Sexta, 01 Fevereiro 2019 09:29

 

De volta às plenárias do 38º Congresso do ANDES – Sindicato Nacional, nessa quinta-feira, 31/01, os docentes do ensino superior iniciaram as discussões e votações decisivas acerca do Tema II, “Políticas Sociais e Plano Geral de Lutas”. O evento, maior espaço deliberativo da categoria, teve início na última segunda-feira, 28/01, em Belém – PA, e será encerrado na noite do próximo sábado, 02/02.  

 

Há dois dias, os congressistas debatiam esse e outros temas em grupos mistos divididos, nos quais podem levar, com maior profundidade, as deliberações das seções sindicais que representam.

 

Na Plenária dessa quinta-feira, as principais decisões envolveram o financiamento de atividades políticas nas seções sindicais pequenas, a realização de novos cursos de formação pelo Sindicato Nacional, a elaboração de material sobre a história do ANDES-SN, a defesa de cotas para pessoas trans no serviço público, e a participação da entidade na “Plenária Nacional Sindical e Popular em Defesa da Previdência, das Aposentadorias, Direitos e Liberdades Democráticas”, organizada pelas centrais sindicais para o dia 20/02, em São Paulo. Na Assembleia, o objetivo do ANDES-SN será pautar a necessidade de construção de uma greve geral de trabalhadores.

 

Um dos debates mais intensos da plenária envolveu a participação ou não do sindicato em comitês que incluam a consigna “Lula Livre”. Ao final de diversas intervenções favoráveis e contrárias, por meio do voto, a maioria dos delegados entendeu que a recusa à demanda poderia comprometer a unidade dos trabalhadores, e aprovou um texto determinando “que o ANDES-SN amplie a mobilização contra a criminalização dos movimentos sociais, contra as prisões arbitrária dos militantes, em defesa dos perseguidos políticos e pela libertação de todos os presos políticos, além de indicar às suas seções sindicais a participação em comitês pelas liberdades democráticas e pelos direitos, incluindo os que tenham como consigna ‘Lula Livre’ e que explicitem pautas defendidas pelo sindicato”.

 

Vale destacar que os diretores do ANDES-SN não têm direito à voto no Congresso. Entretanto, a diretoria do sindicato nacional defendeu o texto aprovado como parte do plano geral de lutas para o próximo período.   

 

Todos os delegados da Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN votaram contrários ao texto aprovado, compreendendo que os governos petistas foram expressões do projeto de conciliação de classes, atacando os direitos da população e precarizando o serviço público.      

 

Os Temas III e IV, “Plano de Lutas dos Setores” e “Questões Organizativas e Financeiras”, respectivamente, serão retomados nas plenárias que serão realizadas na sexta-feira e no sábado.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 25 Janeiro 2019 15:58

 

Em defesa da Previdência e contra o fim das aposentadorias, as Centrais Sindicais estão convocando, para o próximo dia 20 de fevereiro, uma Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. Será um Dia Nacional de Luta e mobilização com a orientação de que, neste dia, sejam realizados atos e mobilizações para fortalecer e apoiar essa importante atividade.

 

 

Os preparativos para a data foram discutidos em reunião na manhã desta quinta-feira (23), na sede do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em São Paulo.

As representações das Centrais definiram que a Assembleia Nacional ocorrerá em São Paulo, na Praça da Sé, ponto histórico de luta da classe trabalhadora, e irá apontar os próximos passos da luta em defesa das aposentadorias. Nesta atividade serão deliberadas ações, assim como estratégias de luta para barrar esse ataque.

O horário indicado de duração da atividade será das 10h às 12h, com previsão de ônibus vindo de diversas partes de estado. A Plenária será aberta e contará com a presença de sindicatos e também de movimentos populares, do campo, e da juventude e de luta contra as opressões. A intenção é que cada um desses segmentos denunciem como serão afetados, caso a Reforma da Previdência seja aprovada.

