Terça, 24 Abril 2018 17:45

 

 

Estudantes trancaram entradas dos campi e podem deflagrar greve nos próximos dias

 

Auditoria do contrato com a empresa responsável pela alimentação dos estudantes no Restaurante da Universidade Federal de Mato Grosso. Essa é uma das importantes contrapropostas apresentadas pelos estudantes da instituição, mobilizados há dias contra a intenção de aumentar o valor da refeição apresentada pela Reitoria.

 

Esta semana, a administração da universidade está realizando audiências públicas nos campi para ouvir a comunidade acadêmica. Mesmo que o calendário tenha sido divulgado em cima da hora, a participação nas audiências está sendo intensa, e as intervenções unanimes: não ao aumento; não à quebra da política universal de alimentação; não à divisão dos estudantes entre quem pode ou não pagar. Se, de fato, a gestão Diálogo e Ação tem a intenção de dialogar e ouvir a comunidade acadêmica, a ideia de mexer na política de alimentação do Restaurante Universitário, nestes moldes, já pode ser abandonada. 

 

Na primeira audiência, realizada no campus de Cuiabá nessa segunda-feira, 23/04, os representantes dos técnicos administrativos, professores e estudantes foram categóricos ao afirmar que o ônus dos cortes de recursos impostos pelo governo federal não deve cair sobre os estudantes, bem como a lógica neoliberal não pode avançar na universidade - que já tem parte significativa dos serviços terceirizados.

 

“É assim que se começa a privatizar a universidade pública, pelo restaurante, criando diferenças entre os estudantes”, disse a diretora da Adufmat – Seção Sindical do ANDES, Alair Silveira, durante a audiência. O sindicato já denunciou que a política de divisão dos estudantes é orientada por instituições financeiras internacionais, afim de justificar, mais tarde, a cobrança de mensalidades também nos cursos de graduação.     

 

Em decorrência da insistência da Reitoria, apesar dos apelos, uma das portarias da universidade em Cuiabá amanheceu fechada nessa terça-feira, e os estudantes já discutem a possibilidade de deflagração de greve nos próximos dias. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) deve convocar um Conselho de Entidades de Base ainda esta semana com esse ponto de pauta.

 

 Estudantes ocupam uma das portarias da UFMT em Cuiabá

 

Como as obras do campus da UFMT Várzea Grande não foram concluídas e as aulas são ministradas no campus de Cuiabá, tanto as audiências como as mobilizações dos estudantes estão sendo consideradas conjuntas.

 

Em Sinop, ainda na noite de segunda-feira, uma assembleia histórica reuniu mais de mil estudantes que discutiram e deliberaram pela suspensão do calendário acadêmico. Por lá, a audiência será realizada no dia 26/04.  

 

 Mobilização em Sinop na noite de segunda-feira, 23/04

O campus de Sinop permanece fechado, assim como o de Barra do Garças, onde a audiência foi realizada na manhã dessa terça-feira, 24/04 e, novamente, a comunidade acadêmica apontou a rejeição da proposta apresentada pela Reitoria. “A audiência foi produtiva em termos de conteúdo. Nós estudamos bastante, fomos bem preparados para o debate, questionamos pesadamente. Até mesmo professora que mediou e o pró-reitor local se posicionaram contrários ao aumento”, explicou o coordenador do DCE no Araguaia, Pedro Rezende. De acordo com o estudante, há perspectiva de greve no campus.

 

 

 

Os estudantes da UFMT em Rondonópolis também estão mobilizados e iniciam nessa terça-feira um acampamento. “Nós preparamos faixas e outros materiais para a audiência de amanhã (25/04). Estamos organizando uma mobilização que vai se chamar ‘Galinhada federal: o RU permanece universal’”, disse a coordenadora do DCE local, Luana Kawamura.  

 

 No Araguaia os estudantes realizaram o enterro simbólico do RU

 

Além da auditoria do contrato milionário com a empresa Novo Sabor Refeições Coletivas, do grupo Às - ligado ao Buffet Leila Malouf, os estudantes reivindicam maior autonomia da universidade na condução do RU, por meio de programas de extensão com cursos de Nutrição, Engenharia de Alimentos, Agronomia, entre outros.       

