Segunda, 10 Abril 2017 17:29

 

Participantes terão debates, exposições, lançamentos e exibição de filmes entre os dias 17 e 20/04

 

Conhecer a história dos povos originários é, sem dúvidas, conhecer a nossa própria história. Um dia, uma semana, ou até um ano seria pouco tempo para debater os efeitos da tomada do Brasil pelos estrangeiros, em 1500. No entanto, nos dias que cercam o 19/04, Dia do Índio, diversos grupos em todo o país fazem um esforço para ampliar um debate que deveria ser permanente, e que ainda está longe de ser superado.

 

No ano em que o governo federal ameaça as demarcações de Terras Indígenas, o tema “Povos Indígenas e seus Biomas: ameaças, resistências e protagonismos” vem justamente reacender a questão da terra, central na luta daqueles que um dia foram donos de todo o território brasileiro. Na UFMT, a Semana dos Povos Indígenas 2017 será realizada entre os dias 17 e 20/04, com atividades durante todo o dia, divididas entre Museu Rondon, auditório de Adufmat-Ssind, e Centro Cultural, no campus da UFMT em Cuiabá.

 

Debates, exposições e lançamentos de livros estão na programação, que contemplará, dentre outros interessados, estudantes do ensino superior, médio e fundamental, em diferentes momentos.

 

A presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Lia Zanotta, o jornalista Rubens Valente, e diversos representantes indígenas são alguns dos convidados.   

 

Confira a programação completa abaixo e participe. As atividades serão gratuitas e abertas a todos os interessados.  

 

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – 2017

 

17/04 (segunda-feira)

Local: Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia – MUSEAR/UFMT

 

19h - Composição de Mesa de Abertura

Palestra e lançamento da obra: Os fuzis e as flechas. A história de sangue e resistência indígenas na ditadura. Coleção Arquivos da Repressão no Brasil. Rubens VALENTE.

 

Lançamento de outros livros e publicações com a temática indígena.

 

18/04 (terça-feira)

Local: Museu Rondon e Adufmat-Ssind

 

8h30 às 11h30 (Museu Rondon) - MESA: Os Direitos Indígenas no contexto das hidrelétricas nas bacias dos rios Teles Pires e Juruena.

 

Vídeo: O complexo Teles Pires (Fórum Teles Pires)

 

16h (Museu Rondon) - Abertura da exposição de curta duração.

Título: Oi’o e Uiwede: Ritos de Iniciação Xavante

Responsável: Prof. Paulo Delgado

 

19h (ADUFMAT) - Mesa: Desafios da política indigenista frente às políticas de Estado.

 

19/04 (quarta-feira)

Local: Centro Cultural da UFMT

 

8h às 17h – A História e Cultura do Povo Bororo na Perspectiva das Crianças de Cuiabá

 

19h – CONFERÊNCIA: O Estado Brasileiro e os Povos Indígenas

Dra. Lia Zanotta Machado – UNB – Presidente da ABA

Dr. Ricardo Pael – Procurador da República

Libério Uiagumeareu Bororo

Lançamento do livro com apresentação da obra: Etnomapeamento do Povo Kura. Instituto Yukamaniru de apoio às Mulheres Bakairi.

 

20/04 (quinta-feira)

Local: Museu Rondon

 

18h30 Lançamento do Cineclube Jenipapo

Filme: Terra Vermelha.

Debate com os estudantes indígenas: relatos da realidade territorial em que vivem.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 30 Novembro 2016 08:00

 

Maria Aparecida Morgado 

Professora Titular do Depto. de Psicologia

 

 

Segundo relato de estudantes, a PM ficou do lado de fora da segunda assembléia estudantil da semana passada, fazendo a guarda.

 

Ainda segundo esses relatos, a PM adentrou o RU para tirar na marra um estudante que acabara de ser agredido por manifestações verbais racistas.

 

Ele teria sido confundido com o agressor e a PM entrou para garantir a ordem. Imaginem o tumulto que, invariavelmente, serve às forças ultraconservadoras em momentos nos quais a civilidade afunda no limbo.

 

Pois bem, esse é o resultado do equivocado convênio celebrado entre PM e UFMT na administração Paulo Speller, para fazer a nossa segurança.

 

Como vimos assistindo, a irresponsabilidade dos mais velhos para com os mais jovens não têm limites e esse momento não foi diferente de tantos outros.

Quem paga a conta dessas propostas desmioladas são sempre os mais jovens.

 

Não dá e nem dará para confiar na PM enquanto ela for “força auxiliar de reserva do exército”, que nem quer saber mais dela. Uma instituição militar para cuidar da vida civil – um esqueleto que sobrou no armário do recente período autoritário de exceção, para fazer o nosso policiamento “preventivo e ostensivo”. Um despropósito que a Constituição de 1988 não mudou.

 

Mesmo assim, sendo a PM estadual e a UFMT federal, não deveria a Instituição Militar estar cuidando da sociedade extra-universidade em vez da gente? As periferias urbanas estão descobertas dessa ajuda do Estado enquanto abunda PM na UFMT?

 

Resumindo a ópera, à época foi essa a saída que a incensada administração Paulo Speller encontrou pra resolver o nosso problema com segurança. “Em terra de cego, caolho é rei”.

 

Não foi falta desta que voz escreve se opor ao equívoco histórico e dizer que podíamos, sim, encontrar saídas mais simples, inteligentes e eficazes. Também não foi falta da própria propor, junto das vozes de estudantes e de colegas. Sequer o Campus foi iluminado desde então.