“A nossa Central acredita ser importante que esses setores participem dessa mobilização, pois também compõem a classe trabalhadora, e serão os mais afetados, por serem negros, mulheres, quilombolas, extratos mais vulneráveis da sociedade”, pontuou Marcela Azevedo, representando a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Marcela apontou ainda que importantes indicativos de greves e paralisações podem fortalecer e impulsionar o dia 20. “Os metroviários de São Paulo estão com indicativo de greve para fevereiro, assim como os municipais de São Paulo contra a reforma da previdência estadual, o SampaPrev, essas lutas podem ajudar no cenário de mobilizações para o mês de fevereiro”, salientou.

Materiais de comunicação serão adequados para divulgar a data, com previsão de divulgação nas redes sociais, além de um panfleto impresso para ser distribuído nas bases.

Proposta da Reforma da Previdência pode será apresentada nos próximos dias
Na reunião, o diretor-técnico do Dieese Clemente Ganz Lúcio alertou para a possibilidade de o novo governo apresentar a proposta de reforma nos próximos dias. “Até lá, nossa linha de atuação é ser contra a Reforma da Previdência seja qual for a proposta e continuar na defesa das aposentadorias e seguridade social”, informou.

A CSP-Conlutas orienta suas bases a fortalecerem esse dia de luta nos estados e se organizarem para participar da Assembleia Nacional, em São Paulo. Vamos para cima do governo e mostrar que não aceitares retrocessos. Não à Reforma da Previdência!

 

Fonte: CSP-Conlutas

 

Quarta, 23 Janeiro 2019 14:12

 

O 38º Congresso do ANDES-SN será realizado em Belém (PA) de 28 de janeiro a 2 de fevereiro de 2019. O evento terá organização da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa – Seção Sindical do ANDES-SN). O tema central será “Por Democracia, Educação, Ciência, Tecnologia e Serviços Públicos: em defesa do trabalho e da carreira docente, pela revogação da EC/95”.

Emerson Monte, 2º vice-presidente da Regional Norte II do ANDES-SN e membro da comissão organizadora do congresso, afirma que o 38º Congresso acontecerá em meio a uma conjuntura difícil e servirá para preparar a categoria docente para enfrentar os ataques a seus direitos. “Será um congresso bastante esperando por conta da conjuntura. O principal debate que está colocado é sobre a retirada de direitos, os cortes orçamentários, os ataques à educação. É uma conjuntura de Reforma Trabalhista, de tentativa de aprovação da Reforma da Previdência. Nesse panorama, esperamos que o congresso possa debater os elementos iniciais dessa nova conjuntura que se inicia em 2019”, diz.

O docente cita três documentos que nortearão o próximo governo federal e que devem ser analisados pela categoria. São eles, o plano de governo apresentado durante as eleições, as propostas da Frente Parlamentar Evangélica e o documento Panorama Fiscal Brasileiro – apresentado pelo Ministério da Fazenda de Temer à equipe de transição de governo. “Se anunciam ataques profundos à universidade pública, como a proposta de cobrança de mensalidades e da tentativa de cerceamento à liberdade de cátedra”, completa Emerson.

Rosimê Meguins, diretora-geral da Adufpa-SSind e membro da comissão organizadora do congresso, ressalta que a seção sindical celebra 40 anos de fundação em 2019 e que o 38º Congresso do ANDES-SN marcará o início das celebrações de aniversário. “Fazer parte desse congresso é um momento único. A nossa sessão sindical comemora 40 anos em 2019 e o congresso abre uma programação de comemorações da Adufpa-SSind. Temos a preocupação, como é característico do povo paraense, de receber bem, de dar o melhor. Somos uma categoria que se une nas dificuldades para lutar por seus direitos e pela educação pública”, comenta.

A docente também cita debates importantes para a categoria que serão realizados no congresso. “Para nós é importante a possibilidade de participar desse evento de enorme relevância para a categoria docente. Somos uma universidade multicampi e muitos docentes não podem participar no que acontece na sede, em Belém. O congresso acontece em um momento importante dada a situação política pela qual atravessa o país. É fundamental debater a importância da educação pública e da liberdade de cátedra”, completa Rosimê.

Belém foi definida como sede do 38º Congresso no último congresso do Sindicato Nacional, realizado em janeiro de 2018  em Salvador (BA). A capital paraense já sediou o 29º Congresso do ANDES-SN, em 2010. Belém também recebeu os Conads de 1989, 1997 e 2002.

Para acessar todo o conteúdo do congresso clique aqui

Fonte: ANDES-SN
Segunda, 21 Janeiro 2019 16:01

 

As centrais sindicais brasileiras se reuniram em São Paulo (SP) na tarde de terça-feira (15) e definiram uma luta unificada em defesa da aposentadoria dos trabalhadores do país. A reunião ocorreu na sede do Dieese e teve a presença de CSP-Conlutas, CGTB, CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical e Nova Central. Também participaram representantes de sindicatos e federações.

 

Foi aprovada a realização de uma forte campanha na base das entidades sindicais. Haverá panfletagens, reuniões, plenárias e assembleias. O objetivo é organizar a classe para lutar contra a Reforma da Previdência. No dia 20 de fevereiro haverá uma Plenária Unitária das Centrais em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria.

 

Representando a Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes defendeu uma forte campanha que explique e dialogue com os trabalhadores, mostrando que a Previdência não é deficitária como diz o governo. “Precisamos mostrar o quanto é desviado das verbas da União para os banqueiros por meio da dívida pública, os 30% retirados do Orçamento da União para o governo fazer o que quiser ou ainda a sonegação de impostos e do próprio INSS pelos grandes empresários”, disse.

 

Segundo Atnágoras, será preciso mostrar quem são os verdadeiros privilegiados no Brasil. “Banqueiros, grandes empresários e políticos são os grandes privilegiados e não os trabalhadores”.

 

Saiba mais:

 

Paulo Guedes quer Previdência com regime de capitalização  

 

Leia o documento produzido na reunião:

 

Centrais orientam luta em 2019

 

Reunidas nesta terça (15), as centrais sindicais (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CSP – Conlutas, Intersindical e CGTB) reafirmaram sua posição contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social Pública.

 

Centrais Sindicais Brasileiras decidem:

 

– Realização de “Plenária Unitária das Centrais em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria” no dia 20 fevereiro;

 

– Orientar a realização de plenárias estaduais e assembleias de trabalhadores para construir a mobilização, decidirem formas de luta e paralisações para enfrentar as propostas do governo e alertar os trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da Previdência e ataques aposentadoria.

  

São Paulo, 15 de janeiro de 2019

 

Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

 

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

 

Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

 

Antônio Neto, Presidente Interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

 

José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

 

Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical

 

Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

 

Ubiraci Dantas, Presidente da CGTB

 

 

Fonte: CSP-Conlutas (com edição de ANDES-SN. Imagem de Joanne Mota)

Terça, 04 Dezembro 2018 09:16

 

Realizado nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro, no auditório da AdunB, o seminário interno reorganização da classe trabalhadora diante dos desafios do período superou as expectativas.

Com a participação de mais de uma centena de docentes, de diferentes regiões do país, o evento teve, na mesa de abertura, na sexta-feira (30), Mauro Iasi e Plínio de Arruda Sampaio Júnior debatendo Conjuntura e os desafios da reorganização da classe.

Ainda na sexta, na parte da tarde, os presentes se dividiram em grupos de trabalho, quando puderam aprofundar nos debates. No sábado (1) de manhã, a primeira mesa do dia debateu os Desafios para a educação superior no Brasil e na América Latina, com o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, e Alejandro Gorgal, professor da Universidade da República do Uruguai.

Na parte da tarde, foi a vez dos presentes debaterem a segurança do sindicato e dos sindicalistas, com a Assessoria Jurídica Nacional; além de conversar sobre segurança digital com as ativistas Fernanda Monteiro e Roberta Nunes. Elas fazem parte da Maria Lab e Vedetas, Coletivas de hackers feministas.

Embora não seja uma instância deliberativa, o seminário serviu para debater e acumular análises sobre os perigos colocados para a categoria docente, para os servidores públicos e para a classe trabalhadora.