 

Na página do facebook, Em Defesa do RU a 1 Real, há outras informações sobre as mobilizações na UFMT.    

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 24 Abril 2018 10:39

 

         Nos dias 09 e 10 de maio de 2018 (quarta e quinta-feira) serão realizadas as eleições para a Direção Nacional do ANDES/SN, para o biênio 2018-2020. As eleições contam com duas chapas em disputa. Para podermos garantir a disponibilidade de urnas suficientes para cobrir o conjunto da Universidade, nos dois dias e nos três turnos, precisamos de estudantes que se disponham a participar das seções eleitorais, juntamente com os professores que irão presidir as Mesas.

 

            Ao todo, serão sete urnas em Cuiabá, uma em Sinop e uma (ou duas) no Araguaia:

  1. Instituto de Educação (IE), considerando ICHS, IGHD, IL, FAECC, FCA e FE.
  2. Faculdade Direito (FD), considerando Bloco Didática – VG;
  3. 3.    Hospital Júlio Muller.
  4. 4.    Instituto de Saúde Coletiva (ISC), considerando Enfermagem, Medicina, Nutrição e Biociências.
  5. 5.    ADUFMAT, para professores aposentados.
  6. 6.    Agrárias e Veterinária, considerando FAAZ, FENF, FAVET e IC.
  7. 7.    Exatas, considerando ICET, IF, FAGEO, FAET e EF.
  8. 8.    Campus Sinop.
  9. 9.    Campus Araguaia.

 

Dessa maneira, solicitamos aos estudantes que participem desse processo eleitoral, contribuindo para a realização do pleito, em um ou mais turnos, em um ou nos dois dias das eleições.

 

Esclarecemos que será servido almoço, lanche à tarde e jantar para aqueles que se dispuserem a contribuir com o processo, de acordo com o(s) turno(s) trabalhado(s).

 

Assim, contando com a compreensão e a disponibilidade dos estudantes, solicitamos que entre em contato com a Comissão Eleitoral Local (CEL) da ADUFMAT, até o dia 30 de abril/2018, informando sua possibilidade de contribuição ao processo eleitoral.

 

 

                                                           COMISSÃO ELEITORAL LOCAL

                                                                                   ADUFMAT

 

 

23/04/2018.

Terça, 24 Abril 2018 10:37

 

         Nos dias 09 e 10 de maio de 2018 (quarta e quinta-feira) serão realizadas as eleições para a Direção Nacional do ANDES/SN, para o biênio 2018-2020. As eleições contam com duas chapas em disputa. Para podermos garantir a disponibilidade de urnas suficientes para cobrir o conjunto da Universidade, nos dois dias e nos três turnos, precisamos de colegas que se disponham a participar das seções eleitorais como presidentes de Mesa.

 

            Ao todo, serão sete urnas em Cuiabá, uma em Sinop e uma (ou duas) no Araguaia:

  1. Instituto de Educação (IE), considerando ICHS, IGHD, IL, FAECC, FCA e FE.
  2. Faculdade Direito (FD), considerando Bloco Didática – VG;
  3. Hospital Júlio Muller.
  4. Instituto de Saúde Coletiva (ISC), considerando Enfermagem, Medicina, Nutrição e Biociências.
  5. ADUFMAT, para professores aposentados.
  6. Agrárias e Veterinária, considerando FAAZ, FENF, FAVET e IC.
  7. Exatas, considerando ICET, IF, FAGEO, FAET e EF.
  8. Campus Sinop.
  9. Campus Araguaia.

 

Dessa maneira, solicitamos aos professores que participem desse processo eleitoral, não somente depositando seu voto nas urnas, mas, também, dispondo de ao menos um turno (manhã, tarde ou noite), como presidente de mesa.

 

Assim, contando com a compreensão e a disponibilidade dos colegas, solicitamos que entre em contato com a Comissão Eleitoral Local (CEL) da ADUFMAT, até o dia 30 de abril/2018, informando sua possibilidade de contribuição ao processo eleitoral.

 

                                                           COMISSÃO ELEITORAL LOCAL

                                                                                   ADUFMAT

 

23/04/2018.

