Sexta, 24 Maio 2019 12:31

 

Os ataques crescentes à Educação pública e gratuita oferecem apenas uma alternativa para quem estuda ou deseja estudar numa universidade pública: lutar. O governo Bolsonaro nunca escondeu que odeia direitos sociais, serviços públicos e pensamento crítico. Ele não pretende parar. O anúncio de que surgiu dinheiro para a Educação depois das manifestações de 15/05 foi uma primeira vitória, agradou as comunidades acadêmicas, mas não convenceu. Continua a luta em defesa da Educação pública, gratuita e de qualidade.   

 

Numa aula pública realizada nessa quinta-feira, 23/05, pela Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ficou evidente que há disposição para encher as ruas novamente no dia 30/05. E também na Greve Geral do dia 14/06.

 

Diante de estudantes, professores e técnicos, Myrian Serra, reitora da UFMT, afirmou que a violência contra a Educação é ideológica, está além dos “contingenciamentos” de recursos. “Todos os governos fizeram cortes, mas eles dialogavam com os reitores sobre os motivos. Agora não há nenhum canal de diálogo. Nós ficamos sabendo pelo facebook, twitter, imprensa… não temos o mínimo de respeito. Não é só financeiro. É um projeto para esvaziar a possibilidade de qualquer formação crítica. Isso está muito claro”, disse a reitora.

 

A professora citou diversos outros exemplos de como a comunidade acadêmica tem sido tratada pelo atual governo: falta de diálogo com os representantes, repressão e agressões aos estudantes, impedimento de participação nos espaços que deveriam ser de debates, entre outros.

 

Para o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza, dessa vez a universidade tem de se posicionar com firmeza. “Como os ataques não vão cessar por agora, precisamos pensar de forma mais ampla, não apenas redirecionar o orçamento. A universidade tem de ter uma diretriz clara: de que lado ela está? Qual o projeto de universidade que ela defende?”, questionou o professor, enquanto a plateia, formada por estudantes em sua maioria, aplaudia.  

 

O apelo do diretor inclui uma série de reivindicações apresentadas pela comunidade acadêmica em diversas mobilizações anteriormente ignoradas pela Reitoria, como a revisão de contratos com empresas terceirizadas, a reestatização do Restaurante Universitário, entre outros. “O resultado da terceirização é uma tragédia sobre os brasileiros. E os trabalhadores terceirizados estão desorganizados, sem ter com quem contar. Nosso olhar agora tem de ser diferente. Não podemos cair no erro de fragilizar o mais fraco, porque é sempre ele que paga. A universidade tem de ter outra postura na hora de fazer ajustes necessários, sem retirar bolsas e empregos. Que não coloquemos mais esse peso nas costas dos mais pobres”, defendeu.

 

Serra disse ainda que entende, agora, que as universidades brasileiras devem voltar o olhar para a América Latina. “Nós ainda temos muito do pensamento de colonizado e colonizador. Olhamos muito pouco para o nosso continente com a tentativa de criar identidade e solidariedade, mas a América Latina espera que o Brasil seja solidário nesse momento”, afirmou a professora.

 

Estudantes e servidores técnico-administrativos concordaram com o diretor geral da Adufmat-Ssind. “Os trabalhadores terceirizados deveriam estar aqui. Eles também fazem parte da comunidade acadêmica. A minha sugestão à Reitoria é de que nós apoiemos a formação de uma cooperativa para que os próprios trabalhadores gerenciem seu trabalho, e não as empresas”, disse a representante do Sintuf-MT, Lea Oliveira.

 

“A universidade tem de se tornar um espaço aberto de debate permanente, reflexão e também ação. A universidade precisa se posicionar publicamente com relação ao decreto do armamento, ao Agronegócio, entre outras coisas”, cobrou a servidora, em seguida.

 

Os estudantes que representaram os Diretórios Centrais dos Estudantes de Cuiabá e Várzea Grande, Vinícius Brasilino e João Lucas Viana, respectivamente, destacaram que a defesa da universidade tem de ser uma posição de toda a sociedade brasileira, e que, para isso, é preciso extrapolar os muros da UFMT.   

 

“O momento é de luta, é de rua, não só para a universidade, mas para toda a sociedade brasileira. Nossa juventude negra quer estar viva, dentro da universidade, e não morrendo nas periferias. Nós não podemos mudar o nosso planejamento para atender um projeto que não é o nosso”, disse Brasilino, dialogando com a afirmação de Myrian Serra minutos antes, de que não há outro plano, a decisão política será não aceitar as imposições do governo. Em suas palavras: “as universidades não vão arredar o pé; quem terá de mudar essa política será o governo”.