 

Mas, como voces sabem, pensar dá trabalho...

 

Depois da experiência que vimos acumulando, das tantas vezes que estudantes da UFMT apanharam e foram feridos pela PM, vendo as indesejáveis práticas da Instituição Militar se repetir recorrentemente, pergunto: NÃO TERÁ CHEGADO A HORA DE EXIGIRMOS DA REITORA QUE CANCELE ESSE MALFADADO CONVÊNIO DA UFMT COM A PM/MT?

 

Somos educadores – nos sentidos lato e estrito –, ou não? Devemos zelar pelos jovens estudantes, ou não? Escola é lugar de polícia?

 

Digo mais o seguinte, para quem ainda tenta remendar os pedacinhos da História, invariavelmente mal contada. Se Paulo Speller foi jovem estudante, apanhou da PM e deu as costas a isso, problema dele, irresponsabilidade histórica dele. 

 

Também fui jovem estudante, um pouco depois, apanhei da PM e não me esqueci disso. Tento ser responsável pela integridade dos jovens estudantes, como eu, outrora.

 

Uns não conseguem deixar de ser filhos da Ditadura e sempre repetem suas práticas condenáveis que os vitimaram. Paciência...

 

FORA A TRUCULÊNCIA! VIVA A CIVILIDADE QUE A UNIVERSIDADE SOLIDÁRIA AOS ESTUDANTES AJUDA A APROFUNDAR! 

Segunda, 24 Outubro 2016 12:10

 

 

Dentre as obras de gestão da reitora Maria Lucia Neder, saliente-se a ação exercida a favor da internacionalização da educação superior brasileira, sabendo da incipiência da UFMT, a valer do esforço, como catalisar a 27ª Conferência da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), em Cuiabá, no mês de abril de 2015. A organização envolve 180 universidades e instituições outras do Brasil e do exterior, com a finalidade de integrar e capacitar gestores da área. Evidenciaram-se: o domínio do idioma inglês, a validação dos créditos no exterior e a atração de estudantes e pesquisadores estrangeiros.

 

Não se concorda com algumas metas, entretanto, exulta saldo positivo ao observar a posição da UFMT no ‘ranking’ nacional. A vivência universitária é com o pensamento, num entrechoque permanente de ideias a sublimar a ciência e a tecnologia, díspar de um viver político partidário no poder: sectário e injusto. Na universidade, a política e a conjuntura nacional proporcionam natural debate, em hora oportuna, ocasionando um leque opcional de entendimento para cada universitário. A reitora Myrian Serra assume impregnada de esperança para o exercício do cargo, ao lado do vice-reitor Evandro Soares da Silva e dos novos gestores. A pesquisa aplicada na UFMT deve ser fortalecida urgentemente. Governos federal e estadual e empresas – como as do nortão mato-grossense – obrigam-se ao apoio.  Docentes e técnicos pesquisadores e outros convidados precisam decididamente de recursos e meios. Clama aos céus o desperdício do sol escaldante de Cuiabá e região, diante do uso exclusivo de energia fornecida por hidrelétrica e termelétrica. Avulta o incremento de núcleo interdisciplinar de grande porte para pesquisa de energia alternativa, a solar e outras. Existem tantas linhas de frente para investigação de campo, como enfrentar, ao lado da sociedade, a desgraça da poluição do Rio Cuiabá, que já atinge o Pantanal. Estão perecendo os nossos magníficos biomas.

 

Estocar conhecimento nada constrói, tal como o mofo da tulha do caboclo. É crime o desperdício, comparativamente com recursos primários sem meio de escoamento. A ciência e a tecnologia, como resultado do fazer acadêmico, devem atingir foro imediato de aplicabilidade. É o retorno de ganho para a população, a fim de compensar o recurso despendido para manter a universidade.

 

A grita por mais recursos para a educação é justa, todavia requer aplicação controlada para a adequada formação do educador e acompanhamento do seu exercício no magistério, e ainda a forma de acesso dos candidatos à graduação superior. Se imaginamos inovar e internacionalizar, a seleção de cérebros é fundamental.

 

A admissão de candidatos para cursos de graduação, aproveitando insumos do ENEM, num País continental e cultura multifacetada, merece nova reflexão. Como explicar tanto investimento e o ensino público descendo a ladeira? No ENEM valorizam-se números. Tem-se parca notícia sobre processos avaliativos sem objetivos. As avaliações, em grande parte, são punitivas e não formativas. Perplexa está a sociedade com o nível do ensino público (exatamente o que favorece em cota para o curso superior público). A solução passa pela capacitação dos candidatos de maneira geral para ingresso pelo portal da meritocracia. Denúncias ocorrem com falsificações ideológicas, visando a burlar regras para ser pardo ou quilombola, em busca de entrada facilitada no ensino superior público.  O caminho é fortalecer a nossa identidade cívica de um só povo: somos irmãos brasileiros. Buscar alternativas: como o retorno do Colégio Universitário, ou refletir sobre o Primeiro Ciclo de Estudos na graduação que já existiu. Ou compor curso preparatório para a graduação superior, com modelo justo e indistinto para a juventude.

