Segunda, 20 Maio 2019 18:57

 

Diante de tantos ataques aos direitos da população brasileira, em meio a um conturbado cenário político e econômico, a Adufmat-Ssind foi convidada para contribuir com a análise de conjuntura durante a reunião da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na última sexta-feira, 17/05.

 

A parceria entre o sindicato dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e MST é histórica, tanto pela defesa do direito constitucional à terra, por meio da Reforma Agrária, quanto pela luta pelos direitos fundamentais, sociais e trabalhistas de todos os trabalhadores.

 

Na mesa, além do dirigente nacional do MST, João Paulo Rodrigues, e do professor Aldi Nestor de Souza, que representou a Adufmat-Ssind na ocasião, os professores da UFMT, Paulo Wescley (Departamento de Serviço Social) e Paulo Rocha (Faculdade de Comunicação e Artes), dividiram suas leituras e experiências para tentar desvendar a atual conjuntura.

 

“A análise de conjuntura é central, porque ajuda a organizar as ações seguintes, além de ser uma experiência coletiva, porque não há saber iluminado”, afirmou Rodrigues, abrindo os trabalhos.

 

O dirigente pontuou, de forma bastante didática, quais influências internacionais e nacionais foram decisivas para derrocada do governo Dilma Rousseff e a eleição de Bolsonaro, um processo de golpe que teve início nas manifestações de junho de 2013 e, na sua avaliação, ainda não está completo. A questão central nos interesses econômicos resvala agora no empobrecimento gradativo da população, no aumento da exploração e também opressão, repressão e criminalização dos movimentos sociais organizados que lutam para resguardar os direitos atacados.

 

Para o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza, é preciso refletir sobre a palavra da onda do moralismo no Brasil: “corrupção”. “Eu tenho interesse de encarar essa palavra. Ela carece de tratamento, porque parece absoluta, mas não diz nada, não explica nada. A corrupção é inerente às relações capitalistas”, afirmou o docente, citando inúmeros casos de escândalos de corrupção praticados por governos e empresas.

 

Numa análise mais local, o professor utilizou o termo “ninguendade”, conceito de Darcy Ribeiro cunhado na obra “O povo Brasileiro”, para descrever as relações estabelecidas na universidade. “A UFMT é formada por pessoas que vieram de outros lugares em busca do seu próprio garimpo e aqui não se identificam com nada. É uma relação muito parecida com a do estado de Mato Grosso, para onde muitas pessoas, de diversas regiões, vieram atrás de um pedaço de terra. Ou seja, a universidade está muito alinhada com esse projeto de estado”, concluiu.

 

O professor Paulo Wescley elencou diversos desafios para que os trabalhadores consigam superar o que considera uma crise estrutural de sociabilidade, mas ao final de sua exposição, garantiu: “Minha fala não é pessimista. Nós temos de saber que o desafio é muito grande, mas não é impossível. A Reforma da Previdência, por exemplo, é algo que não conseguem fazer desde o governo FHC, passando por Lula, Dilma e agora Bolsonaro. As contradições vão se ampliar, mas é preciso disputar consciências, aprofundar as discussões sobre projeto de sociedade e as táticas para unir as pessoas e as pautas”, afirmou o docente.

 

Já o professor Paulo Rocha compartilhou suas experiências nas periferias de Cuiabá, de outros estados e países, afirmando que os pobres foram abandonados pela chamada esquerda nos últimos anos. “É preciso refazer as relações, diminuir essa distância”, indicou o jornalista.

 

Para Rocha, o espírito do tempo atual é de um conservadorismo sem precedentes. “Há um negacionismo político absurdo, às vezes até para quem é de esquerda. Um preconceito tão cego, capaz de superar até mesmo a autoridade de Deus”.

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

  

    

 

  

 

Segunda, 20 Maio 2019 17:00

 

A nova diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social da Adufmat-Ssind convida todos os professores aposentados e aqueles que já integram o GT - Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria para reunião, no dia 22/05/2019 (quarta-feira), às 14h, na sede da Adufmat-Ssind para discutir e traçar planos de atividades para o 1º e 2º semestre de 2019.
 
Aguardamos todos (as) na reunião. 
 
Att.
 
Profª Maria Luzinete Alves Vanzeler
 
Diretora de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social da ADUFMAT
 
Gestão: 2019-2021


 

 
 
Segunda, 20 Maio 2019 16:55

 

Nesta segunda-feira (20), as Centrais Sindicais se reuniram novamente, na sede do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em São Paulo, para preparar o 14 de junho, dia da Greve Geral.

 

 

A partir do balanço da vitória que foi a Greve Nacional da Educação, realizada no dia 15 de Maio, quando mais mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas contra os cortes de Bolsonaro, as próximas atividades foram marcadas para intensificar a preparação da Greve Geral

 

Plenárias no setor de transportes, assembleias por categorias, panfletagens, coletas de assinaturas para o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência e outras atividades devem ser organizadas.

 

De 27 a 30 de maio será a semana de mutirão e divulgação do abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência nas periferias, nas fábricas e nos lugares de maior concentração, como transporte público, para conseguir o máximo de número possível de signatários.

