Quarta, 29 Maio 2019 11:41

 

Trabalhadores da Educação e estudantes, apoiados por movimentos sociais diversos, paralisam as atividades e tomam as ruas de todo o país novamente nessa quinta-feira, 30/05, para protestar contra as políticas do governo Bolsonaro. O 2º Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública e Gratuita terá adesão em Mato Grosso, na capital e em municípios do interior, tanto da parte dos ensinos fundamental e médio, como do ensino superior.  

 

Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) a mobilização já começou. Desde o início da semana, docentes, estudantes e técnicos administrativos panfletam e espalham cartazes pelo campus de Cuiabá. Na quinta-feira (30), dia do ato, as atividades serão paralisadas, e mais uma carreata atravessará a capital mato-grossense até o ato unificado, na Praça Alencastro, marcado para as 14h. Os manifestantes sairão da frente do Restaurante Universitário às 13h, dialogando com a população sobre os efeitos dessas políticas.

 

Na Praça também haverá apresentações culturais, com Gê Lacerda e Bloco das Mulheres, artistas ligados à UFMT, entre outros.

 

No município de Barra do Garças também haverá panfletagem nos sinaleiros da Avenida Ministro João Alberto - Rua do Posto Zampa e Avenida Ministro João Alberto - Praça do Índio. A concentração será às 13h30, no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Barra do Garças.

 

Em Sinop, os organizadores planejam uma roda de conversa com o tema “Os ataques às universidades públicas brasileiras no contexto de ajuste fiscal e aprofundamento da privatização do ensino superior”, pela manhã, debates a partir da apresentação do Documentário "Dedo na Ferida", do Diretor Silvio Tendler (melhor filme documentário Festival do Rio/2017, Seleção Oficial do Festival de Havana 2017 e Melhor Filme Documentário – Mostra Ecofalante 2018), nos períodos vespertino e noturno, além de um workshop para construção da Greve Geral do dia 14/06 - Integração de ações com outros sindicatos e entidades afins. Todas as atividades serão no Auditório da Adufmat-Ssind/Sinop.   

 

Além dos cortes que chegam a 30% dos recursos destinados a setores essenciais, como pagamento de luz, limpeza e segurança – que já inviabiliza o funcionamento da universidade -, os manifestantes protestam contra a proposta de Reforma da Previdência e o desrespeito absoluto com o qual o governo tem tratado a população.

 

Nas manifestações de 15/05, Bolsonaro chegou a dizer que os estudantes que estavam protestando eram “idiotas úteis”, “imbecis”, “massa de manobra sem nada na cabeça”. “É inconcebível que um chefe de Estado se refira desta forma a uma parte significativa da população que reivindica legitimamente seus direitos”, disse a diretora de Imprensa da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat - Seção Sindical do ANDES-SN), Lélica Lacerda.  

 

Bolsonaro afirmou, durante a campanha, que defenderia a democracia e teria a Constituição Federal como guia durante sua gestão. No entanto, tem reafirmado, na prática, sua aversão a qualquer tipo de diálogo e questionamento – essenciais ao modelo democrático -, bem como publicado decretos questionados em seguida pela Justiça, devido a inconstitucionalidade. Não surpreende, considerando que o autoritarismo sempre foi uma de suas marcas nos quase 30 anos em que esteve no Congresso Nacional. No entanto, num regime democrático, essa é uma postura que não pode ser tolerada.

 

Entre os organizadores do 2º Dia de Luta em Defesa da Educação Pública e Gratuita em Cuiabá estão Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN, Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFMT (Sintuf/MT), Diretórios Centrais dos Estudantes da UFMT (todos oscampi) e IFMT, Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep), Centrais Sindicais, Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat-Ssind), ANDES - Sindicato Nacional VPR Pantanal, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – Seção Mato Grosso (Sinasefe), entre outros.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Segunda, 27 Maio 2019 16:09

 

As ruas do país serão novamente ocupadas por atos em defesa da educação pública em 30 de maio, próxima quinta-feira. Entidades estudantis e sindicais estão chamando mobilizações em todo o país para fortalecer a luta contra os cortes de orçamento. O Dia de Lutas também servirá como preparação para a Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho.

