Terça, 20 Fevereiro 2018 12:28

 

Devido à intervenção militar no Rio de Janeiro, a discussão sobre a Reforma da Previdência está suspensa, por ora. No entanto, não se pode descartar a possibilidade de que as jogatinas entre Congresso Nacional e Executivo deem conta de retomar esse desastroso projeto, a toque de caixa.

 

Por isso, docentes federais foram às ruas nessa segunda-feira, 19/02, realizando mobilizações diversas em todo o país.

 

 

 

Em Cuiabá, o dia começou com duas atividades. Por volta das 8h, militantes de diversas entidades sindicais e movimentos sociais se reuniram em frente a sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), localizado no centro da capital mato-grossense, para denunciar os riscos da contrarreforma proposta pelo Governo Temer.

 

O diretor da Adufmat – Seção Sindical do ANDES, Reginaldo Araújo, fez uma intervenção destacando o trabalho fechado das instituições estatais para beneficiar o Capital em detrimento dos trabalhadores.

 

 

“Estamos mobilizados tendo a clareza de que o Congresso, o presidente e o Judiciário são aliados. Todas as vezes que nós, trabalhadores, disputamos dentro do STF [Supremo Tribunal Federal], nós perdemos. E perdemos porque ali tem gente para garantir os interesses do Capital”, afirmou o diretor.

 

No mesmo período, servidores e estudantes que estavam no Instituto de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Federal de Mato Grosso encontraram um debate sobre o tema, promovido no saguão, pela professora do Serviço Social, Lélica Lacerda.

 

“A gente conseguiu abordar questões muito importantes, desde a crise, do golpe, à intervenção militar, detalhando a Reforma da Previdência”, afirmou a docente.  

 

Também foram distribuídos, tanto no centro de Cuiabá quanto na universidade, panfletos elaborados pela Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas). Clique aqui para ler a versão digital do panfleto.

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 19 Fevereiro 2018 17:50

 

“Malditas sejam todas as cercas”, repetiram por diversas vezes trabalhadores e estudantes na tarde da última sexta-feira, 16/02, no auditório da Adufmat – Seção Sindical do ANDES. Entre poemas e versos, a frase marcou o início da homenagem aos 90 anos de luta de Pedro Casaldáliga, em defesa da terra e dos povos oprimidos.

 

A vida do bispo que nasceu na Catalunha, ligado à Teologia da Libertação, é uma mistura de persistência, força, rebeldia, desafios entre as contradições da igreja e esperança. Na região de São Félix do Araguaia, onde se instalou na década de 1960, enfrentou de forma destemida a dura realidade da população indígena e de trabalhadores rurais. Chegou a ser ameaçado de morte pelo governo militar e por latifundiários.  

 

“A luta de Dom Pedro é reconhecida internacionalmente. Há quem desconheça, mas nós estamos falando aqui de um forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz”, comentou o professor José Domingues de Godoi Filho, um dos organizadores do evento. Em 2003, como presidente da Adufmat-Ssind, Godoi foi um dos principais articuladores para que a Universidade Federal de Mato Grosso concedesse seu primeiro título de Doutor Honoris Causa à Casaldáliga.

 

“Se Pedro não estivesse naquela região, provavelmente os indígenas que vivem ali teriam sido dizimados”, afirmou um dos convidados para a Roda de Prosa, o professor Paulo da Rocha. É na região de São Félix do Araguaia que está localizada a Terra Indígena Xavante-Marãiwatsédé, conhecida pelos intensos conflitos agrários.

 

O professor destacou, ainda, a importância da presença do discurso de Casaldáliga nas universidades, ressaltando as pesquisas de mestrado e doutorado, no Brasil e no mundo, que reconhecem a luta do bispo.