 

Considerado um setor estratégico para a realização do 14 de junho, o setor de transporte também está dando peso ao dia. Realizará uma reunião nacional em 5 de junho, em Brasília, para organizar a integração à data dos transportes terrestre e aéreo.

 

A orientação também é para que as regionais das Centrais preparem assembleias com o objetivo de fortalecer a divulgação da Greve Geral. Algumas plenárias já estão agendadas, como no Rio de Janeiro, que será realizada no dia 22 de maio, no Rio Grande do Sul, em 29 de maio e no Rio Grande do Norte, entre os dias 30 e 31 de maio.

 

Como parte das atividades, em São Paulo, haverá uma reunião estadual deste segmento, no dia 27 de maio.

 

Exemplo do dia 15 de Maio fortalece preparação da Greve Geral

 

O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, destacou a importância do forte dia de luta da Educação, que superou as expectativas e deu um gás para o 14 de junho.

 

Alertou que existe uma campanha do governo dizendo que os cortes na Educação são emergenciais e que podem ser suspensos se a Reforma da Previdência for aprovada. “Essa é uma tentativa de dividir o movimento. Temos que mostrar que tanto o corte na Educação como a Reforma da Previdência são prejudiciais para a população, que não queremos nenhum desses ataques e que vamos juntar forças para que ambos não aconteçam”, salientou.

 

“A nossa tarefa não é apenas o apoio formal ao setor de Educação, mas, sim, incorporar em nossa luta o repúdio aos cortes da Educação, assim como os estudantes e professores devem somar sua luta contra a Reforma da Previdência”, avaliou.

 

Agora, é seguir o calendário de lutas e fazer uma forte Greve Geral. “Foi uma reunião bastante positiva e, apoiado neste sentimento e na mobilização que existiu no dia 15 de maio, saímos com a certeza de que é possível realizar uma poderosa Greve Geral em 14 de junho”, salientou.

 

Também esteve presente a dirigente da Secretaria Executiva Nacional Rosália Fernandes.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Segunda, 20 Maio 2019 15:06

 

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

Em algum momento no futuro, daqui a 50 ou 100  anos, alguém vai ler sobre como as pessoas que viveram no inicio do Século XXI, as gerações atuais, destruíram o meio ambiente de forma impiedosa, enfim o planeta terra acabou se tornando um espaço praticamente inabitável e então, através de relatos vão saber e  se lembrar que o nosso planeta era diferente, visto do espaço era considerado o planeta azul, era coberto de florestas, tinha uma rica biodiversidade, a poluição já era um problema que chamava a atenção de muitos, que as mudanças climáticas representavam um sério desafio , mas que governantes  e empresários irresponsáveis diziam que nada disso era verdade. Até mesmo as pessoas comuns com seu hábitos consumistas e com um desperdício de recursos naturais não renováveis também fizeram parte deste pacto de morte.
 
Antes dessa época, no final do século XIX ou durante a primeira metade o Século XX o convívio do ser humano com a natureza não era uma relação tão destrutiva, mas que nosso planeta praticamente foi destruído pela ganancia de empresários e grandes grupos econômicos, que em sua sanha destruidora deixaram um passivo ambiental impagável, uma herança maldita para as gerações futuras. O imediatismo era a bússola que orientava aquele processo destrutivo e irracional.
 
O modelo de desenvolvimento implementado, tanto sob a ótica do capitalismo predatório quanto de seu oposto, o socialista/marxista que imperou por muitas décadas simplesmente não contabilizava o custo ambiental, deixando para as futuras gerações muita degradação, desmatamento desenfreado, calcado em uma matriz energética suja, baseado em combustíveis fósseis e meios de transporte altamente poluidores. Nada disso era problema, desde que nas bolsas do “deus” Mercado as ações dos grandes conglomerados econômicos estivessem “subindo” sempre, pouco importava se o planeta estivesse dando mostras de verdadeiras “dores do parto”, clamando por mais respeito `a mãe natureza.
 
Aqui mesmo no Brasil, ecossistemas como MATA ATLÂNTICA e os PAMPAS praticamente não existem mais. A Amazônia, o Cerrado e a Caatinga estão sendo destruídas/destruído, e na esteira desta destruição surgem, não os desastres naturais, mas sim crimes ambientais como de Mariana, Barcarena, Brumadinho e outros mais. Rios como o Tietê, Pinheiros e outros mais já viraram esgotos a céu aberto. O Pantanal, um patrimônio natural da humanidade também está na mira da exploração predatória e da destruição iminente, tudo pela busca do lucro fácil e imediato. A baia da Guanabara, no Rio de Janeiro, há muitas décadas tem se transformado em uma grande fossa a céu aberta, onde, praticamente, todos os tipos de vida já desapareceram. O mesmo acontece com diversas outras baias de nossa extensa costa oceânica.
 
A reciclagem continua ausente, o lixo eletrônico, os plásticos, os esgotos urbanos sem tratamento continuam amontoados em lugares impróprios, os lixões, onde ratos, urubus, porcos e catadores de lixo que desfrutam de condições sub-humanas de vida e de trabalho, além de prejuízos bilionários também tornam a condição de vida miserável para milhões de pessoas. Esta é a realidade tanto do Brasil quanto de centenas de países subdesenvolvidos ou emergentes, de baixa e media renda, onde vivem mais de 78% da população mundial, ou seja, mais de seis bilhões de pessoas, considerando que a população mundial no final de abril deste ano (2019) é na ordem de 7,7 bilhões de pessoas.
 
