a presença do Presidente e Secretário Geral da CNNB, da Ministra Carmen Lúcia, presidente do STF – Supremo tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, do Presidente da Comissão de Justiça e Paz da CNBB e do Deputado Molon, Presidente da Frente Parlamentar de prevenção da violência e pela redução dos homicídios, da Câmara Federal, na Sede da CNBB e diversas outras pessoas, em Brasília foi lançada oficialmente a Campanha da Fraternidade de 2018, cujo tema é “Fraternidade e a superação da violência”.

Todas as autoridades presentes foram unânimes quanto à importância de, novamente, trazer para a agenda nacional uma discussão mais profunda e não apenas pontual, como geralmente tem ocorrido, sobre a questão da violência, suas causas, consequências e os caminhos que devemos trilhar para que a superação deste problema e desafio nacional possa ser encontrada.

O lançamento da campanha da fraternidade coincide com uma onda crescente de violência que se abate sobre o país como um todo, de norte a Sul, de leste a oeste, todos os estados, todas as capitais, regiões metropolitanas, meio rural e áreas urbanas que estão dominadas pelo banditismo, ante a omissão ou incompetência de nossos governantes no enfrentamento deste grave problema.

As forças se segurança e de repressão, tanto as polícias civis quanto militares e os organismos de repressão do governo federal, incluindo as Forças Armadas, as Polícias Federal e Rodoviária Federal, a Guarda Nacional estão levando um verdadeiro baile, perdendo de dez a zero para o crime organizado, para o  novo cangaço e para a corrupção que faz parte e ao mesmo tempo alimenta a violência, o tráfico de drogas, de armas e de pessoas e a contravenção.

O Rio de Janeiro é o palco principal onde uma verdadeira Guerra civil que já está estabelecida, onde, nem mesmo a presença ostensiva das Forças Armadas consegue intimidar os bandidos que dominam praticamente todos os morros, todas as favelas ou comunidades e territórios, fazendo da população humilde, trabalhadora e honesta reféns do crime organizado

Há poucos dias os grandes jornais estamparam em suas manchetes que bandidos deram ordem para que um centro de treinamento da Marinha, na Av Brasil não fizesse muito barulho quando dos exercícios físicos e bandidos armados subiram no muro da unidade da marinha e abriram fogo contra as instalações militares. Na verdade até mesmo as forças de repressão policias e militares estão ficando a cada dia mais encurraladas.

A situação do Rio de Janeiro praticamente já escapou do controle dos poderes constituídos, razão pela qual há poucas semanas, por diversas vezes, o próprio Ministro da Defesa disse com todas as letras que a segurança pública, no modelo atualmente existente, esta falida.

Durante o carnaval a bandidagem fez a festa no Rio de Janeiro, arrastões diários nas praias, nos meios de transportes, nas ruas, avenidas, praças da cidade aterrorizaram não apenas turistas mas também a população que reside na cidade do Rio de Janeiro e outras cidades do interior e da região metropolitana.

Poucos dias antes do carnaval por diversas vezes o crime organizado, ;por iniciativa própria ou durante confronto com forças policiais fecharam as linhas amarela, vermelha, av Brasil e outras vias estruturais da cidade do Rio de Janeiro, levando o pânico aos motoristas e passageiros de veículos particulares ou coletivos.

Toda esta violência pode ser vista ou ouvida em tempo real, pela televisão e pelas redes sociais, onde o som ensurdecedor de fuzis, metralhadores dão a nítida impressão de que a população do Rio de Janeiro e tantas outras cidades onde o crime organizado já se estabeleceu de fato, está vivendo em áreas de conflitos armados e tiroteios como na Síria, no Iraque ou outros países do Oriente Médio, que vivem em guerras declaradas.

Como enfatizado pelo Presidente da CNBB, não cabe à Igreja e nem à população, desarmada, enfrentar a bandidagem que porta fuzis, metralhadoras, lança granadas e atacam em plena luz do dia, não apenas a população mas também instalações e as forcas da repressão. Cabe sim, ao Governo Federal e aos Governos Estaduais e municípios cumprirem seus papeis na manutenção da ordem pública, na garantia da lei e da ordem (GLO) e no combate ao crime organizado.