 

A relação com a Igreja também aparece como um ponto de turbulência na vida do homenageado. A mesma instituição que o defendeu da morte, diante das ameaças da ditadura, também tentou cerceá-lo, impondo o “silêncio obsequioso”, e uma série de outros compromissos. Essa investida é relatada no filme Descalço Sobre A Terra Vermelha, com trechos do interrogatório ao qual o bispo foi submetido em 2005. Em determinado momento, o então cardeal Joseph Ratzinger – mais tarde, papa Bento XVI - questiona o que Pedro sente ao saber que suas ideias são partilhadas pelo comunismo. “O que o senhor sente ao saber que as ideias da Igreja são partilhadas pelo capitalismo?”, responde Casaldáliga (clique aqui para ler uma entrevista de Casaldáliga sobre o interrogatório).

 

Também participaram da Roda representantes da Prelazia de São Félix do Araguaia, que destacaram a sensibilidade de Casaldáliga em favor dos povos oprimidos, e os esforços para viabilizar uma educação ampla e emancipatória à classe trabalhadora. “Nós tínhamos de esconder livros no meio do mato quando os militares chegavam reviravam tudo”, disse a professora Lourdes Jorge, que conviveu e trabalhou com o religioso nos primeiros anos de sua trajetória profissional.    

 

Além da Prelazia de São Félix do Araguaia, que completará 50 anos em 2019, Casaldáliga é o grande responsável pela existência do Conselho Indígena Missionário (CIMI), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Romaria dos Mártires, entidades que resguardam importantes espaços de expressão e resistência da população indígena, trabalhadores do campo, quilombolas, entre outros.

 

A atividade é considerada parte das comemorações dos 40 anos da Adufmat-Ssind, que também atua na defesa dos trabalhadores rurais e urbanos, contra as investidas do Capital, desde a sua fundação, em 1978. 

 

GALERIA DE IMAGENS 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 19 Fevereiro 2018 14:40

 

A diretoria do ANDES-SN condena veementemente, e conclama a todo(a)s a lutar contra a intervenção militar decretada pelo ilegítimo governo Temer no estado do Rio de Janeiro, a partir de negociações com o governador Pezão. Com mais essa medida autoritária, que se junta a outras tantas já realizadas, o governo federal transita por um caminho perigoso que aponta na direção da criminalização e da militarização da sociedade, dos movimentos sociais populares e da população pobre e negra.

O estado do Rio de Janeiro se confirma como um laboratório avançado das políticas neoliberais de corte dos investimentos sociais, atingindo particularmente os serviços sociais e especialmente a educação e a saúde. Isto se materializa nos altos índices de desemprego e miséria causados pela falta de investimentos, pela privatização de empresas e serviços públicos, pela paralisia dos serviços básicos para a população que mais precisa, e pela vergonhosa situação de atraso dos salários do(a)s servidore(a)s público(a)s.

Com a militarização federal, os governos e as elites insistem num caminho já trilhado e fracassado de enfrentamento da questão social por meio da repressão. A violência social que enfrenta cotidianamente a população do estado do Rio de Janeiro e do Brasil, com destaque para a já instaurada militarização das favelas cariocas, produto do histórico descaso dos governos e dos grupos econômicos dominantes com as camadas pobres da população e a equivocada política de “combate às drogas”, tem-se agravado pela severa crise econômica, social e moral que a sociedade brasileira enfrenta com o fracasso das políticas neoliberais e dos governos de conciliação de classe.

Em particular no estado do Rio de Janeiro, esta situação fica muito visível pela sua projeção nacional e internacional, e expressa o fiasco das obras de maquiagem realizadas por ocasião da Copa das Confederações (2013), da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016), que tiveram forte resistência da população, expressa, particularmente, nos grandes protestos de junho de 2013. Obras superfaturadas que não trouxeram quase nenhum benefício para o(a)s habitantes do estado do Rio de Janeiro, mas que engrossaram as fortunas de integrantes dos governos e das grandes empreiteiras envolvidas em escandalosos casos de corrupção, como evidenciado no caso do anterior governador, secretários estaduais e da atual cúpula da Alerj.