A titulo de que é preciso fornecer alimentos, outros bens e serviços a uma população desta ordem e que continua crescendo, mesmo que em índices mais reduzidos do que acontecia há um ou dois séculos, deverá chegar a 10 bilhões dentro de poucas décadas, em 2050,  a voracidade empresarial não tem limites, pouco importando que os custos ambientais, que não entram nos cálculos do Sistema produtivo, deixando este passive ou “prejuízo” para as sociedades, enfim, para toda a população, enquanto os lucros frutos deste modelo de desenvolvimento continuem cada vez mais concentrados em poucas mãos, gerando pobreza, miséria e exclusão social. Modelo este que tem sido criticado por cientistas, estudiosos e também líderes políticos e religiosos como o Para Francisco, vide a Encíclica “Laudato Si”.
 
Se você pensa nas futuras gerações, não se cale ante a ganância de uns poucos que estão destruindo rios, florestas, lagos, mares e oceanos, poluindo sem piedade, destruindo as nascentes e todos os cursos d'agua, envenenando o solo e os alimentos com uma enorme quantidade de agrotóxicos, tudo em busca do lucro fácil, que não respeita a biodiversidade e nem mesmo os seres humanos, principalmente povos primitivos, ribeirinhos, quilombolas, pequenos agricultores e ambientalistas.
 
Demonstre sua preocupação e sua indignação, não se cale, faça alguma coisa hoje, agora, antes que seja tarde demais. Exija que os Governos Federal, estaduais e municipais definam e implementem políticas ambientais que possibilitem reverter esta sanha destruidora!
 
O tempo para construir um novo modelo de desenvolvimento que tenha como paradigma central, não o lucro imediato, mas a sustentabilidade e a transformação de hábitos de consumo perdulários, esta ficando cada vez mais escasso. Enfim, precisamos de um modelo onde a produção e o consumo sejam mais racionais e sustentáveis, enfim, o que é denominado de economia circular, onde o desperdício seja uma prática do passado.
 
De forma semelhante, precisamos de uma nova matriz energética, onde os combustíveis fósseis e as grandes barragens hidrelétricas sejam abolidas e substituídas por energia limpa e renovável, como a solar, a eólica e outras mais que já existem e estão disponíveis, mas que não são utilizadas de forma ampla devido aos subsídios que diversos governos, inclusive do Brasil, ainda concedem aos proprietários e distribuidores de energia, `as custas do meio ambiente e da população em geral.
 
Oxalá o nosso amanhã não seja mais uma grande tragédia irreparável!
 
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

Segunda, 20 Maio 2019 14:08

 

O ANDES-SN repudia o decreto 9.794, de 14 de maio de 2019, de iniciativa da Presidência da República. Esse decreto, dentre outras medidas, transfere para a Presidência da República, para a Casa Civil e para o MEC a indicação de próreitore(a)s, decano(a)s, diretore(a)s de centros ou campi e outro(a)s dirigentes das instituições universitárias. Trata-se de um nítido ataque à autonomia universitária e à Constituição Federal, pois viola os artigos 5, 37 e 207 da Constituição, assim como as leis 5.540/1968 e 8.112/1990.

É importante assinalar que este não é o primeiro ataque do atual governo à autonomia universitária. Além de inúmeras declarações realizadas desqualificando a democracia e a autonomia no interior de universidades, IF e CEFET, o governo Bolsonaro atacou diretamente a frágil autonomia universitária em diferentes ocasiões. Pode-se lembrar da nomeação do Diretor-Geral do Instituto Nacional de Educação de Surdos (circular nº 09/2019), o desrespeito à decisão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (circular nº 09/2019), ataques contra a educação superior e a Universidade Federal de Sergipe (circular nº 171/2019) e, finalmente, o ataque contra UFF, UFBA e UNB por supostamente promoverem balbúrdia (circular nº 163/2019) – esse ataque, posteriormente, foi generalizado para todas as universidades, IF e CEFET pelo contingenciamento anunciado pelo MEC.

Isso tudo abriu espaço para ataques como o desrespeito à decisão da consulta realizada à comunidade acadêmica da UNIRIO (ver circular nº 131/2019) ou violações às liberdades democráticas como, por exemplo, a perseguição ao professor Pedro Mara (circular nº 87/2019) e a prisão da professora Camila Marques (circular nº 132/2019).

O ANDES-SN tem respondido a esses e outros ataques de inúmeras maneiras. Em primeiro lugar, estamos lutando em unidade com diversos setores da classe trabalhadora pela nossa atuação no FONASEFE, na CSP-Conlutas, no Fórum Sindical, Popular e das Juventudes de Luta por Direitos e Liberdades Democráticas, a Coordenação Nacional das Entidades em Defesa da Educação Pública e Gratuita (CONEDEP), Frente Nacional Escola Sem Mordaça etc.

Também criamos o selo “Liberdade de Ensinar e Aprender: Por Educação, Ciência e Tecnologia Públicas” (circular nº 158/2019), protagonizamos a construção do III Encontro Nacional de Educação, construímos ativamente a Greve Nacional da Educação, de 15 de maio, e não estamos poupando esforços para construir a Greve Geral de 14 de junho de 2019.

O decreto 9.794 é um sério ataque à autonomia universitária e não mediremos esforços jurídicos e políticos para revogá-lo, pois ameaça as poucas conquistas democráticas que ainda perduram nas universidades, IF e CEFET.

Em defesa da autonomia universitária!

Pela liberdade de ensinar e aprender!

Brasília (DF), 16 de maio de 2019

 

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Segunda, 20 Maio 2019 14:04

 

Circular nº 198/19

Brasília(DF), 20 de maio de 2019

 

 

 

Às seções sindicais, às secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN

  

Companheira(o)s

 

De acordo com o art. 30, inciso XII, do Estatuto do ANDES-Sindicato Nacional, fica convocado o 64º CONAD para o período de 11 a 14 de julho de 2019, na cidade de Brasília (DF), sediado pela ADUnB Seção Sindical, com o tema central:

"Em defesa da educação pública, dos direitos sociais e das liberdades democráticas".

           Encaminhamos anexa a proposta de pauta e de cronograma do evento e chamamos a atenção para as seguintes orientações:

 

1 - APRESENTAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES AO CADERNO DE TEXTOS

1.1 - Dos prazos

1.1.1 Os textos das seções sindicais e do(a)s sindicalizado(a)s deverão ser enviadas para o ANDES-SN até às 24h do dia 20 de maio de 2019, por e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.).

1.1.2 Os textos que chegarem ao ANDES-SN no período de 21 de maio a 23 de junho de 2019 também serão remetidos às seções sindicais, compondo assim o Anexo ao Caderno de Textos.

1.1.3 Conforme deliberação do 62o CONAD (Niterói (RJ), 13 a 16 de julho de 2017), a apresentação de textos referentes ao Tema I – Movimento Docente e Conjuntura: avaliação da atuação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 38º CONGRESSO – também será admitida no Anexo ao Caderno de Textos, desde que oriunda e aprovada em assembleia de base. O prazo para envio de contribuições para o Anexo é até o dia 23 de junho de 2019.

1.1.4 Encerrados os prazos previstos para a composição do Caderno de Textos e do Anexo, qualquer novo texto só será submetido à discussão no evento, obedecidas as deliberações do 20º CONGRESSO (Rio de Janeiro, 15 a 21 de fevereiro de 2001) registradas a seguir:

“2 - após a publicação do Anexo, qualquer novo texto somente poderá ser submetido à discussão no evento se aprovada sua inclusão pela Plenária de Instalação. Para a apreciação pela Plenária de Instalação, o novo texto deverá apresentar uma justificativa demonstrando a necessidade da sua apreciação no evento e os fatos excepcionais que levaram à apresentação fora dos prazos fixados.

2.1 a inclusão de novos textos deve ser aprovada por maioria simples do(a)s delegado(a)s presentes.

2.2 - no caso de aprovação da inclusão de novos textos, cabe à comissão organizadora a responsabilidade da reprodução dos mesmos para o conjunto de participantes do evento”.

1.2 - Das orientações para apresentação de contribuições

1.2.1 Os textos das seções sindicais e do(a)s sindicalizado(a)s para integrarem o Caderno de Textos deverão:

1.2.1.1 ater-se ao temário do 64º CONAD, que tratará do seguinte: Tema I: Movimento Docente e Conjuntura: avaliação da atuação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 38° CONGRESSO; Tema II: Avaliação e atualização do plano de lutas: educação, direitos e organização do(a)s trabalhadore(a)s; Tema III: Avaliação e atualização do plano de lutas: setores; Tema IV: Questões organizativas e financeiras.

1.2.1.2 seguir as orientações gerais e, ainda, as recomendações quanto à construção visando a tornar os debates mais profícuos, bem como a agilizar as decisões e deliberações oriundas destes.

1.2.1.3 pautar-se pelos critérios de objetividade, clareza, concisão, consistência e atualidade.

1.2.1.4 no caso do assunto já ter sido discutido em eventos anteriores, deverá ser apresentada nova versão com argumentação que justifique a reapresentação do tema.

1.2.1.5 conter no máximo, para o tema Movimento Docente e Conjuntura, 10 páginas e para os de apoio aos demais temas, 3 páginas, observando-se:

– Margem superior – 3cm

– Margem inferior – 2 cm

– Margem esquerda – 2 cm

– Margem direita – 2 cm

– Fonte – Times New Roman tamanho 11

– Espaçamento entre linhas – simples

– Espaçamento entre parágrafos – antes: 5pt; depois: 5pt

– Título maiúsculo /negrito – letra 14; alinhamento justificado.

– Parágrafos justificados

– Nota de rodapé – Fonte Times New Roman tamanho 8

1.2.1.6 indicar o Texto de Resolução (TR)

1.2.1.7 indicar o Tema (I, II, III ou IV)

1.2.1.8 indicar a autoria do texto: por exemplo: “Diretoria da SSIND”, “Assembleia Geral”, “Conselho de Representantes” ou “Sindicalizado(a)s”.

2 – PARTICIPAÇÃO

2.1 - Dos critérios de eleição

2.1.1 A(O) delegada(o) do CONAD deverá ser eleita(o) segundo o art. 25 do Estatuto do ANDES-SN:

Art. 25. O CONAD é composto:

I - por um(a) (1) delegado(a) de cada S.SIND ou AD-S.SIND escolhido(a) na forma deliberada por sua Assembleia Geral;

II - por um(a) (1) delegado(a) representativo(a) do(a)s sindicalizado(a)s, via cada uma das Secretarias Regionais, escolhido(a) na forma deliberada por sua Assembleia Geral;

III - por observadores(as) de base das S.SINDs ou AD-S.SINDs e Secretarias Regionais, com direito a voz;

IV – pelos demais membros em exercício na Diretoria (Art. 32, I, II, III e IV), excetuado(a)s aquele(a)s cujo âmbito de competência e atuação limita-se à área de sua Regional (Art. 32, V) dele participam com direito a voz.

V - pelo(a) Presidente do ANDES-SINDICATO NACIONAL, que o preside, com direito a voz e voto em suas sessões.

§ 1º. Os demais membros em exercício da Diretoria, cujo âmbito de competência e atuação limita-se à área de sua Regional (Art. 32, V), podem participar do CONAD na qualidade de delegado(a)s ou observadore(a)s de suas respectivas S.SINDs ou AD-S.SINDs.

§ 2º. É vedado o voto por procuração para eleição de delegado(a) da SEÇÃO SINDICAL OU AD-SEÇÃO SINDICAL.

 

2.1.2 O(A) observador(a) escolhido(a) em assembleia geral deverá ter seu nome constante da ata da assembleia que o(a) indicou. No caso de a escolha ter sido em outra instância, deverá ser apresentado documento comprobatório de sua indicação, encaminhado pela diretoria da seção sindical.

2.1.3 No caso do(a) suplente de delegado(a), que será necessariamente observador(a), o seu nome e a sua condição de suplente deverão constar obrigatoriamente da ata da assembleia, ou do documento encaminhado pela diretoria da seção sindical, que tenha recebido delegação da AG para tal.

2.2 Dos prazos para o credenciamento.

2.2.1 O Credenciamento é prévio. O ANDES-SN, empenhado em implementar um sistema mais ágil de inscrição em seus eventos nacionais, reafirma a importância do credenciamento prévio como elemento facilitador do processo. Para o 64º CONAD, fica estabelecido o período de 20 de maio a 4 de julho de 2019 para o recebimento da documentação regimental para inscrição de delegada(o), observadora(e)s e observadora(e)s suplentes da(o) delegada(o).

2.2.2 Não haverá recebimento da documentação necessária ao credenciamento no dia 11 de julho de 2019, excetuando-se os casos justificados e aprovados pela Plenária de Instalação.

2.2.3 Pelo menos um(a) representante de cada seção sindical ou secretaria regional, credenciada previamente, deverá comparecer à Secretaria do 64º CONAD, no dia 11 de julho, para confirmar ou não, a presença do(a) delegado(a) e do(a)s observadore(a)s, sendo que o número de observadore(a)s fica a critério de cada seção sindical.

2.3 Da documentação necessária ao credenciamento

2.3.1 Ata da assembleia (assinada pela(o) presidente e pela(o) secretária(o) da mesa) em que foi escolhida(o) a(o) delegada(o), a(o)s observadora(e)a (a)(s) e o(s) observadora(e)s suplente(s) da(o) delegada(o) ao 64º CONAD;

2.3.2 Lista de presença da Assembleia Geral;

2.3.3 Comprovação pela seção sindical de quitação com a Tesouraria, incluindo a contribuição correspondente ao mês de maio e repasse de parcelas de acordos efetuados anteriormente (se houver).

2.3.4 Para o credenciamento do(a)s delegado(a)s será exigida a documentação relacionada nos itens 2.3.1 a 2.3.3. A documentação deverá ser enviada previamente, até às 24h do dia 4 de julho de 2019, para o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

 

Solicitamos às seções sindicais que estejam com problemas de débitos junto à Tesouraria Nacional comunicar-nos o fato, o mais breve possível, para evitarmos transtornos por ocasião do credenciamento.

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof. Antonio Gonçalves Filho

Presidente

 

Segunda, 20 Maio 2019 14:01

 

A diretoria do ANDES-SN se reuniu com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), na quinta (16), em Brasília (DF).

Reunião na sede da Andifes em Brasília

Os representantes das duas entidades discutiram as mobilizações da Greve Nacional da Educação e a situação das universidades federais após os cortes de orçamento.

Pelo ANDES-SN estiveram presentes Erlando Rêses, 3º tesoureiro do Sindicato Nacional, e Ricardo Behr, 2º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN.

Os docentes foram recebidos por Reinaldo Centoducatte, reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e presidente da Andifes, além de outros diretores da entidade.

A Fasubra também esteve presente na reunião.

A reunião teve início com uma breve avaliação da Greve Nacional da Educação que ocorreu na quarta-feira.

“Avaliamos que foi significativo, envolveu 222 cidades, teve adesão e apoio de amplos setores da sociedade. Isso fortaleceu a mobilização”, conta Erlando.

“Houve boa repercussão na imprensa. Nos chama a atenção a reação do governo, cuja base de deputados está batendo cabeça sobre os cortes”, completa.

“Debatemos aspectos sobre a luta em defesa das universidades e também o decreto de Bolsonaro que retira dos reitores a responsabilidade de nomear pró-reitores e diretores”, diz.

“A Andifes disse que está estudando a questão amplamente e logo terá posição a respeito”, completa o 3º tesoureiro do ANDES-SN.

Segundo Erlando Rêses, a Andifes também relatou aos presentes como foram suas discussões recentes com Abraham Weintraub, ministro da educação.

Na ocasião, Andifes e MEC debateram questões como ENEM, Capes, Fundeb e eleição para reitores. Segundo a Andifes, o MEC manteve sua posição quanto aos temas.

O ministro da educação também afirmou que receberá reitores de universidades federais, desde que com a presença de parlamentares do respectivo estado.

“Entendemos que isso diz respeito à barganha que o governo tenta fazer para aprovar a Reforma da Previdência”, avalia Erlando Rêses.

O ANDES-SN encerrou a reunião ressaltando a importância da unidade entre as entidades na luta em defesa da educação pública.

Também lembrou das duas próximas grandes manifestações. Em 30 de maio, nova manifestação contra os cortes de orçamento está sendo organizada por entidades estudantis.

Já em 14 de junho, terá lugar a Greve Geral contra a Reforma da Previdência, convocada pelas centrais sindicais.

 

Fonte: ANDES-SN

Segunda, 20 Maio 2019 11:08

 

A luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade terá uma nova rodada no dia 30 de maio.

As entidades representativas de estudantes, professores, técnicos-administrativos preparam para a data mais um dia de lutas da educação, em nível nacional.

A preparação da nova mobilização do setor foi definida em reunião na sexta-feira (17). O encontro contou com ANDES-SN, CNTE, FASUBRA, FENET, SINASEFE, UBES e UNE.

Nas redes sociais, em especial no twiiter, já circulam hashtags convocando novas mobilizações para o 30 de maio.

As entidades pretendem realizar uma agenda preparatória de mobilização nas próximas semanas. Esta agenda inclui a realização atividades dentro das universidades e Institutos Federais.

Em 22 de maio, elas pretendem realizar um dia de “universidade na rua”, como preparação para o dia 30.

Além da defesa da educação, todas as iniciativas visam a construção da greve geral, contra a reforma da Previdência. A greve geral está marcada para 14 de junho e foi acordada entre todas as centrais sindicais.

Em 15 de maio, a comunidade escolar se levantou contra os cortes orçamentários anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Foi a primeira grande manifestação contra o governo Bolsonaro. Em viagem aos Estados Unidos, no dia 15, o presidente chamou os manifestantes de “idiotas úteis”.

Houve manifestações em 222 cidades, em todas as capitais, incluindo Brasília. No Rio de Janeiro, o protesto contou com mais de 250 mil pessoas. Em São Paulo, foram 120 mil.

Antes da grande greve do dia 15, a comunidade escolar adotou medidas para levar a universidade para a sociedade. Foram aulas públicas e divulgações científicas em praças, ônibus, parques.

 

Fonte: ANDES-SN

Segunda, 20 Maio 2019 10:20

 

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

O atual presidente da República, Jair Bolsonaro, que ao longo de 28 anos foi deputado federal e participou do chamado “baixo clero”, grupo de parlamentares que pouco se destacam na defesa de causas consideradas importantes para o País, também sempre foi e continua sendo conhecido, amado por alguns e odiado por outros, por suas declarações que podem ser consideradas grosseiras ou fora da linha do razoável.


Se antes, como deputado já acumulava problemas, inclusive ações judiciais em consequência de suas declarações e ideias conservadoras, xenófobas ou racistas, como presidente da República, considerando que tal cargo exige a postura de um estadista, pessoa capaz de promover o diálogo tanto entre grupos quanto entre países em situações de beligerância, o “nosso” presidente continua falando como se ainda estivesse em campanha eleitoral, sempre estabelecendo as linhas de conflito, o que é denominado de “nós contra eles”.


Ao longo da campanha eleitoral alinhou-se a grupos e pessoas conservadoras, retrógradas ou o que é chamada de extrema direita no espectro politico e ideológico e, neste sentido, tanto o presidente quanto alguns de seus auxiliares diretos, como os ministros das relações exteriores, da economia, da educação, do meio ambiente, além de seus filhos que não poupam criticas azedas e injustas, não apenas contra adversários políticos, tidos e considerados como inimigos, alcunhados sempre de pertencerem ao “movimento comunista internacional”, mas também contra militares que participam do Governo, principalmente generais, escolhidos pelo presidente.


Parece que o grupo mais próximo do presidente, além dele próprio, carecem de luz própria e passam a ser utilizados por um ideólogo e astrólogo brasileiro, pensador da extrema direita, que vive nos EUA que alimenta uma campanha odiosa contra, não apenas parlamentares e integrantes de partidos de esquerda, incluindo alguns que se situam no espectro marxista como PCdoB, PSOL, em grau menor o PT, mas também contra outros partidos que se auto intitulam socialistas ou socialistas democráticos como PSB e PDT, todos, diga-se de passagem devidamente registrados segundo as normas que regem a organização política-partidária em nosso país, da mesma forma que o partido do presidente, o PSL, que se situa como de direita ou extrema direita. Ou seja, se são partidos registrados legal e legitimamente, segundo o ordenamento jurídico e constitucional brasileiro, deveriam merecer, no mínimo, respeito por parte do Presidente e de seus auxiliares e seguidores.


Há poucos dias, diante das manifestações que levaram milhões de estudantes, professores, cientistas, trabalhadores e gestores da área da educação pública às ruas e praças de nosso país, manifestações também legítimas e pacíficas, o Presidente, que parece não tolerar o dissenso, o contraditório, tanto é verdade que, juntamente com seu ministro da educação, pretende acabar com os cursos de sociologia e filosofia nas universidades públicas, fez mais uma de suas declarações estapafúrdias, dizendo que esses milhões de pessoas que se manifestam contra os cortes nos orçamentos das universidades federais, dos institutos federais de educação e no FUNDEB, que financia a educação fundamental e básica nos estados e municípios, o presidente disse que essas pessoas “são idiotas ou imbecis uteis e massa de manobra de partidos e movimentos de oposição”.


Enquanto isso, o Vice Presidente, Gen Hamilton Mourão, no exercício da presidência, entrevistado por jornalistas disse que as manifestações, desde que pacíficas, são legais e legítimas e inclusive fazem parte do jogo democrático, posição completamente oposta da defendida pelo Presidente.


Talvez seja por isso, que os chamados olavistas, seguidores do guru da extrema direita e que tanto tem criticado os militares/generais que estão no governo, por escolha pessoal de Bolsonaro, tem atacado de forma, as vezes, chula, esses militares, que são defendidos no Congresso por parlamentares que fazem parte da base de apoio do Presidente.


Logo a seguir, mesmo estando fora do Brasil, quando seu filho, que até bem pouco tempo era deputado estadual no Rio de Janeiro e atualmente é senador da República, e que teve seu sigilo fiscal e bancário quebrado pela justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público daquele estado, diante de indícios de crimes como lavagem de dinheiro, peculato e associação criminosa, o Presidente, em um sinal de prepotência, não se furta de voltar sua indignação contra o ordenamento jurídico do país, onde ninguém, inclusive senadores, deputados federais, estaduais, governadores e o próprio presidente da República, está acima das Leis da República. Pois bem, em total desrespeito ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que esta decisão da justiça “é um esculacho” e que isto seria apenas para atingi-lo.


Não foi sem razão que o Prefeito de New York disse que “nosso” presidente não era bem vindo `aquela metrópole internacional, quando estava previsto que o mesmo receberia uma homenagem aprovada pela Câmara de Comércio EUA x Brasil. Além da Prefeitura de New York, várias entidades negaram seus espaços para que a homenagem fosse realizada, bem como duas grandes empresas, incluindo a Delta Airlines também retiraram seu apoio, alegando que o presidente do Brasil tem defendido ideias homofóbicas e racistas.


A referida homenagem foi transferida para a cidades de Dallas, estado governado pelo Partido Republicano, mas que praticamente todas as suas maiores cidades são governados por prefeitos democratas, como é o caso de New York. Diante da manifestação crítica da Câmara de Vereadores de Dallas, contra o Presidente Bolsonaro, o Prefeito daquela cidade também considerou que “nosso” presidente não era bem vindo à cidade e que ele, prefeito democrata, não iria participar das homenagens.


Vale observar que, praticamente metade dos governadores e prefeitos das 35 cidades americanas com mais de um milhão de habitantes, 27 são governados por prefeitos do partido democrata; 2 por independentes e apenas 6 por republicanos, do partido do Presidente Trump e a Câmara Federal dos EUA também voltou ao comando dos democratas, portanto, o alinhamento automático e quase pessoal de Bolsonaro aos republicanos e ao próprio presidente Republicano, pode causar em algum momento no futuro outros dissabores ao nosso presidente, com repercussões negativas para o Brasil.


Há poucas semanas todos os últimos sete ministros do meio ambiente do Brasil se reuniram e aprovaram uma crítica severa `a politica ambiental do governo Bolsonaro, destacando que a mesma está contribuindo para a destruição dos ecossistemas, a degradação ambiental e a privatização de parques nacionais e área de proteção ambiental.


De forma semelhante, mais de 600 cientistas e pesquisadores europeus firmaram documento no sentido de condenar a politica ambiental do  governo do Brasil, principalmente, a possível saída do Brasil do Acordo do Clima de Paris, quando a Europa, a China, o Canadá, o Japão e outros países estão dando ênfase à questaãas mudanças climáticas e suas consequências sobre a vida no planeta. Governos da União Europeia estão, inclusive, aumentando substancialmente os recursos públicos a serem investidos para reduzir tais efeitos e reduzir/controlar o aquecimento global, enquanto no Brasil esta e outras áreas estão sofrendo cortes de recursos.


Se considerarmos os resultados do segundo turno das eleições do ano passado, quando Bolsonaro sagrou-se vitorioso; até final de maio já terão se passado 7 meses e, por incrível que pareça, até hoje o mesmo não conseguiu apresentar um plano claro e coerente de governo, com diretrizes e propostas para dar um rumos `as suas ações, que continuam sendo intempestivas, sem articulação, permeadas por conflitos internos, enquanto a economia continua se deteriorando e o tecido social se esgarçando, o único foco de seu governo tem sido a propalada reforma da previdência que, mesmo que passe no Congresso, não será suficiente para dar um rumo seguro ao país e recompor o equilíbrio fiscal, como não o foram a aprovação do teto dos gastos e a reforma trabalhista, “vendido/vendida” como a saída para a crise, o que não aconteceu.


Muitos analistas costumam dizer que já esta passando o tempo para que o Presidente Bolsonaro desça do Palanque eleitoral e comece a governar, diga a que veio, busque “pacificar” o país e não alimente ou fomente mais conflitos do que os presentes ao longo de década em nosso país. Que com Guerra ideológica não se constrói uma nação e que esta ideia de movimento comunista internacional, como ameaça `a democracia e ao Brasil é algo que foi sepultado quando da queda do muro de Berlim, há exatamente 30 anos.


Alguns costumam dizer que o Presidente precisa entender que Guerra ideológica só constrói fosso e nunca pontes que levem ao diálogo e à formação do consenso, condição fundamental para se construir um PROJETO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO, com crescimento econômico, justiça social ,igualdade de oportunidade para todos, inovação e modernização da gestão publica.


Vale relembrar que o maior milagre econômico das últimas quatro ou cinco décadas ocorreu em um país comunista, que é a China, que é o maior parceiro comercial do Brasil e o maior Mercado mundial. Como o Governo Bolsonaro vai alimentar uma Guerra ideológica detratando a ideologia comunista se nosso maior parceiro comercial é um país comunista?


Não tem cabimento que o Brasil faça um alinhamento automático com qualquer país, subordinando seus interesses nacionais aos interesses nacionais de outro ou outro países, simplesmente guiado pela dimensão ideológica, mesmo que este país seja uma super potência. Nossa politica externa deve ser baseado nos interesses nacionais, na soberania nacional, na defesa de nossos interesses, jamais de subserviência a outros países.


Quem puder ou tiver a oportunidade que pergunte ao presidente, a alguns de seus seguidores como isto pode ser feito, longe de qualquer alinhamento ideológico automático, que em última instância representa um novo tipo de colonialismo.


*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

 

Sexta, 17 Maio 2019 12:11

 

Na última terça-feira, 14/05, a Adufmat-Ssind realizou a primeira edição do “Tchá co Bolo”, um evento cultural e político, aberto a toda a comunidade acadêmica, entidades de trabalhadores organizados e sociedade em geral. O primeiro encontro teve como tema “Enfrentando as opressões na Universidade: relações de raça, gênero e sexualidade”, e o convidado para conversar sobre o assunto foi o docente do Instituto de Educação da UFMT, Sérgio Pereira dos Santos.

 

A professora Ana Luisa Cordeiro, membro do Grupo de Trabalho de Política de Classe para Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da Adufmat-Ssind coordenou as atividades, apresentando, no início, o filme “Narrativas Docentes - Memória e Resistência Negra”, produzido pelo ANDES - Sindicato Nacional.

 

No filme, que tem duração de cerca de 25 minutos, docentes negros de diversas regiões do país falam sobre suas experiências enquanto estudantes e trabalhadores do ensino superior (clique aqui para assistir o curta).   

 

Em seguida, o professor convidado, Sérgio Pereira dos Santos, contribuiu com o debate relacionando as narrativas docentes às pesquisas realizadas no Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE/PPGE), do qual faz parte.

 

“Há uma deturpação histórica do negro no Brasil, pois o povo africano é relacionado sempre ao período da escravização. É claro que a desigualdade social no nosso país é profundamente marcada por esse processo, mas a história do povo africano é ainda mais antiga do que as das civilizações romana e grega, como aprendemos na escola”, afirmou o pesquisador.

 

O registro histórico de uma das primeiras universidades do mundo (Universidade de Timbuktu), por exemplo, que teria existido antes do século XII, é africano.      

 

Santos explicou que o racismo é um critério de definição que considera aspectos materiais, simbólicos e subjetivos. É instrumento político, um marcador, uma categoria social que garante certa operacionalidade nas sociedades, determinando como os sujeitos serão interpretados. Nem sempre esse marcador não está diretamente relacionado à cor da pele, mas sempre em outras diferenças que caracterizam os povos.

 

“A diferença é utilizada historicamente para subalternizar, e assim são transformadas em desigualdades”, afirmou o professor. No entanto, o não reconhecimento das diferenças e dos processos que transformam as diferenças em desigualdades cumpre também o papel político de eliminar identidades para, em seguida, negar direitos. Isso ocorre no Brasil, inclusive em âmbito institucional.

 

Para provocar ainda mais os presentes, considerando as relações de prestígio, poder e privilégio estabelecidas no Brasil, o professor afirmou que é preciso problematizar não apenas o que é ser negro num país que se afirma amplamente “miscigenado”. É preciso problematizar também o que é ser branco. Não ter medo da polícia pode ser uma das principais respostas.

 

A Adufmat-Ssind pretende realizar edições periódicas do “Tchá co Bolo”, reunindo a comunidade para refletir sobre diversas questões sociais. Fiquem atentos aos próximos!

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind