Sexta, 25 Maio 2018 10:31

 

A diretoria nacional do ANDE-SN decidiu por cancelar a reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN prevista para este final de semana (26 e 27), devido ao cancelamento de voos, especialmente para o aeroporto de Brasília/DF, ocasionada pela greve dos caminhoneiros.

De acordo com Giovanni Frizzo, 2º secretário e um dos coordenadores do Setor das Ifes do Sindicato Nacional, ainda não há previsão para nova data da reunião. Frizzo lembra ainda que está previsto para 7 de junho um Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Serviços Públicos e pela valorização dos servidores, convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). A próxima reunião do Fonasefe está marcada para quarta-feira (30).

Leia também:

Fonasefe e Fonacate debatem próximos passos da mobilização dos servidores

 

Fonte: ANDES-SN

Sexta, 25 Maio 2018 10:05

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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O que deve fazer uma pessoa razoável diante de tantas opções políticas para a presidência? Penso que devemos ir eliminando os candidatos mais ruins, para ver se, ao fim, sobra alguma coisa. Não é impossível que ocorra não haver opções entre as opções que se apresentam.


Descarto de cara o tirano, aquele que quer eliminar pessoas, pois não costumo, nem aconselho, escolher quem irá nos tiranizar. Ao invés de buscar educar os homens para não serem bandidos, quer dar armas para que as pessoas se matem. Esse é mais maldoso que a maldade que acredita que vai “eliminar” ou “combater”.


Depois desse, devemos eliminar pessoas suspeitas, investigados pela polícia e pelo ministério público. Um candidato não pode ter nem multa de trânsito sobre ele, quanto mais acusações gravíssimas de coisas hediondas, não pode dever impostos, nem aos bancos ou no comércio. O Sr. Alckimin se encaixa nesse caso: pode até ser honesto, o que não acredito, mas não parece honesto, e em política aparência é tudo, coisa que o insosso candidato não possui.


Deveria ser obrigatório o candidato apresentar certificado de bons antecedentes e de boa conduta, e ser afastado da política qualquer pessoa suspeita de qualquer delito ou crime. Afastado não apenas da vida pública e política, mas dos partidos políticos. Um partido que não afasta criminosos e suspeitos, é um partido criminoso e suspeito, conivente com a maldade. É o caso de partidos como MDB, PT, PSDB, PP, DEM e tantos outros, todos eles deveriam ser barrados pelos eleitores. Nenhum desses partidos é honesto e abrigam até presidiários, além de legiões de suspeitos e acusados. São partidos que usam o congresso apenas para conseguirem se perpetuar no poder, para salvarem seus próprios membros, gastando recursos públicos em causa própria.


Em outras partes do mundo pode-se escolher partidos por suas ideologias. Não é o caso do Brasil, onde os nomes dos partidos e suas palavras de ordem pouco ou nada têm em comum com as “ideologias” que supostamente bradam. Por exemplo, peguemos o Novo que se afirma como liberal, quando é conservador. Naturalmente seria novo haver um partido liberal ou alguém que defenda as ideais liberais em solo nacional. Mas, aqui só se propaga ideias autoritárias, que pensam o Estado como o salvador de tudo e de todos: reina a absoluta desconfiança da existência de sensatez nos homens, que se dermos liberdade se cairá na licenciosidade.


E assim o Novo é contra a descriminalização das drogas, do aborto, do jogo, considerando, contrariamente aos liberais, que é o Estado que deve determinar o certo e o errado sobre os homens, não dando a liberdade de escolha aos indivíduos, como manda a cartilha liberal. 


Enfim, o que o Novo tem de novo? Nada! É igual aos demais, quer assumir o poder político e nos ordenar segundo sua consciência particular; não quer diminuir o Estado, mas tão somente diminuir suas obrigações e sem garantir direitos.


Ou peguemos ainda o PSOL ou a Rede. Talvez, dê para intuir contra o que eles lutam, mas, sinceramente, alguém consegue entender o que defendem para além de palavras de ordem vagas e ambíguas? Também se propõem a se apresentar como algo novo ou diferente, e repetem com outra roupagem o mesmo triste enredo dos demais. Alias, não há nada tão antigo na política como querer ser novo.


Sobraram os partidos de centro. Triste ilusão, um lugar de radicalismos e ideias autoritárias como o Brasil, não há centro, apenas direções divergentes, e todos radicalmente equivocados ética e politicamente. Faltam republicanos, democratas, liberais, federalistas, internacionalistas. Faltam até mesmo nacionalistas. Na verdade, não há em quem votar: não há nem bons candidatos, nem bons partidos. O mais razoável é anular os votos, gritando de forma rotunda, não queremos nenhum de vocês!


Mas, sinceramente, tanto faz quem será o presidente, pois quem manda de fato e de direito, e determina a calamidade que vivemos, é o congresso, que cassa presidentes, inocenta criminosos e fazem as piores leis possíveis para todos nós, mas para grande benefício deles próprios. Não se preocupe quem será o presidente, se preocupe em como será o congresso, isso sim é preocupante.
 


Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Quinta, 24 Maio 2018 19:17

 

Nessa quarta-feira, 23/05, a Adufmat-Ssind recebeu a presidente do ANDES Sindicato Nacional, Eblin Farage, e a professora Qelli Rocha, membro do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da Adufmat-Ssind para debater os cortes orçamentários e a resistência em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

 

A professora Qelli Rocha iniciou a discussão com uma análise política das crises inerentes ao sistema capitalista, que evidenciam as disputas entre aqueles que pretendem manter a lógica da desigualdade e os que pensam nos reais interesses da população. “Faz parte da crise a resposta ao sistema, visando readequá-lo para que se perpetue”, disse a docente.

 

Segundo a professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso, nesses períodos, os ataques às instituições públicas, como as universidades, aparecem de forma bem definida, como um projeto privatista e puramente mercadológico. O congelamento dos recursos públicos por 20 anos, a partir da Emenda Constitucional 95/16, o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016), a desvinculação das receitas obrigatórias da união, assim como outros contingenciamentos que inviabilizam as políticas de assistência estudantil, entre outros, evidenciam essa construção.

 

Da mesma forma, a ideologia conservadora, representadas por projetos como o Escola Sem Partido, aparecem como propostas políticas para minar concepções críticas, assegurando a imposição de medidas que, na realidade, prejudicam ainda mais a população – como as contrarreformas Trabalhista e da Previdência. “A Escola Sem Partido, na verdade, significa cada vez mais partido. A educação já é doutrinária”, afirmou a professora.        

 

Em sua análise, o desempenho dos governos petistas e sua proposta de conciliação de classe aparece como um ciclo que teve início na década de 1970, e se encerrou, de forma trágica para os trabalhadores, com as jornadas de junho de 2013. “O processo de conciliação se dissolveu em 2013, com a população em massa nas ruas, mas de maneira desorganizada. A burguesia percebeu isso e agiu. Para nós, permanece a necessidade de reorganização da classe trabalhadora”, concluiu Rocha.  

 

A presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, lembrou que a categoria denuncia há anos a gestação do projeto de serviço público neoliberal que está se materializando atualmente. “Nós identificamos o caos e desejamos soluções imediatas, mas esse cenário é fruto de um processo progressivo que destrói o conceito de público estatal e universal, e põe no lugar serviços terceirizados e tudo o que for possível comercializar”, explicou a professora da Universidade Federal Fluminense.

 

O aumento do bandejão no Restaurante Universitário, cortes das bolsas e de recursos no geral, percebidos de maneira imediata, no cotidiano, são, portanto, reflexos de um projeto de universidade. As ações parecem isoladas, mas fazem parte de um mesmo pacote.   

