Segunda, 02 Abril 2018 10:57

 

A Adufmat-Ssind informa aos sindicalizados que já normalizou o atendimento para elaboração das carteirinhas.

 

Os interessados podem comparecer à sede do sindicato de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 ou das 13h30 às 17h30, e procurar o responsável, Rafael Cunha.

 

São necessárias apenas algumas informações pessoais e o número do SIAP. A foto será capturada na hora.

 

Mais informações: (65) 99686-8732/ (65) 3615-8293

 

 

 

Adufmat-Ssind

Quinta, 29 Março 2018 17:14

 

 

A Adufmat – Seção Sindical do ANDES convida todos os sindicalizados para reunião que será realizada na próxima terça-feira, 03/04, a partir das 15h, sobre o processo dos 28,86%.

 

 

A assessoria jurídica responsável pela ação estará disponível no auditório do sindicato para explicar o andamento do processo e esclarecer quaisquer dúvidas.

 

Vale destacar que, por questões estratégicas, algumas informações sobre o processo não serão divulgadas nos canais oficiais do sindicato. 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind 

Quinta, 29 Março 2018 16:39

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. em Jornalismo/USP// Prof. de Letras da UFMT

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Em algum momento de sua vida, Vinícius de Moraes exaltara a beleza feminina, dizendo que esse atributo era fundamental. Já o setecentista Gregório de Matos – pelo menos no soneto “Desenganos da vida humana metaforicamente” – não tinha a mesma aposta, como se pode perceber por meio das três metáforas à vida humana (planta, rosa e nau) ali presentes:

“(...) Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa// De que importa, se aguarda sem defesa// Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?”.

Poucos souberam, como Gregório, falar tão bem da brevidade de nossa existência; de como a beleza é efêmera.

Mas se a beleza é fugaz, o que é fundamental? O que poderia ser mais longevo?

Arrisco a dizer que seja o conhecimento. A erudição impressiona.

Nesse sentido, destaco o discurso de Roberto Batochio, advogado do ex-presidente Lula na última sessão (22/03) do STF.

Poucas vezes, o Supremo elogiou tanto um advogado. Alguém da Corte chegou a confundi-lo como um dos seus.

E nada foi sem motivo. Batochio defendia o surreal: um habeas corpus de um habeas corpus de outra corte suprema, o STJ. Ainda que provisoriamente, saiu vitorioso com uma liminar favorável ao réu que defendia.

Mas o que Batochio fez de impressionante?

Apresentou-se de forma erudita.

Pela organização e exposição de seu discurso (disponível na internet), é possível inferir que ele conhece o também setecentista Padre Antônio Vieira, que –principalmente no “Sermão da Sexagésima” – oferece armas infalíveis a juristas estudiosos.

Na essência, Batochio partiu de um exemplo hodierno: a prisão de Sarkozy, duas vezes presidente da França.

Pronto. Estava montada a sua peça de defesa. Dali, voou a páginas da história, tendo como centralidade a arte da filosofia dos iluministas franceses.

Partindo dessa apropriação, que lhe serviu como Autoridade Discursiva, condenou o “autoritarismo do judiciário no mundo inteiro”, destacando a França e a Itália como exemplos nefastos.

Para fechar o argumento de seu prólogo, citara o abolicionista José Bonifácio, para quem “a liberdade e os princípios libertários são uma coisa que não se perde se não com a vida...”.

Na sequência, voltou à França, e lembrou de Chrétien de Malesherbes, advogado de Luiz XVI no julgamento que o conduzia à bastilha e à guilhotina. Aqui, obviamente, Batochio forçara a barra, distorcendo fatos a favor de seu cliente, um réu por crime comum.

Nesse momento de seu discurso, a citação, em francês, de Malesherbes, fez o público babar:

Trago à convenção a verdade e a minha cabeça. Poderão dispor da segunda, mas só depois de ouvir a primeira”.

Depois disso, foi ao clímax de seu discurso, articulando essa citação com tópicos da Constituição/88, que tratam das garantias de liberdades individuais. Para reforçar, acentuou pontos históricos da Constituinte/87 e da Constituição/88 – contra o autoritarismo.