À sociedade civil, às famílias, às Igrejas cabe muito mais um trabalho preventivo, educativo, cujos frutos demoram anos ou décadas para que seus efeitos possam ser notados. Se os poderes públicos e a segurança pública estão em processo de falência total, não resta dúvida que o próximo passo será o crime organizado tomar o poder nacional, como já esta feito com o Sistema prisional, onde quem manda são os presos, dando inclusive ordens para ação de seus comparsas que continuam for a da cadeia e ditar suas normas e ordens, como atualmente fazem nas favelas do Rio de Janeiro e em várias outras cidades brasileiras.

Estamos na iminência de vermos uma associação entre o crime organizado, a bandidagem comum e a corrupção politica. A união entre o crime organizado e a criminalidade de colarinho branco não vai demorar e ai, sim, estaremos perdidos, com já acontece em diversas países da América Latina e da África. Será este o nosso destino?


*JUACY DA SILVA, professor universitário, aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veículos de comunicação. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com twitter@profjuacy

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 09:36

 

Circular nº 024/18

Brasília(DF), 9 de fevereiro de 2018

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN

 

                      Companheiro(a)s,

 

 

            Convocamos a reunião do Setor das IFES com as seguintes informações:

Início: 10 de março às 09h

Término: 11 de março às 14h

Local: Sede do ANDES-SN (Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Edifício Cedro II, bloco C, 5º Brasília-DF)

 

Pauta:

1) Informes;

2) Avaliação da conjuntura, encaminhamentos do 37º Congresso do ANDES-SN e deliberações do FONASEFE;

3) Encaminhamentos;

4) Outros assuntos.

 

Solicitamos que as seções sindicais enviem para a Secretaria do ANDES-SN, até o dia 8 de março as informações relativas a:

1 – Levantamento da situação de implementação de RSC na sua unidade; incluindo o pagamento de valores retroativos e a ocorrência de mecanismos de impedimento de liberação para qualificação de docentes que requisitaram o Reconhecimento de Saberes e Competências;

2 – Forma de participação das seções sindicais nas etapas da CONAPE.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Prof. Francisco Jacob Paiva

1º Secretário

 

Quinta, 15 Fevereiro 2018 16:31

 

 

O Sintuf-MT e a Adufmat-Seção Sindical do ANDES intensificaram a campanha contra a proposta de Contrarreforma da Previdência apresentada pelo governo Michel Temer. Na última semana, várias faixas foram afixadas na lateral do campus da UFMT em Cuiabá, e também o serão nos campi de Sinop e Araguaia. Além disso, cinco outdoors foram espalhados na capital mato-grossense com recados aos deputados e senadores: a Previdência Social é um direito, e quem retira direitos não merece o voto dos trabalhadores.

 

Na próxima segunda-feira, 19/02, os trabalhadores e estudantes da universidade participarão de mais um dia de mobilização e protestos contra a proposta, que poderá ser apresentada e discutida nessa data.

 

Para o coordenador de Formação do Sintuf-MT, Fábio Ramirez, o momento é decisivo para impedir que a Reforma da Previdência avance. "Os parlamentares sabem que a sociedade está contra essa proposta, sabem que não existe déficit, que tudo é uma grande jogada para ampliar os lucros bilionários do sistema financeiro e capital especulativo. Estão tentando vender os recursos da aposentadoria, do povo brasileiro. Temos que intensificar a luta para que os parlamentares não tenham a coragem de roubar o futuro da população", afirmou o servidor.

 

"Acreditamos que o Governo Federal não tem conseguido garantir os votos para aprovação da Reforma da Previdência em decorrência das grandes pressões e movimentações que a sociedade organizada tem realizado contra a proposta. Nesse momento, é estratégico intensificar a campanha para fortalecer o nosso posicionamento contrário aos deputados, deixando claro o recado da população, que é se votar contra os direitos do trabalhador, não volta nas eleições de 2018", destacou o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo.