 

Sugere-se o retorno do Concurso Vestibular Regionalizado, com os ingredientes culturais da terra e do homem. Atenção decidida para avaliações em processos de ensino e aprendizagem fez com que a UNESP adotasse o Concurso Vestibular próprio. O jovem expressa mal, lê pouco, seduzido inteiramente pela cultura digital e nela investe a concentração da sua mente. Está entregue à poluição de informações derramadas de maneira alucinante pelas redes sociais. Universidade existe com autonomia para fazer e refazer. A Universidade de Saragoza, em seus 400 anos de existência, declarou-se estar incompleta. A incompletude é o eterno ser da universidade.

 

 

                                                                          Benedito Pedro Dorileo é

                                                                          advogado e foi reitor da UFMT.

 

Terça, 18 Outubro 2016 13:56

 

Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT aprovaram nesta segunda-feira (17.10) o seu indicativo de greve. Uma assembleia geral da categoria será realizada na próxima sexta-feira (21.10) para definir a efetiva deflagração da greve. O movimento paredista visa pressionar o Governo Federal para barrar a aprovação da PEC 241, projeto que, se aprovado, irá congelar o orçamento da seguridade social, educação, e assim promover grande sucateamento nas universidades públicas.

 

“As universidades de todo o país estão realizando assembleias para definirem se aderem à greve. Trata-se de uma luta em defesa da educação, saúde, previdência pública. A PEC 241 é um absurdo. Ela congela os investimentos por 20 anos. Ela tira autonomia dos próximos governos, coloca em risco uma geração inteira de brasileiros. O assunto é extremamente sério e vem sendo tratado de forma superficial pelo Governo”, destacou a coordenadora geral do Sintuf-MT, Léia de Souza Oliveira.

 

A greve nas universidades públicas, se aprovada, deverá ter início na segunda-feira (24). “Em uma reunião que tivemos com o novo ministro da Educação, fomos informados que o Governo desconhece os termos de acordo da última greve da categoria, que dificilmente cumprirá com o reajuste de 5%. Estamos falando de menos da metade da inflação, e mesmo assim este Governo afirma que não haverá recursos. Com a aprovação desta PEC 241, será aberto o caminho para cobrança de mensalidades nas universidades públicas, representando o fim do acesso do filho do trabalhador no ensino superior”, ressaltou Léia.

 

Segundo a coordenadora, na mesma reunião em Brasília, o ministro da Educação disse que não realizou nenhum corte no orçamento das universidades. “Na prática, ele chamou todos os reitores de mentirosos, já que a associação que os representa, Andifes, publicou uma nota apresentando todos os cortes, e as universidades estão apontando como irão superar a redução em seus orçamentos”.  

 

Outro ponto debatido pelos trabalhadores da UFMT foi a imediata implantação da jornada contínua. Pelo modelo defendido pelos técnicos administrativos, os setores da universidade com atendimento interno ou externo, devem funcionar pelos menos 12 horas por dia de forma ininterrupta. A nova reitora da UFMT, professora Mirian Serra, já se posicionou favoravelmente a este pleito durante sua campanha para Reitoria.

 

A assembleia para deflagração da greve será realizada na sede do Sintuf-MT, na sexta-feira (21), às 8h30.

 

Fonte: Daniel Dino/Assessoria de Imprensa do Sintuf-MT

Segunda, 17 Outubro 2016 18:43

 

 

O presidente da Adufmat – Seção Sindical do ANDES, Reginaldo Araújo, não perdeu a oportunidade solicitou uma reunião para tratar das demandas docentes à nova reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Myrian Serra, durante a sua cerimônia de posse, realizada na última sexta-feira, 14/10.

 

A solicitação, protocolada em ofício no mesmo dia e reafirmada pessoalmente, deseja aos novos gestores um mandato que fortaleça a universidade como “instituição pública, gratuita, de qualidade, e cada dia mais comprometida em construir uma sociedade mais justa para todos”. Mais adiante, destaca a intenção de discutir questões importantes para a categoria, como a conjuntura política e o quadro de ameaças à manutenção dos serviços públicos no país, além da retomada das discussões da pauta interna, entregue durante a greve de 2015, que foi suspensa no primeiro ponto, sobre a democracia interna.    

 

Os 28,86% também figuram entre os temas de necessário debate colocados pela a Adufmat-Ssind. A UFMT deve comprovar nos autos do processo que executará a determinação judicial de implementação a todos os docentes da universidade na próxima folha, sob pena de ter as contas bloqueadas, conforme a última decisão, proferida em 30/09, anexa ao documento entregue à nova gestão.

 

Além disso, o sindicato solicita que a resolução substitutiva à 158/10, contendo as normas para as distribuições dos encargos docentes, não seja apreciada e aprovada na próxima reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), prevista para a última semana de outubro, período de férias (clique aqui para saber mais sobre isso).

 

O sindicato aguarda confirmação da agenda por parte da Reitoria.  

 

Confira, abaixo, a íntegra do ofício entregue à nova administração da UFMT (também disponível para download no arquivo anexo abaixo):

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 17 Outubro 2016 15:51

 

Benedito Pedro Dorileo

 

 

Seguindo a vida da nossa Universidade Federal de Mato Grosso, conquistada duramente pelos cuiabanos na década de 1970, passa a ter na sua gestão maior, a partir do último dia 14, a reitora Myrian Thereza de Moura Serra, como décima titular na relação de reitores passados, atualmente vivos. Inaugura um mandato de 4 anos com direito a uma recondução. Têm sido estudadas as peculiaridades para diagnosticar a dinâmica do governo universitário em ser mais democrático com único mandato, a favorecer a salutar mobilidade dos dirigentes. É a terceira professora eleita em seus “campi” universitários e nomeada pelo presidente da República. Tem ela, além dos misteres naturais, a missão de preparar a UFMT para o seu jubileu cinquentenário em 2020.