Sexta, 20 Abril 2018 20:18

 

 

Além de demitir terceirizados e anunciar o aumento no valor do RU, reitoria também encerrou mais de mil contratos de estágio. MEC não compareceu à mesa pública na UnB

Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram por continuar a ocupação da reitoria da universidade, iniciada no último dia 12. O movimento cobra, entre outras pautas, suspensão das demissões dos trabalhadores terceirizados e dos desligamentos dos estudantes estagiários, além de abertura das contas da universidade para uma auditoria interna e debate transparente sobre a situação financeira da instituição.

A deliberação de manter a ocupação se deu após uma mesa pública realizada no anfiteatro da Faculdade de Direito da UnB, nessa quinta-feira (19), com a presença de representantes dos estudantes, técnicos, docentes, trabalhadores terceirizados e da administração da universidade, além da coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, e da deputada federal Érica Kokay (PT/DF), que mediou a audiência. O Ministério da Educação também foi convidado a participar do debate e havia confirmado presença, mas não compareceu, o que indignou os mais de 300 presentes.

Falas cobraram unidade
As diversas falas durante a audiência ressaltaram a importância da unidade entre a comunidade acadêmica e cobraram da reitoria a revogação das demissões e dos cancelamentos dos estágios, como forma, inclusive, de fortalecer a luta em defesa da UnB.

Falando em nome dos trabalhadores terceirizados, Maria Lacerda, ressaltou a necessidade de uma gestão mais humanizada da instituição e questionou quem iria realizar o trabalho dos 230 terceirizados da limpeza que foram desligados.

Maurício Sabino, representante do Sindicato dos Trabalhadores da UnB (Sintfub) reforçou a necessidade de um debate aprofundado sobre o orçamento da instituição e análise minuciosa dos contratos. Sabino informou, ainda, que os técnicos da UnB estão com indicativo de greve, que será avaliada em assembleia da categoria na próxima terça (24).

Rogério Marzola, da coordenação nacional da Fasubra, ressaltou que o que está em questão são concepções diferentes de universidade pública e alertou para o fato de que o desmonte da educação superior pública e gratuita pode ser aprofundado. Ele fez um chamado para a ampla unidade das categorias do setor da educação e do movimento estudantil na construção da greve na Educação e de uma marcha nacional à Brasília, ainda no primeiro semestre.

“A solução para a UnB não é aumentar o valor do RU, a demissão de terceirizados e desligamento de bolsistas. Isso muda a base social da universidade. Solução não passa por aí. Passa pela revisão dos contratos e por garantir que a base social, que é capaz de defender essa universidade permaneça em unidade. Isso se dá garantindo que esses segmentos permaneçam na universidade”, disse Marzola, cobrando da reitoria a reversão das demissões.

O presidente da Associação dos Docentes da UnB (Adunb Seção Sindical do ANDES-SN), Virgílio Arraes, afirmou a importância da unidade da comunidade acadêmica e da sociedade em defesa da UnB e de envolver também os ministérios da Fazenda e do Planejamento no debate sobre orçamento, bem como demais parlamentares do Distrito Federal. Arraes foi cobrado diversas vezes pelos estudantes sobre a convocação de uma assembleia docente para debater a possibilidade de greve geral na instituição, bem como o apoio aos estudantes e aos terceirizados.

Em sua fala, Eblin Farage, presidente do ANDES-SN destacou que o ataque pelo qual passa a Universidade de Brasília não é uma realidade isolada, mas que atinge tanto as universidades federais quanto as estaduais e municipais. “É fundamental entender o que está por trás desses ataques o que, na avaliação do ANDES-SN, é um projeto de educação privatista, que visa, tomando como referência o Acordo de Bologna, privatizar as universidades por dentro”, apontou, lembrando, também, a situação das universidades estaduais, em muitas das quais as comunidades acadêmicas vêm sofrendo com atrasos e não pagamento de salários, cortes de bolsas, demissões de trabalhadores, descumprimentos de acordos.

A presidente do ANDES-SN ressaltou que o desmonte das Instituições Federais de Ensino não teve início agora, mas foi intensificado pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Ela pontuou a implementação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a criação do Funpresp – que representou uma contrarreforma da Previdência para os servidores federais – e os cortes orçamentários, aprofundados a partir de 2015, como exemplos dos ataques à Educação Superior Pública.

“Nossa ação tem que ser coletiva e temos que cobrar de qualquer governo, que não dê atenção devida à Educação Pública. Esse é o papel de todos nós”, disse,

Questionando as demissões e cortes de estagiários, Eblin reforçou que a crise não pode recair sobre aqueles que defendem a Universidade. “Precisamos reagir a altura e lutar, com unidade, contra aqueles que de fato são nossos inimigos, que querem destruir as universidades públicas. Nossa luta tem que ser pela defesa intransigente da universidade pública e gratuita e por mais verbas para as instituições. Enquanto isso, não nenhum passo atrás”, concluiu, declarando o apoio político irrestrito do Sindicato Nacional à luta dos estudantes e dos trabalhadores terceirizados.

A reitora da UnB, Márcia Abraão, apontou os cortes no orçamento da universidade, em especial no último ano, e também a impossibilidade de utilização dos recursos próprios da instituição para custeio da instituição, pois os mesmos têm finalidade limitada. Além disso, denunciou também o congelamento dos recursos para assistência estudantil, enquanto houve aumento dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Embora também tenha feito o discurso da unidade, a reitora não sinalizou a possibilidade de reversão das medidas tomadas até o momento e não respondeu às reivindicações dos estudantes. “Vamos trabalhar para aumentar nossa arrecadação. E temos a responsabilidade de fazer a universidade continuar funcionando”, disse.

Diversos representantes dos estudantes denunciaram as situações precárias da instituição e questionaram como se dará o funcionamento da UnB com a redução expressiva no número de trabalhadores.

Além disso, foi apontada também a irregularidade no desligamento dos bolsistas, pois a justificativa para o mesmo não se encontra nos termos dos contratos firmados com os estudantes. Vários disseram, inclusive, depender das bolsas de estágio para sua manutenção na universidade. No último dia 18, os estudantes foram surpreendidos com o comunicado de encerramento, no próximo dia 30, de mais de mil contratos de estagiários.

Ao final, os estudantes declararam que irão manter a ocupação até a reversão das demissões. Uma nova assembleia estudantil está agendada para terça-feira, 24.

 

Fonte: ANDES-SN

Sexta, 20 Abril 2018 19:46

 

Essa sexta-feira, 20/04, foi de mobilização nos campi Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Sinop e no Araguaia. Os estudantes fecharam as entradas e permaneceram organizados nas unidades durante todo o dia, reivindicando que não haja alterações na política de alimentação do Restaurante Universitário. Em nota, a instituição divulgou uma agenda de audiências para discutir a questão na próxima semana (leia aqui).       

 

As manifestações do Movimento Estudantil demarcam a rejeição às propostas de aumento apresentadas pela Reitoria da universidade que, essencialmente, divide os estudantes usuários do restaurante em três grupos, de acordo com a renda familiar: os isentos, os parcialmente isentos e os que pagariam a refeição de forma integral.

 

Num primeiro momento, a administração da UFMT apontou para o repasse quase total do valor da refeição aos estudantes pagantes, cerca de R$ 9,00, que junto ao café da manhã ultrapassaria R$ 20,00 diários. Após a reação dos estudantes, uma nova proposta foi ventilada, reajustando o valor de cada prato para algo em torno de R$ 5,00. Mesmo assim, o reajuste é considerado impensável para o Movimento Estudantil. Atualmente os estudantes pagam R$ 0, 25 pelo café da manhã e R$ 1,00 pelas demais refeições.

 

No Araguaia, os discentes chamaram a atenção para o percentual do aumento. “Quatrocentos por cento é muito maior do que o da inflação. A instituição trabalha sobre os pilares do ensino, pesquisa e extensão, mas nós precisamos da permanência para realizar essas atividades. Se nós não tivermos a permanência, a universidade não vai existir”, afirmou o vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, Lucas Leonel.     

 

 

Os estudantes realizaram uma pesquisa no campus e verificaram que a grande maioria dos alunos não tem renda suficiente para custear refeições diárias acima de dez reais, considerando café da manhã, almoço e janta.  

 

O pró-reitor do campus, professor Paulo Jorge da Silva, afirmou que a demanda dos estudantes é legítima, e que até poderá levar o documento apresentado pelo Movimento à Reitoria. No entanto, evitou qualquer outro tipo de comprometimento, alegando que a decisão será tomada nos espaços institucionais, os conselhos da universidade.  