Ao falar disso, caracterizou o ex-presidente como um réu político, e não réu por crime comum. Para tanto, falou na volúpia de encarcerarem Lula. Mais: não perdeu a chance de condenar o STF porque estaria legislando, o que não seria constitucionalmente pertinente.

No epílogo, voltou a citar exemplos franceses sobre “mirabolâncias exegéticas”; e perguntou: “por que essa volúpia em encarcerar?”.

Pois bem. Seja qual for o desfecho do STF, Batochio expôs a importância da boa formação acadêmica, que pressupõe amplo conhecimento para as articulações necessárias na construção dos discursos, que podem mudar rumos.

Um bom discurso é capaz de transformar água em vinho. 

Quinta, 29 Março 2018 16:29

 

O Movimento Estudantil (ME) da Universidade Federal de Mato Grosso se levantou nessa quinta-feira, 29/03. Manifestações em todos os campi da instituição demonstraram o repúdio dos estudantes ao aumento da refeição no Restaurante Universitário (RU), anunciado pela administração em fevereiro e previsto para maio. Sem diálogo, a gestão age brutalmente contra uma das principais reivindicações históricas do ME: uma política de alimentação acessível a todos.   

 

A Reitoria alega que a mudança ampliará o acesso, já que os estudantes que comprovarem renda familiar de até 1,5 salário estarão isentos de qualquer pagamento. No entanto, os que estiverem fora desse perfil terão de desembolsar quase R$ 10,00 para almoçar ou jantar no Restaurante Universitário. Atualmente o valor de cada uma dessas refeições é R$ 1,00, e o café da manhã R$ 0,25.

 

Mas a preocupação do Movimento Estudantil e também do Movimento Docente vai além. A lógica de separar estudantes que podem ou não pagar abre espaço para a discussão sobre cobrança de mensalidades nos cursos de graduação, como aponta o Banco Mundial.  

 

 

Na manhã dessa quinta-feira, representantes dos Diretórios Centrais dos Estudantes de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Araguaia participaram de uma reunião com a Pró-reitoria de Assistência Estudantil para tratar do tema. Segundo a representante dos estudantes no Araguaia, Rayani Camargo, a administração vai aguardar uma contraproposta, mas os estudantes não querem aumento algum.

 

“Nós reivindicamos o diálogo, mas vamos resistir para não aumentar. Uma pesquisa socioeconômica que nós realizamos demonstrou que os estudantes não vão conseguir se manter na universidade pagando o RU mesmo com renda superior a estabelecida por eles”, disse a coordenadora do DCE.

 

De acordo com a estudante, a administração chegou a ventilar uma outra proposta, que dividiria os usuários do restaurante em três grupos: o primeiro com gratuidade integral, o segundo parcial, e o terceiro pagaria o valor cheio. O acordado na reunião foi que, na próxima segunda-feira, a administração deverá enviar a todos os DCE’s seus dados e propostas, e em cerca de 20 dias o Movimento Estudantil apresentará sua posição ou contraproposta.

 

 

 

 

Durante todo o dia, vários grupos de estudantes se manifestaram ou dialogaram nos campi da UFMT e, em Cuiabá, realizaram um catracaço denunciando as implicações do aumento.         

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagens: participantes dos atos em Cuiabá e Sinop

Quinta, 29 Março 2018 11:21

 

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*

 

Dentro de poucos dias acaba o prazo para o troca troca partidário, a chamada “janela”, para que políticos troquem de partidos, se ajuntem de forma nada coerente no aspecto ideológico, evitando perderem os mandatos. Só aí é que estarão sendo formados os “novos times”, que irão disputar as próximas eleições.


Para entender a realidade politica brasileira é fundamental que as pessoas consigam entender as varias definições de politica, pois afinal, politica, poder e o uso correto ou incorreto do dinheiro público passa pelo que entendemos por política.


Costuma-se dizer que a politica, da mesma forma que a prostituição são duas realidades que nasceram com a espécie humana vivendo em sociedade organizada, são as “profissões” mais antigas do mundo e, em certo aspecto, tem características comuns, inclusive e dissimulação como tratam as pessoas.


