Sexta, 20 Outubro 2017 17:58

 

A Faculdade de Enfermagem e o Centro Acadêmico de Enfermagem da UFMT, campus, Cuiabá, promoveram nesta segunda feira, dia 16/10/2017, uma reunião com entidades representativas da categoria, cursos e estudantes de Enfermagem para discutir o exercício profissional.

 

A reunião foi chamada tendo em vista uma recente decisão liminar movida pelo Conselho Federal de Medicina – CFM que, na prática, visa impedir a Enfermagem de solicitar exames dos usuários dos serviços de saúde. A decisão foi proferida pelo  juiz federal Renato C. Borelli, juiz substituto da 20ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), em consideração ao processo ajuizado pelo CFM contra a União, que “deferiu a tutela de urgência para suspender parcialmente a Portaria nº 2.488 de 2011, tão somente na parte que permite ao enfermeiro requisitar exames”.

 

A reunião contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas, entre enfermeiras da rede de saúde do estado, docentes e estudantes da UFMT, UNIC, UNIVAG, ICEC e FAUCC, além das entidades representativas da categoria como a Associação Brasileira de Enfermagem-MT, o Conselho Regional de Enfermagem-MT, o Sindicato de Enfermagem-MT e o Sindicato dos Servidores Públicos de Saúde de MT.

 

Na oportunidade foram discutidas as repercussões sobre a referida decisão, especialmente para a prática profissional das Enfermeiras e Enfermeiros atuantes na rede pública, para o ensino de Enfermagem e os prejuízos para a execução dos diversos programas desenvolvidos pela Política Nacional de Atenção Básica.

 

Durante a reunião foi considerado que a posição do CFM revela a defesa de uma pauta corporativista e mercadológica, que não considera a realidade brasileira e as necessidades de saúde da população, ignora os indicadores epidemiológicos, nega a integralidade do cuidado e não tem compromisso com os princípios da Reforma Sanitária Brasileira e com o SUS.

 

Foi um consenso de que a medida repercute com grandes prejuízos à saúde da população brasileira uma vez que compromete a concretização dos diversos programas de saúde pública da Atenção Básica, tais como: a Assistência à saúde da criança e adolescente, Saúde da mulher, incluindo pré-natal, Assistência ao puerpério, Assistência para rastreamento de câncer de colo de útero e de mama, Planejamento reprodutivo, a Abordagem sindrômica das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), a Assistência a usuários com Tuberculose ou Hanseníase, a Assistência a usuários com doenças crônicas e  Assistência à vítima de violência ou acidentes com material biológico. Estes programas têm a participação das Enfermeiras em seu processo de cuidado, incluindo a solicitação de exames e outros procedimentos constantes em protocolos, todos aprovados e apoiados em evidências científicas.

 

Como encaminhamentos da reunião foi constituído um grupo de representantes de entidades para, junto ao COREN-MT, elaborarem uma nota orientativa para os profissionais que atuam na rede de saúde, diante da medida judicial.

 

A categoria também vai solicitar uma audiência pública junto à Assembleia Legislativa do estado para discutir a situação do exercício profissional de Enfermagem.

 

A categoria deverá se reunir novamente na próxima segunda feira, dia 23/10/2017, às 14 horas na UNIC (Auditório da UNIC 2 - antiga Unirondon), quando pretendem avaliar a situação e aprovar uma carta-manifesto do movimento em defesa da sua prática profissional e do SUS.

 

 

Assessoria do evento

Terça, 12 Setembro 2017 17:32

 

  

Sim, a conta chegou, a UFMT cresceu. A retirada de recursos públicos para investir no privado, política utilizada pelos governos desde a década de 1990, fez com que tenhamos medo, agora, de que se efetive uma tragédia anunciada. Por isso, é hora de uma mudança de mentalidade. É hora de investir mais no ensino público de nível superior.

 

Muitos podem dizer: “Ah, mas o custo é muito alto e os recursos são mal distribuídos”. Nada disso. Sabe aquele cartão de crédito que você estoura e quando a fatura chega você paga o valor mínimo? Pois é, é assim que as universidades têm se mantido nos últimos anos, e isso tem consequências.