Docentes, servidores e estudantes sairão às ruas em 30 de maio

Após o sucesso das manifestações de 15 de maio, entidades estudantis e sindicais se reuniram para definir novas ações em defesa da educação. Além de convocar os atos de 30 de maio, as entidades decidiram realizar uma agenda preparatória de mobilização nas próximas semanas, com atividades nas instituições de ensino e aulas públicas na rua.

O Dia de Lutas de 30 de maio foi convocado por ANDES-SN, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fasubra, Sinasefe, Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

 

Confira atos já marcados para 30 de maio

 

São Paulo (SP)

Local: Largo da Batata

Horário: 16h

 

Rio de Janeiro (RJ)

Horário: 15h

 

Porto Alegre (RS)

Local: Esquina Democrática

Horário: 18h

 

 

Belo Horizonte (MG)

Local: Praça da Estação - Avenida dos Andradas

Horário: 09h

 

Brasília (DF)

Horário: 10h

 

Salvador (BA)

Local: Praça do Campo Grande

Horário: 10h

 

Cuiabá

Praça Alencastro

Horário: 14h 

 

Curitiba (PR)

Local: Praça Santos Andrade

Horário: 18h

 

Fortaleza (CE)

Horário: 10h

 

Belém (PA)

Horário: 13h

 

Recife (PE)

Local: Rua da Aurora

Horário: 15h

 

Manaus (AM)

Local: Praça da Saudade

Horário: 15h

 

Natal (RN)

Horário: 10h

 

São Luis (MA)

Local: Praça Deodoro

Horário: 15h

 

Fonte: ANDES-SN (com edição da Adufmat-Ssind)

Sexta, 24 Maio 2019 21:50

 

Mais uma vez os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se reuniram na Adufmat-Ssind, em assembleia geral da categoria, para discutir os ataques à Educação e deliberar ações para impedir que a universidade pública e gratuita acabe. Nessa sexta-feira, 24/05, os docentes analisaram as manifestações do dia 15/05 e a conjuntura, dialogaram sobre a convocação das centrais para o 2º Dia Nacional em Defesa da Educação Pública (30/05), e escolheram os delegados para representar a Seção Sindical no 64º CONAD.     

 

Na avaliação da maioria dos presentes, as manifestações do dia 15/05 em mais de 200 cidades foram positivas. Tanto que os resultados apareceram rapidamente, com as declarações de que o governo garantirá parte dos recursos anteriormente “contingenciados”. No entanto, por todas as ameaças e movimentações de Bolsonaro com relação às universidades públicas, a categoria está convencida de que é preciso continuar.   

 

No dia 30/05, próxima quinta-feira, além da paralisação, a categoria deve realizar outras atividades, à exemplo do dia 15/05: panfletagem, adesivaço, faixas e carreata até o ato unificado, com ônibus e carona solidária aos manifestantes que saírem da UFMT. No entanto, as atividades deverão ser confirmadas na próxima semana pela mesma comissão que organizou o dia 15/05. O grupo se reuniu logo após a assembleia para iniciar a organização.

 

Durante a análise de conjuntura, os docentes apontaram que, desde 2015, as discussões acerca de uma mudança no projeto neoliberal indicavam o avanço do conservadorismo e a possível eleição de um governo autoritário. A ruptura com o Estado democrático de direito a partir da Emenda Constitucional 95/16 (que congela os recursos para Saúde, Educação, Assistência Social, entre outros, por 20 anos), violando a Constituição Federal, concretizou a leitura e já começa a provocar situações gravíssimas.