 

Com 30 anos de experiência de magistério, a nova reitora já exerceu cargos na Coordenação de curso (nutrição), na diretoria de Faculdade e na Pró-reitoria. De pronto, defende um fórum integrado com a sociedade. Sabe-se que o primeiro Estatuto previa a Assembleia Geral Universitária, anualmente, reunindo todos os segmentos com a sociedade civil. Além de ser obrigação constante, nesse ensejo é devida a prestação de contas – pois o povo contribuinte sustenta a Universidade pública e dela reclama funcionamento pleno, sem hiatos absurdos, quando até a Biblioteca Central é fechada para a população em geral. É de ser cumprido em caso excepcional de paralização o percentual constitucional de funcionamento da Instituição, mediante consulta prévia aos Colegiados Superiores e às Congregações que, com os executivos acadêmicos, são os gestores responsáveis.

 

Defende a reitora a expansão da educação superior, supondo-se ensino presencial de qualidade, mediante seleção de estudantes através da meritocracia, que é fortalecedora do congraçamento étnico brasileiro, sem esmorecer o combate à discriminação. Acentua a reforma do Estatuto que possui cláusulas permanentes, porém desprotegido das complexidades emergentes do século XXI. Nesse caso, espera-se trabalho profissional especializado, a consumar aspirações, todavia sem amargar insumos populistas alastrados na atual conjuntura nacional.

 

A Universidade não é uma repartição pública, tampouco um serviço notarial, em sua visão de conceito. Na sua atividade deve liquidar com o excesso de burocratismo obstrutor, com imposição da velocidade digital de ponta. Jamais a multiplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes, de que tanto se observa retrocesso.

 

Quem aceita o magistério superior, que não é qualquer emprego público, vai enfrentar sacrifícios em um país com lento processo educacional, desigual e com ranço colonialista de apenas 194 anos de meia-independência. O dirigente universitário sabe que a Universidade é, obrigatoriamente, uma agência do desenvolvimento: é academia quando pensa, é agência quando age. Sabe-se que fases de inovação científica e tecnológica vão desde a formulação da ideia criadora – o protótipo – até a transformação em produto para ser assimilado. Há ansiedade na espera de patentes objetivadas pelos pesquisadores. Evidente, recursos devem ser bafejados, empresas devem ser concitadas. A composição de pesquisadores deve ser eclética o quanto possível, com docentes, técnicos com nível de excelência e outros de reconhecido mérito advindos do povo – sem perda de cérebros. Inovar é gerar, produzir e explorar no conceito da investigação aplicada. Capacidade de inovar é habilidade fundamental na diversidade formativa de recursos humanos. Sabem todos que um dos maiores desafios da humanidade é a produção de inovações sociais de modo incremental ou radical. Nesta, a mudança é brusca com impacto na produção; noutra, a incremental é a melhoria contínua dos saberes, em processos e serviços – e são basilares em nosso progresso brasileiro.

 

Mato Grosso, chamado de celeiro, secularmente é exportador de produtos primários, matéria prima, e praticamente não industrializa. O couro, o algodão, por exemplo, hoje a soja e outros retornam como mercadorias manufaturadas para consumo. O governo estadual não deve ignorar o potencial da Universidade. Com ela pode compor-se, ou dela adquirir cursos “lato sensu” de especialização – ou a extensão, em seu imediatismo com cursos e serviços.

 

Sistemas nacionais de inovação não são novidade; no século XVIII a Grã-Bretanha os admitia como política de Estado, encerrando instituições públicas e privadas. Espera-se muito da UFMT, contudo ela espera que a sua autonomia didática-científica, administrativa e de gestão financeira não sejam letras mortas no artigo 207 da Constituição Federal. (Continua)

 

 

                                                

                                                                            Benedito Pedro Dorileo é

                                                                            advogado e foi reitor da UFMT.

 

Quarta, 05 Outubro 2016 18:15

Imagem ilustrativa, capa do Blog Soul Cuiabano. A arte do Congresso ainda não foi definida.

 

O ANDES - Sindicato Nacional convocou, nessa terça-feira, 04/10, toda a categoria para participar do seu 36º Congresso, que será realizado em Cuiabá, entre os dias 23 e 28/01/17. Cerca de 500 pessoas de todo o país devem participar do evento para discutir a difícil conjuntura política nacional a partir do tema central “Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.”

 

A escolha da sede foi feita no último congresso da entidade, realizado em Curitiba, entre os dias 25 e 31/01/16. Na ocasião, o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, se dispôs a receber o evento na capital mato-grossense, com a promessa de uma recepção calorosa, além da expectativa de um grande debate (saiba mais aqui).    

 

As inscrições de delegados, suplentes e observadores do 36º Congresso do ANDES serão realizadas entre 1º/12/16 e 18/01/17, a partir das indicações das assembleias gerais de cada seção sindical. Os observadores indicados por outras instâncias, que não as assembleias, não poderão substituir o delegado, caso necessário. No entanto, as plenárias, que serão realizadas no Teatro Universitário da UFMT, poderão ser acompanhadas por todos.

 

Interessados em contribuir com o Caderno de Textos, documento base das discussões, devem enviar o material escrito ao ANDES, via e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.), até o dia 14/11/16. As contribuições que chegarem à sede do Sindicato Nacional entre 15/11/16 e 06/01/17 também farão parte do documento, como anexos. O Caderno de Textos será publicado no dia 11/01/17.

 

Leia, abaixo, a íntegra do Ofício Circular 324/16 do Sindicato Nacional, que convoca a categoria para 36º Congresso do ANDES em Cuiabá durante a última semana de janeiro de 2017:

 

 

 

Circular nº 324/16

Brasília, 4 de outubro de 2016

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

 

 

Companheiros,

 

 

A Diretoria do ANDES-SN, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XII do art. 30 do Estatuto da ANDES-Sindicato Nacional, convoca o 36º CONGRESSO do Sindicato para o período de 23 a 28 de janeiro de 2017, a realizar-se na cidade Cuiabá/MT, sob a organização da ADUFMAT Seção Sindical, com o tema central: Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Anexa a proposta de pauta e cronograma.

 

Chamamos a atenção para as seguintes informações:

1. DOS PRAZOS PARA AS CONTRIBUIÇÕES AO CADERNO DE TEXTOS

1.1 As contribuições das seções sindicais e dos sindicalizados para integrarem o Caderno de Textos deverão estar na sede do ANDES-SN até o dia 14 de novembro de 2016, por e-mail.

1.2 As contribuições que chegarem à sede do ANDES-SN no período de 15 de novembro de 2016 a 6 de janeiro de 2017 também serão remetidas às seções sindicais, juntamente com as correções e análises de textos, para comporem o anexo ao Caderno de Textos a ser publicado no dia 11 de janeiro de 2017.

1.3 Conforme deliberação do 59o CONAD, a apresentação de textos referentes ao Tema I – Movimento Docente, Conjuntura e Centralidade da Luta – somente será admitida no Caderno de Textos principal, cujo prazo de envio é até o dia 14 de novembro de 2016.

1.4 Por recomendação do 18º CONGRESSO, o Caderno de Textos deve ser ordenado dentro de cada tema específico. Para tanto, estamos encaminhando, anexas, algumas orientações visando uma melhor ordenação e dinâmica dos trabalhos.

1.5 Encerrados os prazos previstos para a composição do Caderno de Textos e do Anexo, qualquer novo texto só será submetido à discussão, obedecidas as deliberações do 20º CONGRESSO (Rio de Janeiro, 15 a 21 de fevereiro de 2001) registradas a seguir:

“2 - após a publicação do Anexo, qualquer novo texto somente poderá ser submetido à discussão no evento se aprovada sua inclusão pela Plenária de Instalação. Para a apreciação pela Plenária de Instalação, o novo texto deverá apresentar uma justificativa demonstrando a necessidade da sua apreciação no evento e os fatos excepcionais que levaram à apresentação fora dos prazos fixados.

2.1 a inclusão de novos textos deve ser aprovada por maioria simples dos delegados presentes.

2.2 - no caso de aprovação da inclusão de novos textos, cabe à comissão organizadora a responsabilidade da reprodução destes para o conjunto de participantes do evento.”

 

2. DO CREDENCIAMENTO PRÉVIO E DO CREDENCIAMENTO

2.1 O ANDES-SN, empenhado em implementar um sistema mais ágil de inscrição em seus eventos nacionais, reafirma a importância do credenciamento prévio como elemento facilitador do processo. Para o 36º CONGRESSO, fica estabelecido o período de 1º de dezembro de 2016 a 18 de janeiro de 2017, para o recebimento da documentação regimental para inscrição de delegados e observadores. O credenciamento durante o evento dar-se-á no dia 23 de janeiro de 2017, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Os critérios para a escolha dos participantes do 36º CONGRESSO estão expressos nos arts. 16 e 17 do Estatuto do ANDES-SN (cópia anexa).

2.2 Pelo menos um representante da delegação de cada seção sindical ou secretaria regional, credenciada previamente deverá comparecer à Secretaria do 36º CONGRESSO, no dia 23 de janeiro nos horários especificados no item 2.1 que se refere ao credenciamento, para confirmar, ou não, a presença do(s) delegado(s) e do(s) observador(es).

 

3. DA DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA AO CREDENCIAMENTO

3.1 Ata da assembleia geral (assinada pela mesa coordenadora dos trabalhos) em que foram escolhidos os delegados, os observadores e os suplentes de delegados. Os suplentes de delegados devem, obrigatoriamente, ter sido escolhidos comoobservadores/suplentes de delegados. Quando o observador tiver sido indicado por outra instância que não tenha sido a assembleia geral de sua seção sindical ou da secretaria regional, este não poderá substituir o delegado.

3.2 Lista de presença na Assembleia Geral.

3.3 O Delegado de Diretoria poderá ser indicado por meio de carta da seção sindical, ou constar da ata da Assembleia Geral (devidamente identificado como tal) que elege os Delegados de Base.

3.4 Os Delegados de Base, de acordo com o art. 17 do Estatuto da ANDES-SN, devem ser escolhidos na seguinte proporção cumulativa.

- até 500 sindicalizados                 - 1 delegado por conjunto de 100 ou fração;

- de 501 a 1.000 sindicalizados   - 1 delegado por conjunto de 250 ou fração;

- a partir 1.001 sindicalizados      - 1 delegado por conjunto de 500 ou fração.