 

De acordo com Farage, o modelo de universidade pública e gratuita brasileiro é um dos poucos no mundo, e só tem resistido por meio da luta organizada de trabalhadores e estudantes. “Em outros países da América Latina e da Europa até há universidade pública, mas não gratuita. Elas cobram mensalidades dos alunos. Em Portugal não há nenhuma universidade pública gratuita, e nenhum professor dessas universidades é servidor público”, afirmou a docente.

 

Os ataques às carreiras públicas também aparecem como indicadores do modelo público neoliberal. “As reformas previdenciárias dos governos Lula e Dilma são exemplos do desmonte das carreiras públicas. No meu departamento todos os professores exercem as mesmas atividades, no entanto, após 30 anos de trabalho, alguns vão se aposentar integralmente, outros com salário mitigado, calculado nos últimos vencimentos, e outros com o teto previdenciário, que pode representar 1/3 do salário atual. Essa é uma forma fazer as pessoas pensarem se realmente vale a pena ser servidor”, pontuou a presidente.

 

A abertura para terceirização da área meio, feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, e a autorização do governo Michel Temer de terceirização da área fim nos serviços públicos também caracterizam desmontes. A primeira pode ser percebida nos últimos anos a partir da redução dos cargos dos técnicos administrativos, substituídos por trabalhadores terceirizados, com relações de trabalho extremamente precárias. A segunda e mais recente representa o mesmo processo, agora para os professores.

 

Nesse bojo, aparece entre as propostas do governo a Reforma do Serviço Público, que deverá ser apresentada logo após as eleições, seguida da Reforma da Previdência. A ideia é criar uma carreira única de servidor, conhecida como “carreirão”, que consiste, entre outras coisas, na redução dos vencimentos. “Nessa proposta de carreirão, um professor titular, por exemplo, teria um salário de cerca de cinco mil reais a menos”, afirmou a presidente do ANDES.        

 

Resistência: a universidade pública e gratuita é um bem público

 

As duas convidadas da Adufmat-Ssind concordaram que a única alternativa dos trabalhadores para evitar o avanço dessa lógica destrutiva dos serviços públicos é a reorganização coletiva. Nesse sentido, as greves, que outrora trouxeram todos os direitos, agora são o instrumento que os mantém. Além disso, os momentos de greve são efetivos para reflexão dos trabalhadores acerca do seu trabalho e da conjuntura política que incidem sobre o cotidiano, por vezes ignorada.

 

“Nós temos alguns desafios pela frente. O primeiro é mostrar para a população que atacar os serviços públicos e os servidores é o mesmo que atacar direitos. A universidade é antes de tudo um bem público. O segundo desafio é construir a organização efetiva de docentes, estudantes e técnicos. O terceiro, ampliar os espaços de organização coletiva para além da universidade, dialogando com outras categorias”, afirmou a presidente do ANDES-SN.

 

Por fim, as convidadas encerraram suas participações destacando a importância de compreender a história para analisar e pautar as ações diante da conjuntura, no sentido de que as realidades locais são extensões das realidades nacionais e internacional.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind        

 

 

 

Quinta, 24 Maio 2018 17:50

 

 

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JUACY DA SILVA*
 

Há poucos dias li duas noticias que para muita gente talvez tenham passado desapercebidas. Uma se referida a possibilidade de um projeto de lei que transformaria o MST (movimento dos trabalhadores sem terra) e o MTST (movimento dos trabalhadores sem teto) em movimentos terroristas e como tais, suas manifestações seriam enquadradas na Lei de Segurança Nacional, que , mesmo em plena democracia, ainda está em vigor como uma espada prestes a cortar a cabeça de quem não segue as ordens e normas dos donos do poder e das elites dominantes, incluindo os latifundiários e seus aliados.