“O objetivo do seminário foi acumular reflexões e amadurecer um pouco as análises que estamos tendo sobre a conjuntura para melhor nos prepararmos para o próximo período e também para o congresso do ANDES”, avalia Eblin Farage, secretária geral do Sindicato Nacional.

Eblin avalia que há muita apreensão dentro da categoria. “Em especial porque nós estamos no foco central do próximo governo, por sermos funcionários públicos, por sermos docentes e por sermos de universidades públicas, que também estão no foco”, argumenta. Ela explica que além dos cortes orçamentários, a categoria docente está sendo perseguida, “porque na visão do [novo] governo, expressa em vários momentos, as universidades públicas seriam espaços de doutrinação ideológica”.

Em outras palavras, há um conjunto de ataques ao funcionalismo, à educação e aos professores. “Isso faz com que a categoria esteja apreensiva. E é bom que, além de apreensiva, a categoria esteja disposta a se organizar e a se mobilizar. A gente espera que esse seminário tenha contribuído para isso”, conclui.

Leia mais:

Seminário interno do ANDES-SN debate desafios da classe trabalhadora 

Seminário interno debate proteção a sindicato e a sindicalistas

 

Fonte: ANDES-SN

 

Segunda, 19 Novembro 2018 09:42

 

A mobilização acontecerá no dia 22 de novembro, em todo o país

As centrais sindicais brasileiras divulgaram, nesta quarta-feira (14), um jornal para mobilização do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, marcado para 22 de novembro. O material contém explicações sobre os ataques à aposentadoria dos trabalhadores. Traz também informação sobre como é o sistema de previdência em outros países. Confira aqui o material.

A data nacional de luta foi definida em plenária unificada das centrais, realizada na segunda (12), em São Paulo (SP). As entidades lançaram a Campanha Permanente em Defesa da Previdência e da Seguridade Social e oficializaram a retomada da mobilização em defesa da aposentadoria e da previdência.

A iniciativa é uma resposta às propostas de reforma em discussão pelo governo Temer e pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Essas propostas representam o fim da aposentadoria e dos direitos previdenciários dos trabalhadores. As centrais querem conscientizar e mobilizar a classe trabalhadora e a sociedade em geral para barrar a Reforma da Previdência.

Eblin Farage, secretária-geral do ANDES-SN, destaca que essa é a primeira atividade conjunta das centrais sindicais após o processo eleitoral. E reforça que é de extrema importância o envolvimento de todas as categorias. “Diante das mudanças que o governo eleito anuncia, piorando aquilo que já era ruim de proposta de reforma da previdência, é fundamental que as categorias se mobilizem e façam do dia 22 um dia de mobilização, com lutas e de esclarecimento à população do quão perversa será a contrarreforma da previdência para os trabalhadores”, conclama.

Saiba mais:

Centrais sindicais convocam mobilização em defesa da previdência para dia 22

 

 Fonte: ANDES-SN (com informações da CSP-Conlutas)

 

Quarta, 14 Novembro 2018 09:50

 

Em plenária unificada realizada na segunda (12), em São Paulo (SP), as centrais sindicais brasileiras oficializaram a retomada da mobilização em defesa da aposentadoria e da previdência. As entidades lançaram a Campanha Permanente em Defesa da Previdência e da Seguridade Social e definiram 22 de novembro como dia nacional de mobilização.

 

A iniciativa é uma resposta às propostas de reforma em discussão pelo governo Temer e pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Essas propostas representam o fim da aposentadoria e dos direitos previdenciários dos trabalhadores. As centrais querem conscientizar e mobilizar a classe trabalhadora e a sociedade em geral para barrar a Reforma da Previdência.

 

No dia 26/11, data que marca a criação do Ministério do Trabalho, as centrais realizarão manifestações em frente às Secretarias Regionais do Trabalho, em protesto à proposta do governo Bolsonaro de extinguir esse ministério.