Fracasso também da política de segurança pública das UPP, apresentadas como uma solução inovadora de controle do território por parte do estado, amplamente publicizada e comemorada pela grande mídia, porém, condenada pelos movimentos sociais que lutam pela reforma urbana popular, como defende o ANDES-SN. Esse projeto, que não resistiu à prova da história, desmoronou, impulsionando o estado a novas investidas militarizadas. As UPP deixaram uma profunda marca de violência policial nas comunidades onde foram instaladas e de criminalização da vida cotidiana e da cultura do(a)s trabalhadore(a)s que nelas moram. Ficou demonstrado mais uma vez, que são as políticas de investimento, emprego, renda, moradia popular, serviços públicos de qualidade, entre outras, as que podem amenizar a situação de miséria e violência, na contramão das políticas praticadas nestas últimas décadas.

Nem o governo federal, nem os estaduais, nem as câmaras legislativas e nem as cortes judiciais, comprometidos com essa quadrilha que ocupa a máquina estatal, vão enganar o povo com tais medidas, feitas de olho no calendário eleitoral, desviando a atenção dos graves e profundos problemas que afetam o(a)s trabalhadore(a)s. Em particular, a pauta da contrarreforma da previdência que paira como mais uma ameaça para a vida e sobrevivência da população mais pobre.

Continuaremos a lutar pela revogação da EC 95, que estabelece o teto para os investimentos sociais, contra as terceirizações e pejotização do emprego, a contrarreforma trabalhista, e pelo enfrentamento, neste e no governo que vier, da contrarreforma previdenciária. Construiremos um grau ainda superior de unidade entre o(a)s trabalhadore(a)s, na luta contra a criminalização e militarização das políticas de enfrentamento da questão social, e para avançar na reorganização das lutas da classe trabalhadora, com mobilizações, paralisações, ocupações e greves, na construção de um projeto de nação e sociedade inclusivo, democrático e classista.

Fora Temer! Fora Pezão! Nenhum direito a menos!

Brasília, 19 de fevereiro de 2018
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 17:16

 

Realizado às vésperas do início da votação da contrarreforma da Previdência e após a intensificação dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, o carnaval de 2018 ficou marcado pelo crescimento dos protestos, expressos em sambas enredos, fantasias e marchinhas. Enquanto centenas de blocos de rua, em todo o país, agregaram, à diversão, as críticas ao governo de Michel Temer, um forte desfile da escola de samba fluminense Paraíso do Tuiuti sobre a escravidão ganhou atenção internacional. 

Com o enredo Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?, a escola de samba, que terminou como vice-campeã do carnaval do Rio de Janeiro, trouxe em seu desfile fortes críticas ao presidente Michel Temer, exposto como um grande vampiro, à Reforma Trabalhista e aos manifestantes com camisas da seleção que pediam o impeachment de Dilma Rousseff. A escola campeã do carnaval do Rio de Janeiro, Beija-Flor de Nilópolis também levou a crítica em seu enredo. A escola apostou em um desfile inspirado na obra “Frankenstein”, com o samba “Monstro É Aquele Que Não Sabe Amar (Os Filhos Abandonados da Pátria Que Os Pariu)” com reflexões e denúncias sobre a corrupção, a violência, intolerância e desigualdade socioeconômica. 

A Estação Primeira de Mangueira, também classifica entre as seis campeãs do Rio, condenou o corte de verbas da Prefeitura do Rio, que neste ano repassou menos dinheiro às escolas de samba, com críticas diretas ao prefeito Marcelo Crivella, no enredo "Com dinheiro ou sem dinheiro eu brinco".
Em Brasília (DF), onde diversos blocos registraram manifestações pelo “Fora Temer”, o destaque foi o tradicional bloco do Pacotão, que, ao completar 40 anos, teve como música tema “O presidente Despirocado”, com versos que tiraram sarro de Michel Temer e seu governo. 

 

Participação docente


Os docentes participaram da festa popular levando as ventarolas produzidas pelo ANDES-SN para o carnaval, que traziam mensagens contra a Reforma da Previdência e contra o assédio sexual. Algumas seções sindicais do Sindicato Nacional também organizaram suas próprias festas e blocos, levando a temática da defesa da educação pública às ruas do país. A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa Seção Sindical do ANDES-SN) realizou o Baile Carnavalesco dos Aposentados da UFPA, no sábado que antecedeu o carnaval (3).

Já a Associação dos Docentes da Universidade Federal da Grande Dourados (AdufDourados – Seção Sindical do ANDES-SN), no Mato Grosso do Sul, organizou um concurso de marchinhas de carnaval com temáticas ligadas à luta pela educação pública. Em Salvador (BA), os docentes da Uneb engrossaram o tradicional bloco Mudança do Garcia, que desfilou na segunda de carnaval (12).

Em Uberlândia (MG), entidades sindicais, populares e de juventude organizaram um bloco contra a atual retirada de direitos orquestrada pelo governo golpista. Intitulado "Não mexe comigo", o bloco reuniu-se, no sábado de carnaval (10), na Praça Sérgio Pacheco, e teve participação da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu – Seção Sindical do ANDES-SN). 

Em outras regiões do país os docentes participaram de festas e blocos, levando a ventarola do ANDES-SN. Além de protestos contra Temer, a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, os foliões também criticaram seus prefeitos, especialmente João Dória e Marcelo Crivella, administradores respectivamente de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), pelas políticas restritivas ao carnaval impostas pelas duas maiores prefeituras do país. 

Fonte: ANDES-SN (com imagens de Adufu-SSind e informações das seções sindicais, do El País e Esquerda Online).

 

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 16:58

 

Após forte campanha com ações e greves nas fábricas, os metalúrgicos na Alemanha conquistaram importante reivindicação da categoria nesta terça-feira (6), ao garantirem um acordo coletivo que reduz a jornada de trabalho de 35 para 28 horas semanais para uma parcela dos trabalhadores, especialmente os que optarem pela alteração para cuidar de crianças, idosos e parentes adoecidos.

 

Ao menos 900 mil metalúrgicos do estado de Baden-Wuerttemberg poderão usufruir da conquista, que também estabeleceu um reajuste salarial de 4,3% para toda a categoria. O acordo tem validade até 31 de março de 2020.

 

Desde o início do ano, uma série de greves atingiu o país, mobilizados pela IG Metal, entidade que representa que representa 3,9 milhões de trabalhadores nos setores metalúrgico e automotivo. A forte campanha envolveu até um milhão e meio de trabalhadores. Empresas como a Airbus, Daimler, BMW e Bosch foram completamente paralisadas com a greve de 24h realizada na última semana.

 

 

Fonte: CSP Conlutas (com informações do Sindmetal-SJC)

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 15:49

 

Conforme deliberação da assembleia geral realizada no dia 08/02, e em consonância com o histórico de lutas da categoria docente contra a retirada de direitos trabalhistas e sociais, a Adufmat-Ssind divulga a programação das atividades que serão realizadas na próxima segunda-feira, 19/02, Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência.

 

8h – Mobilização com outras entidades na frente do INSS – centro de Cuiabá;

14h – Concentração na Adufmat-Ssind para distribuição de equipes para entrega de panfletos;

Entre tarde e noite – debates sobre a Previdência em diferentes locais da UFMT, ainda em período de organização.

 

O sindicato ressalta que a participação de todos é fundamental, convocando os estudantes para os debates e demais atividades, mesmo que a votação do projeto esteja suspensa por ora, devido à intervenção militar no Rio de Janeiro.

 

 

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Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 09:56

 

De acordo com levantamento, 9 veículos de maior audiência estão sob controle de grupos religiosos

No início de fevereiro, foi lançado em Brasília (DF) um estudo que aponta os principais controladores da mídia brasileira. São mais de 50 grupos de comunicação sob o comando de um nicho seleto de empresários, políticos e famílias brasileiras. O agronegócio, o mercado financeiro e mercado imobiliário são os maiores grupos controladores. O levantamento foi realizado pelo Coletivo Intervozes, em parceria com a organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras.