3.5 Comprovação pela seção sindical de quitação com a Tesouraria (até o mês de novembro de 2016) das seguintes contribuições mensais dos sindicalizados:

3.5.1 Contribuição mensal;

3.5.2 Fundo de Único;

3.5.3 Fundo Nacional de Greve;

3.6 Comprovação pela seção sindical do pagamento de Rateios de CONAD e Congressos

3.7 Comprovação pela seção sindical do pagamento das parcelas vencidas de acordos realizados quanto aos pagamentos previstos nos itens 3.5.1, 3.5.2. 3.5.3 e 3.6, se houver.

Solicitamos às seções sindicais que estiverem com problemas de débitos junto à Tesouraria Nacional comunicar-nos o fato, o mais breve possível, para que possamos evitar transtornos por ocasião do credenciamento.

 

4. LOCAL DO 36º CONGRESSO

As Plenárias do 36º Congresso serão realizadas no Teatro Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso (Av. Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança, Cuiabá - MT, 78068-600) e os locais grupos mistos serão informados durante o evento.

 

5. HOSPEDAGEM

As opções de hospedagem serão enviadas posteriormente.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Prof. Eblin Farage

Presidente

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

Terça, 04 Outubro 2016 18:59

 

Mais uma vez, a Adufmat-Seção Sindical do ANDES se coloca como parceira na construção do debate em defesa de uma educação crítica, libertadora, e socialmente referenciada. Durante a I Jornada dos Povos do Brasil, realizada como evento paralelo ao Seminário Educação (Semiedu) entre os dias 03 e 05/10, o sindicato não só contribuiu ativamente com os debates, mas também relembrou um pouco do seu histórico de lutas no estado.

 

A mesa de abertura, denominada “Educações - Filosofia educativa, Experiências e memórias produzidas em diferentes lugares” já demarcou a posição da qual partiriam os debatedores: escola é lugar de pluralidade de ideias e vivências, onde diferentes leituras se encontram e convergem, ou divergem, para a construção de outras, ou aprofundamento dos conhecimentos já existentes. A professora da UNEMAT/Juara, Lisanil Patrocínio, organizadora da Jornada, destacou o papel da extensão nas universidades. “Nós temos um compromisso grande com os povos invisibilizados pela sociedade”, disse.  

 

 

Com mediação do presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, os professores Jaime Zitkoski e Maria Ely Genro (UFRGS), e Adailton Alves (UNEMAT) falaram do papel da educação, e de como os espaços do saber podem contribuir com a transformação social a partir dessa concepção plural. “O diálogo não tem de ser só um objetivo, mas uma práxis”, afirmou Zitkoski, utilizando Paulo Freire como referencial.

 

 

No segundo dia de atividades, o professor José Domingues relembrou um pouco do histórico do sindicato, durante homenagem a Dom Pedro Casaldáliga. “Foi a Adufmat que propôs o título de Doutor Honoris Causa à Dom Pedro Casaldáliga, em 2002. A universidade nunca tinha concedido esse título antes. Dom Pedro é uma grande referência de luta e resistência. Figura importantíssima na história da ocupação da Amazônia, e da resistência até mesmo às investidas das alas mais conservadoras da igreja na América Latina”, disse o docente, que era o presidente do sindicato na época.

 

 

Também foram homenageados, na manhã dessa terça-feira (04) os professores Darlene Taukane, como a primeira indígena a ministrar aulas em universidades do estado, além da produção acadêmica e militância no movimento indígena; e o professor Luiz Augusto Passos, pela contribuição histórica com os movimentos sociais da região.  

 

Além dos debates, que continuam até final dessa quarta-feira, 05/10, os participantes do Semiedu e da I Jornada dos Povos Brasileiros têm, ainda, a possibilidade de conhecer o trabalho artesanal da Agricultura Familiar e Economia Solidária na Feira Itinerante do Território da Cidadania da Baixada Cuiabana, que está localizada no estacionamento do Instituto de Educação (IE).

 

 

Confira, abaixo, a PROGRAMAÇÃO da I Jornada dos Povos do Brasil, ou clique aqui para ver a programação completa do Semiedu.

              

03 de outubro de 2016 (segunda-feira)

 

Horário

Atividade

08h00 às 18h00

Credenciamento

Local: Sala 07 – Centro Cultural

08h00 às 10h30

Abertura do Semiedu -2016

Convidados Instituições Parceiras na Realização do Evento: CIMI; Anped; CBCE; Unir; Unemat; UFS; UFPA; Funai; Seduc; MEC/Secadi; CNTE.

Local: Auditório – Centro Cultural

10h30 às 12h00

Mesa redonda 1 – Educações: Filosofia educativa, Experiências e memórias produzidas em diferentes lugares.

Prof. Dr. Jaime José Zitkoski- UFRGS

Profa. Dra. Maria Ely Genro– UFRGS

Prof. Dr. Adailton Alves – UNEMAT/ Barra do Bugres.

Coord.: Prof. Dr. Reginaldo Araújo/ADUFMAT

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

 

14h00 ás 17h00

Roda de Conversa/Círculo de Cultura/Observatório indígena.

Local: Oca da ADUFMAT

14h00 ás 20h00

I Feira Itinerante do Território da Cidadania da Baixada Cuiabana. (Todos os dias haverá exposição de produtos da agricultura familiar)

Local: Espaço de convivência do Semiedu – Estacionamento IE

 

 

04 de outubro de 2016 (terça-feira)

 

Horário

Atividade

08h00 às 09h45

Apresentação cultural.

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

10h30 às 12h00

Mesa redonda 2 – Memória, linguagens, Identidade e Saberes dos povos indígenas.

Prof. João Mayari Mehinako (presidente da Oprimt) – povo Mehinaku

Prof. Mônica Cidele da Cruz – UNEMAT- Tangará da Serra

Prof. Wellington Pedrosa Quintino –UNEMAT /Cáceres.

Profa. Ma. Rosimar Locatelli –UFT.

Coord.: Dra. Maria Helena Paes – UNEMAT – Tangará da Serra.

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

 

 14h00 ás 16h00

Roda de Conversa –  O lugar da Mulher nos Territórios.

Profa. Sueli Veiga – ECO/CUT

Profa. Ma. Terezinha Furtado Mendonça – NEDET/BC

Profa. Rosangela Goes- ECO-CUT

Elizabeth Ângela dos Santos-UNEMAT/Juara

LoriHack de Jesus/ UNEMAT-Juara

Local: ICHS

14h00 ás 14h40

Ciranda de Troca de Experiências de Mulheres por Territórios Rurais e da Cidadania – 1ª Rodada

Local: ICHS

 14h40 ás 15h00

2ª Rodada

Local: ICHS

 15h20 ás 16h00

3ª Rodada

Local: ICHS

 16h00 ás 17h00

Compartilhando a Ciranda – Apresentação das sínteses das rodadas por temas.

Local: ICHS

17h00 ás 18h00

Roda de Conversa/Círculo de Cultura/Observatório indígena.

Local: Oca da ADUFMAT.

18h00 ás 20h00

Atividade Cultural

Local: Estacionamento do IE – UFMT

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05 de outubro de 2016 (quarta-feira)

 

Horário

Atividade

08h30 às 09h45

Apresentação Cultural

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

10h00 às 12h00

Mesa redonda 3 – Educação e Saúde, Territórios e identidade na fronteira

Prof. Dr. Cornélio Silvano Vilarinho Neto -UFMT.

Profa. Dra Lisanil C. Patrocínio- UNEMAT/Juara.

Prof. Dr. Alceu Zoia.

Profa. Dra. Marina Cardoso-UFSCAR.

Coord.: Profa. Dra. Waldinéia Antunes de Alcântara Ferreira – UNEMAT/Juara

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

 

14h00 as 17h00

Roda de Conversa/Círculo de Cultura/Observatório indígena.

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

17h00 às 18h30 

Lançamento do site: Observatório indígena- Profa. Dra. Waldinéia

Lançamento do “Caderno de Pesquisas Educacionais do grupo de Pesquisas LEAL/CNPq”.

Lançamento de publicações do PIBID Diversidade. Prof. Mônica Cidele da Cruz- Faculdade Intercultural Indígena.

Local: Oca da ADUFMAT – UFMT

 18h30 as 19h30

 Solenidade de Encerramento

Local: Centro Cultural – UFMT

 

 

GALERIA DE IMAGENS 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

  

Quarta, 31 Agosto 2016 18:18

 

 

Pela primeira vez na história da UFMT, a comunidade acadêmica do Araguaia vai escolher, por meio de consulta, um pró-reitor para administrar o campus. Nessa quarta-feira, 31/08, às 19h, os dois candidatos que disputam o cargo apresentam suas propostas no debate e, na próxima segunda-feira, 05/09, docentes, estudantes e técnicos expressam sua vontade nas urnas.

 

Também pela primeira vez na história da UFMT o sistema utilizado para contagem dos votos será o da maioria, e não proporcional. “Escolher o representante local é uma demanda antiga do nosso campus. A reitora que deve assumir a UFMT em outubro, Myrian Serra, nos deu autonomia total para realizar esse processo. A comissão é formada por nove pessoas, representantes do DCE, Sintuf e Adufmat, e nós chegamos ao consenso de que o voto universal, isso é, a eleição pela maioria dos votos, seria o mais adequado para nós”, disse o presidente da Comissão, Robson Lopes.

 

A discussão sobre a contagem dos votos para escolha dos administradores da universidade é bastante divergente, pois estudantes, docentes e técnicos querem garantir a força de sua representatividade no processo. Historicamente, a UFMT utilizou dói modelos proporcionais: 70% para docentes, 15% para estudantes e 15% para técnicos; ou a paridade, com peso de 1/3 para cada um dos segmentos.

 

Para o presidente da Adufmat – Seção Sindical do ANDES, Reginaldo Araújo, a opção da Comissão de Consulta do Araguaia pelo voto universal pode ser uma experiência interessante. “O voto proporcional contempla os três segmentos que fazem o enfrentamento e se mantém mobilizados em defesa da universidade. Mas eu acredito que também é importante reconhecer o protagonismo dos estudantes nesse processo, já que eles expressam o que, de fato, uma grande parte da sociedade espera da instituição, mesmo com todas as suas contradições. A experiência do Araguaia pode contribuir com a nossa discussão nesse sentido”, afirmou o docente.         

 

Não há orientações para a realização da consulta nos campi do interior, porque até a última gestão da Reitoria, os representantes regionais eram diretores escolhidos pela reitora da universidade.  