 

“O Estado brasileiro foi sequestrado por um grupo interessado em destinar o fundo público para o capital rentista. Tanto que as decisões do governo acompanham a Bolsa de Valores e a cotação do dólar. Observem que qualquer medida que desagrade esse grupo e provoque queda ou instabilidade faz o governo recuar”, afirmou o professor Maelison Neves, acrescentando que essa disputa dos investidores internacionais pelos recursos públicos desafia os movimentos sociais a criarem formas de diálogo com a população para demonstrar chantagens. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chantageia a sociedade ao dizer que a Reforma da Previdência vai salvar o país.

 

Na avaliação dos docentes, a classe trabalhadora tem demonstrado disposição para responder aos ataques, surpreendendo no dia 15/05, e apontando fôlego para ocupar novamente as ruas tanto no dia 30/05 quanto na Greve Geral programada para 14/06. No entanto, os docentes ponderaram que os movimentos sociais de trabalhadores organizados precisam estar mais coordenados e articulados do que nunca para acompanhar o levante.

 

Os docentes também concluíram que, para além das mobilizações de rua – importantíssimas -, é preciso construir núcleos orgânicos permanentes para aprofundar as discussões sobre os ataques de forma mais ampla. Nesse sentido, defenderam a continuidade dos debates dentro e fora da universidade, e o apoio ao já atuante Fórum Sindical Popular e da Juventude, do qual a Adufmat-Ssind faz parte, e que tem rodado escolas de Cuiabá e Várzea Grande para discutir a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro.

 

O professor Dorival Gonçalves destacou uma demanda que o sindicato apresenta há anos à administração da universidade: é preciso assumir a defesa de um projeto de universidade e, mais do que isso, um projeto de sociedade. “Parece que as reitorias não têm dimensão de que esse é um dos poucos países que ainda tem educação pública e gratuita na dimensão que nós temos. Isso é grave. Embora percebam a importância da mobilização nesse momento, demonstram que as principais preocupações são nomear pessoas, progredir na carreira. A discussão vai muito além disso”, criticou o docente.

 

O diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza, concordou com as intervenções e questionou a ausência da universidade no cotidiano da população. “A universidade tem discutido com a sociedade temas como o efeito do Agronegócio para os trabalhadores em condições análogas à escravidão, nas terras indígenas e quilombolas? Nós pesquisamos sobre isso, mas fica aqui dentro. Sinceramente, eu não acredito que seja possível salvar a universidade num sábado a tarde, expondo o nosso trabalho numa feira. Nós devemos discutir todos esses assuntos com a sociedade o tempo inteiro. Temos de exigir mais recursos para a universidade, sim, mas também que a Reforma Trabalhista seja revogada; que a Terceirização seja revogada; e temos de rechaçar a Reforma da Previdência, porque ela significa o caos para a população”, afirmou o professor, concluindo: “a paralisação no dia 30/05 é o mínimo, porque a situação é dramática mesmo.”

 

Estudantes também participaram da assembleia.

 

Delegados do 64º CONAD

 

Conforme a convocação da assembleia, os docentes escolheram, nessa sexta-feira, os representantes da Adufmat-Ssind no próximo Conselho do ANDES-SN, o 64º CONAD, que será em Brasília, de 11 a 14/07.

 

Compreendendo a gravidade da conjuntura, a plenária decidiu, após votação, enviar um número maior de participantes, sendo a diretora Quélen de Lima Barcelos a delegada indicada pela diretoria, e os docentes Waldir Bertúlio, Tomás Boaventura, José Airton, Maurício Couto (Sinop) e Aldi Nestor de Souza os ouvintes indicados pela assembleia. O Araguaia também poderá indicar, na próxima semana, um docente interessado em participar do 64º CONAD como ouvinte.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 24 Maio 2019 17:06

 

Neste domingo (26), a partir das 10h, no Posto 8,  em Ipanema (RJ), haverá um protesto contra as mortes de negros (as) no estado. O ato #ParemDeNosMatar está sendo convocado por mais de 40 movimentos e associações do Rio de Janeiro, inclusive pelo setorial de Negras e Negros da CSP-Conlutas e Quilombo Raça e Classe.