Através da plataforma quemcontrolaamidia.org.br é possível visualizar quais são as famílias, os parlamentares e grupos religiosos que têm propriedade dos principais veículos comerciais de comunicação e o controle político da mídia por meio de verba publicitária. O estudo aponta, por exemplo, que grupos religiosos de matriz cristã têm aumentado sua participação no controle de mídias após Constituição de 1988. Atualmente, dos 50 veículos de maior audiência ou capacidade de influenciar o público, ao menos 9 são controlados por lideranças religiosas católicas ou evangélicas.

O levantamento revela ainda o grave problema da transparência na difusão de informações. “A campanha Agro é Pop é um exemplo. Não é uma campanha neutra ou cívica, há outro interesse pelo consumo dessa informação se você vir os grupos de agronegócio que controlam a emissora”, disse André Pasti, um dos coordenadores da pesquisa. “Outro dado importante, 90% das fontes usadas no Jornal Nacional foram de grupos favoráveis à reforma da previdência”, relatou.

Ainda segundo Pasti, “a ideia é entender os riscos da não pluralidade da mídia, entendendo que também é um risco à democracia”. Os dados foram garimpados junto ao poder público, por meio de vários pesquisadores e com apoio de diversos órgãos, incluindo a Procuradoria Geral da República, onde a pesquisa foi lançada.

“Foi um labirinto”, disse Jonas Valente, membro do Intervozes, que participou da coleta de dados. Somente três veículos responderam a pesquisa e poucos dados foram fornecidos de forma transparente pelas próprias mídias.

MOM
A pesquisa Media Ownership Monitor foi realizada em 22 países, sendo o Brasil o local onde o quadro geral tem o pior cenário constatado. De acordo com os organizadores, o país apresentou indicadores alarmantes em todos os pontos analisados. “Nosso sistema de mídia mostra alta concentração de audiência e de propriedade, alta concentração geográfica, falta de transparência, além de interferências econômicas, políticas e religiosas”, diz a página de apresentação do estudo.

 

Fonte: ANDES-SN (com informações da Mídia Ninja e Congresso em Foco)

 

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 09:39

 

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*

 

Há poucos dias, por ocasião da quarta feira de cinzas, dia 14 deste mês de fevereiro de 2018, em uma solenidade que contou com a presença do Presidente e Secretário Geral da CNNB, da Ministra Carmen Lúcia, presidente do STF – Supremo tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, do Presidente da Comissão de Justiça e Paz da CNBB e do Deputado Molon, Presidente da Frente Parlamentar de prevenção da violência e pela redução dos homicídios, da Câmara Federal, na Sede da CNBB e diversas outras pessoas, em Brasília foi lançada oficialmente a Campanha da Fraternidade de 2018, cujo tema é “Fraternidade e a superação da violência”.

Todas as autoridades presentes foram unânimes quanto à importância de, novamente, trazer para a agenda nacional uma discussão mais profunda e não apenas pontual, como geralmente tem ocorrido, sobre a questão da violência, suas causas, consequências e os caminhos que devemos trilhar para que a superação deste problema e desafio nacional possa ser encontrada.

O lançamento da campanha da fraternidade coincide com uma onda crescente de violência que se abate sobre o país como um todo, de norte a Sul, de leste a oeste, todos os estados, todas as capitais, regiões metropolitanas, meio rural e áreas urbanas que estão dominadas pelo banditismo, ante a omissão ou incompetência de nossos governantes no enfrentamento deste grave problema.

As forças se segurança e de repressão, tanto as polícias civis quanto militares e os organismos de repressão do governo federal, incluindo as Forças Armadas, as Polícias Federal e Rodoviária Federal, a Guarda Nacional estão levando um verdadeiro baile, perdendo de dez a zero para o crime organizado, para o  novo cangaço e para a corrupção que faz parte e ao mesmo tempo alimenta a violência, o tráfico de drogas, de armas e de pessoas e a contravenção.