 

Em Sinop os estudantes pretendem realizar outras manifestações nos próximos dias. “Como a reitoria está fazendo com que os alunos não tenham voz, nós convocamos assembleia geral para debater sobre o RU e, como atingimos quórum mínimo, deliberamos a paralisação geral dos estudantes até quinta-feira, e vamos continuar trancando a guarita. Porém, alguns professores estão dificultando a atuação dos acadêmicos na mobilização. Como o calendário está seguindo normalmente, já estamos com provas acumuladas para a próxima semana. Mesmo assim, iremos continuar até nos ouvirem”, afirmou a estudante do curso de Farmácia, Larissa Mendes.

 

 

Até o início da tarde de sexta-feira, a administração local não havia entrado em contato com o Movimento, de acordo com os representantes estudantis.

 

Em Cuiabá não houve manifestação, mas o DCE realizou uma reunião com a base para definir a agenda de mobilizações da próxima semana.

 

Para a diretoria da Adufmat-Seção Sindical do ANDES, que representa a categoria docente, o rompimento com a principal política de permanência estudantil demonstra que a universidade está tomando posições que colocam em risco o caráter gratuito da instituição. “Dividir os estudantes, apontando aqueles que podem ou não pagar pela refeição dá margem à lógica de que parte dos estudantes também pode pagar mensalidades para estudar. Nós já sabemos que essa é uma orientação do Banco Mundial. Da mesma forma, inserir disciplinas de empreendedorismo em todos os cursos, como a instituição tem sinalizado que pretende fazer, ameaça o formato de instituição pública, gratuita e de qualidade que, para nós, é tão valioso”, afirmou o presidente do sindicato, Reginaldo Araújo.

 

 

Sobre a defesa do RU, leia também:

 

Estudantes da UFMT seguem mobilizados pela manutenção do Restaurante Universitário a R$ 1 e realizam intervenção em encontro de pró-reitores

 

Quinta-feira é marcada por protestos na UFMT contra aumento no Restaurante Universitário

 

Aumento do valor da alimentação no Restaurante Universitário obedece a lógica do Banco Mundial, afirma Adufmat-Ssind

 

 

Outros veículos de comunicação locais acompanharam as manifestações dessa sexta-feira. Clique nos links abaixo para ler:

 

Matéria exibida no SBT

 

Matéria publicada no site Olhar Direto

 

Matéria publicada no G1

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

*Imagens disponibilizadas pelo Movimento Estudantil e Focaia Agência de Jornalismo da UFMT/Araguaia

Sexta, 20 Abril 2018 15:21

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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 Por Roberto de Barros Freire

 

O que há de comum entre Michel Temer, Aécio Neves e Lula, além, é claro, de serem investigados pela justiça brasileira, sendo um deles já condenado? Usam os mesmos argumentos para se defenderem das acusações que lhe são imputadas. Os três acusam o ministério público de perseguição política contra suas candidaturas. Dizem que há uma conspiração contra eles e suas pretensões políticas. Que há um complô na justiça para afastá-los da vida pública, que tramam ardilosamente contra a verdade, que só eles conhecem.


Aliás, tal argumento é o que mais se encontra entre nossos presidiários. Se perguntarem aos presos, quase todos se dizem inocentes, que foram condenados injustamente, que são homens honestos e bons, mas que foram privados de suas liberdades por equívocos da polícia, da procuradoria ou mesmo da justiça. É o argumento típico de bandidos, que por mais que se encontrem indícios e provas de suas culpas, alegam sua inocência. Acreditam que uma mentira repetida diversas vezes, talvez se torne algum dia uma verdade.


Devemos dar a presunção da inocência aos políticos? Só se fossem pessoas comuns, sem cargos ou poder político. Para os políticos, é fundamental que se diga, não basta serem honestos, é preciso também parecer honesto, e na dúvida sobre seus atos ou ditos, devem ser imediatamente afastados de seus cargos e postos, colocados em ostracismo, até que se prove sua inocência. O benefício da dúvida é prerrogativa do povo, e se o povo tem alguma suspeita sobre seus políticos, os mesmos precisam se retirar da arena pública até que provem que as suspeitas estão erradas. É o que acontece na maior parte do mundo civilizado: na ocorrência de uma acusação, o político imediatamente sai do cargo que ocupa, do partido político a que pertence, e vai para a justiça comum provar sua inocência. Se comprovada sua inocência, recebe o direito de voltar à esfera política e ocupar cargo de poder.