 

 

As organizações convocantes alertaram que o ato será pelo o fim do genocídio do povo nas favelas, potencializado por ações de policiais, sobretudo, em territórios periféricos.

 

Um dos casos mais recentes de mortes de negros no Rio de Janeiro foi em 7 de abril, quando mais de 80 tiros foram disparados por militares do Exército contra um carro na zona norte do Rio de Janeiro. O alvo foi uma família negra, que se dirigia para um chá de bebê. O resultado levou à morte Evaldo Costa Ramos, de 51 anos, que dirigia o veículo.

 

Estudo lançado pelo Fórum de Segurança, em 2018, concluiu que homens, negros e jovens são os principais alvos das mortes por policiais. A análise foi feita com base em 3.107 registros, de 20 municípios do estado de São Paulo, entre 2013 e 2016. No período, 67% dos mortos por policiais eram pretos e pardos, e 16% tinham menos de 17 anos.

 

Mortes que podem crescer caso o pacote anticrime apresentado pelo ministro Sérgio Moro que prevê a isenção de pena a policiais que matam em serviço. O projeto potencializa e respalda a ação policial que nas periferias já mata indiscriminadamente. Bolsonaro e Moro, junto com o governador Witzel do Rio de Janeiro, querem oficializar a política do mata e depois pergunta.

 

A manifestação irá acontecer no mesmo dia do protesto convocado por pró-bolsonaristas e pode representar um contraponto importante contra o racismo e preconceito fomento por muitas dessas pessoas, que apoiam o presidente, assim como ministros, e seus discursos de ódio contra os negros.

 

Entidades que organizam o ato:

Associação de moradores do Vidigal

Politilaje

Favela no Feminino

Coletivo Jararaca RJ

Instituto Todos na Luta

Movimento popular de favelas

Movimento Moleque

B’nai B’rith

Redes da Maré

Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro

Coletivo Juntos pela Paz

Nós do Morro

Bando Cultural Favelados da Rocinha

Associação de Moradores da Rocinha

Mães e Familiares Vítimas de Violência do Estado

Rede de Comunidades

Movimentos Contra a Violência

Rede de Mães e Familiares da Baixada

Levante Popular da Juventude

Favelação

Funperj

MTST

Fórum de Educação de Jovens e Adultos

Comissão Popular da Verdade

Movimento Negro Unificado

Favela não se cala

Frente Brasil Popular

Radio Estilo Livre Vidigal

Frente de Juristas Negras e Negros do Estado do Rio de Janeiro

Frente Democrática da Advocacia

UNEGRO – União de negras e negros por igualdade

Movimento Nosso Jardim

Coletivo União Comunitária

Ser Consciente

Frente Favela Brasil

Militantes em Cena

Frente Povo Sem Medo

Quilombo Raça e Classe

Torcedores pela Democracia

Comitê Volta Dilma

FAFERJ

FAM-RIO

 

 

 Fonte: CSP-Conlutas

Segunda, 20 Maio 2019 16:55

 

Nesta segunda-feira (20), as Centrais Sindicais se reuniram novamente, na sede do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em São Paulo, para preparar o 14 de junho, dia da Greve Geral.

 

 

A partir do balanço da vitória que foi a Greve Nacional da Educação, realizada no dia 15 de Maio, quando mais mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas contra os cortes de Bolsonaro, as próximas atividades foram marcadas para intensificar a preparação da Greve Geral

 

Plenárias no setor de transportes, assembleias por categorias, panfletagens, coletas de assinaturas para o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência e outras atividades devem ser organizadas.

 

De 27 a 30 de maio será a semana de mutirão e divulgação do abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência nas periferias, nas fábricas e nos lugares de maior concentração, como transporte público, para conseguir o máximo de número possível de signatários.

 

Considerado um setor estratégico para a realização do 14 de junho, o setor de transporte também está dando peso ao dia. Realizará uma reunião nacional em 5 de junho, em Brasília, para organizar a integração à data dos transportes terrestre e aéreo.

 

A orientação também é para que as regionais das Centrais preparem assembleias com o objetivo de fortalecer a divulgação da Greve Geral. Algumas plenárias já estão agendadas, como no Rio de Janeiro, que será realizada no dia 22 de maio, no Rio Grande do Sul, em 29 de maio e no Rio Grande do Norte, entre os dias 30 e 31 de maio.

 

Como parte das atividades, em São Paulo, haverá uma reunião estadual deste segmento, no dia 27 de maio.

 

Exemplo do dia 15 de Maio fortalece preparação da Greve Geral

 

O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, destacou a importância do forte dia de luta da Educação, que superou as expectativas e deu um gás para o 14 de junho.

 

Alertou que existe uma campanha do governo dizendo que os cortes na Educação são emergenciais e que podem ser suspensos se a Reforma da Previdência for aprovada. “Essa é uma tentativa de dividir o movimento. Temos que mostrar que tanto o corte na Educação como a Reforma da Previdência são prejudiciais para a população, que não queremos nenhum desses ataques e que vamos juntar forças para que ambos não aconteçam”, salientou.

 

“A nossa tarefa não é apenas o apoio formal ao setor de Educação, mas, sim, incorporar em nossa luta o repúdio aos cortes da Educação, assim como os estudantes e professores devem somar sua luta contra a Reforma da Previdência”, avaliou.

 

Agora, é seguir o calendário de lutas e fazer uma forte Greve Geral. “Foi uma reunião bastante positiva e, apoiado neste sentimento e na mobilização que existiu no dia 15 de maio, saímos com a certeza de que é possível realizar uma poderosa Greve Geral em 14 de junho”, salientou.

 

Também esteve presente a dirigente da Secretaria Executiva Nacional Rosália Fernandes.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Segunda, 20 Maio 2019 11:08

 

A luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade terá uma nova rodada no dia 30 de maio.

As entidades representativas de estudantes, professores, técnicos-administrativos preparam para a data mais um dia de lutas da educação, em nível nacional.

A preparação da nova mobilização do setor foi definida em reunião na sexta-feira (17). O encontro contou com ANDES-SN, CNTE, FASUBRA, FENET, SINASEFE, UBES e UNE.

Nas redes sociais, em especial no twiiter, já circulam hashtags convocando novas mobilizações para o 30 de maio.

As entidades pretendem realizar uma agenda preparatória de mobilização nas próximas semanas. Esta agenda inclui a realização atividades dentro das universidades e Institutos Federais.

Em 22 de maio, elas pretendem realizar um dia de “universidade na rua”, como preparação para o dia 30.

Além da defesa da educação, todas as iniciativas visam a construção da greve geral, contra a reforma da Previdência. A greve geral está marcada para 14 de junho e foi acordada entre todas as centrais sindicais.

Em 15 de maio, a comunidade escolar se levantou contra os cortes orçamentários anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Foi a primeira grande manifestação contra o governo Bolsonaro. Em viagem aos Estados Unidos, no dia 15, o presidente chamou os manifestantes de “idiotas úteis”.

Houve manifestações em 222 cidades, em todas as capitais, incluindo Brasília. No Rio de Janeiro, o protesto contou com mais de 250 mil pessoas. Em São Paulo, foram 120 mil.

Antes da grande greve do dia 15, a comunidade escolar adotou medidas para levar a universidade para a sociedade. Foram aulas públicas e divulgações científicas em praças, ônibus, parques.