 

Há um importante fator que nossos burocratas de Brasília fingem esquecer: recursos são finitos. É impossível oferecer um serviço público gratuito e de qualidade, se o orçamento destinado a ele anteriormente, vai cada vez mais para a iniciativa privada. Obviamente essa conta sempre irá aumentar e, com a falsa justificativa de “equilibrá-la”, as propostas serão sempre de cortes no orçamento ou privatização.

 

Segundo dados do MEC, no ranking das 50 melhores universidades do país, apenas quatro são privadas. A primeira colocada entre elas é a PUC Rio, que aparece em 20º lugar. Assim é fácil entender porque as empresas privadas de educação superior querem quebrar o ensino público.

 

Há quem diga que se os políticos não roubassem tanto, daria para pagar. Não, ainda assim não daria, porque a iniciativa privada suga ao máximo os recursos públicos. Basta ver o exemplo da UFMT, que atualmente precisa de R$ 14 milhões para sanar suas dívidas. O mercado, sempre ávido para cumprir sua função primeira de lucrar, tem deixado evidente seu modo de operar junto ao setor público.

 

Será mesmo que a educação privada é competente para garantir educação de qualidade para as pessoas, já que a sua preocupação é puramente comercial? Será que o setor público, que além do ensino oferece pesquisa e extensão (coisa que o setor privado não oferece), visando a ampliação do conhecimento como bem social não faz isso de maneira mais eficiente? Será que sem o direito à educação pública, as empresas de educação não seriam ainda mais perversas, extorquindo dinheiro e aumentando ainda mais as dificuldades de acesso ao ensino superior? Será que investir numa educação tecnicista, voltada para os interesses do mercado, onde todos os valores empregados pretendem ser revertidos ao máximo em lucro para o dono do comércio, seria mesmo um bom negócio para qualquer profissional?

 

Algumas pessoas podem questionar, ainda: mas não seria bom, pelo menos, os ricos pagarem mensalidades? Respondemos com outra pergunta: se os ricos já têm acesso a uma educação de base melhor do que a grande maioria da população, quem teria ainda mais facilidade para ocupar as vagas nas melhores universidades?

 

É o momento de exigirmos que os governos se comprometam, de fato, com a população e parem de utilizar os recursos públicos para privilegiar interesses privados. Isso sim seria introduzir as pessoas em um ensino de qualidade, e não essa distorção que temos atualmente, em que as pessoas são convencidas a participar desses programas que injetam dinheiro público nas faculdades particulares a partir do falso argumento de que as instituições públicas não comportam a todos. É essa política, inclusive, que ainda dificulta o acesso da população aos cursos mais disputados nas federais!

 

E, vamos fazer um exercício de sinceridade? O mercado está mais interessado em pessoas que tenham formação profissional mínima, que trabalhem sem questionar nada, ou será que ele está preocupado com a formação mais ampla, de profissionais que conhecem seus direitos e responsabilidades sociais, que valorizem sua formação e sua força de trabalho?

 

Antes que alguém te fale que investir na educação pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada é loucura, ou coisa de comunista que come criancinha, comece a lembrar, por exemplo, como era nossa telefonia antes da privatização e como estamos hoje. Essas empresas são as que mais causam transtorno à população, liderando as reclamações de serviço nos órgãos de proteção ao consumidor. Ao mesmo tempo perceba que o serviço público, apesar do desmonte promovido em decorrência dos cortes de recursos, continua garantindo o atendimento à população, principalmente nas áreas da saúde e educação.

 

Quando prepondera o interesse da iniciativa privada com relação ao interesse público, o que se vê é precarização e corrupção. Há uma palavrinha mágica que explica os motivos disso: “lucro”. Qual o estímulo que uma empresa privada tem para oferecer qualquer tipo de serviço? Por que uma empresa privada deixaria de aumentar seu lucro para investir o que é realmente necessário para a qualidade do seu produto? Por qual motivo reduziria seu lucro para aumentar os direitos dos funcionários, se eles podem ser demitidos por qualquer movimento que contrarie os interesses da empresa, inclusive reivindicar direitos? Qual o estímulo que um serviço oferecido “em troca de dinheiro” tem para ser bom, se não existe outro gratuito para provar que pode, sim, ser melhor sem a preocupação com o lucro? (E você paga caro através de impostos para que a iniciativa privada se aproprie do Fundo Público).

 

Investir nos serviços públicos é preciso. Quanto maior a relação do Estado com o mercado, maior o prejuízo à população, maior o imposto e, consequentemente, maior a corrupção.

 

 

Diretoria da Adufmat-Ssind

 

 

 

Quinta, 31 Agosto 2017 11:34

 

O mês da visibilidade lésbica termina oficialmente nessa quinta-feira, 31/08, mas a luta por direitos e contra preconceitos é diária e cotidiana no decorrer de todos os dias do ano. A Adufmat – Seção Sindical do ANDES Sindicato Nacional acompanhou e contribuiu com as discussões durante esse mês, dentro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e também em âmbito nacional.

 

Nos institutos de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e Geografia, História e Documentação (IGHD) da UFMT, os dias 29 e 30 foram marcados por debates e manifestações. “Essas atividades foram realizadas por organizações e forças políticas de mulheres que representam a universidade e também o município de Cuiabá, como o Grupo de Estudos Sobre Identidade de Gêneros e Sexualidades, o RUA, Mulheres Resistem, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, a Frente Feminista da UFMT, e a Adufmat-Ssind, por meio do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS)”, explica a professora Qelli Rocha, membro do GT.

 

Além de uma oficina de cartazes para registrar denúncias e demandas do Movimento, as mulheres participaram do lançamento do “Manifesto Aula de Campo SIM, Assédio NÃO”, em parceria com o Centro Acadêmico de Geografia da UFMT, expondo diversos casos de assédio sexual a estudantes do curso. No dia 30/08, também realizaram um debate sobre da importância da organização das mulheres, a partir do filme “Desejos Proibidos”, que retrata a situação da mulher lésbica norte-americana em três períodos: final da década de 1940, meados de 1970 e início dos anos 2000.  

 

“Essas atividades na UFMT coadunam com as orientações do ANDES-SN. São ações de extensão com relação ao Seminário de Diversidade Sexual que foi promovido em Pelotas no último dia 25”, afirmou Rocha.

 

Em Pelotas, Qelli Rocha compôs uma das mesas, provocando a discussão sobre a realidade das mulheres lésbicas e a invisibilidade dessa parcela da população na sociedade, inclusive com relação às políticas públicas essenciais, como assistência de saúde preventiva. “A matriz heterossexista nos apaga de um campo médico da saúde preventiva, por exemplo. Isso porque a gente não existe, porque a gente não faz sexo, ou não deveria fazer. Porque toda relação sexual é pensada a partir da heteronormatividade”, afirmou, no evento.    

  

O período de reivindicações de visibilidade lésbica foi definido em 1996, a partir de um Seminário Nacional de Mulheres Lésbicas e Bissexuais, realizado no Rio de Janeiro.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Com informações do ANDES-Sn

Terça, 15 Agosto 2017 16:35

 

 

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES informa aos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso que há uma nova deliberação do Tribunal de Contas da União (TCU), reconhecendo novamente as atas de defesa de tese e dissertação como comprovantes para solicitação de Retribuição por Título (RT).

 

Há alguns meses, o mesmo Tribunal havia condicionado o direito à apresentação do diploma, o que provocou inúmeros problemas, já que as instituições demoram, no mínimo, seis meses para fornecer o documento (leia mais aqui).

 

Na última reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe), a diretoria da Adufmat-Ssind foi informada pela Secretaria de Gestão de Pessoas da UFMT que, de acordo com o Acórdão de número 5983/17, publicado no Diário Oficial da União do dia 10/07/17 (disponível para download no arquivo nexo abaixo), a universidade seguirá a orientação do TCU e voltará a aceitar a ata de defesa para as solicitações de RT.

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind     

Quarta, 05 Julho 2017 15:47

 

 

Na última semana, os servidores técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fizeram um movimento importante com relação à luta pela implementação da jornada contínua. Eles apresentaram à comunidade acadêmica o resultado de uma pesquisa aplicada na universidade por uma comissão formada por representantes dos técnicos, dos docentes e da Administração. As informações demonstram, entre outras coisas, que o modelo reivindicado pela categoria já é praticado em algumas unidades.

 

A ideia é que os servidores passem a cumprir jornadas de seis horas diárias, e que a UFMT atenda em dois turnos, totalizando 12 horas. Hoje, a carga horaria diária de oito horas e apenas um turno é considerada insuficiente pelos trabalhadores para atender as demandas internas e externas. “Este relatório é a conclusão de um trabalho de quase três anos. O Sintuf/MT percorreu todos os locais de trabalho da UFMT conversando com trabalhadores, gestores e usuários sobre a necessidade da jornada contínua, sobre a melhoria no atendimento e as condições de implementação”, explicou a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-administrativos da UFMT (Sintuf/MT), Leia Oliveira.

 

Durante a apresentação, a coordenadora destacou, ainda, que os resultados indicam a necessidade de contratação e remanejamento de pessoal, e a disposição de 80% dos servidores técnicos em trabalhar conforme as alterações necessárias para a jornada contínua.

 

O presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Reginaldo Araújo, acompanhou a apresentação e registrou a solidariedade dos professores da universidade à luta dos técnicos. “Gostaria de parabenizar toda a categoria por esse passo importante. Nós construímos juntos uma luta histórica em defesa da Educação Pública. A UFMT é hoje a melhor instituição de ensino desse estado, e isso se deve ao trabalho dos técnicos, dos professores e dos estudantes ao longo de todos esses anos. Se a defesa da jornada contínua garantirá ao servidor melhor qualidade de vida, se assim a categoria entende, nós somos parceiros”, afirmou Araújo.

 

A reitora da universidade, professora Myrian Serra, também presente na apresentação, afirmou que ainda há algumas limitações, mas há, sobretudo, disposição para verificar alternativas de trabalho para os técnicos. “Esse é um momento muito importante. É uma demanda da própria gestão investigar as possiblidades de abrir a universidade por mais tempo para atender a comunidade acadêmica e a sociedade em geral”, garantiu a reitora. O documento apresentado será levado ao Conselho Universitário, para que um grupo de trabalho analise e emita um parecer sobre a possibilidade de implementação da jornada contínua.

 

Também participaram da apresentação realizada no dia 27/06 o vice-reitor da UFMT, Evandro Soares, o pró-reitor Administrativo, Bruno Moraes, e o secretário de Gestão de Pessoas, Domingos Sant’Ana.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind   

 

 

Quarta, 03 Maio 2017 14:34

 

         A Congregação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), em acordo com reunião realizada no dia 30 de março/2017, vem a público repudiar quaisquer formas de discriminação e preconceito racial ou de qualquer outra natureza. Além de constituir crime inafiançável, manifestações racistas constituem práticas abomináveis, injustificáveis e intoleráveis. E, como tais, devem ser categoricamente rechaçadas e definitivamente banidas das relações sociais. Desta forma, ante o relato de manifestações racistas por parte de discente do ICHS, a Congregação do Instituto reitera seu repúdio a qualquer forma de preconceito e discriminação racial, assim como seu compromisso com o prosseguimento das medidas cabíveis. Da mesma maneira, reclama o respeito às determinações das leis 10.639/03 e 11.645/08, assim como o cumprimento, por parte das Instituições de Ensino Superior (IES), das diretrizes que norteiam o Plano Nacional de Educação (PNE), fundamentalmente quanto à inclusão de conteúdos e atividades que permitam a Educação das Relações Étnicorraciais, bem como a abordagem de questões e temáticas relativas aos afrodescendentes, nos termos do Parecer CNE/CP/2004.

 

                                                                  Congregação ICHS                                                                                          

24/04/2017

 

Segunda, 10 Abril 2017 17:29

 

Participantes terão debates, exposições, lançamentos e exibição de filmes entre os dias 17 e 20/04

 

Conhecer a história dos povos originários é, sem dúvidas, conhecer a nossa própria história. Um dia, uma semana, ou até um ano seria pouco tempo para debater os efeitos da tomada do Brasil pelos estrangeiros, em 1500. No entanto, nos dias que cercam o 19/04, Dia do Índio, diversos grupos em todo o país fazem um esforço para ampliar um debate que deveria ser permanente, e que ainda está longe de ser superado.

 

No ano em que o governo federal ameaça as demarcações de Terras Indígenas, o tema “Povos Indígenas e seus Biomas: ameaças, resistências e protagonismos” vem justamente reacender a questão da terra, central na luta daqueles que um dia foram donos de todo o território brasileiro. Na UFMT, a Semana dos Povos Indígenas 2017 será realizada entre os dias 17 e 20/04, com atividades durante todo o dia, divididas entre Museu Rondon, auditório de Adufmat-Ssind, e Centro Cultural, no campus da UFMT em Cuiabá.

 

Debates, exposições e lançamentos de livros estão na programação, que contemplará, dentre outros interessados, estudantes do ensino superior, médio e fundamental, em diferentes momentos.

 

A presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Lia Zanotta, o jornalista Rubens Valente, e diversos representantes indígenas são alguns dos convidados.   

 

Confira a programação completa abaixo e participe. As atividades serão gratuitas e abertas a todos os interessados.  

 

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – 2017

 

17/04 (segunda-feira)

Local: Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia – MUSEAR/UFMT

 

19h - Composição de Mesa de Abertura

Palestra e lançamento da obra: Os fuzis e as flechas. A história de sangue e resistência indígenas na ditadura. Coleção Arquivos da Repressão no Brasil. Rubens VALENTE.

 

Lançamento de outros livros e publicações com a temática indígena.

 

18/04 (terça-feira)

Local: Museu Rondon e Adufmat-Ssind

 

8h30 às 11h30 (Museu Rondon) - MESA: Os Direitos Indígenas no contexto das hidrelétricas nas bacias dos rios Teles Pires e Juruena.

 

Vídeo: O complexo Teles Pires (Fórum Teles Pires)

 

16h (Museu Rondon) - Abertura da exposição de curta duração.

Título: Oi’o e Uiwede: Ritos de Iniciação Xavante

Responsável: Prof. Paulo Delgado

 

19h (ADUFMAT) - Mesa: Desafios da política indigenista frente às políticas de Estado.

 

19/04 (quarta-feira)

Local: Centro Cultural da UFMT

 

8h às 17h – A História e Cultura do Povo Bororo na Perspectiva das Crianças de Cuiabá

 

19h – CONFERÊNCIA: O Estado Brasileiro e os Povos Indígenas

Dra. Lia Zanotta Machado – UNB – Presidente da ABA

Dr. Ricardo Pael – Procurador da República

Libério Uiagumeareu Bororo

Lançamento do livro com apresentação da obra: Etnomapeamento do Povo Kura. Instituto Yukamaniru de apoio às Mulheres Bakairi.

 

20/04 (quinta-feira)

Local: Museu Rondon

 

18h30 Lançamento do Cineclube Jenipapo

Filme: Terra Vermelha.

Debate com os estudantes indígenas: relatos da realidade territorial em que vivem.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 30 Novembro 2016 08:00

 

Maria Aparecida Morgado 

Professora Titular do Depto. de Psicologia

 

 

Segundo relato de estudantes, a PM ficou do lado de fora da segunda assembléia estudantil da semana passada, fazendo a guarda.

 

Ainda segundo esses relatos, a PM adentrou o RU para tirar na marra um estudante que acabara de ser agredido por manifestações verbais racistas.

 

Ele teria sido confundido com o agressor e a PM entrou para garantir a ordem. Imaginem o tumulto que, invariavelmente, serve às forças ultraconservadoras em momentos nos quais a civilidade afunda no limbo.

 

Pois bem, esse é o resultado do equivocado convênio celebrado entre PM e UFMT na administração Paulo Speller, para fazer a nossa segurança.

 

Como vimos assistindo, a irresponsabilidade dos mais velhos para com os mais jovens não têm limites e esse momento não foi diferente de tantos outros.

Quem paga a conta dessas propostas desmioladas são sempre os mais jovens.

 

Não dá e nem dará para confiar na PM enquanto ela for “força auxiliar de reserva do exército”, que nem quer saber mais dela. Uma instituição militar para cuidar da vida civil – um esqueleto que sobrou no armário do recente período autoritário de exceção, para fazer o nosso policiamento “preventivo e ostensivo”. Um despropósito que a Constituição de 1988 não mudou.

 

Mesmo assim, sendo a PM estadual e a UFMT federal, não deveria a Instituição Militar estar cuidando da sociedade extra-universidade em vez da gente? As periferias urbanas estão descobertas dessa ajuda do Estado enquanto abunda PM na UFMT?

 

Resumindo a ópera, à época foi essa a saída que a incensada administração Paulo Speller encontrou pra resolver o nosso problema com segurança. “Em terra de cego, caolho é rei”.

 

Não foi falta desta que voz escreve se opor ao equívoco histórico e dizer que podíamos, sim, encontrar saídas mais simples, inteligentes e eficazes. Também não foi falta da própria propor, junto das vozes de estudantes e de colegas. Sequer o Campus foi iluminado desde então.

 

Mas, como voces sabem, pensar dá trabalho...

 

Depois da experiência que vimos acumulando, das tantas vezes que estudantes da UFMT apanharam e foram feridos pela PM, vendo as indesejáveis práticas da Instituição Militar se repetir recorrentemente, pergunto: NÃO TERÁ CHEGADO A HORA DE EXIGIRMOS DA REITORA QUE CANCELE ESSE MALFADADO CONVÊNIO DA UFMT COM A PM/MT?

 

Somos educadores – nos sentidos lato e estrito –, ou não? Devemos zelar pelos jovens estudantes, ou não? Escola é lugar de polícia?

 

Digo mais o seguinte, para quem ainda tenta remendar os pedacinhos da História, invariavelmente mal contada. Se Paulo Speller foi jovem estudante, apanhou da PM e deu as costas a isso, problema dele, irresponsabilidade histórica dele. 

 

Também fui jovem estudante, um pouco depois, apanhei da PM e não me esqueci disso. Tento ser responsável pela integridade dos jovens estudantes, como eu, outrora.

 

Uns não conseguem deixar de ser filhos da Ditadura e sempre repetem suas práticas condenáveis que os vitimaram. Paciência...

 

FORA A TRUCULÊNCIA! VIVA A CIVILIDADE QUE A UNIVERSIDADE SOLIDÁRIA AOS ESTUDANTES AJUDA A APROFUNDAR! 

Segunda, 24 Outubro 2016 12:10

 

 

Dentre as obras de gestão da reitora Maria Lucia Neder, saliente-se a ação exercida a favor da internacionalização da educação superior brasileira, sabendo da incipiência da UFMT, a valer do esforço, como catalisar a 27ª Conferência da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), em Cuiabá, no mês de abril de 2015. A organização envolve 180 universidades e instituições outras do Brasil e do exterior, com a finalidade de integrar e capacitar gestores da área. Evidenciaram-se: o domínio do idioma inglês, a validação dos créditos no exterior e a atração de estudantes e pesquisadores estrangeiros.

 

Não se concorda com algumas metas, entretanto, exulta saldo positivo ao observar a posição da UFMT no ‘ranking’ nacional. A vivência universitária é com o pensamento, num entrechoque permanente de ideias a sublimar a ciência e a tecnologia, díspar de um viver político partidário no poder: sectário e injusto. Na universidade, a política e a conjuntura nacional proporcionam natural debate, em hora oportuna, ocasionando um leque opcional de entendimento para cada universitário. A reitora Myrian Serra assume impregnada de esperança para o exercício do cargo, ao lado do vice-reitor Evandro Soares da Silva e dos novos gestores. A pesquisa aplicada na UFMT deve ser fortalecida urgentemente. Governos federal e estadual e empresas – como as do nortão mato-grossense – obrigam-se ao apoio.  Docentes e técnicos pesquisadores e outros convidados precisam decididamente de recursos e meios. Clama aos céus o desperdício do sol escaldante de Cuiabá e região, diante do uso exclusivo de energia fornecida por hidrelétrica e termelétrica. Avulta o incremento de núcleo interdisciplinar de grande porte para pesquisa de energia alternativa, a solar e outras. Existem tantas linhas de frente para investigação de campo, como enfrentar, ao lado da sociedade, a desgraça da poluição do Rio Cuiabá, que já atinge o Pantanal. Estão perecendo os nossos magníficos biomas.

 

Estocar conhecimento nada constrói, tal como o mofo da tulha do caboclo. É crime o desperdício, comparativamente com recursos primários sem meio de escoamento. A ciência e a tecnologia, como resultado do fazer acadêmico, devem atingir foro imediato de aplicabilidade. É o retorno de ganho para a população, a fim de compensar o recurso despendido para manter a universidade.

 

A grita por mais recursos para a educação é justa, todavia requer aplicação controlada para a adequada formação do educador e acompanhamento do seu exercício no magistério, e ainda a forma de acesso dos candidatos à graduação superior. Se imaginamos inovar e internacionalizar, a seleção de cérebros é fundamental.

 

A admissão de candidatos para cursos de graduação, aproveitando insumos do ENEM, num País continental e cultura multifacetada, merece nova reflexão. Como explicar tanto investimento e o ensino público descendo a ladeira? No ENEM valorizam-se números. Tem-se parca notícia sobre processos avaliativos sem objetivos. As avaliações, em grande parte, são punitivas e não formativas. Perplexa está a sociedade com o nível do ensino público (exatamente o que favorece em cota para o curso superior público). A solução passa pela capacitação dos candidatos de maneira geral para ingresso pelo portal da meritocracia. Denúncias ocorrem com falsificações ideológicas, visando a burlar regras para ser pardo ou quilombola, em busca de entrada facilitada no ensino superior público.  O caminho é fortalecer a nossa identidade cívica de um só povo: somos irmãos brasileiros. Buscar alternativas: como o retorno do Colégio Universitário, ou refletir sobre o Primeiro Ciclo de Estudos na graduação que já existiu. Ou compor curso preparatório para a graduação superior, com modelo justo e indistinto para a juventude.

 

Sugere-se o retorno do Concurso Vestibular Regionalizado, com os ingredientes culturais da terra e do homem. Atenção decidida para avaliações em processos de ensino e aprendizagem fez com que a UNESP adotasse o Concurso Vestibular próprio. O jovem expressa mal, lê pouco, seduzido inteiramente pela cultura digital e nela investe a concentração da sua mente. Está entregue à poluição de informações derramadas de maneira alucinante pelas redes sociais. Universidade existe com autonomia para fazer e refazer. A Universidade de Saragoza, em seus 400 anos de existência, declarou-se estar incompleta. A incompletude é o eterno ser da universidade.

 

 

                                                                          Benedito Pedro Dorileo é

                                                                          advogado e foi reitor da UFMT.

 

Terça, 18 Outubro 2016 13:56

 

Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT aprovaram nesta segunda-feira (17.10) o seu indicativo de greve. Uma assembleia geral da categoria será realizada na próxima sexta-feira (21.10) para definir a efetiva deflagração da greve. O movimento paredista visa pressionar o Governo Federal para barrar a aprovação da PEC 241, projeto que, se aprovado, irá congelar o orçamento da seguridade social, educação, e assim promover grande sucateamento nas universidades públicas.

 

“As universidades de todo o país estão realizando assembleias para definirem se aderem à greve. Trata-se de uma luta em defesa da educação, saúde, previdência pública. A PEC 241 é um absurdo. Ela congela os investimentos por 20 anos. Ela tira autonomia dos próximos governos, coloca em risco uma geração inteira de brasileiros. O assunto é extremamente sério e vem sendo tratado de forma superficial pelo Governo”, destacou a coordenadora geral do Sintuf-MT, Léia de Souza Oliveira.

 

A greve nas universidades públicas, se aprovada, deverá ter início na segunda-feira (24). “Em uma reunião que tivemos com o novo ministro da Educação, fomos informados que o Governo desconhece os termos de acordo da última greve da categoria, que dificilmente cumprirá com o reajuste de 5%. Estamos falando de menos da metade da inflação, e mesmo assim este Governo afirma que não haverá recursos. Com a aprovação desta PEC 241, será aberto o caminho para cobrança de mensalidades nas universidades públicas, representando o fim do acesso do filho do trabalhador no ensino superior”, ressaltou Léia.

 

Segundo a coordenadora, na mesma reunião em Brasília, o ministro da Educação disse que não realizou nenhum corte no orçamento das universidades. “Na prática, ele chamou todos os reitores de mentirosos, já que a associação que os representa, Andifes, publicou uma nota apresentando todos os cortes, e as universidades estão apontando como irão superar a redução em seus orçamentos”.  

 

Outro ponto debatido pelos trabalhadores da UFMT foi a imediata implantação da jornada contínua. Pelo modelo defendido pelos técnicos administrativos, os setores da universidade com atendimento interno ou externo, devem funcionar pelos menos 12 horas por dia de forma ininterrupta. A nova reitora da UFMT, professora Mirian Serra, já se posicionou favoravelmente a este pleito durante sua campanha para Reitoria.

 

A assembleia para deflagração da greve será realizada na sede do Sintuf-MT, na sexta-feira (21), às 8h30.

 

Fonte: Daniel Dino/Assessoria de Imprensa do Sintuf-MT