Enfim, PMDB, PSDB e PT são mais semelhantes em suas práticas e discursos do que querem nos fazer crer que tenham grandes diferenças seus defensores. Para mim, tudo de ruim que um partido fala do outro é absolutamente verdadeiro, o que é falso o que cada um alega sobre suas qualidades.
 
Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Sexta, 20 Abril 2018 15:19

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. em Jornalismo pela USP/Professor da UFMT

Na linda canção “Pranto do Poeta”, Cartola registra uma certeza sua diante da morte: em “Mangueira// Quando morre um poeta// Todos choram”, embora, paradoxalmente, seja “um pranto sem lenço// Que alegra a gente”.

No dia 16/04/18, não a Mangueira, mas o Império Serrano e o Brasil inteiro viveram a experiência da morte, aos 96 anos, de Ivone Lara, uma compositora/poeta, que aos 13 anos de idade, brindou-nos com “Tiê”, uma canção feita a um passarinho que havia ganhado como presente de aniversário:

“...Passarinho estimado// Que me deu inspiração// Dos meus tempos de criança...”

E a inspiração daquele juvenil momento perdurou até pouco antes de sua morte. Ivone Lara teria deixado aproximadamente quarenta canções feitas nos últimos quatro anos.

Mas, independentemente dessas novidades, até por conta de sua saúde, bem debilitada nos últimos anos, o que já havia composto era suficiente para que ela fosse reverenciada por todos os que apreciam uma canção liricamente bem feita. Reverência que lhe rendeu o respeitoso tratamento de Dona, a dama do samba.

Dentre seus apreciadores, estão os principais nomes da MPB. Maria Bethânia e Gal Costa talvez tenham sido as admiradoras mais importantes para sua carreira. Ambas gravaram a antológica e delicada canção “Sonho Meu”, composta por Ivone Lara, em parceria com Délcio Carvalho:

“Sonho meu// Vai buscar quem mora longe... Sinto o canto da noite// Na boca do vento// Fazer a dança das flores// No meu pensamento// Traz a pureza de um samba// Sentidos, marcado das mágoas de amor// Um samba que mexe o corpo da gente// E o vento vadio embalando a flor// Sonho meu”.

“Sonho Meu” veio a público no final dos anos 70. Por isso, ainda que não houvesse confirmação alguma, ficava bem difícil não imaginar que aquele poema musicado não fizesse referência a exilados políticos. Vale lembrar que o país vivia seus piores anos do regime militar; logo, o exílio fizera muita gente querida viver distante da terra onde os sabiás cantavam nas palmeiras ou nas laranjeiras.

Seja como for, na esteira de Clementina de Jesus e Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone Lara completou uma singular tríade de mulheres negras, que viveram e venceram preconceitos, mas sem nunca servirem, deliberadamente, de bandeira ideológica a nenhuma militância de grupos.

Questionada sobre os preconceitos de que era vítima, Ivone Lara, com um lindo sorriso negro, respondeu que não ligava para isso; que, sempre firme, seguia adiante sua vida, compondo e cantando.

E por falar em sorriso negro, este foi o título de uma de suas canções – lírica e politicamente – mais lindas. Com base estrutural consolidada em um forte conjunto anafórico, tudo ali é feito com muita delicadeza poética. Às vezes, a sutileza da arte pode ser uma bandeira, mas sem que seja identificada como tal:

“Um sorriso negro, um abraço negro// Traz... felicidade// Negro sem emprego, fica sem sossego// Negro é a raiz da liberdade// Negro é uma cor de respeito// Negro é a inspiração// Negro é silêncio, é luto// Negro é... a solidão//  Negro que já foi escravo// Negro é a voz da verdade// Negro é destino, é amor// Negro também é saudade...”

E saudade é o que nos deixa Dona Ivone Lara. Todavia, sua falta física entre nós será sempre diminuída toda vez que, em algum lugar desse imenso e miscigenado país, em algum show ou roda de samba, no lugar do pranto, alguém, respeitosamente, cantar qualquer uma de suas inúmeras canções, todas, poeticamente, emocionantes.

Quarta, 18 Abril 2018 17:55

 

Na manhã de 7 de abril, os sírios da cidade de Douma, subúrbio de Damasco, na Síria, sofreram intenso ataque com armas químicas disparadas pelo regime de Assad. Segundo organizações de direitos humanos que agem no país em guerra, a ação terminou com mais de 500 vítimas e ao menos 40 mortos. Mas os números são incertos.

 

Uma semana após o ataque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o apoio do Reino Unido e da França, atacou a capital síria com mais de 100 mísseis, a partir do Mediterrâneo, do Golfo Pérsico e do Mar Vermelho. O governo norte-americano avaliou positivamente o resultado do ataque, e o Pentágono afirmou que com os danos eles “demorarão anos para se recuperar, infligimos a eles um dano severo a seu arsenal químico”.  A ofensiva bélica, no entanto, pouco atinge o governo de Assad. Em coletiva à imprensa, o Departamento de Defesa estadunidense também declarou que não têm como objetivo depor o presidente sírio, “nossa missão na Síria se limita à luta contra o EI [Estado Islâmico]”, assumiram.

 

Para este novo ataque, os EUA utilizaram o dobro do equipamento de ação do ano passado, após ataque químico que deixou 86 mortos. À ocasião, a base aérea atacada voltou a atividade dois dias logo após o bombardeio norte-americano.

 

A ação imperialista causou tensão internacional. Ainda antes da ação anunciada por Trump, o embaixador russo na Organização das Nações Unidas, Vassily Nebenzia, ao falar sobre o ataque a Douma, afirmou “não descartar uma guerra”. Agora, Assad anuncia que tem como objetivo “esmagar o terrorismo no país”, o que certamente deve resultar em mais mortos de civis.

 

Em artigo [Ataques de Trump não afetam o arsenal de armas químicas do regime sírio], o membro do Setorial Internacional da CSP-Conlutas, Fabio Bosco, resgata ações semelhantes nas relações internacionais, que acabam colocando em risco os civis que ainda tentam sobreviver e resistem em sua terra ou os que estão impossibilitados de buscar refúgio. “Em 2013, (…) o presidente Barack Obama fez um acordo intermediado pelo governo russo para a retirada de todas as armas químicas do regime sírio em troca de evitar uma retaliação militar. Em 2014 o então secretário de estado John Kerry anunciou que a retirada de todas as armas químicas fora concluída. Nada mais ilusório. Em 2017 o presidente Donald Trump lançou mísseis sobre a base aérea de Khairat na Síria, de onde partira o avião o que lançou armas químicas sobre a população síria em Idlib. Antes de atacar ele avisou o governo russo de forma a permitir que Assad esvaziasse a base aérea, e a reconstruísse rapidamente após o ataque.”

 

Pelo fim do genocídio – As organizações locais exigem cessar fogo imediato na cidade de Douma para a entrada de entidades responsáveis que possam investigar o uso proibido de armas químicas e mais este crime contra civis. Além disso, há reivindicação por segurança aos grupos humanitários de assistência aos civis.

 

A CSP-Conlutas defende como campanha permanente o apoio à luta do povo sírio pela derrubada de Bashar al Assad, bem como pela segurança desse povo que resiste e tenta sobreviver em meio à guerra, sem acesso a uma vida digna, assim como dos que buscam refúgio dentro ou fora da Síria. Contudo, somos contra esse ataque imperialista à Síria.

 

Ataque químico em região de Idlib deixou mais de 80 mortos em 2017 | Foto O Globo

A Central também tem participado de atividades – uma manifestação na Avenida Paulista e uma audiência pública na Assembleia Legislativa de SP, convocada pelo deputado Carlos Gianazzi (PSOL), de solidariedade à população trabalhadora de Ghouta, sob sítio e bombardeio intenso por parte do regime sírio e seus aliados russos.

 

Defendemos a saída de todas as forças estrangeiras (Estados Unidos, Rússia, Irã, Turquia, Hezbollah, Estado Islâmico, Daesh, etc.) para que o povo trabalhador sírio possa seguir sua luta pelo fim da ditadura Assad!

 

Uso de armas químicas – Na manhã de 7 de abril, após intenso bombardeio na região civil da cidade de Douma, subúrbio de Damasco, na Síria, mais de 500 casos de pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, chegaram ao centro de atendimento médico com sintomas de exposição a componentes químicos. Segundo nota pública da Organização de Defesa Civil Síria “Capacetes Brancos”, as vítimas chegaram como dificuldade respiratória, sufocamento, irritação de córnea e outros indícios de que o ataque, não confirmado pelo regime de Bashar ou pela Rússia, foi realizado com armas químicas.

 

Ativistas e organizações denunciam dezenas de mortes em novo ataque químico na Síria | Foto Sic Notícias

 

 

Além destas mortes, voluntários da defesa civil relataram encontrar cerca de 40 mortos com sintomas clínicos semelhantes em suas casas ou em abrigos. Mas até o momento não há ao certo o número de vítimas fatais. As equipes de resgate não conseguiram proceder evacuação na região devido à intensidade do produto químico e à falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

 

Conforme informação divulgada pela imprensa, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, afirmou que o Conselho de Segurança irá exigir uma “investigação independente que apure os fatos e culpe os responsáveis”. A Rússia nega uso de armas químicas e deve realizar também reunião para discutir “ameaças internacionais à paz e segurança”.

 

Histórico de violações – Há um ano, exatamente em 4 de abril, civis também foram alvo do regime de Assad em um ataque com gás sarin, a noroeste de Idlib. À época, as bombardeios deixaram, segundo um grupo de especialistas das Nações Unidas, 87 mortos.

 

Outra impactante denúncia foi feita em fevereiro do ano passado, quando a Anistia Internacional publicou documento em que acusava o governo de Assad de ter enforcado 13 mil pessoas entre 2011 e 2015, em uma prisão perto de Damasco. O documento denuncia uma “política de extermínio” do regime de Bashar Al Assad. A informação é da Radio France Internationale (RFI).

 

Segundo o documento, pelo menos uma vez por semana, entre 2011 e 2015, grupos de até 50 pessoas eram retirados de suas celas para processos arbitrários, “em plena noite, em segredo absoluto”. Depois de espancados, eram enforcados. O texto relata que ao longo de todo o processo, os detentos “têm os olhos vendados, não sabem nem quando, nem como vão morrer, até que amarram uma corda no pescoço deles”.

 

A guerra na Síria, que já dura 7 anos, matou centenas de milhares – organizações de direitos humanos afirmam que são mais de 600 mil mortos – além de deixar cerca de 15 milhões de refugiados ou deslocados internos.

 

Fonte: CSP Conlutas

 

Quarta, 18 Abril 2018 16:47

 

Foi sancionada, no último dia 11, a Lei nº 13.651, que cria a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), por desmembramento da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), por desmembramento da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

Os desmembramentos já haviam sido definidos em 2016, ainda no governo de Dilma Rousseff, através do Projeto de Lei do Executivo (PL) 5272/2016, mas só foram votados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em março de 2018.

 

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Fonte: ANDES-SN

 

Quarta, 18 Abril 2018 16:31

 

Com profundo pesar, vimos novamente informar o falecimento de outra importante militante histórica da Adufmat-Ssind nessa quarta-feira, 18/04. Na madrugada, como informamos em nota anterior, faleceu o professor Luiz Alfeu Moojen Ramos e, no início da tarde, a professora Lylia da Silva Guedes Galetti, que estava internada no Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo - capital.
 
O corpo da professora Lylia será cremado e parte das cinzas, à pedido da historiadora, serão levadas para Fortaleza, onde nasceu e onde ainda residem seus familiares. Outra parte, também por sua vontade, será trazida para Cuiabá, onde viveu e desempenhou, com admirável energia e dedicação, seu trabalho como docente e militante política, sempre em defesa da classe trabalhadora.
 
Lylia da Silva Guedes Galetti foi presidente da ADUFMAT entre 14/12/1988 e 13/12/1989, na Chapa ADUFMAT AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA, foi professora do Departamento de História da UFMT por quase duas décadas, e se aposentou no final de 2016.
 
A Adufmat-Ssind expressa sua dor pela perda desta incansável intelectual e militante política na luta pela redemocratização de nosso pais e pela defesa dos direitos dos trabalhadores. 

 

Adufmat-Ssind