 

Fonte: ANDES-SN

Quinta, 16 Maio 2019 19:41

 

Nos últimos dias, a Adufmat-Ssind ampliou a dinâmica de discussão sobre os ataques à universidade pública e gratuita. Já foram realizados debates no Instituto de Educação – IE (no dia 10/05), e na Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia - FAET (no dia 13/05). Na agenda do sindicato há outros encontros marcados para os dias 20, 24 e 30/05, nos auditórios do Batatão, do ICHS/IGHD e do CCBS III, respectivamente (veja o calendário abaixo).

 

A ideia é que diferentes convidados dialoguem com a comunidade acadêmica sobre os motivos dos ataques históricos à educação, agravados nos últimos anos e declaradamente mortais no governo Bolsonaro. Sim, a universidade pública e gratuita está seriamente ameaçada e pode acabar.  

 

Mas quais sãos os motivos desses ataques e como podemos enfrentá-los?

 

As análises abordam várias perspectivas, mas convergem no sentido de que o projeto neoliberal para os serviços públicos é o mesmo, independente do nome que represente o governo: acabar com os direitos sociais garantidos pelos serviços públicos.

 

O que está sendo projetado é um modelo de educação voltado, por um lado, para o mercado, atendendo a demanda capitalista de formação tecnicista e barata e, por outro lado, por anseios típicos dos regimes fascistas, limitando a capacidade de reflexão da população e, consequentemente, de reação às propostas apresentadas.   

 

No IE (10/05), a professora Alair Silveira afirmou que mesmo com todas as inegáveis contradições, a universidade pública ainda pode ser considerada o templo da diversidade, do contraditório e do conhecimento. É um espaço onde se discute as ideias, totalmente o oposto da escola militarizada que o governo Bolsonaro considera ideal, pois não admite qualquer abertura para discordância. “A lógica da formação militar é bastante simples: um manda, outro obedece”, pontuou a docente. A universidade é, obviamente, uma ameaça a esse modelo controlador, e é por isso que se faz tão importante para a população.

 

Silveira, que é cientista política, apresentou dados de uma pesquisa ainda em andamento, que teve início em 2016, e que indica uma série de fatores que asfixiam a universidade, tanto interna quanto externamente. Cortes de recursos, criminalização dos movimentos sociais e perseguição aos docentes, apologia à ignorância, privatizações, entre outros fatores fazem parte da lista.   

 

A professora Lélica Lacerda destacou que, enquanto os serviços públicos são atacados por meio dos cortes e manipulações de informação que visam desqualificar o que é público, os bancos continuam a receber quase metade de toda a arrecadação da União com a Dívida Pública. Realizar a auditoria dessa dívida, como prevê a constituição, seria uma das formas de estabilizar a economia se, de fato, o governo se importasse com a população. “Nosso principal desafio é mostrar para as pessoas que a gente tem perspectiva, sim. Nós somos um país rico, mas essa riqueza precisa ir para o povo e não para os bancos”, disse a diretora de Imprensa da Adufmat-Ssind. No entanto, o projeto é claramente voltado para a concentração de renda nas mãos de poucos.

 

 

 

Na mesa do dia 13/05, na FAET, o professor Dorival Gonçalves apontou para o mesmo sentido, ao dizer que o governo quer acabar não apenas com a universidade, mas com a educação pública como um todo, porque as escolas militares trabalham numa outra perspectiva de formação. “A militarização das escolas visa moldar comportamentos, não educar”, afirmou.

 

Além disso, o docente relacionou a disputa pelo conhecimento à preservação da hegemonia econômica do capital, considerando que o Brasil é uma das dez potências mundiais, com ampla capacidade de crescimento, e as pesquisas realizadas nas universidades podem ser utilizadas como ferramentas para exploração das riquezas. “Não existe no mundo um país capitalista com esse número de universidades públicas federais [são 63 no Brasil], ainda mais com um potencial econômico como o nosso. No entanto, quem é que está apresentando uma das principais reações a esse governo? Então, não é só um novo mercado. Aqui ainda é um espaço do pensar, ainda há intelectuais que de uma forma ou outra estão ligados aos fenômenos sociais”, argumentou Gonçalves.