 

O estudante de Várzea Grande lembrou a importante mobilização estudantil realizada em 2018, em defesa do Restaurante Universitário a R$ 1 e universal, além de lamentar que os estudantes do campus de Várzea Grande estejam há cinco anos “provisoriamente” no campus de Cuiabá, disputando salas de aulas e laboratórios.

 

Ali os estudantes demonstraram muito bem que a luta não é pontual. Há que se lutar por outro modelo de administração pública, de universidade, de sociedade. Ficou definido, ao fim da aula pública, que a alternativa é e sempre será a rua, porque nenhum governo suporta ver o povo na rua. A agenda apontada: 30/05 e 14/06.  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 24 Maio 2019 09:10

 

A audiência na Comissão Especial de Educação, na Câmara dos Deputados, na quarta (22), terminou com estudantes agredidos.

Após quase cinco horas de reunião com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a presidente da comissão cedeu a palavra às entidades estudantis UNE e UBES.

Sem meias palavras, o responsável pelo MEC disse que não queria ouvi-las. Em seguida, os deputados da base governista iniciaram um tumulto.

A intenção dos parlamentares era não permitir a participação dos estudantes, segundo nota publica pela UNE.

A entidade denuncia que deputados governistas “partiram, junto a seguranças da Casa, à agressão física. Arrastaram o presidente da UBES, Pedro Gorki, e a presidenta da UNE, Marianna Dias, para fora do plenário”.

Na mesma nota, a UNE repudia veementemente a atitude desproporcional e reafirma o compromisso da entidade “com a ciência, a pesquisa e a educação pública”.

A União Nacional dos Estudantes termina a nota afirmando: “no 30M voltaremos às ruas contras os cortes a educação e ciência”.

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 22 Maio 2019 14:28

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP

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Nunca foi tão fácil encontrar um título para um artigo como o que se lê acima; bastou-me um “Ctrl+C”/“Ctrl+V”, pois ele foi um dos destaques nos cartazes das manifestações do último dia 15, ocorridas em mais de 200 cidades brasileiras.

De posse desse enunciado politicamente dúbio, presto reverências aos que foram às ruas para defender a educação dos ataques profundos que (também) o governo atual promove.

Detalhe: caso os ataques não sejam interrompidos, outras manifestações virão. A luta pela educação pública, de qualidade, gratuita e laica não pode perder força. Mais do que antes, a união será necessária.

Aliás, isso foi o que compartilhei com os egressos de Literatura/UFMT, durante o um recente descerramento da placa de formatura. Para tanto, resgatei um fragmento de São Bernardo (1934) de Graciliano Ramos, um escritor que foi encarcerado por nos fazer repensar as estruturas do sistema capitalista.

No cerne, o romance trata da existência de Paulo Honório, um ser de origem humilde, além de órfão de pai e mãe desde cedo, mas que vai se tornando tão ambicioso que passa a ser proprietário de muitas terras. Por conta disso, já perto dos 50 anos, percebe que precisava de um herdeiro. Por algumas artimanhas, casa-se com Madalena para ter essa garantia. Ao se casar, age como se tivesse adquirido também a propriedade do corpo e da alma de sua esposa.

Enganara-se.

Madalena – que era “professora das primeiras letras – lia também “em estrangeiro”; logo, pelo acúmulo de suas leituras, ela compreendia a existência de forma humanitária, solidária e respeitosa, principalmente com os trabalhadores da Fazenda São Bernardo. Isso bastou para Honório considerá-la comunista.

Identificando-a assim, ele tenta anulá-la com seu autoritarismo. Mais: Honório tem auxílio de todos os que o circundam, exceto de Pe. Silvestre, que, em uma passagem sobre a calorosa discussão ideológica, sentenciara:

“(...) Quanto ao comunismo, lorota, não pega. Descansem: entre nós não pega. O povo tem religião, o povo é católico”.

Salvas as exceções, assim como Madalena, os professores brasileiros não pretendem (e nem têm armas para) implodir o capitalismo para a ascensão do comunismo, até porque já se sabe que o sistema vigente, por si, é autofágico.

Assim, a preocupação da maioria dos professores é, no máximo, compartilhar uma visão de vida mais humanitária e solidária, buscando minimizar as desigualdades, mas tudo dentro do modelo sistêmico.