 

Materiais de divulgação da campanha, como jornais, cartilhas, vídeos e artes para as redes sociais, também serão produzidos para esclarecer a população que a Reforma da Previdência pretendida vai acabar com a aposentadoria e com os direitos garantidos pela previdência e pela Seguridade Social. A orientação é que sejam organizadas, nos estados e regiões, plenárias para organizar a luta contra a reforma da previdência.

 

Membros da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas participaram da atividade com o objetivo de ressaltar e fortalecer a unidade das Centrais Sindicais para encaminharem a luta contra a reforma.

 

“O debate de hoje demonstrou a tragédia social que foi a reforma feita no Chile, que acabou com a previdência pública para entregar ao setor privado, através do modelo de capitalização. Diante dos ataques que estão por vir, se faz necessária a unidade para lutar e barrar qualquer reforma, pois o que eles querem é reduzir e acabar com direitos. Foi definido um plano de mobilização que começa no próximo dia 22/11 e chamamos todas nossas entidades a se engajarem nessa luta”, avaliou o metalúrgico Luiz Carlos Prates.

 

O exemplo do Chile

 

A plenária das centrais teve início com uma apresentação de Mário Reinaldo Villanueva Olmedo, da Coordenação Nacional Não Mais AFP (Associação de Fundos de Pensão) do Chile.

 

Ele fez uma palestra sobre o desastre que foi em seu país a criação do modelo de capitalização, proposta que Bolsonaro estuda para o Brasil. “No Chile, as AFPs fracassaram. Não cumpriram o objetivo, pois não dão pensões dignas”, disse.

 

Segundo ele, um trabalhador recebe 33% do que recebiam antes de se aposentar, e uma trabalhadora menos ainda, apenas 25%. Por exemplo, de um salário de 700 dólares, homens só recebem 231 dólares de pensão e mulheres 175 dólares. Hoje, cerca de 2,5 milhões de pessoas recebem aposentadorias inferiores a um salário mínimo (424 dólares).

 

O integrante da campanha Não Mais AFP, movimento que reúne várias organizações dos trabalhadores do Chile contra o modelo de capitalização, afirmou ainda que esse modelo foi pensado para injetar recursos no mercado de capitais, controlado por Colômbia, Itália, Chile e Estados Unidos. “Mas esse sistema falhou em nosso País”, reafirmou, finalizando que é preciso uma “grande frente dos trabalhadores e trabalhadoras latino-americanos em defesa dos direitos sociais, da Previdência e da Seguridade Social”.

 

Fonte: CSP-Conlutas (com edição de ANDES-SN)

 

 

Terça, 11 Setembro 2018 14:41

 

Servidores públicos federais, municipais e estaduais participam no dia 13 de setembro de uma Marcha a Brasília. Os servidores farão um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pressionar os ministros a votarem pela revogação da Emenda Constitucional (EC) 95/16, que limita os gastos sociais até 2036.

 

Além disso, os servidores exigirão que os ministros votem a favor da revisão anual dos salários do funcionalismo, em defesa da data-base. A data marca a posse do ministro Dias Toffoli, que presidirá o Tribunal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante o biênio 2018-2020. A posse deve ocorrer às 17h.

 

Segundo Jacqueline Lima, 2ª secretária do ANDES-SN, não é por acaso que a data da mobilização seja no dia da posse do novo presidente do STF. “Faremos uma reflexão sobre os ataques aos direitos da população brasileira, inclusive, feitos pelo judiciário. A luta é em defesa dos nossos direitos, pela revogação da EC 95, e por um STF que respeite os direitos dos cidadãos, assegurados na Constituição Federal”, afirmou.

 

Os servidores públicos ainda exigirão a revogação das contrarreformas Trabalhista e da Terceirização, que precarizam as condições de trabalho e sucateiam os serviços públicos. O direito a greve e a negociação coletiva também estão na pauta dos servidores.

 

“O judiciário tem apoiado um conjunto de medidas que prejudicam o trabalhador. Recentemente, considerou constitucional a terceirização das atividades-fim, que atingirá diretamente os serviços públicos do país”, disse a diretoria do Sindicato Nacional.

 

Participação docente

 

O ANDES-SN enviou a circular nº 286/18 convocando as seções sindicais e secretarias regionais a estarem presentes em Brasília no dia 13 de setembro. Paralelamente ao ato na capital, a circular indica que sejam realizadas mobilizações nos estados, no âmbito das instituições de ensino superior (IES).

 

Confira a Circular 286/18 e a arte da Marcha a Brasília.

 

“É importante que os docentes se organizem, a partir de fóruns estaduais e comitês, em caravanas à Brasília. Já no âmbito local, é importante também que sejam promovidos debates sobre a EC 95, os efeitos desta emenda e as estratégias de enfrentamento. E, ainda, que se intensifiquem as cobranças para as reitorias em relação ao orçamento das universidades”, disse Jacqueline.

 

“Será um dia de debate, reflexão e muita luta para mostrar para o judiciário brasileiro que os servidores públicos querem um judiciário que respeite a Constituição e a soberania do país”, completou.

 

A data foi aprovada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), no seminário “O Serviço Público que Queremos. O evento foi realizado em Brasília, de 30 de agosto a 1º de setembro.

 

 

Fonte: ANDES-SN

 

Quarta, 29 Agosto 2018 13:59

 

Docentes estão em paralisação e estudantes já ocuparam 27 faculdades

 

Docentes e estudantes argentinos estão mobilizados em defesa das universidades públicas do país e preparam uma grande marcha para a quinta-feira (30) em Buenos Aires, capital do país. A Marcha Nacional em Defesa da Universidade Pública reivindicará aumento do orçamento das universidades e reajuste salarial para os docentes - além de bolsas, restaurantes universitários e tarifa livre para estudantes no transporte público.

 

A marcha também criticará o acordo entre o governo argentino e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para impor medidas de ajuste fiscal. A concentração está marcada para às 17h, na avenida de Maio com a rua Saenz Peña, e os manifestantes marcharão até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo.

 

Os docentes estão em paralisação desde a data em que o semestre letivo seria iniciado, no início de agosto. Nesse período, eles deram aulas públicas e realizaram manifestações. Eles reivindicam um reajuste salarial que cubra as perdas inflacionárias do último ano, de 30%, com uma cláusula de reajuste automático de acordo com a inflação. O governo, entretanto, oferece apenas 15% de reajuste em três parcelas. Os docentes também exigem o fim dos cortes orçamentários nas universidades argentinas, com a devolução de 4 bilhões de pesos (cerca de R$ 513 milhões) já cortados pelo governo em 2018.

 

Já os estudantes se somaram à luta realizando ocupações de faculdades. Segundo a Assembleia Interfaculdades da Universidade Nacional de Córdoba (UNC), até a madrugada de terça-feira (28), 27 faculdades estavam ocupadas em todo o país. 5 na UNC; 3 nas universidades de Rosário, La Plata e Cuyo; 2 nas universidades de Comahue, San Luis e Entre Rios; e 1 nas universidades de Buenos Aires, Mar del Plata, Rio Negro e La Pampa.

 

Fonte: ANDES-SN (com informações de Conadu Histórica).

 

 

Segunda, 20 Agosto 2018 10:39

 

Em meio à implantação de várias políticas na educação brasileira, como a recente Reforma do Ensino Médio, e projetos polêmicos como a Escola Sem Partido, que trarão graves consequências para os trabalhadores e seus filhos (as), a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas dedicou o segundo dia da reunião, neste sábado (18), para debater a situação do ensino no país. A discussão também faz parte da preparação do 3° ENE (Encontro Nacional da Educação).

 

 

O tema foi abordado por três expositores: Antônio Gonçalves Filho, presidente do Andes-SN, Vera Nepomuceno, professora da rede estadual do Rio de Janeiro, e Wíria Alcântara, também professora da rede estadual do RJ.

 

Com muitos dados e informações, as exposições traçaram um cenário das políticas aplicadas pelos governos na educação pública no país nos últimos anos, os objetivos do capital com essas medidas e as consequências para os trabalhadores, mas também as formas para fortalecer a organização e resistência para enfrentar os ataques e lutar por uma educação pública e de qualidade.

 

O presidente do Andes iniciou afirmando que a luta de classes também se expressa na educação desde a sua construção no Brasil. Destacando o ensino superior, Antônio Gonçalves lembrou que o país foi um dos últimos a criar universidades no mundo, somente no século 20. “E surgiu com vícios de origem, com uma visão elitista”, disse.

 

O professor explicou como planos de privatização e mercantilização da educação marcaram as políticas dos governos desde o governo Fernando Henrique, passando por Lula, Dilma e Temer.

 

“Na década de 70 começa uma expansão do ensino superior no país. No final da década de 60 havia 278 mil matrículas. Doze anos depois, eram 1,3 milhão. Em 1994, pulou para três milhões de matrículas. Mas foi uma expansão sob ideias neoliberais e que se deu mais na iniciativa privada, do que nas públicas, às custas do financiamento público”, disse.

 

Antônio também destacou que os planos lançados pelos governos, como Fies, Prouni, Reuni, Universidade Aberta, entre outras, privilegiam o financiamento de instituições privadas com dinheiro público e no aspecto pedagógico, um rebaixamento de qualidade, como emissão de diplomas sem qualidade, visando apenas um ensino básico e técnico para o mercado de trabalho e não do conhecimento, ciência e pesquisa. “Ter o controle sobre a universidade sempre foi objetivo do capital, porque eles sabem que o conhecimento que a universidade pode permitir é perigoso”, disse.

 

A professora de História Vera Nepomuceno também deu enfoque às políticas educacionais no país, seus objetivos e efeitos. Com uma apresentação intitulada “O ajuste do capital na Educação brasileira”, a professora demonstrou que as medidas aplicadas pelos governos sempre refletiram os movimentos do capital e orientações dos organismos internacionais como o Banco Mundial, a OCDE, ONU e outras. “São reformas empresariais na educação. Com a crise, a burguesia está em luta para abocanhar mais dinheiro e na educação os fundos públicos garantem isso”, disse.

 

“No governo FHC, a LDB [Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional] incorporou as orientações do Banco Mundial e deu início à fragmentação do ensino médio. O governo Lula tentou conciliar o irreconciliável, ou seja, os interesses do capital com os trabalhadores e o PNE [Plano Nacional da Educação] vai atender a OCDE e impor o funcionamento por metas na educação”, foi alguns exemplos dados.

 

Vera denunciou ainda que o Sistema S (grupo de instituições ligadas ao setor empresarial para formação técnica) ganha muito dinheiro às custas do dinheiro público e reformas na educação feitas pelos governos.

 

Wíria Alcântara, professora rede estadual do RJ, relacionou as reformas na educação às demais contrarreformas feitas pelo governo, como a Trabalhista, e a situação da crise mundial.

 

“Vivemos um momento de polarização social. Incerteza, retirada de direitos, exacerbação da pobreza, desemprego. A classe trabalhadora não tem direito ao trabalho, à igualdade. São reformas que atacam os direitos e medidas como a PEC do Teto dos Gastos e as lutas são reprimidas”, disse.

 

Segundo Wíria, as reformas na Educação, como a Reforma do Ensino Médio, a nova BNCC (Base Nacional Curricular Comum) e a Escola Sem Partido fazem parte da ofensiva do capital para garantir seus lucros. “A reforma na educação faz visa controlar a nossa classe para não se rebelar e questionar. Esse é o objetivo do capital”, afirmou.

 

A necessidade de fortalecer a organização frente a esses ataques foi destacada por Wíria, assim como por Antônio Gonçalvez e Vera Nepomuceno. Todos ressaltaram a importância do 3° ENE (Encontro Nacional da Educação), programado para o mês de abril de 2019, para fortalecer a resistência e contraofensiva. “É tarefa da CSP-Conlutas encampar a construção desse encontro para que possamos fortalecer a luta por uma educação pública, laica, gratuita e de qualidade para todos e todas”, disse.

 

Fonte: CSP-Conlutas