 

Os diretores da Adufmat-Ssind, Djeison Benetti e Aldi Nestor, destacaram o caráter alienador do sistema capitalista em todas as suas formas, seja no trabalho em que as pessoas realizam, mas não se reconhecem, ou na formação que capacita, mas não humaniza.  

 

A mesa avaliou ainda que a violência das ações e declarações do governo evidencia sua fragilidade. Assim, a organização dos movimentos sociais e populares será capaz de derrotar as políticas desse projeto de sociedade que tem como objetivo o empobrecimento total da população.     

 

Esses são os motivos reais pelos quais o governo ataca a Educação e as universidades públicas, que Bolsonaro tenta esconder nas entrelinhas de frases como “a universidade está tomada pela ideologia de esquerda”, “os estudantes têm de se interessar menos por política”, “os jovens brasileiros têm ‘tara’ por formação superior”, ou ainda os manifestantes são “militantes idiotas e imbecis úteis”, “não têm nada na cabeça, não sabem quanto é sete vezes oito”.

 

A Adufmat-Ssind convida todos os interessados para contribuir com essas reflexões nas próximas mesas, organizadas conforme a agenda abaixo:

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Quinta, 16 Maio 2019 14:50

 

Não adiantou Bolsonaro destilar sua raiva tentando desqualificar militantes, nem o burburinho de que os cortes na Educação seriam suspensos. A população já sabe que o governo, além de raivoso e irresponsável, gosta de espalhar notícias falsas para causar confusão e emplacar suas propostas, e foi às ruas nessa quarta-feira, 15/05, para demonstrar repúdio aos crescentes ataques à Educação.

 

Em Cuiabá, mais de 10 mil pessoas cortaram o centro da cidade em passeata mostrando ao presidente que, ao contrário do que ele pensa e diz, a população não é idiota e sabe muito bem que Educação é direito fundamental, assim como a Saúde, a Assistência Social e a Previdência. E se estas são áreas fundamentais, precisam receber mais recursos, e não perder.

 

No campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso, a mobilização começou cedo. Pela manhã, docentes e técnicos panfletaram nas guaritas. A greve pegou na universidade, que ficou praticamente vazia. Enquanto docentes e técnicos faziam arrastão nos blocos dialogando com trabalhadores concursados e terceirizados, estudantes preparavam cartazes para o ato unificado programado para a tarde.  

 

 

Às 13h, a comunidade acadêmica se encontrou na praça do Restaurante Universitário para sair em carreata até o ato unificado na Praça Alencastro, no centro da capital mato-grossense. Dezenas de carros acompanharam o carro de som, de onde representantes de professores, técnicos e estudantes da UFMT explicaram os motivos do protesto.

 

“Direito se defende. Nós estamos aqui para denunciar que a Educação Pública vai deixar de existir se a gente não se movimentar. O corte anunciado por Bolsonaro significa que estão tirando da educação dos seus filhos, da merenda escolar, da creche, das universidades. Estão tirando dinheiro do povo para mandar para banqueiro. Os bancos não produzem nenhum real, mas a educação produz o futuro das próximas gerações. Eles querem tirar o nosso futuro, a nossa Saúde, a nossa Previdência. Hoje é dia de mostrar que nós não queremos que cortem os direitos da classe trabalhadora. Se for para cortar da alguém, que cortem dos bancos, do latifúndio, dos empresários”, afirmou a diretora de Imprensa da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Lélica Lacerda.

 

A representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da instituição (Sintuf-MT), Merillin de Castro, reforçou o apelo à grande maioria da população, usuária dos serviços públicos. “Você que tem filho na escola pública, saiba que o governo está cortando os recursos, está acabando com a educação pública do país. Nós não vamos aceitar. Por isso, paramos nossas atividades hoje e vamos fazer uma grande Greve Geral da Educação, na qual todos nós, técnicos, professores e alunos, estamos lutando em defesa da educação pública. Unam-se a nós. Esses cortes representam o massacre dos trabalhadores”, disse.

