Sexta, 01 Dezembro 2017 18:36

Docentes da UFMT realizam Dia de Mobilização em Defesa da Universidade Pública na próxima terça-feira, 05/12 Destaque

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Os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, em assembleia geral realizada nessa sexta-feira, 01/12, não paralisar as atividades, mas realizar um Dia de Mobilização em Defesa da Universidade Pública na próxima terça-feira, dia 05/12, com diversas atividades na instituição. Na segunda-feira, o sindicato divulgará a programação com os locais onde as atividades serão desenvolvidas para que os professores levem suas turmas.

 

Além da distribuição de material informativo, a categoria pretende organizar mesas para debater os temas retratados nos cartazes espalhados pelos campi, apontando 15 ataques que motivam a construção de uma Greve Geral: contrarreforma trabalhista; terceirização; contrarreforma da previdência; violação dos direitos sociais e coletivos; desrespeito às liberdades de identidades; intolerância; manipulação dos poderes; cortes de recursos; precarização da saúde e da educação; lucros dos bancos; políticas financeiras; ataques aos servidores; redução de salários; produtivismo e adoecimento docente; e o projeto de escola sem partido.     

 

O dia 05/12 será de mobilização e luta por todo o país. As centrais sindicais convocaram um dia de Greve Nacional para marcar o repúdio à votação da Contrarreforma da Previdência, prevista para o dia 06. Com o recuo do Governo em decorrência da insegurança no número de votos para aprovação da proposta, parte das centrais demoveu a ideia de greve. A CSP-Conlutas e o ANDES – Sindicato Nacional, entidades às quais a Adufmat-Ssind é filiada, repudiaram a ação e orientaram suas bases a manter as atividades de greve.  

 

Conjuntura

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O recuo de grande parte das centrais sindicais com relação à convocação para a Greve Geral no dia 05/12 motivou um intenso debate na assembleia dessa sexta-feira, em que a categoria avaliou as questões que envolvem a difícil - porém necessária - unidade da classe trabalhadora. Pela segunda vez, parte das centrais que convocam os trabalhadores prejudica a mobilização e enfraquece a luta pela manutenção dos direitos sociais em nome de interesses particulares.

 

“As centrais repetiram a postura do dia 30 de junho, quando esvaziaram a greve geral que poderia ter sido ainda maior da que realizamos em 28 de abril. Isso é muito perigoso, porque prejudica a organização dos trabalhadores, nos enfraquece. Precisamos garantir a mobilização da próxima terça-feira, conforme orientação do ANDES e da CSP-Conlutas”, defendeu o presidente da Adufmat-Seção Sindical do ANDES, Reginaldo Araújo.   

 

Boa parte das intervenções na assembleia problematizou, também, a ausência da categoria nos espaços de discussão. “As pessoas nos procuram pelos corredores para saber da mobilização, das decisões de assembleia, mas não entendem que esse é o espaço para fazer o debate. A maioria dos docentes já pode ter vindo de outras instituições privadas com uma experiência de precarização e talvez não perceba o que está acontecendo com a universidade pública”, refletiu a professora Marluce Silva.

 

Nesse sentido, os docentes pensaram em algumas atividades que podem ser realizadas em diferentes pontos da instituição, com a intenção de aprofundar a conscientização da comunidade acadêmica sobre a gravidade dos ataques aos direitos e à universidade.

 

A política econômica do Governo, que inclui a recente aprovação pela Câmara de incentivos fiscais à petroleiras, o apoio declarado pela UFMT à lógica do empreendedorismo na instituição e a crescente criminalização dos movimentos sociais, proporcional ao aumento das posturas conservadoras e reacionárias, também foram destacadas pelos presentes.  

 

Informes

 

No início da assembleia, a diretora Maria Adenir, coordenadora do GT Aposentados, informou sobre a proposta de confraternização em Chapada dos Guimarães no início do ano, ainda em construção dentro do grupo, e sobre o caderno de memórias da Adufmat-Ssind, também em andamento.

 

Pela diretoria do sindicato, o presidente, Reginaldo Araújo, falou sobre os cartazes da campanha pela construção Greve Geral, espalhados pelos campi da UFMT a partir dessa sexta-feira, sobre os desdobramentos da recente polêmica sobre a Retribuição por Título, conforme publicado no site da entidade, e sobre a assembleia que será chamada na próxima semana para eleição dos delegados para o 37º Congresso do ANDES-SN - momento político de extrema importância para a categoria. Além disso, o presidente lembrou que nos dias 08 e 09/12 os sindicalizados retomarão o debate sobre as alterações de Regimento da Adufmat-Ssind, em assembleia na sede do sindicato a partir das 8h.

 

A professora Lélica Lacerda fez informe sobre o ataque na Universidade Federal do Pará, em que um grupo, liderado pelo prefeito do município Senador José Porfírio, impediu a discussão sobre mineração na região. Lacerda sugeriu a elaboração de nota de apoio à uma pesquisadora agredida no local. A mesa entendeu que o debate poderia ser contemplado no ponto de pauta sobre conjuntura, assim como a proposta do docente José Domingues de debater a questão do empreendedorismo incentivado pela universidade. A plenária concordou com a proposta da mesa.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

Ler 1092 vezes Última modificação em Sexta, 01 Dezembro 2017 18:51