O Rio de Janeiro é o palco principal onde uma verdadeira Guerra civil que já está estabelecida, onde, nem mesmo a presença ostensiva das Forças Armadas consegue intimidar os bandidos que dominam praticamente todos os morros, todas as favelas ou comunidades e territórios, fazendo da população humilde, trabalhadora e honesta reféns do crime organizado

Há poucos dias os grandes jornais estamparam em suas manchetes que bandidos deram ordem para que um centro de treinamento da Marinha, na Av Brasil não fizesse muito barulho quando dos exercícios físicos e bandidos armados subiram no muro da unidade da marinha e abriram fogo contra as instalações militares. Na verdade até mesmo as forças de repressão policias e militares estão ficando a cada dia mais encurraladas.

A situação do Rio de Janeiro praticamente já escapou do controle dos poderes constituídos, razão pela qual há poucas semanas, por diversas vezes, o próprio Ministro da Defesa disse com todas as letras que a segurança pública, no modelo atualmente existente, esta falida.

Durante o carnaval a bandidagem fez a festa no Rio de Janeiro, arrastões diários nas praias, nos meios de transportes, nas ruas, avenidas, praças da cidade aterrorizaram não apenas turistas mas também a população que reside na cidade do Rio de Janeiro e outras cidades do interior e da região metropolitana.

Poucos dias antes do carnaval por diversas vezes o crime organizado, ;por iniciativa própria ou durante confronto com forças policiais fecharam as linhas amarela, vermelha, av Brasil e outras vias estruturais da cidade do Rio de Janeiro, levando o pânico aos motoristas e passageiros de veículos particulares ou coletivos.

Toda esta violência pode ser vista ou ouvida em tempo real, pela televisão e pelas redes sociais, onde o som ensurdecedor de fuzis, metralhadores dão a nítida impressão de que a população do Rio de Janeiro e tantas outras cidades onde o crime organizado já se estabeleceu de fato, está vivendo em áreas de conflitos armados e tiroteios como na Síria, no Iraque ou outros países do Oriente Médio, que vivem em guerras declaradas.

Como enfatizado pelo Presidente da CNBB, não cabe à Igreja e nem à população, desarmada, enfrentar a bandidagem que porta fuzis, metralhadoras, lança granadas e atacam em plena luz do dia, não apenas a população mas também instalações e as forcas da repressão. Cabe sim, ao Governo Federal e aos Governos Estaduais e municípios cumprirem seus papeis na manutenção da ordem pública, na garantia da lei e da ordem (GLO) e no combate ao crime organizado.

À sociedade civil, às famílias, às Igrejas cabe muito mais um trabalho preventivo, educativo, cujos frutos demoram anos ou décadas para que seus efeitos possam ser notados. Se os poderes públicos e a segurança pública estão em processo de falência total, não resta dúvida que o próximo passo será o crime organizado tomar o poder nacional, como já esta feito com o Sistema prisional, onde quem manda são os presos, dando inclusive ordens para ação de seus comparsas que continuam for a da cadeia e ditar suas normas e ordens, como atualmente fazem nas favelas do Rio de Janeiro e em várias outras cidades brasileiras.

Estamos na iminência de vermos uma associação entre o crime organizado, a bandidagem comum e a corrupção politica. A união entre o crime organizado e a criminalidade de colarinho branco não vai demorar e ai, sim, estaremos perdidos, com já acontece em diversas países da América Latina e da África. Será este o nosso destino?