 

 

 

Durante todo o percurso, as pessoas interagiram com os manifestantes, demonstrando interesse pelo debate.

 

A representante estudantil, Ana Carolina Marques, foi bastante direta ao afirmar que na universidade não se faz balbúrdia, mas sim desenvolve-se tecnologias diversas para tentar melhorar a vida da população. “Na universidade nós realizamos pesquisas que ajudam as pessoas. Nós desenvolvemos medicamentos para a saúde humana e animal. O Hospital Universitário Julio Müller atende centenas de pacientes diariamente, e é uma referência no tratamento de várias doenças, como a tuberculose”, citou a estudante, entre outros exemplos.

 

Ao chegar na Praça, a carreata foi recebida com empolgação e palavras de ordens reafirmando a presença do Movimento Estudantil, e a ideia de que, se os cortes não forem revertidos, o Brasil vai parar por conta das greves.   

 

Centenas de cartazes e faixas demonstravam o repúdio ao desmonte da educação, mas também ao desrespeito, aos destemperos e confusões de Bolsonaro e sua equipe. “Sem educação já basta o presidente”, “A fórmula da água é H2O, e a fórmula da ignorância é B17”, “Conhecimento destrói mitos”, “Educação não é chocolatinho”, “Educação não é balbúrdia, é o futuro da nação”, “Ministro, é Kafka, não Kafta”, eram algumas das frases que criticavam e ridicularizavam o governo.

 

Ao final, os manifestantes realizaram uma grande marcha pela região central, passando pela Prainha, e finalizaram as atividades novamente na Praça Alencastro.

 

Também foram realizados atos e outras manifestações em defesa do direito à Educação pública, gratuita e de qualidade nos municípios de Sinop, Cáceres, Barra do Garças, Rondonópolis e Lucas do Rio Verde.

 

CLIQUE AQUI PARA VER AS FOTOS DO ATO EM CUIABÁ.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

   

Segunda, 13 Maio 2019 18:27

 

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN), o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-administrativos (Sintuf-MT) e o Diretório Central dos Estudantes convocam toda a comunidade acadêmica para as atividades que serão realizadas na próxima quarta-feira, 15/05/19, Dia Nacional de Greve Geral da Educação, em defesa do direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

Confira a PROGRAMAÇÃO EM CUIABÁ:

6h - Mobilização nas guaritas;

Após panfletagem nas guaritas, os manifestantes seguirão em arrastão pelos blocos da universidade, dialogando com a população em geral sobre a situação da educação pública e da própria UFMT;

13h - Concentração no Restaurante Universitário (RU) para seguir em carreata, com carro de som, até a Praça Alencastro; 

14h - Ato Unificado na Praça Alencastro, centro de Cuiabá. 

 

PROGRAMAÇÃO EM SINOP: 

7h30 - Concentração na tenda em frente a cantina para a atividade Universidade Aberta, com exposições em diversos laboratórios, palestras e mobilização junto à comunidade acadêmica. 

15h - Ato Unificado na Praça da Bíblia; caminhada até a Praça Plínio Callegaro e encerramento com exposições científicas. Mais detalhes abaixo:

 

 

PROGRAMAÇÃO NO ARAGUAIA 

 

09h às 11h30 - Mesa-redonda no Espaço Multiuso II - Campus do Araguaia - Barra do Garças

 

14h às 18h30 - Exposição de trabalhos de Pesquisa, de Extensão e de Ensino na Praça Sebastião Júnior (ao lado do Mercado Municipal) - Barra do Garças.

 

20h às 22h30 - Mesa-redonda no Auditório do Campus do Araguaia - Pontal do Araguaia

 

 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind