Segunda, 13 Setembro 2021 12:00



 

“Nada é tão ruim que não possa piorar”. A frase popular, que ganhou ainda mais sentido no governo Bolsonaro, resume bem a situação da inflação no país. Mais uma vez, a alta no custo de vida bateu recorde e o índice de aumento nos preços registrado em agosto (0,87%) é o maior para o mês, em 21 anos.

 

Os temidos dois dígitos na inflação estão próximos da realidade. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registra 9,68%. O valor está muito acima do teto estabelecido pela própria equipe econômica de Bolsonaro, calculado em 3,75%.

 

Para os mais pobres a situação é trágica. Isso porque alguns itens essenciais às famílias brasileiras subiram muito acima da média, em especial, a alimentação. O resultado é conhecido: perda de renda, menor qualidade de vida e, para muitos, a fome.

 

O feijão está 40,3% mais caro. O arroz 32,7%. A carne, cada vez mais rara no prato, 30%. Mas o campeão é o repolho que acumula alta de 75,3%. O óleo de soja segue o mesmo caminho, ficando 67,7% mais caro no último mês.

 

Segundo o IBGE, a inflação também está mais disseminada, ou seja, atinge cada vez mais itens do consumo brasileiro. Transportes (1,46%), alimentação (1,39%), vestuário (1,02%) artigos de residência (0,99%), habitação (0,68%), despesas pessoais (0,64%), educação (0,28%) e comunicação (0,23%) também estão mais caros.

 

Vilões: gás de cozinha e gasolina
Sem dúvidas, os vilões do orçamento do trabalhador brasileiro são o gás de cozinha e a gasolina. O botijão de gás, fundamental para as famílias, registra alta de 31,7%. Já a gasolina, no acumulado dos últimos 12 meses, 39,1%.

 

Em agosto, só a gasolina, com alta de 2,80%, foi responsável por 0,17 ponto percentual da inflação mensal, sendo o item com o maior impacto individual sobre o índice. O cenário é resultado direto da política de preços assumida pela Petrobras no governo Bolsonaro.

 

Conta de luz
A hora de pagar a tarifa de energia elétrica virou um pesadelo para o brasileiro a partir de julho, quando registrou 7,88%. Em agosto, a inflação do item ficou em 1,1%, mas a situação tende a piorar novamente, visto que a partir de setembro a bandeira vermelha custará 49% mais cara em relação ao último mês.

 

Fora Bolsocaro
As manifestações que ocorrem há meses pela saída de Jair Bolsonaro e sua corja são também um grito da população contra a piora na qualidade de vida. Desde o dia em que assumiu o comando do país, até hoje, a queda na renda do brasileiro foi de 10%.

 

Por isso, a CSP-Conlutas segue firme no chamado a toda população. É preciso dar um basta neste governo de fome, miséria, desemprego e desrespeito à democracia.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Quinta, 21 Fevereiro 2019 10:21

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Aldi Nestor de Souza*
 

Hoje eu senti vontade de chutar os testículos de um coleguinha. Só não o fiz porque eu não tava com meu sapato de bico fino e chutar testículos é uma coisa que eu levo muito a sério, só faço de forma apropriada, com os equipamentos certos.

Tudo só porque ele me disse que era um liberal. E que, portanto, defende a liberdade de mercado e a ampla concorrência.

Eu disse que esse negócio de liberdade de mercado, com 5 pessoas tendo a mesma riqueza da metade da população mais pobre do país, como é o caso do Brasil, ou daquele 1% que detém 82% da riqueza do mundo, era uma balela e uma enganação que só alguém muito desorientado pode defender.

Ele reagiu com o argumento de que o mercado se auto regula e que portanto cabe ao estado não atrapalhar o desenvolvimento e tal e tal e tal.

Foi nessa hora que mirei os testículos dele. Não sei de onde tirei essa ideia de que um chute nos testículos pode ensinar noções de economia política a alguém. Eu até acho que não ensina, mas a vontade aparece assim do nada. Às vezes a vontade é de chutar a canela. Hoje, os testículos. Vai ver depende do dia. O fato é que quando mirei as bolas do indivíduo me lembrei de que não estava com o sapato certo e me contive.

Foi por pouco.

Quando um trabalhador, assalariado, se define como liberal eu fico muito encucado e achando que a gente é uma espécie que não deu certo. Chego a achar que melhor seria se fôssemos todos um bando de pés de jerimum.

 

*Aldi Nestor de Souza
Professor do departamento de matemática/UFMT-CUIABÁ
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