*JUACY DA SILVA, professor universitário, aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veículos de comunicação. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com twitter@profjuacy

 

Sexta, 16 Fevereiro 2018 09:36

 

Circular nº 024/18

Brasília(DF), 9 de fevereiro de 2018

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN

 

                      Companheiro(a)s,

 

 

            Convocamos a reunião do Setor das IFES com as seguintes informações:

Início: 10 de março às 09h

Término: 11 de março às 14h

Local: Sede do ANDES-SN (Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Edifício Cedro II, bloco C, 5º Brasília-DF)

 

Pauta:

1) Informes;

2) Avaliação da conjuntura, encaminhamentos do 37º Congresso do ANDES-SN e deliberações do FONASEFE;

3) Encaminhamentos;

4) Outros assuntos.

 

Solicitamos que as seções sindicais enviem para a Secretaria do ANDES-SN, até o dia 8 de março as informações relativas a:

1 – Levantamento da situação de implementação de RSC na sua unidade; incluindo o pagamento de valores retroativos e a ocorrência de mecanismos de impedimento de liberação para qualificação de docentes que requisitaram o Reconhecimento de Saberes e Competências;

2 – Forma de participação das seções sindicais nas etapas da CONAPE.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Prof. Francisco Jacob Paiva

1º Secretário

 

Quinta, 15 Fevereiro 2018 16:31

 

 

O Sintuf-MT e a Adufmat-Seção Sindical do ANDES intensificaram a campanha contra a proposta de Contrarreforma da Previdência apresentada pelo governo Michel Temer. Na última semana, várias faixas foram afixadas na lateral do campus da UFMT em Cuiabá, e também o serão nos campi de Sinop e Araguaia. Além disso, cinco outdoors foram espalhados na capital mato-grossense com recados aos deputados e senadores: a Previdência Social é um direito, e quem retira direitos não merece o voto dos trabalhadores.

 

Na próxima segunda-feira, 19/02, os trabalhadores e estudantes da universidade participarão de mais um dia de mobilização e protestos contra a proposta, que poderá ser apresentada e discutida nessa data.

 

Para o coordenador de Formação do Sintuf-MT, Fábio Ramirez, o momento é decisivo para impedir que a Reforma da Previdência avance. "Os parlamentares sabem que a sociedade está contra essa proposta, sabem que não existe déficit, que tudo é uma grande jogada para ampliar os lucros bilionários do sistema financeiro e capital especulativo. Estão tentando vender os recursos da aposentadoria, do povo brasileiro. Temos que intensificar a luta para que os parlamentares não tenham a coragem de roubar o futuro da população", afirmou o servidor.

 

"Acreditamos que o Governo Federal não tem conseguido garantir os votos para aprovação da Reforma da Previdência em decorrência das grandes pressões e movimentações que a sociedade organizada tem realizado contra a proposta. Nesse momento, é estratégico intensificar a campanha para fortalecer o nosso posicionamento contrário aos deputados, deixando claro o recado da população, que é se votar contra os direitos do trabalhador, não volta nas eleições de 2018", destacou o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo.

 

Ao todo, a campanha conta com 36 faixas com frases de efeito. Em muitas delas, o lucro bilionário de bancos e empresas no ano de 2017 contrapõem suas dívidas milionárias com a Previdência Social, perdoadas e/ou parceladas pelo Governo Temer. "A CPI da Previdência provou em seu relatório que não existe déficit, mas um outro ponto chamou a atenção: as empresas possuem dívidas milionárias com Previdência. Se o Governo cobrasse o que os bancos devem, o 'suposto' déficit já estaria resolvido", observou a coordenadora jurídica do Sintuf, Luzia de Melo.

 

Os outdoors da campanha estão localizados na Avenida Fernando Corrêa da Costa (próximo ao edifício Vitória Régia), Avenida das Torres (próximo à ponte D. Bonifácio), Avenida Beira Rio (em frente a Unic/Unirondon), Avenida Miguel Sutil (próximo à rotatória da Miguel Sutil com a Jurumirim), e Avenida do CPA (próximo ao Hospital Universitário Júlio Müller).     

 

Assessoria de Imprensa do Sintuf-MT (com edição da Adufmat-Ssind)