 

Os docentes Ana Maria Mancini e Paulo Jorge da Silva são os candidatos ao cargo no campus do Araguaia, ambos com experiências administrativas. Mancini é, atualmente, responsável pela gerência de Ensino e Extensão do campus, e Silva é diretor do Instituto de Ciências Exatas e da Terra.

 

A eleição será realizada no dia 05/09, das 8h às 21h, horário de Brasília, com urnas nas unidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Para votar, será necessário apresentar documento oficial com foto.  

 

Mais informações sobre o processo de consulta para pró-reitor na UFMT Araguaia, clique aqui.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

   

Segunda, 29 Agosto 2016 09:53

 

 

São decorridos 45 anos, quando, em 31 de maio de 1971, nos reuníamos pela primeira vez, representando os fundadores, para instalar o Conselho Diretor da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso, no cerrado verdejante de Coxipó da Ponte. Memorável hora inaugural de modelagem da sua existência. Vivíamos a novidade institucional com a UnB, criada sob a forma jurídica de fundação, boa-nova diante das antigas universidades autárquicas. A UFMT, pioneira no Estado, tinha algo mais: o presidente da fundação mantenedora, eleito pelos seus pares, assumia automaticamente o cargo de reitor. O professor Newton Sucupira, presidente do Conselho Federal de Educação (hoje, CNE) celebrava o feito por ter sido o redator do modelo experimental. Entretanto, a sublimação da autonomia incomodou a vizinhança para forçar modificação ajustada às normas gerais da lei da Reforma Universitária, documento debatido, desde 1966, pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, na presidência de Pedro Calmon. Naquela sessão, átrio de ingresso na grande conquista, fora eleito o conselheiro Gabriel Novis Neves, o presidente e reitor, confirmando designação ministerial provisória. Célere, o reitor avança na consecução de recursos, constrói e proclama os rumos de aspirações da Unisselva. O cargo de vice-presidente, o vice-reitor, por eleição, coube ao conselheiro autor deste texto, que redigiu e relatou no Conselho Diretor os projetos do primeiro Estatuto e da estrutura organizacional da universidade, com aprovação. E seguiu na implantação da área acadêmica. Na atividade-meio, em função correspondente, estava Attílio Ourives.

 

O Conselho Diretor é o colegiado superior que estabelece diretrizes e planos para o desenvolvimento da Universidade, controla e delibera sobre os seus bens, a ocupação do solo do campus com plano diretor, o orçamento, e julga a prestação de contas do presidente-reitor. Nos últimos anos, o órgão de Planejamento do Governo Federal tem-lhe tolhido a competência, avassalando outros colegiados com infringência da Constituição Federal em seu artigo 207, conferidor da autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. Restringe a universidade em mera unidade no gigantesco computador brasiliense.

 

A oração do Natal de 1971 foi a de agradecimento e de trabalho, pois, poucos dias depois, em 4 de janeiro de 1972, o Conselho Diretor consolidava a estrutura inicial da UFMT, simplificando o quanto possível o organograma. De logo, foi promovida a reestruturação das Unidades componentes em Departamentos, reunidos em Centros Universitários, que mereceu o apoio de modelo compatível com meios e recursos, em reunião do CRUB, nesse ano em Brasília.

 

No Primeiro Ciclo de Estudos, estudantes de todas as áreas conviviam no campus em congraçamento, cursando língua portuguesa e matemática, introdução à metodologia científica e disciplinas propedêuticas de cada curso. Esplendia a desejada universalidade. A disciplina Educação Física, obrigatória na vida escolar em todos os níveis, era oferecida na universidade, a proporcionar constante festa esportiva universitária com atenção à saúde. Mais tarde, o entendimento político extinguiu esses ideais, para resultar em devastador despreparo físico, com prejuízo à vida e ao esporte.

 

O Conselho Universitário é o senado acadêmico, pensa e formula o projeto universalista atendo à Constituição Federal que preceitua o ‘pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas’ (artigo 206, III), escoimando sectarismo; segue diretrizes do Plano Nacional, preocupa-se com a área de abrangência geográfica e com o continente latino-americano. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aperfeiçoa e ajusta a evolução humanística, científica, técnica e cultural nas estruturas curriculares do ensino; fomenta a pesquisa de campo antevendo patentes, e a institucional; faz promover a extensão para a comunidade através de cursos e serviços, que podem proporcionar arrecadação financeira, dentro da prerrogativa de instituição fundacional. Somam-se, ainda, as Congregações das Faculdades ou Institutos, e os colegiados dos Departamentos.

 

Neste século XXI, diante de um mundo tenso até com menino-bomba, e de uma sociedade entregue ao espetáculo virtual, a universidade obriga-se, sem prejuízo do salutar debate acadêmico, à harmonização permanente. José Saramago, Nobel de Literatura (1998), adverte: ‘vivemos uma quadra estranha da humanidade, quando as pessoas conquistam o espaço sideral, mas não conseguem chegar, solidárias, à porta do vizinho’. Educação, uma das principais prioridades, deve contar com recursos dos cofres nem sempre protegidos da União, sabendo-se que universidade não é negócio, tampouco repartição pública – é casa do pensamento democrático. Como pública é sustentada pelo contribuinte e a ele deve respostas, bem como à clientela estudantil. Fortalecer os colegiados superiores, em cadeia com os demais colegiados, é o caminho ontológico de mudança de mentalidade no exercício do compromisso cidadão.

 

Benedito Pedro Dorileo é advogado.

Foi reitor da UFMT