 

Ao todo, a campanha conta com 36 faixas com frases de efeito. Em muitas delas, o lucro bilionário de bancos e empresas no ano de 2017 contrapõem suas dívidas milionárias com a Previdência Social, perdoadas e/ou parceladas pelo Governo Temer. "A CPI da Previdência provou em seu relatório que não existe déficit, mas um outro ponto chamou a atenção: as empresas possuem dívidas milionárias com Previdência. Se o Governo cobrasse o que os bancos devem, o 'suposto' déficit já estaria resolvido", observou a coordenadora jurídica do Sintuf, Luzia de Melo.

 

Os outdoors da campanha estão localizados na Avenida Fernando Corrêa da Costa (próximo ao edifício Vitória Régia), Avenida das Torres (próximo à ponte D. Bonifácio), Avenida Beira Rio (em frente a Unic/Unirondon), Avenida Miguel Sutil (próximo à rotatória da Miguel Sutil com a Jurumirim), e Avenida do CPA (próximo ao Hospital Universitário Júlio Müller).     

 

Assessoria de Imprensa do Sintuf-MT (com edição da Adufmat-Ssind)

Sexta, 09 Fevereiro 2018 15:25

 

No dia 16/02, um dos maiores expoentes mundiais da luta pela terra e pelos direitos sociais de camponeses e da população indígena completará 90 anos de intensos combates e resistências. Ligado à Teologia da Libertação, o bispo catalão, Pedro Casaldáliga, se instalou na região de São Félix do Araguaia em meados de 1960, onde iniciou uma grande batalha ao lado dos trabalhadores, numa região tomada por conflitos.

 

Sua luta, reconhecida internacionalmente, movimentou desde os moradores mais próximos e pobres, até o alto poder do Vaticano. “Tocar em Pedro é tocar em Paulo”, disse o Papa João Paulo VI, em uma das vezes que se reportou ao governo militar, durante a ditadura, em defesa de Casaldáliga.

 

Em 1969, torna-se bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, um importante espaço de resistência e organização da população local, com quase 50 anos de história. Sua atuação foi fundamental para a fundação de entidades como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

 

A luta de Casaldáliga em defesa dos trabalhadores e da terra é também a luta da Adufmat-Seção Sindical do ANDES Sindicato Nacional. Essa afinidade chegou a ser reconhecida, inclusive, com intervenção da entidade para oferecer o título de Doutor Honoris Causa ao bispo, concedido em 2003 pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).  

 

Por isso, falar nos 40 anos da Adufmat-Ssind é também falar da luta pela terra e pelos direitos dos trabalhadores rurais e povos indígenas, encampada por Casaldáliga. Dessa forma, o sindicato convida a todos para uma Roda de Prosa na próxima sexta-feira, 16/02, a partir das 15h, para falar dessas e outras histórias com amigos, estudiosos, militantes e admiradores dessa trajetória.

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

 

Sexta, 09 Fevereiro 2018 08:45

 

Organizações e Movimentos feministas convocam todas e todos a participarem das manifestações do dia 8 de março

 

Mulheres de todo o país vêm realizando, nas últimas semanas, plenárias organizativas para o dia 8 de março - Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras. Nesta data, mulheres vão parar as suas atividades para publicizar as desigualdades e a violência de gênero, contra o recrudescimento do conservadorismo no mundo todo e, em especial, contra a reforma da Previdência. Rio de Janeiro, Brasília, João Pessoa, Curitiba, Florianópolis e Uberlândia são algumas das cidades que já se mobilizam para a manifestação.

 

O chamado é feito por movimentos feministas do mundo inteiro, entre eles, o #Ni Una Menos (tradução livre: Nem uma a menos) da Argentina. No Brasil, centrais sindicais, movimentos sociais, fóruns e diversas entidades - como a CSP-Conlutas, o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) -, convocam as trabalhadoras e trabalhadores, juventude e aposentados, para se somarem às mobilizações do dia 8 de março.

 

O Fonasefe e o Fonacate deliberaram na última reunião ampliada, realizada nos dias 2 e 3 de fevereiro em Brasília (DF), pela participação dos servidores públicos nas manifestações que serão realizadas nos estados. A CSP-Conlutas também convocou todas as entidades e movimentos filiados a enviarem esforços para a construção da data.

 

“Tanto na reunião da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas quanto na reunião do Fórum dos SPF foi deliberado que todos participem das manifestações do dia 8 de março. O debate dos direitos das mulheres vem gradativamente se ampliando em todo o mundo, resultando na intersecção com o debate classista, o que é muito positivo porque coloca o debate sobre a questão da mulher em outro patamar”, explica Eblin Farage, presidente do ANDES-SN.

 

Para a presidente do Sindicato Nacional é necessário as mulheres se mobilizarem para o dia 8 e parem as suas atividades onde for possível, articulando a luta com a defesa dos direitos sociais e contra a reforma da Previdência. “Se a contrarreforma da Previdência for aprovada, as mulheres serão as mais prejudicadas. O nosso objetivo é que o dia 8 de março seja protagonizado pelas mulheres, mas compartilhado também pelos homens”, disse Eblin.

 

37º Congresso do ANDES-SN

 

Durante o 37º Congresso do ANDES-SN, os docentes deliberaram por lutar pela legalização do aborto, assim como pelo fortalecimento de oferta de políticas públicas de saúde direcionadas aos direitos sexuais e reprodutivos parar atender as mulheres. Além disso, irão intensificar a luta contra a PEC 181/15, que inclui um substitutivo que proíbe o aborto até mesmo em casos de estupro e de risco à vida da mulher. Definiram, também, que as seções sindicais, em articulação com movimentos, lutem nas instituições de ensino para criar espaços que recebam denúncias e acolham vítimas de assédio sexual e moral, de machismo, e de outras formas de opressão, assim como apurem as denúncias com transparência, entre outras deliberações.

 

Dossiê da Violência

 

O Instituto Patrícia Galvão publicou o Dossiê Violência contra as Mulheres, que reúne informações sistematizadas de dados oficiais e pesquisas de percepção sobre a realidade do problema no Brasil, e apontou números alarmantes. 1 estupro ocorre a cada 11 minutos, 1 mulher é assassinada a cada duas horas, 503 mulheres são vítimas de agressão a cada hora, ocorrem 5 espancamentos a cada 2 minutos.

 

Dia Internacional de Luta

 

O dia 8 de março foi fixado a partir de uma greve iniciada nessa data em 1917 (em 23 de fevereiro no calendário juliano), na Rússia. Uma manifestação organizada por tecelãs e costureiras de São Petersburgo foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa. Militantes socialistas, como Clara Zetkin e Alexandra Kollontai, propuseram a construção de um dia internacional de luta das mulheres.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Quinta, 08 Fevereiro 2018 20:00

 

 

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES-Sindicato Nacional intensificou a mobilização contra a proposta de Reforma da Previdência que será apresentada pelo Governo Temer nos próximos dias. Nessa quinta-feira, 08/02, os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, em assembleia geral, uma série de atividades para marcar o Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência, 19/02.

 

A categoria deliberou a construção e participação, junto a outros movimentos organizados de Cuiabá, de um ato na sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na manhã da data indicada pelas Centrais Sindicais. Além disso, ficou decidido que serão organizados debates dentro da universidade durante tarde e noite do dia 19/02, com distribuição de material gráfico para dialogar com a comunidade acadêmica e população em geral, à exemplo do que foi realizado no início de dezembro.

 

Durante os debates, os delegados que representaram a Seção Sindical no 37º Congresso do ANDES, o maior da história da categoria, fizeram o informe qualificado do evento, apresentando a agenda de mobilização, que incluem a adesão ao dia 19/02, e o terceiro Encontro Nacional de Educação, que deverá ser realizado entre os dias 27 e 29/07, entre outros (clique aqui para ler mais sobre as decisões do 37º Congresso do ANDES-SN).  

 

Seguindo os pontos de pauta da assembleia, os docentesautorizaram a aquisição de equipamentos e montagem de estrutura para realização de videoconferências das Assembleias Docentes, para que a categoria lotada no interior do estado consiga participar das plenárias. O diretor Reginaldo Araújo lembrou que esse debate já havia sido feito em 2014. “No dia 21/10/14, a Adufmat-Ssind decidiu, em assembleia geral, que a diretoria seguinte providenciaria a compra desse equipamento. A diretoria seguinte, no entanto, não conseguiu encaminhar, e agora, respaldados inclusive pelo novo Regimento do sindicato, nós queremos seguir com a deliberação”, disse o docente, mostrando a ata da assembleia citada.  

 

A categoria também discutiu e rejeitou a solicitação de pagamento da inscrição do professor Waldir Bertúlio no 1º Encontro das Américas da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, realizado em outubro de 2017, na cidade de São Paulo. A compreensão é de que a participação não foi previamente autorizada nos espaços deliberativos do sindicato, e que a autorização abriria precedentes para novos casos.

 

O debate sobrea obrigatoriedade de entrega de relatório político para atividades custeadas pela Adufmat-Ssind não foi concluído, assim como o ponto de pauta que entraria em seguida, sobre as Agendas 2018, edição especial de 40 anos, elaboradas pelo sindicato para os associados. Este último ponto de pauta foi inserido no início da assembleia, no entanto, por volta das 18h, a mesa suspendeu os trabalhos por impossibilidade de prosseguir com o diálogo de maneira democrática.     

 

Informes

 

No início da plenária, os docentes informaram sobre as atividades do GT de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) e sobre a realização de uma homenagem aos 90 anos de luta de Dom Pedro Casaldáliga e 50 anos da Prelazia de São Félix do Araguaia, programada para o dia 16/02. A diretoria informou ainda que convocará, em breve, junto ao Conselho Fiscal, assembleia específica para falar sobre a prestação de contas do sindicato.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 08 Fevereiro 2018 14:45

 

Em função do feriado de carnaval, a Adufmat-Ssind informa que não haverá expediente na sede do sindicato nos dias 12, 13 e 14/02. As atividades serão retomadas a partir da quinta-feira, dia 15/02.

 

 

Adufmat-Ssind

 

 

Quinta, 08 Fevereiro 2018 10:04

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
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Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. em Jornalismo/USP

Diretor do Instituto de Linguagens/UFMT

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Depois de algum tempo, Mato Grosso realizou um significativo concurso público para a Secretaria da Educação (Seduc). Há muito, vinha-se lançando mão do professor interino. Recompor o quadro de profissionais efetivos era demanda urgente.

Dentre os aprovados, principalmente para a capital, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ocupou quase todas as vagas.

Para o corpo docente e servidores técnico-administrativos do Departamento de Letras, do Instituto de Linguagens, não sem lembrar dos colegas aposentados e/ou falecidos, o resultado não poderia ter sido melhor. Ele traduz a importância do rigor acadêmico. Diante das dificuldades pelas quais passam as instituições públicas, ver o desempenho de nossos estudantes é enorme recompensa. 

Ainda em clima de comemorações, tomo a liberdade para me dirigir, primeiramente, a todos os aprovados; depois, ao Secretário da Educação e ao Governador.

Aos aprovados, antes de tudo, meus cumprimentos. Na condição de novos servidores públicos, e de uma das pastas mais importantes, espero que cada um adentre a esse espaço com a consciência de que, como servidores do Estado, os interesses públicos devem sempre se sobrepor a quaisquer outros.

Cada atividade deve ser preparada com o maior respeito que um professor deve ter para com seus estudantes, em geral, filhos dos trabalhadores; logo, cidadãos pertencentes às camadas sociais mais exploradas. Façam todo empenho para que seus alunos – por meio de suas aulas, pagas pelo erário – tenham o melhor preparo para a vida. Nunca lhes deem migalhas do saber; eles precisam da completude do alimento. Para isso, oponham-se às teorias fugidias do ensino. Lutem pela qualidade da educação pública, gratuita e laica.

Ser professor não é tarefa fácil em sociedades eticamente deterioradas, como a nossa, mas com certeza é oportunidade ímpar que a vida oferece a um certo contingente de cidadãos. A nobreza dessa profissão é indiscutível; todavia, na educação, quase tudo é adversidade. Bem por isso, assim como Gonzaguinha, “eu acredito é na rapaziada, que segue em frente e segura o rojão...”

Agora, dirijo-me aos gestores deste difícil momento político em MT, não antes sem reconhecer a importância de terem encaminhado o concurso público até aqui. Espero que todos os aprovados sejam rapidamente empossados. Nossa educação precisa ser resgatada dos patamares rasteiros em que se encontra. Não há mais tempo a perder.

Aproveito para registrar, de antemão, que o esforço acadêmico dos aprovados nesse concurso não será recompensado com os salários que, conforme o edital, serão por eles percebidos.

Infelizmente, esse tópico não é questão menor; se fosse, outro contingente de alta qualidade não teria deixado de concorrer às vagas ofertadas. Dos que conheço, a perda é relevante. Um deles, em especial, me disse que não sobreviveria com a remuneração proposta, pois já constituiu sua família. Continuará, portanto, como técnico-administrativo no Detran, onde já foi anteriormente aprovado em outro concurso. Isso é perda para a educação. Academicamente, ele se formou – e bem – para ser professor.

Senhores dirigentes políticos do Estado, a valorização dos professores tem de sair do plano das retóricas. MT bem que poderia ser exemplo ao país. Não seria digno?

Encerro, apostando na compreensão dos senhores que, neste momento, dirigem politicamente o nosso Estado, para o qual, com respeito, as universidades entregam, agora, o melhor de seu trabalho.    

Quinta, 08 Fevereiro 2018 10:00

 

Após o governo federal anunciar, por meio da imprensa, que pretende votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, da Reforma da Previdência, em 28 de fevereiro, os Servidores Públicos Federais (SPFs) mantiveram a realização do Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações em 19 de fevereiro e decidiram, também, por convocar as categorias para realizar um Dia de Paralisações contra a Reforma da Previdência, em 28 de fevereiro. 

A decisão foi tomada em reunião conjunta do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), realizada na tarde de quarta-feira (7), em Brasília (DF). Os fóruns avaliaram a Reunião Ampliada que aconteceu no final de semana e traçaram novas táticas de luta contra os ataques à Previdência. 

Além de manter o Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações em 19 de fevereiro – data em que a PEC deve começar a ser discutida no Congresso Nacional – os servidores irão lançar, nessa mesma data, sua Campanha Salarial de 2018 no mesmo dia, em ato político em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), em Brasília. Antes, pela manhã, os dois fóruns se reunirão na capital federal para afunilar os debates. 

Já no dia 28, caso a PEC entre em votação, os fóruns realizarão um Dia de Paralisações. Foram enviadas às centrais sindicais cartas ressaltando a necessidade de construção de uma Greve Geral para barrar os ataques à Previdência e aos serviços públicos.

Jacob Paiva, 1º secretário do ANDES-SN, esteve presente na reunião de Fonasefe e Fonacate e ressaltou a importância da mobilização para impedir a aprovação da PEC. “O ANDES-SN já enviou circular pedindo que seções sindicais se envolvam na construção do dia 19, e a partir do dia 20 avaliaremos a construção da mobilização e das paralisações no dia 28 de fevereiro”, disse o docente. 

Apresentada emenda aglutinativa à PEC 287
O deputado Arthur Maia (PPP-BA), relator da Reforma da Previdência, apresentou na manhã de quarta-feira (7) uma Emenda Aglutinativa Global à PEC 287. O texto reúne a proposta com o substitutivo adotado pela Comissão Especial e com as emendas apresentadas. As mudanças nas regras de transição para servidores públicos foram excluídas do texto.

Em relação ao texto da reforma que foi aprovado na comissão especial no ano passado, a nova emenda retira qualquer menção ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e exclui as mudanças relativas aos trabalhadores rurais. O novo relatório mantém a idade mínima de 65 anos, no caso dos homens, e 62 anos para as mulheres, e diminui de 25 para 15 anos o tempo de contribuição necessário para ter acesso ao benefício da aposentadoria no regime geral da Previdência.

Confira aqui a Emenda

 

Fonte: ANDES-SN (Com informações de EBC e Fasubra)