Outra notícia é a defesa que candidatos, como Bolsonaro, seus aliados e apoiadores pelo Brasil afora no sentido de que fazendeiros e talvez qualquer pessoa que assim o desejar possam comprar armas de Guerra (fuzis, metralhadoras, pistolas e outras mais) para defenderem suas propriedades a ferro e fogo. Para esses a segurança esta na ponta do fuzil e não nas ações que os poderes públicos deveriam executar através de politicas públicas que garantam teto, terra, trabalho, nas palavras do Papa Francisco , enfim, a vida, a liberdade e o direito de ir e vir e não apenas a propriedade.


Talvez seja bom lembrar que essas armas já estão nas mãos do crime organizado há vários anos, razão pela qual nem a intervenção federal sob a batuta do Exército brasileiro na segurança pública do Rio de Janeiro tem conseguido reduzir o poder de foto da bandidagem e com certeza levará `a desmoralização não apenas do nosso glorioso verde oliva, mas também das forças armadas e policiais como um todo e, inclusive, do governo Temer e de diversas governos estaduais que não estão conseguindo enfrentar o crime organizado que, a cada dia age com mais destemor, na certeza da impunidade, inclusive facilitada por uma justiça morosa.


Em meio a tudo isso, todos os dias surgem noticias e fatos novos para anuviar o cenário nacional, complicando sobremaneira o período eleitoral e pós eleitoral, se é que vamos ter eleições este ano. Alguns analistas e também videntes costumam dizer que Temer não termina seu governo e que um golpe de força não estaria descartado, na esteira de uma corrente de extrema direita que prega abertamente uma nova intervenção militar.


O exemplo mais patente da fragilidade politica, econômica, social e institucional que estamos vivendo é esta greve dos caminhoneiros, mais de 800 mil em todo o Brasil, que está colocando o governo Temer de joelhos e afetando o país como um todo, incluindo a possibilidade de desabastecimento, aumento exagerado de preços e a volta da inflação.


O interessante nesta estória que todo mundo já sabia o fim desta novela, afinal, atrelar o preço dos combustíveis à variação do preço internacional do petróleo, apesar de que o Brasil seja um dos maiores Produtores de etanol e um produtor médio de petróleo, preço este que é cotado em dólar que tem se valorizado nos últimos meses, levaria a um desastre econômico e social.


Quem autorizou a Petrobrás a aumentar diariamente o preço dos combustíveis foi o Governo Temer, sem avaliar as consequências desta medida, cujo objetivo nada mais é do que capitalizar novamente a Petrobrás que foi destruída ao longo dos últimos anos pela corrupção patrocinada pelos Governos Lula, Dilma/Temer e com o apoio de todos os partidos que apoiavam aqueles governos e continua apoiando o governo Temer e tem suas mãos manchadas não apenas pela corrupção como também pela conivência e incompetência que os caracterizam.  Para este governo e seus apoiadores no Congresso e nos Estados, “salvar” a Petrobrás é mais importante do que salvar o povo brasileiro que vive no desemprego e sub emprego e com um salário de fome (13,7 milhões de desempregados e 14 milhões de subempregados); mais de 50 milhões de inadimplentes com seus nomes sujos, devido a taxa de juros escorchantes e o desemprego; mais de 1,5 milhões de pessoas que voltaram a condição de pobreza extrema e mais de 5 milhões que voltaram a viver na pobreza.


O aumento do preço dos combustíveis, principalmente do óleo diesel e outros derivados como gás de cozinha, está paralisando o transporte urbano, intermunicipal e interestadual; transporte aéreo, transporte de cargas, contribuindo também para o desabastecimento de alimentos e outros produtos, enfim, infernizando a vida da população, principalmente das camadas pobres e miseráveis, mas também afetando a vida das camadas média e alta que não vão poder viajar de avião, por falta de combustível e aeroportos fechados com já está acontecendo.


Enquanto isso, os corruptos, os marajás da República e os sangue sugas do tesouro continuam com suas ações, uns poucos a caminho da prisão, como aconteceu há dois ou três dias com o Tucano, ex-governador mineiro que foi condenado a 20 anos de prisão por crimes de colarinho branco cometido há exatamente duas décadas e outros em sua insensibilidade social.


Isto é Brasil, uma panela de pressão prestes a explodir e levar pelos ares nosso tão decantado “estado democrático de direito” ou nas palavras do Conde Affonso Celso, em sua obra “Porque me ufano de meu país”, escrito em 1906, publicado em 1908 e que vale a pena ser lida.


*JUACY DA SILVA, professor universitário, mestre em sociologia, colaborador e articulistas de diversas veículos de comunicação. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy  Blog www.professorjuacy.blogspot.com
 

Quarta, 23 Maio 2018 17:16

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP

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Após publicar o artigo “Livre de Lula” (10/05/18), trocadilho com o qual me contraponho a “Lula livre”, diversos (e)leitores se manifestaram, ora se identificando, ora se opondo ao meu ponto de vista. Seja como for, importante é garantir o debate; e se estivermos abertos aos argumentos alheios, melhor.

Assim pensando, li todas as ponderações, com atenção às divergências. Nelas, busquei algo com que pudesse concordar. Nada. Todavia, encontrei elementos para este artigo: as considerações que pontuam Lula como o político que mais investiu nas universidades.

Será?

Pergunto porque somos descendentes de crendices pra lá de estranhas. De todas, destaco o sebastianismo, ou seja, a “crença no movimento profético que surgiu em Portugal, em fins do século XVI, como consequência do desaparecimento do rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir. Uma vez que não havia um corpo, acreditava-se que ele voltaria para salvar Portugal de todos os problemas surgidos após seu desaparecimento”. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastianismo).

Antes de tudo, a transcrição acima serve para mostrar nossa ancestralidade em crenças, mitos, fantasias... A realidade nem sempre nos é relevante. Logo, meias-verdades já podem ser tornadas dogmas. Eis o caso.

Na questão em pauta, a centralidade não é comprovar a quantidade de investimentos e políticas voltadas ao ensino superior, mas ver como isso foi feito no governo Lula, e com quais motivos tudo foi arquitetado.

Às instituições particulares, nunca se canalizou tanto recurso público. Além do ProUni e do FIES, há de lembrar dos generosos financiamentos – via BNDS/CEF – à estruturação física daquelas instituições. Contudo, não nos esqueçamos de que, com raras exceções, as privadas não têm nível superior; só legalidade como tal. Logo, nunca se iludiu tanto nossa juventude.

Por que isso foi feito?

Três motivos: 1º) salvar da inadimplência um dos setores da economia; 2º) fomentar eleitores fiéis, pela ilusão de pertencimento à universidade; 3º) dar longevidade político-eleitoral ao PT.

E nas instituições federais?

Dom Lula reinou. Pós-ditadura, ele foi o que mais ingerência impôs às universidades, subjugando-as.

Para sustentar sua ingerência, manteve listas tríplices à escolha de reitores. Como a última palavra cabia ao “rei”, sobre que reitor gestaria aqui e acolá, ele cresceu e foi, com auxílio de súditos partidários espalhados alhures, impondo políticas ditas de “inclusão”.

As cotas foram as primeiras experiências. Sem mexer na estrutura que sustenta a desigualdade social do país, até para não atrapalhar os lucros do capital, nas federais, Dom Lula fez – via políticas focalizadas – acomodação para o mundo ver.

Na mesma linha, criou programas diversificados, que, com raras exceções, tinham intenção apenas eleitoreira.

Na base do toma-lá-dá-cá financeiro, impôs um programa de reestruturação e expansão, irresponsável socialmente; hoje, as federais estão na penúria. As mais recentes, forjadas às pressas, não têm estrutura elementar.   

 Mais: impôs a ilusão do ENEM, que nos obrigada a conviver com injustiças e denúncias a cada edição.

Em contrapartida, nunca foram construídos tantos prédios nas federais, invariavelmente, de péssima qualidade. Desconsiderando os inacabados até hoje, muitos estão vazios, e sem condições de uso. Detalhe: as empreiteiras não reclamaram de nada...

No limite de um artigo, eis algumas considerações minhas sobre a relação Lula e as universidades.

Há quem aprove isso.

Eu não.

 

Terça, 22 Maio 2018 17:22

 

As seções sindicais e os docentes sindicalizados do ANDES-SN tem até o dia 13 de junho para enviar as contribuições ao anexo do Caderno de Textos do 63º Conad do ANDES-SN, que ocorrerá entre 28 de junho e 01 de julho, na Universidade Estadual do Ceará (Uece), na cidade de Fortaleza (CE). A informação foi divulgada no lembrete 1 do 63º Conad, encaminhado pela secretaria Sindicato Nacional. 

O 63º Conad, organizado em conjunto com a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece - Seção Sindical do ANDES-
SN), terá como tema central “Por um projeto classista e democrático de educação pública: em defesa da gratuidade, autonomia e liberdade acadêmica”.

Os textos deverão ser remetidos para a Secretaria do ANDES-SN por e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.). As orientações sobre as temáticas e formatação do texto podem ser conferidas no lembrete 1 (aqui). O anexo do Caderno de Textos será publicado no dia 21 de junho. 

Esse será o quarto Conad do ANDES-SN realizado na capital cearense. A cidade de Fortaleza já recebeu o 24º Conad em 1992 (sediado por ADUFC e Adunifor), o 50º Conad em 2005 (sediado pela Adunifor) e o 55º Conad em 2010 (sediado pelo Sinduece-SSind). Também foram realizados em Fortaleza dois congressos do Sindicato Nacional, ambos sediados pela ADUFC: o 2º Congresso em 1986 e o 18º Congresso em 1999.

Credenciamento prévio
Para agilizar as inscrições nos eventos nacionais, o ANDES-SN ressalta a importância do credenciamento prévio, que poderá ser realizado de 1º a 27 de junho. O credenciamento durante o 63º Conad poderá ser feito no dia 28 de junho, até às 17 horas. As informações sobre documentação para credenciamento estão na circular 098/18.

Posse da nova diretoria
A nova diretoria do ANDES-SN, que estará à frente do Sindicato Nacional durante o biênio 2018-2020, será empossada durante a Plenária de Abertura do 63º Conad, que acontecerá dia 28 de junho, às 9h30. A Chapa 01 “ANDES-SN Autônomo e de Luta” foi eleita com 51,71% dos votos dos eleitores que compareceram às urnas de todo o país, nos dias 9 e 10 de maio. 

Leia aqui o lembrete 1/ 63º Conad

Confira aqui a Circular 098/18

Veja aqui a Circular 135/18 com informações sobre o local do evento e dicas de hospedagem

Serviço:
63º Conad 
Tema central: “Por um projeto classista e democrático de educação pública: em defesa da gratuidade, autonomia e liberdade acadêmica”
Data: 28 de junho a 01 de julho de 2018
Local: Universidade Estadual do Ceará – UECE (Endereço: Av. Dr. Silas Munguba, 1700, Campus do Itaperi, Auditório Central). Fortaleza - CE

 

 

Fonte: ANDES-SN

Terça, 22 Maio 2018 17:16

 

Os dados divulgados na última quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um quadro desolador do mercado de trabalho no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), 27,7 milhões de pessoas estão desempregadas no país. É o maior índice da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Os dados, do primeiro trimestre de 2018, referem-se à taxa de subutilização da força de trabalho (que inclui os desempregados, os subocupados por insuficiência de horas e aqueles que desistiram de procurar emprego). Em relação ao 4º trimestre de 2017, a taxa de desocupação subiu em todas as regiões do país.

No caso dos chamados “desalentados”, ou seja, os trabalhadores que estão fora do mercado de trabalho e deixaram de procurar emprego por não conseguirem nenhuma oportunidade há muito tempo, o número também é recorde. Segundo o IBGE, a taxa de desalento ficou em 4,1% da força de trabalho ampliada do Brasil, a maior da série histórica. São 4,6 milhões de pessoas nessa situação.

A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, pessoas que gostariam de trabalhar em um período maior, mas não tinham trabalho à disposição, representa 6,2 milhões de trabalhadores.

Mulheres e negros(as) nas piores condições


Refletindo o quadro perverso onde o machismo e o racismo servem para aumentar a exploração e a opressão sobre a classe trabalhadora, mulheres e negros(as) são maioria nessa realidade.

No primeiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria na população em idade de trabalhar tanto no Brasil (52,4%). Porém, o nível da ocupação dos homens, foi estimado em 63,6% e o das mulheres, em 44,5%, no primeiro trimestre de 2018. Já na população desocupada, as mulheres eram maioria (50,9%).

A taxa de desemprego dos que se declararam brancos ficou em 10,5% no 1º trimestre, abaixo da média nacional (13,1%), enquanto a dos pretos (16,0%) e a dos pardos (15,1%) ficou acima. Os pardos representavam 48,1% da população fora da força, seguidos pelos brancos (42,5%) e pelos pretos (8,4%).

Resultado das políticas de ajuste e ataques


Segundo o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP- Conlutas, Paulo Barela, o drama dos trabalhadores brasileiros é resultado das políticas de ajuste que os governos vêm aplicando no país.

“No recente 3° Congresso da CSP-Conlutas avaliamos essa guerra social que governos e patrões têm feito contra os trabalhadores e apontamos que o caminho é a luta. Os trabalhadores precisam lutar para mudar essa lógica. Nesse sentido, lutar por medidas como a revogação da lei da terceirização e Reforma Trabalhista, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a proibição das demissões, a suspensão do pagamento da Dívida Pública, etc. Os patrões é que devem pagar pela crise que criaram”, concluiu Barela.

50 mi vivem na linha de pobreza


Outro levantamento divulgado pelo IBGE também na última semana (15), o aponta que cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da população, vivem na linha da pobreza e têm renda familiar equivalente a R$ 387,07 — ou US$ 5,5 por dia, valor adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre.

Segundo dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2017 - SIS 2017, o maior índice de pobreza se dá na Região Nordeste do país, onde 43,5% da população se enquadram nessa situação e, a menor, no Sul: 12,3%. A situação é ainda mais grave se levadas em conta as estatísticas do IBGE envolvendo crianças de 0 a 14 anos de idade. No país, 42% das crianças nesta faixa etária se enquadram nestas condições e sobrevivem com apenas US$ 5,5 por dia.

A pesquisa de indicadores sociais revela uma realidade: o Brasil é um país profundamente desigual e a desigualdade gritante se dá em todos os níveis. Seja por diferentes regiões do país, por gênero - as mulheres ganham, em geral, bem menos que os homens mesmo exercendo as mesmas funções -, por raça e cor: os trabalhadores pretos ou pardos respondem pelo maior número de desempregados, têm menor escolaridade, ganham menos, moram mal e começam a trabalhar bem mais cedo exatamente por ter menor nível de escolaridade.

No Brasil, em 2016, a renda total apropriada pelos 10% com mais rendimentos (R$ 6,551 mil) era 3,4 vezes maior que o total de renda apropriado pelos 40% (R$ 401) com menos rendimentos, embora a relação variasse dependendo do estado. Entre as pessoas com os 10% menores rendimentos do país, a parcela da população de pretos ou pardos chega a 78,5%, contra 20,8% de brancos. No outro extremo, dos 10% com maiores rendimentos, pretos ou pardos respondiam por apenas 24,8%.

 

Fonte: CSP-Conlutas (com informações da Agência Brasil e edição e inclusão de informação do ANDES-SN)

 

 

Terça, 22 Maio 2018 15:51

 

O Comando Local de Mobilização da Adufmat-Ssind convida toda a comunidade acadêmica da UFMT para o Debate: "Os cortes orçamentários das universidades públicas brasileiras e a construção da resistência em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada"

Nessa quarta-feira, 23/05, às 14h no auditório da Adufmat-Ssind em Cuiabá

Com a participação das professoras:
Eblin Farage - presidente do ANDES Sindicato Nacional
Qelli Rocha - membro do GPCEGDS/Adufmat-Ssind

****O DEBATE SERÁ TRANSMITIDO AO VIVO PARA SINOP E ARAGUAIA (lembrando que no Araguaia será às 15h pela diferença de horário)

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 22 Maio 2018 12:09

  

Atualizada às 8h do dia 04/06/18, para correção do número da circular - 12, e não 13.

 

DATA:

26 de abril/2018

 

ATA REUNIÃO AMPLIADA GT’S:

1ª Reunião Ampliada GT’s

ASSUNTO:

Teto Anual de Gastos GT’s

 

 

 

  1. GT’s apresentarão proposta de atividades e respectiva estimativa de custos para o ano de 2018;
  2. O prazo para entrega da proposta para 2018 deverá ser entregue até o dia 30 de maio/2018;
  3. Dentro do possível, as propostas de cada GT devem privilegiar atividades conjuntas entre os GT’s;
  4. Estabelecido o teto de R$ 10.000,00 de gastos anuais para cada um dos GTs orgânicos da ADUFMAT;
  5. Valores superiores ao teto estabelecido deverão ser aprovados em Assembleia Geral;
  6. Para os eventos nacionais de cada GT será assegurada a participação para até duas pessoas, conforme deliberação de Assembleia, mesmo quando implicar exceder o teto previsto para cada GT;
  7. Participação de mais de duas pessoas nos Eventos Nacionais promovidos pelos GTs deverá ser autorizada por Assembleia Geral.

 

 

 

Gestão ADUFMAT DE LUTA: AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA(2017-2019)

 

 

 

Segunda, 21 Maio 2018 12:02

 

O Fórum das Seis - que reúne as entidades sindicais de docentes e servidores técnico-administrativos e representações estudantis da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – indicou que a comunidade acadêmica das universidades estaduais paulistas entre em greve a partir de 29 de maio. O indicativo de greve é uma resposta à proposta de reajuste salarial apresentada na quinta (17) pelos reitores das três instituições (Cruesp), de 1,5%.

 

“A proposta é um insulto”, avalia João Chaves, docente da Unesp e coordenador dos Fórum das Seis. “Reivindicamos a reposição do poder aquisitivo do mês de maio de 2015, o que significaria um reajuste de 12,6% para USP e Unicamp, e de 16% para a Unesp”, completa, lembrando que a diferença de valores decorre do não pagamento do reajuste por parte do reitor da Unesp em 2016.

 

“O salário é apenas uma das dimensões de luta, que é a luta contra o desmonte das universidades estaduais paulistas. Os reitores querem mudar o caráter das universidades, privatizando e usando o arrocho salarial como forma de financiar as instituições. Eles não têm sequer a coragem de lutar por mais recursos para as universidades, apenas de adaptam aos poucos recursos destinados pelo governo e pela Assembleia”, critica João Chaves.

 

Docentes, servidores e estudantes das três universidades realizaram uma manifestação em São Paulo (SP) durante a reunião com o Cruesp. Uma nova reunião com o Cruesp está marcada para o dia 30. Antes, no dia 29, os reitores de USP e Unicamp irão consultar seus Conselhos Universitários sobre o reajuste salarial. As comunidades acadêmicas das duas instituições se preparam para realizar manifestações e pressão para reivindicar seus direitos junto aos conselheiros.

 

Leia aqui o Boletim do Fórum das Seis.

 

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Fonte: ANDES-SN