Vamos então `as definições de politica, consideradas nobres, conforme os diferentes dicionários da língua portuguesa e os compêndios de ciências sociais. Neste aspecto destaquei pelo menos cinco definições: 1) politica é a arte ou ciência de bem governo; 2) arte ou ciência da organização, direção e administração/gestão de nações, estados e suas unidades; 3) ciência de governo visando o bem comum; 4) exercício de bem gerir os recursos públicos e, 5) arte e ciência de compatibilizar interesses conflitantes em uma sociedade face a recursos escassos.


No outro lado da moeda, temos também as ideias, definições ou conceitos de como boa parte, em certos momentos, como atualmente no Brasil, a maior parte da população vê, observa e avalia seus governantes, definindo, então a politica como: 1) arte de roubar os cofres e recursos públicos impunemente; 2) arte de mentir e enganar o povo, principalmente durante os períodos eleitorais; 3) arte de assaltar os cofres públicos através de quadrilhas de colarinho branco que tomam o poder; 4 arte de enriquecer, de forma rápida, graças aos esquemas que organizam na administração pública; 5) arte de se locupletar com o dinheiro público ou com mutretas, privilégios que o povo jamais compartilha; e, finalmente, 6) arte de criar privilégios para si ou para seus apaniguados, mantendo-se acobertados pelo manto da impunidade, como no caso do Brasil, do famigerado “foro privilegiado”.


É neste Quadro que o povo brasileiro está sendo bombardeado dia e noite, de um lado a propaganda institucional do Superior Tribunal Eleitoral e os tribunais eleitorais dos Estados quanto à excelência do voto, a caminho da modernização tecnológica, demonstrando a segurança do voto, que é a “arma” do cidadão para bem escolher seus candidatos e tantas outras belas mensagens, induzindo o eleitor de que o poder está em seus dedos ou mãos , à medida que a biometria seja universalizada.


Ah, outra preocupação dos tribunais eleitorais é com as “fake news” ou noticias falsas que surgem durante o período eleitoral,  pouco se importando com as mentiras, demagogia e enganação ditas pelos candidatos e as promessas mentirosas, pois jamais serão cumpridas, que candidatos fazem ou até colocam em  seus famosos “planos de governo”,  feitos só para atender as exigências do Sistema eleitoral ou alimentar um marketing cujo objetivo é enganar e confundir o  eleitor.


Nada ou pouco é dito pelos tribunais eleitorais sobre a corrupção eleitoral, o Caixa dois, os políticos que irão se candidatar e, com certeza, inúmeros serão eleitos, com dois grandes propósitos, primeiro, continuar acobertados pelo manto do “foro privilegiado” , que lhes possibilita continuar com suas carreiras de crime de colarinho branco, principalmente pela morosidade do Sistema judiciário, principalmente nas instâncias superior, onde em torno de duas centenas de parlamentares federais estão sendo investigados e nos Estados outras centenas de deputados estaduais e, segundo, poder participar do loteamento da administração publica quando eleitos.


 Nada é dito também sobre o Sistema partidário que de ideológico ou doutrinário tem  pouca consistência e não passa de um amontoado de siglas, ajuntamentos de caciques em  busca de consolidar seus impérios e espaços de manobra e troca de favores, ou a comercialização de horários em radio, TV ou fundo partidário, para manterem seus feudos e poder de barganha no momento em que os eleitores precisam formar suas equipes e definir suas estratégias de governar e em inúmeros casos, como aconteceu no Rio de Janeiro, em Mato Grosso e tantos outros Estados, formatar os esquemas para assaltar os cofres públicos.


É neste contexto que se avizinham as próximas e futuras eleições, razões pelas quais fica difícil a gente imaginar que eleições possam representar um momento nobre na democracia onde e quando os melhores , mais capazes, mais comprometidos com os interesses coletivos serão escolhidos pelo povo para governar pelo bem comum, pelo progresso e pelo desenvolvimento nacional.


Parece que vamos continuar assistindo o desespero do povo tentando escolher os menos corruptos, os menos demagogos e os menos incompetentes para nos representar pelos próximos quatro anos.


Esta é a razão pela qual em todas as pesquisas de opinião pública a avaliação da “classe politica” e dos governos tem sido extremamente negativas, o povo anda decepcionado com nossa “democracia” e com a politica, se o voto não fosse obrigatório aí poderíamos avaliar como o povo de fato se sente em relação à politica.


*JUACY DA SILVA, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador e articulista de veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

Quinta, 29 Março 2018 11:17

 

Em resposta aos cortes, estudantes deflagraram greve na última segunda (26)

Mais de 400 estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) do campus da Baixada Santista deflagraram greve contra o corte nas bolsas de auxílio-permanência. A decisão foi tomada em assembleia, na segunda-feira (26),  após a suspensão do auxílio ter sido anunciada, na última quarta-feira (21), pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE). A estimativa é que mais de 500 estudantes de baixa renda da universidade fiquem sem o auxílio.

Incialmente, os cortes estavam programados para ocorrer no mês de agosto, mas, no final deste mês , os estudantes foram surpreendidos. Após as mobilizações e anúncio da greve, a reitoria se reuniu em audiência pública com os estudantes e assumiu o equívoco e se comprometeu a achar uma saída. 

Os cortes das bolsas são resultado da redução de 40% no Programa Nacional de Auxílio Estudantil (Pnaes), feito pelo governo de Michel Temer em 2017, em consequência da Emenda Constitucional 95/16, que congela os gastos públicos por 20 anos. A medida faz parte dos cortes na Educação e tem afetado os institutos e universidades federais do país inteiro.

No dia 4 de abril, haverá uma reunião extraordinária no conselho universitário para debater a pauta dos estudantes. 

“Esse corte faz parte da política de cortes dos recursos em todas as instituições públicas de ensino, não apenas de desmonte, mas como parte da política de pagamento dos juros da dívida pública brasileira”, comentou Ana Maria Estevão, 1ª vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN.

A diretora do ressalta que os docentes estão solidários à mobilização dos estudantes. "Os professoes se reuniram em assembleia ontem a tarde e aprovaram o apoio à greve discente e iremos repor as aulas perdidas pelos estudantes", contou Ana Maria.

Em nota divulgada nessa terça-feira (27), a diretoria nacional do Sindicato Nacional manifestou seu apoio ao movimento estudantil "na luta contra o corte de 548 bolsas de permanência dos estudantes da Unifesp, em seus vários campi, impossibilitando a continuidade dos estudos destes bolsistas."

"Denunciamos também que o corte dos recursos para as Instituições de Ensino Superior faz parte da política de desmonte da educação pública há muitos anos e o governo ilegítimo de Michel Temer aprofunda de forma acelerada esta política, sobretudo, após a promulgação da emenda Constitucional 95 cuja aprovação contou com forte resistência do movimento docente e do movimento estudantil na grande marcha a Brasília, que foi reprimida com truculência, no dia 29 de novembro de 2016.", aponta o documento. Confira aqui a íntegra da nota. 

 

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 28 Março 2018 14:40

 

 

Estudantes, trabalhadores e usuários da saúde pública de Mato Grosso participaram de audiência sobre a paralisação das obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller na tarde dessa terça-feira, 27/03. A sessão, realizada na Assembleia Legislativa, em Cuiabá, foi convocada pelo deputado Guilherme Maluf a pedido dos movimentos sociais organizados, e o discurso do Governo do Estado não agradou.

 

A nova estrutura, com capacidade para atender mais do que o dobro de pacientes que o Hospital Júlio Müller consegue hoje, começou a ser pensada em 2006, mas só saiu do papel em 2012, por meio de uma parceria firmada um ano antes entre Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Secretaria de Estado de Cidades (Secid). No entanto, dois anos depois, com apenas 9% do projeto executado, a obra parou e corre o risco de não ser concluída, porque o contrato, já prorrogado sucessivas vezes, deve expirar em 2019. 

 

Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União já se manifestaram sobre o caso, indicando a resolução dos problemas e conclusão da obra.     

 

Em sua intervenção, o vice-reitor da UFMT, Evandro Soares, apontou que a grande dificuldade tem sido o não cumprimento do Governo do Estado com relação ao valor acordado entre as partes - R$ 60 milhões de cada. “Nós reabrimos o diálogo em 2016, e o Estado de Mato Grosso disse que cumpriria. Não reajustamos o valor, inclusive, a pedido do Governo. Considerando o custo operacional do atual Hospital Júlio Müller, cerca de R$ 96 milhões por ano, a contrapartida do estado nessa construção é irrisória para uma obra de tamanha relevância para a população”, afirmou.

 

 

 

A posição do Governo do Estado, representado pelo engenheiro da Secretaria de Cidades, Adelmo Daniel de Barros, definitivamente não agradou. Após todos esses anos, a assinatura dos convênios e contratos, realização da licitação, aprovação do projeto, início das obras e reuniões entre as partes, o Governo apresentou uma avaliação estritamente técnica questionando a distância, o local, os projetos, a viabilidade técnica, as licenças, a planilha orçamentária, entre outros.

 

“Não é protocolo da Secretaria de Cidades aprovar projetos sem o estudo, mas nós confiamos na UFMT”, afirmou Barros, acrescentando que o estado não pretende aplicar o restante do valor acordado – mais de R$ 53 milhões - para que fique “parado na conta”. “A obra é importante, sim, mas esse dinheiro ficaria parado porque com todas as falhas apontadas não tem condições de continuar. Essas questões podem levar anos para serem superadas e, nesse momento, nós temos outras prioridades para esse dinheiro”, disse o servidor.

 

 

Em 2016, quando UFMT e Secid reafirmaram o convênio, o mesmo engenheiro apresentou detalhes do projeto, "sanando as dúvidas". No entanto, naquela ocasião, não destacou nenhum dos pontos apresentados na audiência dessa terça-feira. A própria Secretaria de Estado de Cidades registrou a apresentação realizada há dois anos, afirmando que a instituição fiscalizaria a obra, e que a conclusão se daria em pouco mais de dois anos. Leia aqui a matéria de 2016 da Secid.  

 

Após a intervenção do representando do estado, o público da audiência, formado majoritariamente por estudantes e trabalhadores federais e estaduais de saúde, se mostrou decepcionado. Inúmeras intervenções condenaram a postura do Governo. Entre outros adjetivos, os participantes apontaram irresponsabilidade, descaso, especialidade em não concluir obras, falta de vontade política, falta de interesse e omissão.   

 

Para o presidente da Adufmat – Seção Sindical do ANDES Sindicato Nacional, Reginaldo Araújo, os motivos apresentados pelo Governo são, na verdade, desculpas para disfarçar a falta de interesse em investir na Saúde Pública, e destacou a relação dos governantes com as obras do Hospital Central e do novo Pronto Socorro de Cuiabá. Segundo Araújo, há anos os candidatos prometem a conclusão das obras durante as campanhas eleitorais, mas depois de eleitos alegam inviabilidade técnica.  

 

“Da mesma forma, prometeram romper o contrato com as Organizações de Saúde (OSS), que já desviaram mais de R$ 700 milhões dos cofres públicos, segundo demonstrou a CGU [Controladoria Geral da União]. Não basta chegar aqui e dizer que é culpa da UFMT. A Secretaria de Cidades tem, sim, responsabilidade sobre todos esses pontos, porque foi ela, inclusive, que fez o processo de licitação”, afirmou Araújo.

 

A médica Otília Maria Teófilo destacou a movimentação histórica de destruição dos serviços públicos. “Eu sou formada há 40 anos. Vi unidade de referência de saúde estado definhar nesse estado por omissão, falta de vontade política e conivência com o desenvolvimento do privado em detrimento do público. E vi também o contrário, a organização e pressão dos trabalhadores, das comunidades, obterem vitórias incríveis. Quando há vontade política de fato a coisa acontece”, disse a servidora.

 

 

O professor da UFMT Reinaldo Gaspar, membro do Fórum Permanente de Saúde de Mato Grosso sugeriu o rompimento do contrato. “Na minha opinião, a UFMT deveria romper o contrato com o Governo do Estado e procurar outras parcerias. Embora essa situação seja vergonhosa, nós também devemos aprender com os erros dos outros. Um estado que só vangloria o agronegócio, que destrói nossos recursos ambientais e sequer reverte alguma coisa em imposto, quanto ao mesmo tempo enfrenta índices altíssimos de doenças como hanseníase, deve ser deixado de lado”, pontuou.

 

 

 

 

Como encaminhamento da audiência, o deputado Guilherme Maluf se comprometeu a marcar uma agenda com o governador Pedro Taques para discutir a questão nas próximas semanas.     

 

 

GALERIA DE IMAGENS ABAIXO 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

   

Quarta, 28 Março 2018 08:55

 

A Diretoria do ANDES-SN manifesta total solidariedade à comunidade acadêmica da Universidade Federal do ABC e exige a imediata nomeação do professor Dácio Roberto Matheus para o cargo de reitor após ter sido escolhido pela comunidade acadêmica em consulta democrática e autônoma.

 

 

A autonomia universitária têm recebido inúmeros ataques há muitos anos, e é preocupante a continuidade deste processo, relembrando períodos recentes que foram bastante deletérios para todas as universidades brasileiras, como foi o caso da nomeação do terceiro colocado da lista tríplice em consulta realizada na UFRJ no ano de 1998, demonstrando o desrespeito de governos para com a comunidade acadêmica.

 

 

A greve realizada pelo Setor das Federais do Andes-SN, em 2015, tinha como um dos seus pontos de pauta a revogação da lei federal 9192/1995, que permanece exigindo a necessidade de constituição de lista tríplice, possibilitando a realização de ações e intervenções antidemocráticas de governos e retirando a autonomia da construção política e democrática de eleições internas plenas pelas próprias instituições de ensino superior. O não atendimento desta pauta demonstrou, mais uma vez, o desrespeito de governos para com a comunidade acadêmica.

 

 

Cem anos após a reforma universitária de Córdoba, a universidade latino-americana segue sua luta para garantir a realização de um projeto democrático, laico, socialmente referenciado, gratuito e autônomo de universidade. Não toleraremos mais este desrespeito, como não temos tolerado nenhum ataque às instituições públicas de ensino superior. O ANDES-SN seguirá construindo essa luta e convoca todas as seções a demonstrarem seu apoio à ADUFABC-Seção Sindical e a toda a comunidade universitária.

 

 

Brasília (DF), 27 de março de 2018.

Diretoria do ANDES-SINDICATO NACIONAL

Quarta, 28 Março 2018 08:44

 

A diretoria do ANDES-SN vem manifestar seu apoio ao movimento estudantil na luta contra o corte de 548 bolsas de permanência dos estudantes da Unifesp, em seus vários campi, impossibilitando a continuidade dos estudos destes bolsistas.

 

 

Denunciamos também que o corte dos recursos para as Instituições de Ensino Superior faz parte da política de desmonte da educação pública há muitos anos e o governo ilegítimo de Michel Temer aprofunda de forma acelerada esta política, sobretudo, após a promulgação da emenda Constitucional 95 cuja aprovação contou com forte resistência do movimento docente e do movimento estudantil na grande marcha a Brasília, que foi reprimida com truculência, no dia 29 de novembro de 2016.

 

Reiteramos que a reitoria busque soluções em conjunto com os representantes do movimento estudantil para garantir a continuidade da permanência de todas e todos. A denúncia e o combate contra a redução de verbas para o PNAES é o único caminho possível para reverter este processo de precarização do ensino superior público manifestado na injusta evasão forçada de estudantes que são impelidos a desistir de seus estudos devido ao não cumprimento pelo estado de seu dever perante a educação pública.

 

Toda solidariedade aos estudantes, parceiros na luta contra a politica de retirada de direitos do governo ilegítimo de Michel Temer.

 

Por uma educação pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada. Nenhum direito a menos!

 

Brasília (DF), 27 de março de 2018

Diretoria do ANDES-SINDICATO NACIONAL