Todavia, com a chegada do neofascismo ao poder central, até mesmo essa simples intenção pedagógica, sempre atrelada ao conteúdo das matérias, está ameaçada, pois, como dissera Gilberto Gil, na versão da música “Woman, no cry”, de Bob Marley, os hipócritas já estão “disfarçados, rondando ao redor”; alguns já estão imitando Silvério dos Reis, o delator vil da Inconfidência Mineira.

Como já “há perigo na esquina”, pedi aos novos professores que não privilegiem o seu EU. Neste momento de tormenta, semelhante a mares já antes navegados em nosso passado recente, o NÓS precisa estar no primeiro plano das ações nossas de cada dia.

Juntos, poderemos resistir às ações dos ignorantes e cruéis guardiões da ordem. Em cada escola, cada professor tem de ser solidário com o outro. Jamais ser traíra. Nunca aquele enunciado “mexeu com ele, mexeu comigo” foi tão importante.

Espero que ninguém, nos espaços de aprendizagem, se deixe vencer pelo medo, pois é verdadeiro que “a educação destrói ‘mitos”. Todos! Inclusive os recém-criados.  

Terça, 21 Maio 2019 16:51

 

Acontece na próxima quinta-feira (23), às 9h30, no Ginásio Poliesportivo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a aula pública “Em defesa da Educação! Contra os cortes e ataques às universidades!”. O evento será um espaço de exposição e esclarecimentos sobre o atual momento da Universidade diante dos cortes no Ministério da Educação (MEC) e sobre as ações que estão sendo desenvolvidas nacionalmente com o objetivo de reverter a situação. 


Na oportunidade, serão respondidas dúvidas sobre os impactos dos cortes do ensino, pesquisa e extensão da Instituição e como isso impõe dificuldades na realização de projetos importantes para a UFMT e que impactam toda a sociedade.


Estarão presentes na aula a reitora da UFMT, professora Myrian Serra, representantes de unidades acadêmicas, do reitorado, dos câmpus do interior e das entidades de classe - Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf) e Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat).

 

Fonte: Ascom UFMT

Terça, 21 Maio 2019 16:36

 

A Adufmat-Ssind vem a público declarar solidariedade aos trabalhadores da rede estadual de ensino de Mato Grosso, que deflagraram greve por tempo indeterminado em assembleia geral realizada na segunda-feira, 20/05/19.

É legítima a reivindicação dos trabalhadores por todos os seus direitos. Não devemos absorver o discurso de que nós temos de pagar a conta de uma crise que, na verdade, foi forjada apenas para aumentar a lucratividade sobre o nosso trabalho, sucumbindo com cada uma das nossas conquistas históricas.

Nesse momento de profundo ataque em todos os âmbitos, a Adufmat-Ssind se coloca à disposição dos trabalhadores da educação no estado, reafirmando o compromisso de lutar, ombro a ombro, contra quem quer que seja o algoz da classe trabalhadora.

 

Cuiabá, 21 de maio de 2019

Diretoria da Adufmat-Ssind

Gestão Luto Pela Universidade Pública!

Segunda, 20 Maio 2019 11:08

 

A luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade terá uma nova rodada no dia 30 de maio.

As entidades representativas de estudantes, professores, técnicos-administrativos preparam para a data mais um dia de lutas da educação, em nível nacional.

A preparação da nova mobilização do setor foi definida em reunião na sexta-feira (17). O encontro contou com ANDES-SN, CNTE, FASUBRA, FENET, SINASEFE, UBES e UNE.

Nas redes sociais, em especial no twiiter, já circulam hashtags convocando novas mobilizações para o 30 de maio.

As entidades pretendem realizar uma agenda preparatória de mobilização nas próximas semanas. Esta agenda inclui a realização atividades dentro das universidades e Institutos Federais.

Em 22 de maio, elas pretendem realizar um dia de “universidade na rua”, como preparação para o dia 30.

Além da defesa da educação, todas as iniciativas visam a construção da greve geral, contra a reforma da Previdência. A greve geral está marcada para 14 de junho e foi acordada entre todas as centrais sindicais.

Em 15 de maio, a comunidade escolar se levantou contra os cortes orçamentários anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Foi a primeira grande manifestação contra o governo Bolsonaro. Em viagem aos Estados Unidos, no dia 15, o presidente chamou os manifestantes de “idiotas úteis”.

Houve manifestações em 222 cidades, em todas as capitais, incluindo Brasília. No Rio de Janeiro, o protesto contou com mais de 250 mil pessoas. Em São Paulo, foram 120 mil.

Antes da grande greve do dia 15, a comunidade escolar adotou medidas para levar a universidade para a sociedade. Foram aulas públicas e divulgações científicas em praças, ônibus, parques.

 

Fonte: ANDES-SN

Quinta, 16 Maio 2019 20:31

 

Abraham Weintraub, ministro da educação, foi convocado a comparecer à Câmara dos Deputados na quarta-feira (15) para explicar os cortes orçamentários na educação. Em meio às grandes manifestações da Greve Nacional da Educação, o ministro deixou a casa legislativa sem explicar os cortes orçamentários.

Em tom belicoso, Weintraub atacou parlamentares da oposição

O ministro começou sua intervenção apresentando slides com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) em vigência. Criticando a situação atual da educação brasileira, tentou isentar o governo e a si da responsabilidade sobre os cortes. Segundo Weintraub, a culpa seria dos governos de Lula, Dilma e Temer.

Ele repetiu que os cortes realizados nas universidades e institutos federais são de 3,5%. Ao falar isso, o ministro tenta ocultar que o orçamento manejado pelos reitores no cotidiano não inclui as verbas obrigatórias. Weintraub opta por uma narrativa para fazer parecer que os cortes pareçam menores do que são. Ele também oculta que o governo não pode, por força de lei, cortar verbas que servem diretamente ao pagamento do salário de servidores concursados.

Os cortes do MEC variam de 15 a 54% dos orçamentos das universidades. Os dados foram compilados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) e divulgados nesta quinta (16). A média dos cortes é de 29,74%.

Os muitos nomes do corte de verbas

Weintraub também insistiu que não realizou cortes, e sim contingenciamentos. O fato é que as instituições de ensino não têm dinheiro para pagar água, luz, internet e o salário de trabalhadores terceirizados.

O ministro também citou que a prioridade de investimento é na educação básica, em detrimento do ensino superior. Ocorre que, ao contrário do que afirmou Weintraub, a educação básica também sofreu com os cortes orçamentários.

O ministro ainda repetiu a chantagem que tem se tornado um mantra dos deputados da base do governo. Segundo ele, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, da reforma da Previdência, seja aprovada, os cortes podem ser revertidos.

Weintraub também ressaltou que o governo não cortará o ponto dos servidores federais que aderiram à Greve Nacional da Educação. A visita do ministro à Câmara foi cercada de tensões, e muitos parlamentares da oposição foram atacados por Weintraub em suas intervenções.

Terceiro ministro convocado para falar na Câmara

Abraham Weintraub se tornou o terceiro ministro a ser convocado a prestar esclarecimentos na Câmara desde a promulgação da Constituição, em 1988.

Antes de Weintraub, o então ministro da Educação, Cid Gomes, teve de prestar esclarecimentos ao Plenário, em 2015. Cid falou sobre declarações polêmicas contra o então presidente da Casa, Eduardo Cunha. O episódio levou à demissão de Cid Gomes.

Outro ministro convocado para falar em Plenário foi Antônio Cabrera, titular da pasta da Agricultura, em 1991. Ele falou sobre os efeitos do Plano Collor 2 no setor rural.

Fonte: ANDES-SN (com informações e imagem de Agência Câmara).

Quinta, 16 Maio 2019 20:21

 

Na noite de quarta-feira, 15 de maio, circulava a informação de que 222 cidades haviam registrado protestos contra os cortes anunciados pelo MEC. Houve manifestações em todas as capitais do país, incluindo Brasília. Em cidades universitárias, espalhadas pelos 26 estados, houve diferentes formas de manifestações: aulas públicas, cartazes, performances e, claro, passeatas. Milhares de estudantes, professores e técnicos-administrativos foram às ruas.

As fotos das manifestações nas capitais impressionam. Os números também. No Rio de Janeiro, a estimativa é que o protesto tenha reunido 250 mil pessoas. Na Av. Paulista, em São Paulo, 120 mil. Em outras capitais, os números expressam a força da primeira mobilização contra o governo Bolsonaro: 50 mil em Fortaleza (CE), outros 50 mil no Recife (PE), 30 mil em Belém (PA). Em Brasília, segundo os organizadores, o ato contou com 50 mil pessoas.

Em Curitiba (PR), a greve da Educação começou dias antes, com alunos, em especial da Universidade Federal do Paraná, entrando nos ônibus e explicando para a população o impacto dos cortes. A mesma iniciativa foi repetida em outras cidades. Nos dias que antecederam o 15M, nas redes sociais, diferentes “cards” e “posts” anunciavam que a aula seria na rua.

“Os docentes, os trabalhadores da educação, os estudantes, a sociedade está parando hoje, porque na Educação não se mexe. Fica cada vez mais claro que o projeto desse governo é destruir a Educação. Nós não vamos permitir”, afirmou Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN.

Para Antonio, o governo “mexeu em um vespeiro” ao anunciar os cortes para educação. “O povo está na rua para derrotar todas as políticas neoliberais desse governo, que rebaixam a qualidade de vida para o nosso povo”, disse.

Participando do ato em Brasília, Antonio reforçou: “Vamos derrotar todas as políticas do governo Bolsonaro e em defesa da educação pública, gratuita, laica, de qualidade e que seja socialmente referenciada”.

Para o presidente do ANDES-SN, entretanto, a força do 15M deve ser preservada, para derrotar a reforma da Previdência: “vamos sair daqui com uma tarefa importantíssima, a de manter a mobilização para a grande Greve Geral do dia 14 de junho”.

Confira aqui algumas imagens do 15M

Rio Grande do Sul

Porto Alegre

 

Pelotas

Santa Catarina

Florianópolis
Chapecó

Paraná

Curitiba
Londrina

São Paulo

São Paulo
Campinas

Minas Gerais

Belo Horizonte
Uberlândia

Espírito Santo

Vitória
Vitória

Rio de Janeiro

Candelária - Rio de Janeiro
Universidade na Praça - Rio de Janeiro

Bahia

Salvador
Vitória da Conquista

Sergipe

Aracaju
Aracaju

Alagoas

Maceió
Maceió

Pernambuco

Recife
Recife

Paraíba

João Pessoa
Campina Grande

Rio Grande do Norte

Natal
Mossoró

Ceará

Fortaleza
Sobral

Piauí

Teresina
Parnaíba

Maranhão

São Luís
São Luís

Pará

Belém

Amapá

Macapá

Amazonas

Manaus

Rondônia

Porto Velho

Roraima

Boa Vista

Acre

Rio Branco
Rio Branco

Mato Grosso

Cuiabá

Mato Grosso do Sul

Universidade Federal Mato Grosso do Sul

Goiás

Goiânia. Em Goiás, mais de 40 cidades tiveram manifestações.

Distrito Federal

Brasília

 

Fonte: ANDES-SN

Quinta, 16 Maio 2019 14:50

 

Não adiantou Bolsonaro destilar sua raiva tentando desqualificar militantes, nem o burburinho de que os cortes na Educação seriam suspensos. A população já sabe que o governo, além de raivoso e irresponsável, gosta de espalhar notícias falsas para causar confusão e emplacar suas propostas, e foi às ruas nessa quarta-feira, 15/05, para demonstrar repúdio aos crescentes ataques à Educação.

 

Em Cuiabá, mais de 10 mil pessoas cortaram o centro da cidade em passeata mostrando ao presidente que, ao contrário do que ele pensa e diz, a população não é idiota e sabe muito bem que Educação é direito fundamental, assim como a Saúde, a Assistência Social e a Previdência. E se estas são áreas fundamentais, precisam receber mais recursos, e não perder.

 

No campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso, a mobilização começou cedo. Pela manhã, docentes e técnicos panfletaram nas guaritas. A greve pegou na universidade, que ficou praticamente vazia. Enquanto docentes e técnicos faziam arrastão nos blocos dialogando com trabalhadores concursados e terceirizados, estudantes preparavam cartazes para o ato unificado programado para a tarde.  

 

 

Às 13h, a comunidade acadêmica se encontrou na praça do Restaurante Universitário para sair em carreata até o ato unificado na Praça Alencastro, no centro da capital mato-grossense. Dezenas de carros acompanharam o carro de som, de onde representantes de professores, técnicos e estudantes da UFMT explicaram os motivos do protesto.

 

“Direito se defende. Nós estamos aqui para denunciar que a Educação Pública vai deixar de existir se a gente não se movimentar. O corte anunciado por Bolsonaro significa que estão tirando da educação dos seus filhos, da merenda escolar, da creche, das universidades. Estão tirando dinheiro do povo para mandar para banqueiro. Os bancos não produzem nenhum real, mas a educação produz o futuro das próximas gerações. Eles querem tirar o nosso futuro, a nossa Saúde, a nossa Previdência. Hoje é dia de mostrar que nós não queremos que cortem os direitos da classe trabalhadora. Se for para cortar da alguém, que cortem dos bancos, do latifúndio, dos empresários”, afirmou a diretora de Imprensa da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Lélica Lacerda.

 

A representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da instituição (Sintuf-MT), Merillin de Castro, reforçou o apelo à grande maioria da população, usuária dos serviços públicos. “Você que tem filho na escola pública, saiba que o governo está cortando os recursos, está acabando com a educação pública do país. Nós não vamos aceitar. Por isso, paramos nossas atividades hoje e vamos fazer uma grande Greve Geral da Educação, na qual todos nós, técnicos, professores e alunos, estamos lutando em defesa da educação pública. Unam-se a nós. Esses cortes representam o massacre dos trabalhadores”, disse.

 

 

 

Durante todo o percurso, as pessoas interagiram com os manifestantes, demonstrando interesse pelo debate.

 

A representante estudantil, Ana Carolina Marques, foi bastante direta ao afirmar que na universidade não se faz balbúrdia, mas sim desenvolve-se tecnologias diversas para tentar melhorar a vida da população. “Na universidade nós realizamos pesquisas que ajudam as pessoas. Nós desenvolvemos medicamentos para a saúde humana e animal. O Hospital Universitário Julio Müller atende centenas de pacientes diariamente, e é uma referência no tratamento de várias doenças, como a tuberculose”, citou a estudante, entre outros exemplos.

 

Ao chegar na Praça, a carreata foi recebida com empolgação e palavras de ordens reafirmando a presença do Movimento Estudantil, e a ideia de que, se os cortes não forem revertidos, o Brasil vai parar por conta das greves.   

 

Centenas de cartazes e faixas demonstravam o repúdio ao desmonte da educação, mas também ao desrespeito, aos destemperos e confusões de Bolsonaro e sua equipe. “Sem educação já basta o presidente”, “A fórmula da água é H2O, e a fórmula da ignorância é B17”, “Conhecimento destrói mitos”, “Educação não é chocolatinho”, “Educação não é balbúrdia, é o futuro da nação”, “Ministro, é Kafka, não Kafta”, eram algumas das frases que criticavam e ridicularizavam o governo.

 

Ao final, os manifestantes realizaram uma grande marcha pela região central, passando pela Prainha, e finalizaram as atividades novamente na Praça Alencastro.

 

Também foram realizados atos e outras manifestações em defesa do direito à Educação pública, gratuita e de qualidade nos municípios de Sinop, Cáceres, Barra do Garças, Rondonópolis e Lucas do Rio Verde.

 

CLIQUE AQUI PARA VER AS FOTOS DO ATO EM CUIABÁ.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

   

Segunda, 13 Maio 2019 18:27

 

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN), o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-administrativos (Sintuf-MT) e o Diretório Central dos Estudantes convocam toda a comunidade acadêmica para as atividades que serão realizadas na próxima quarta-feira, 15/05/19, Dia Nacional de Greve Geral da Educação, em defesa do direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

Confira a PROGRAMAÇÃO EM CUIABÁ:

6h - Mobilização nas guaritas;

Após panfletagem nas guaritas, os manifestantes seguirão em arrastão pelos blocos da universidade, dialogando com a população em geral sobre a situação da educação pública e da própria UFMT;

13h - Concentração no Restaurante Universitário (RU) para seguir em carreata, com carro de som, até a Praça Alencastro; 

14h - Ato Unificado na Praça Alencastro, centro de Cuiabá. 

 

PROGRAMAÇÃO EM SINOP: 

7h30 - Concentração na tenda em frente a cantina para a atividade Universidade Aberta, com exposições em diversos laboratórios, palestras e mobilização junto à comunidade acadêmica. 

15h - Ato Unificado na Praça da Bíblia; caminhada até a Praça Plínio Callegaro e encerramento com exposições científicas. Mais detalhes abaixo:

 

 

PROGRAMAÇÃO NO ARAGUAIA 

 

09h às 11h30 - Mesa-redonda no Espaço Multiuso II - Campus do Araguaia - Barra do Garças

 

14h às 18h30 - Exposição de trabalhos de Pesquisa, de Extensão e de Ensino na Praça Sebastião Júnior (ao lado do Mercado Municipal) - Barra do Garças.

 

20h às 22h30 - Mesa-redonda no Auditório do Campus do Araguaia - Pontal do Araguaia

 

 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind