Sexta, 14 Julho 2023 18:06

 

 

“Paraíba hoje é a sede, Campina Grande, o local. Vai ser na universidade, que é a nível federal, o novo encontro do Andes Sindicato Nacional”. Ao som do repente, começou, nesta sexta-feira, 14/07, o segundo maior evento dos docentes do ensino superior de todo o país. Com o tema “Na reorganização da Classe com Inspiração nas Lutas e Culturas Populares”, o 66º Conselho do Andes (Conad) tem como objetivo fortalecer a organização das lutas aprovadas pela categoria no Congresso realizado no início do ano, além de dar posse à diretoria eleita para o biênio 2023-2025.  

 

Durante a Plenária de Abertura, entidades parceiras deram as boas vindas aos presentes.

 

Compuseram a mesa a presidente do Andes-SN, Rivânia Lucia Moura de Assis, a secretária-geral do Andes-SN, Maria Regina de Avila Moreira, o primeiro tesoureiro do Andes-SN, Amauri Fragoso de Medeiros, o presidente eleito para a biênio 2023-2025, Gustavo Seferian Scheffer Machado, também primeiro secretário Regional Leste durante na Gestão 2020-2023, a secretária-geral eleita para o biênio 2023-2025, Francieli Rebelatto, também segunda secretária da Gestão 2020-2023, a primeira tesoureira eleita para o biênio 2023-2025, Jennifer Susan Webb, também terceira tesoureira do Andes-SN 2020-2023, a primeira Vice-presidente da Regional Nordeste II do Andes-SN, Cristine Hirsch, o presidente da AdufCG, Antônio Lisboa, a representante da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet) Nicole Viana, e o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFCG, Guilherme Queiroz.

 

Em seu discurso, a ainda presidente, Rivânia Moura, afirmou, emocionada, que a luta exige intensidade. “Fomos atravessados por perdas, dores, ausências dos que tombaram na pandemia, por um governo de extrema direita, negacionista, que promovei o maior genocídio Não é possível seguir sem olhar para trás e entender que o que ficou lá atrás também segue conosco. Nesse cenário o Andes se manteve na firme defesa da vida. Nesse cenário nós construímos a mais ampla unidade para derrotar o fascismo nas ruas e nas urnas”

 

Moura falou ainda do desmantelamento da educação pública durante o governo Bolsonaro, cujos herdeiros tentam manter ainda hoje, e lembrou das campanhas que o Andes-SN construiu nos últimos anos para resistir a esses ataques.

 

Ainda na Plenária de abertura, os responsáveis pela Revista Universidade & Sociedade apresentaram a edição deste semestre, que tem o tema “A crise ecológica e ambiental: territórios, política e meio ambiente” (leia aqui). Os responsáveis pela pesquisa nacional sobre saúde docente também falaram sobre o estudo e revelaram alguns resultados preocupantes: 75% dos entrevistados se sentem sobrecarregados sempre ou frequentemente; 79% se sentem pressionados sempre ou frequentemente; 58% possuem dívidas; 88% trabalham por demanda sempre ou frequentemente; dois terços já sofreram assédio moral.

 

Em seguida, os presentes procederam o empossamento da nova diretoria, eleita maio deste ano com 43,17% dos votos. Os representantes da Regional Pantanal são Breno dos Santos, da UFMT (primeiro vice-presidente), Ana Paula Salvador Werri, da UFMS (segunda vice-presidente), Paula Pereira Gonçalves Alves, da UFMT (primeira secretária), Luciana Henrique da Silva, da UEMS (segunda secretária), João Carlos Machado Sanches, da UNEMAT (primeiro tesoureiro) e Bruno Passos Pizzi, da UFGD (segundo tesoureiro).

 

 

 

Gustavo Seferian, presidente eleito, disse que inicia a gestão animado, e que o próximo período exigirá sabedoria por parte da categoria, que necessitará, em suas palavras, “de muita abertura, diálogo, compreensão, respeito, capacidade de acolhida das nossas diferenças para poder seguir colocando nosso sindicato nacional no lugar tão necessário, de ferramenta do enfrentamento aos ataques que recaem sobre nós e da promoção ofensiva do que são os nossos mais profundos interesses. Que a gente possa construir, no próximo biênio, uma gestão marcada por esses valores”, concluiu, abrindo oficialmente o evento.     

 

A tarde começou com a Plenária de instalação. Neste momento, foram anunciados os números preliminares do 66º Conad, tendo a presença de 69 seções sindicais, representadas por 64 delegados, 226 observadores, 12 convidados, 33 diretores, num total de 335 participantes.

 

Também na Plenária de Instalação foi formada a Comissão de Enfrentamento ao Assédio - exigência estabelecida no 36º Congresso, realizado em Cuiabá, em 2017, e toda a metodologia do trabalho que será realizado no Conad nestes três dias de intenso trabalho.

 

Para encerrar as atividades da tarde, os presentes apresentaram as teses de atualização do debate de conjuntura, isto é, a leitura de diferentes grupos sobre as questões atuais, bem como as propostas para enfrentar os desafios. Essas teses estão disponíveis no Caderno de Textos do 66º Conad (leia aqui).

 

No período noturno as delegações debaterão as propostas do tema II - Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas - nos grupos mistos. As atividades seguem até domingo.   

 

Confira aqui algumas fotos do evento. 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 14 Julho 2023 10:07

 

A Adufmat-Ssind informa que a transmissão do debate entre as chapas que disputam a diretoria, biênio 2023-2025, organizado para esta sexta-feira, 14/07, às 19h, será transmitido somente pelo canal do Youtube e pelo Facebook do sindicato. Não haverá transmissão por meio de vídeo conferência para as subsedes do Araguaia e Sinop. 

Confira aqui o convite para o debate. 

Sexta, 14 Julho 2023 09:53

 

A Adufmat-Ssind informa que a transmissão do debate entre as chapas que disputam a diretoria, biênio 2023-2025, organizado para esta sexta-feira, 14/07, às 19h, será transmitido somente pelo canal do Youtube e pelo Facebook do sindicato. Não haverá transmissão por meio de vídeo conferência para as subsedes do Araguaia e Sinop. 

Confira aqui o convite para o debate. 

Sexta, 14 Julho 2023 09:36

 

 

Com o objetivo de munir a categoria de informações acerca das propostas para a direção da Adufmat-Ssind, biênio 2023-2025, o sindicato disponibiliza entrevista realizada com as chapas candidatas. A eleição será na próxima terça-feira, 18/07.

Confira abaixo as respostas da Chapa 2 - Renova Ação Adufmat:   

 

 

Adufmat-Ssind: Na leitura da chapa, quais serão os principais desafios que a Adufmat-Ssind terá de enfrentar nos próximos anos?
 
Chapa 2:  Uma Seção Sindical só é forte com a participação maciça de seus Associados  nas decisões a serem tomadas pela gestão. E isso implica  em desenvolver ações voltadas prioritariamente aos interesses da Classe e em aumentar o número de filiados (hoje apenas cerca de 25% dos Docentes fazem parte do quadro da ADUFMAT). A CHAPA 2 tem como Compromisso básico devolver a Seção Sindical a TODOS/AS  Docentes porque temos convicção que esta é a única forma de juntos, mais que enfrentar, resolvermos os problemas do Corpo Docente.
 
Adufmat-Ssind: Quais são as propostas da chapa para enfrentar esses desafios? 
 
Chapa 2: A CHAPA 2 não tem propostas fechadas e sim compromissos.  Dentre os mais importantes devolver a ADUFMAT às/aos Docentes o que só pode ser feito dando voz e vez a todos e todas, assim como focar a gestão em ações que efetivamente apontem para a solução prática de questões quem vêm sendo demandadas há muitos anos e que têm sido usadas como narrativas eternas mas sem o enfrentamento prático que exigem. 
 
Adufmat-Ssind: Como a chapa entende a conjuntura brasileira atual e, dentro dela, a situação das universidades?
 
Chapa 2:  O Panorama da atual conjuntura nacional é resultado de décadas em que, especificamente na Educação, a verba destinada no Orçamento não tem sido considerada investimento e sim gasto. A defasagem salarial, que só tem aumentado governo após governo,  comprova esta tese (somente nos últimos 4 anos as perdas acumularam 27 por cento). A defesa radical da oferta de uma educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada é compromisso da CHAPA 2 como também é compromisso unir se as entidades representativas do Corpo Discente e ao SINTUF para garantir novos investimentos que tragam de volta, por exemplo, a oferta maciça de bolsas de qualificação, permanência, pesquisa e extensão, fundamentais para  melhorar a oferta de serviços à Sociedade como um todo o que, por si só, terá como consequência a melhoria da atual conjuntura nacional.
 
Adufmat-Ssind:  Por que e para que os professores devem ser organizar em um sindicato? 
 
Chapa 2: O Sindicato deve ser um espaço de debates e de ações concretas com o objetivo de solucionar os problemas, no nosso caso, das/dos Docentes da UFMT.   A Universidade, como o próprio conceito diz, reúne uma  universalidade de pensamentos que precisam ser respeitados desde que não firam os princípios básicos da convivência civilizada e democrática. No caso da UFMT, independente da coloração partidária e ideológica de cada docente, os problemas são comuns a todos. É neles que nossa Seção Sindical deve, prioritariamente, se concentrar. Este é o compromisso da CHAPA 2 que  vai caminhar ao lado de Departamentos, Programas de Pós Graduação, Faculdades e Institutos em suas necessidades e reinvindicações, além, é claro, de prestar conta das ações da gestão, uma das muitas reclamações que temos ouvido em nosso contato direto com os / as docentes.
 
Adufmat-Ssind: Levando em consideração que a Adufmat-Ssind é uma Seção Sindical do Andes-SN, qual a importância da organização da categoria em âmbito nacional?
 
Chapa 2: A ADUFMAT Ssind historicamente foi um dos polos mais ativos do ANDES-SN por estar sempre somando forças sem perder sua autonomia. A gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT vai retomar este protagonismo reforçando as ações do Sindicato Nacional no sentido, por exemplo, de se instalar em conjunto com o Ministério da Educação e com o Ministerio da Gestão e Inovação em Serviços Públicos da Mesa de Negociação para Reestruturação da Carreira Docente e pela recomposição do Orçamento das Universidades expandindo a  luta pela revogação da PEC 32 que representou um gravíssimo ataque ao Serviço Público, especialmente ao Ensino Superior ofertado pelas IFES.
 
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para aproximar o conjunto dos professores das atividades da Adufmat-Ssind? 
 
Chapa 2: A desburocratização da Seção Sindical é primeiro passo. Essa desburocratização passa por dar voz e vez a todos/todas os/as Docentes, defendendo concretamente seus interesses e buscando  que melhorem sua qualidade de vida e condições de trabalho. Além disso, conceder, de fato, autonomia, principalmente econômica, às Sub Seções de Sinop e Barra fazem parte do "pacote" já formatado e que será colocado em prática logo no inicio da gestão RENOVA  AÇÃO ADUFMAT. Afinal,  em qualquer organização da Sociedade,e consequentemente nos Sindicatos, só há participação quando os membros de uma organização sintam se representados e que ela enfrente de fato os problemas que são comuns à Classe. Assim, a Gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT apoiará e dará voz a todos os Movimentos Sociais que são representados na universalidade de pensamento dos Docentes da UFMT.
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área Sociocultural do sindicato? 
 
Chapa 2: Os compromissos assumidos pela CHAPA 2, não apenas na área Sociocultural, e que serão colocados em prática pela gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT são resultados do contato direto com os Docentes dos quatro campus da UFMT (Cuiabá, VG, Sinop e Barra). Nenhuma Diretoria agirá isoladamente, suas realizações serão sempre fruto da "Politica de Gestão" e realizadas em  parceria com as  demais diretorias.  Uma das reinvindicações que ouvimos no Setor Sociocultural foi a retomada das discussões  sobre a a construção de uma sede social. Vamos atender esta demanda porque a CHAPA 2 entende que o lazer é um direito conquistado pela classe trabalhadora. Se for o desejo da maioria vamos dar condições para esta construção. Também recebemos demandas para áreas especificas da cultura como eventos culturais e de lazer  para os Docentes, produção científica, música, cinema, literatura às quais serão efetivadas com ações constantes e permanentes e não apenas esporádicas 
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a  Comunicação do sindicato?
 
Chapa 2: As ações na área de Comunicação da Gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT terão por base a aplicação dos princípios cientificos e práticos do setor, com o objetivo de devolver às/aos Docentes o protagonismo no debate das questões em que a UFMT tem obrigação de estar presente na Sociedade. Isso será garantido pela história de vida e formação acadêmica, como pesquisador, do futuro Diretor de Comunicação da ADUFMAT, Professor Doutor Maurelio Menezes. Graduado em Jornalismo, ele tem em sua história como profissional, em 45 anos vivendo e acompanhando a evolução da área a partir de 1979, passagens como repórter de economia e política nos jornais Tribuna da Imprensa e O Fluminense (RJ), Editor Internacional da TVS, Gerente de Comunicação e Diretor no Programa Canal Livre da Rede Bandeirantes, Editor Nacional do Jornal da Manchete, Editor Especial de Telejornalismo do SBT, Coordenador Geral/Diretor do Programa Cidinha Livre apresentado por Cudinha Campos na Rádio Tupi do Rio, Chefe de Redação da TV Educativa (hoje Rede Brasil), Editor de Telejornais da Rede Globo, Chefe de Redação da TV Gazeta MT (hoje TV Vila Real/Record) e Editor Especial da TV Centro América MT.  Professor por 25 anos do Curso de Comunicação da UFMT, ministrando disciplinas como Telejornalismo, Notícia & Mercadologia, Princípios Fundamentais da Comunicação, Ética e Legislação em Jornalismo, entre outras, foi  Chefe do Departamento de Comunicação, membro do Colegiado de Curso da Faculdade de Comunicação/Jornalismo, do CONSEPE e da Câmara de Extensão. Mestre em Ciencias da Comunicação pela USP (Dissertação *"Jornalismo: uma ilusão perdida?"* para a qual pesquisou a Filosofia do Jornalismo a partir de seus principais teóricos e práticos) e Doutor em Movimentos Sociais e Educação pela UFMT (Tese *"Movimentos sociais @internet e sua dimensão educativa"* para a qual, a partir de Gramsci, pesquisou a Primavera Árabe  e as manifestações brasileiras de 2013).
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social?
 
Chapa 2: A gestão  RENOVA AÇÃO ADUFMAT entende que há alguns problemas comuns entre profissionais docentes da Ativa e Aposentados. E terá como foco a solução destes problemas e tem, também, como compromisso ampliar ainda mais o diálogo com os Aposentados encampando por meio da Diretoria para Assuntos de Aposentadoria  e Seguridade Social suas necessidades e expectativas, entre elas a Promoção dos Docentes Adjuntos IV para Associado. A gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT vai apoiar/assumir a defesa da revisão  das Reformas Trabalhistas aprovadas desde 2003 que impuseram injustiças aos trabalhadores, inclusive o fim da isonomia numa mesma Instituição. Em contato com os Docentes da Ativa e Aposentados elencamos as reinvindicações que, se atendidas, dariam, por exemplo, uma real isonomia aos Aposentados.
 
Adufmat-Ssind: Gostariam de dizer mais alguma coisa?
 
Chapa 2: Os compromissos que assumimos serão elementos transformadores e de crescinento da ADUFMAT-Ssind. Mas para esta transformação e crescimento se torne realidade é preciso que o maior número possível de Docentes compareçam para votar  e por isso fazemos um chamamento a todas e todos: Não deixe que os outros decidam por você! Prá renovar é preciso votar. Vote na CHAPA 2 RENOVA AÇÃO ADUFMAT.

 

Sexta, 14 Julho 2023 09:36

 

 

Com o objetivo de munir a categoria de informações acerca das propostas para a direção da Adufmat-Ssind, biênio 2023-2025, o sindicato disponibiliza entrevista realizada com as chapas candidatas. A eleição será na próxima terça-feira, 18/07.

Confira abaixo as respostas da Chapa 1 - Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais:      

 

Adufmat-Ssind: Na leitura da chapa, quais serão os principais desafios que a Adufmat-Ssind terá de enfrentar nos próximos anos? 

Chapa 1: Diante de uma economia que se centra nos lucros via exploração do trabalho, todo avanço científico e tecnológico tem redundado no esfacelamento das relações de trabalho. Em vez de nos aliviar a carga de trabalho, tende a intensificá-lo; em vez de reduzir a jornada de trabalho, tem gerado desemprego de um lado e de outro, trabalhadores/as com jornadas cada vez mais extensa; em vez de melhorar as condições materiais de trabalho e vida, tem-nos devastado; enquanto o trabalho com vínculos formais e proteção social se torna exceção.

Este cenário de rebaixamento do mundo do trabalho rebate também na carreira docente que vem sendo precarizada por meio de anos de congelamento salarial num período de altas taxas de inflação; da intensificação da jornada de trabalho através de métodos de computação de horas de trabalho que subnotifica atividades e horas de trabalho (de modo a mascarar a sobrecarga de trabalho); as TICs, sobretudo após a pandemia, eliminaram a fronteira entre tempo de trabalho e tempo livre, de modo que os/as docentes são obrigados/as a responder pelo seu trabalho praticamente em tempo integral; além de, dentro do perfil de profissional polivalente próprio da acumulação flexível, vêm assumindo trabalho (de forma invisível porque não computada como hora de trabalho) de outras funções técnicas que vagarosamente estão sendo extintas do quadro de servidores/as públicos/as federais.

Para os/as aposentados/as os ataques não são menos deletérios: a precarização do SUS mesmo diante de uma pandemia mundial levou muitos/as ao endividamento; o aumento dos preços combinado com a defasagem salarial resultado de 4 anos de congelamento salarial achataram bruscamente seu poder de compra; a ampliação do desemprego, sobretudo na juventude, e a compressão do poder aquisitivo da família trabalhadora levou os/as idosos/as ao endividamento e ao comprometimento de seus rendimentos com empréstimos bancários que, sob as mais altas taxas de juros bancários do mundo, apertam o cinto dos/as aposentados/as. O ambiente aos/às docentes é, portanto, de ataques a seus direitos e sua capacidade de resposta está cada vez mais contida, na medida em que são consumidos/as pelo trabalho e desacreditados/as da luta sindical.

Isso porque este cenário tem reverberado também nos sindicatos que perderam sua capacidade de aglutinação e embate; quanto a esta segunda questão, o alinhamento de burocracias sindicais a projetos de poder em detrimento a projetos de sociedade, levam-nas a conter revoltas ao preferirem as mesas de negociação em vez do enfrentamento direto que possa efetivamente resolver as questões; sobretudo de setores próximos ao governo que preferem o autoritarismo da barganha que o processo de luta e conquistas democráticas.

Diante deste cenário, cabe ao sindicato recobrar como centralidade da sua dinâmica a luta pelos interesses concretos e imediatos dos/as docentes num processo de aglutinação para a construção de respostas contundentes, para, além das palavras, construir alternativas que tragam respostas e esperanças aos/às trabalhadores/as; lutas que demandarão alianças estratégicas com outros setores populares a quem também interesse uma educação pública, gratuita e de qualidade. Acolher as insatisfações e canalizar lutas coletivas encontrando, entre tantas questões distintas de uma classe fragmentada, os interesses que nos unem, este é o difícil papel do sindicato atual

Adufmat-Ssind: Quais são as propostas da chapa para enfrentar esses desafios? 

Chapa 1:  A crescente precarização da carreira docente que sofre com achatamento de salários e rebaixamento das condições de trabalho é fruto do mundo do trabalho estruturalmente degradado pela contrarreforma da previdência e trabalhista que atacaram os mecanismos de proteção ao trabalho e viabiliza a imposição universal de um trabalho degradante e adoecedor, tendo o assédio moral como mecanismo de gestão do trabalho.

A sobrecarga das mulheres docentes em sua jornada ininterrupta de trabalho, entre trabalho docente e funções da vida privada, trazem adoecimento e sensação de incapacidade às docentes até porque os critérios meritocráticos da universidade atual tendem ao seu desprestígio; a secundarização da intelectualidade negra tendendo a sobrecarga de encargos e a secundarização dos saberes e do protagonismo dos docentes negros numa universidade eurocêntrica são expressões de uma Universidade inserida numa sociabilidade que se ergue a partir da discriminação racial.

Além de tudo isso, denunciamos o ataque que os critérios meritocráticos significam ao direito de progressão funcional, direito do/a trabalhador/a. Em toda a sociabilidade capitalista, quanto mais complexa e arrojada a mercadoria, maior seu preço. Na carreira docente da UFMT, porém, não basta a formação e os anos de atuação profissional; são cobrados critérios produtivistas que prejudicam docentes que saem de licença saúde; mães em licença maternidade; dentre outros.

Diante desses ataques, a nossa proposta é a de criarmos espaço de debate, formulação e articulação dos/as docentes. Nossa intenção é a de nos aproximarmos das questões concretas da categoria docente, abrindo espaços de acolhida individual e/ou coletiva de denúncia de processos de exploração, assédio e discriminação para encaminhamentos individuais e coletivos destas questões. Nossa classe está sob intenso e contínuo ataque e o sindicato precisa ser a caixa de ressonância das questões docentes e da construção de respostas coletivas.

Destacamos que uma das tarefas desta gestão será o debate da Resolução 158 que rege a distribuição de encargos docentes. O momento histórico tende a fazer desta revisão um mecanismo de intensificação da precarização do trabalho, de modo a intensificar nossas jornadas de trabalho na medida em que computarão ainda menos horas em relação às atividades que cumprimos; além de manter invisível um conjunto de trabalhos, sobretudo administrativos, que vêm sendo impostos invisivelmente aos/às docentes na medida em que excluem os cargos técnicos. Construir nossa proposta substitutiva da Resolução 158 a partir de fóruns da categoria, de modo a computar com justeza as horas trabalhadas com a inclusão de trabalhos hoje invisíveis, de modo a garantir nosso direito de cumprimento de 40 horas de trabalho semanal é nosso desafio prioritário.

Além da justiça em relação ao cumprimento da carga-horária, lutaremos pela remuneração mais justa. No Brasil, o/a professor/a universitário tem um salário 48,4% inferior em relação aos países da OCDE. Na última década, conforme o Andes, acumulamos uma defasagem salarial de 49,28%. Diante deste cenário, cumpre lutarmos pela reposição salarial imediata; além do pagamento imediato dos 28,86% conquistados via judicial, mas que a justiça burguesa tem protelado a execução; bem como dos 3,17% a quem tem direito. Fortalecer a educação passa pela valorização dos/as seus/suas trabalhadores/as.

Adufmat-Ssind:  Como a chapa entende a conjuntura brasileira atual e, dentro dela, a situação das universidades? Por que e para que os professores devem ser organizar em um sindicato?  

Chapa 1: Vamos responder essas duas perguntas juntas, pois o diagnóstico da situação das universidades determina a razão da categoria docente lutar.

A conjuntura nacional reflete a internacional. Passamos por um período de crise generalizada, inclusive uma crise política oriunda da incapacidade do capital dar respostas às genuínas necessidades humanas e ambientais.

Desta crise, de um lado vemos a classe trabalhadora na defensiva lutando para não perder direitos; de outro, vemos a ultradireita mobilizada entorno de retirar direitos de toda ordem, inclusive as liberdades democráticas.

Estamos diante de um respiro democrático no Brasil, fruto da vitória eleitoral sobre o fascismo nas eleições presidenciais de uma ampla coalizão de forças políticas que incluem setores patronais e da direita moderada.

Um executivo que governa com um legislativo (Congresso Nacional) bastante retrógrado, sendo hegemonizado pelo "Centrão" que coloca na mesa os interesses mais atrasados e mesquinhos das nossas elites por meio de um jogo político marcado por chantagens e corrupção (vide orçamento secreto).

Neste cenário, apenas a própria classe trabalhadora em luta é capaz de colocar em tela os seus interesses e defender a democracia por meio do seu exercício. Entendemos que apenas através de sua luta há condições de criar um cenário de governabilidade à esquerda capaz de conter o avanço fascista e garantir os direitos da classe trabalhadora.

No que depender do “Centrão”, não haverá revogação das contrarreformas da previdência e trabalhista, nem valorização salarial; o PT já aprovou o arcabouço fiscal que coloca o orçamento do país em função dos juros bancários; o Banco central se nega a reduzir as taxas de juros do Brasil que, escandalosamente, são as maiores do mundo. Tais posturas denotam que sem luta não haverá valorização dos salários e do serviço público e a educação jamais será uma efetiva prioridade orçamentária.

Desta forma, seguirá sendo tendência a precarização da educação, dos salários e das condições do trabalho docente e a mesma precarização recairá sobre a ciência. Sem educação robusta e produção científica autônoma não se constrói um país soberano!

Ressaltamos ainda que o fascismo se alimenta do ódio e da irracionalidade e, por isso, o anticientificismo lhe presta serviço. Por isso, a superação do fascismo envolve uma agenda econômica que priorize as necessidades da classe trabalhadora; uma agenda política que amplie e fortaleça as instâncias democráticas aos/às trabalhadores/as; como também a democratização do acesso à educação e ciência comprometidos com a construção de uma sociedade justa e igualitária.

Enfrentar a precarização da carreira docente e galgar ganhos em termos salariais e de condição de trabalho por meio da mobilização da luta pela educação será o grande desafio do nosso sindicato; uma agenda essencial para a construção do país justo, igualitário e soberano que sonhamos. Docentes sapientes do tempo histórico presente sabem que são tempos de luta e reconstrução da educação e do país.

Adufmat-Ssind: Levando em consideração que a Adufmat-Ssind é uma Seção Sindical do Andes-SN, qual a importância da organização da categoria em âmbito nacional? 

Chapa 1: Qualquer avanço da educação e das condições de vida da classe trabalhadora precisará ser arrancado pela luta entorno de um projeto de sociedade que coloque os interesses da classe trabalhadora na cena política.

São muitas as perdas que acumulamos, muitas as insatisfações, porém, estamos quase mudos/as sem dar resposta e isso não tem a ver apenas com a dureza da última quadra histórica, mas também da postura inerte dos instrumentos de luta de nossa classe.

Isso porque muitos partidos, sindicatos e movimentos sociais contam com lideranças da esquerda institucionalizada que trazem a expectativa de resolução dos conflitos para espaços burocráticos inócuos em vez da mobilização autônoma da nossa classe construindo seus meios de lutar e vencer.

Diante deste cenário de necessidade de destravamento da luta autônoma da nossa classe, a robustez e a capilaridade do Andes no cenário nacional e internacional são fundamentais.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para aproximar o conjunto dos professores das atividades da Adufmat-Ssind? 

Chapa 1: Temos em mente a necessidade de construir três espaços de aproximação com a categoria docente.

A primeira se refere à retomada da centralidade do debate e da luta pela carreira docente que estará em voga em virtude do debate da Resolução 158. Nossa intenção é sair da negativa (não queremos rever a 158) para a ofensiva: construir uma proposta de resolução a partir de debates da nossa categoria que seja capaz de computar todos os encargos docentes, inclusive os hoje invisíveis, tais como bancas, participação em conselhos editoriais, confecção de relatórios e demais trabalhos burocráticos; e que preserve o docente nas funções previstas a sua carreira, devolvendo aos/às técnicos/as as suas competências; como também uma computação de horas que considere as particularidades das docentes mães e cuidadoras e de pessoas que necessitem de adaptações ao trabalho.

Uma segunda via de aproximação se dará por meio da criação de espaços de acolhida, escuta qualificada e encaminhamentos a situações de assédio de toda ordem (assédio moral, sexual, institucional, etc.). As situações individuais de misoginia, racismo, lgbtfobia e demais discriminações precisam de trato no plano individual, como de inserção nas lutas coletivas por direitos da nossa categoria. Ninguém será deixado para trás! Todo direito violado precisa ser pauta do sindicato!

A terceira via de aproximação está na construção de espaços de relação dos/as sindicalizados/as para além dos estritamente políticos. Como forma de aproximação da base, de promoção da saúde mental e de propagar a cultura de resistência, pretendemos criar espaços artísticos, esportivos, de lazer e convivência entre os/as docentes e destes/as com o sindicato.

Neste sentido, pretendemos criar espaços de vivência que aproximem o sindicato sobretudo das professoras e professores aposentados. Vivemos numa sociedade em que temos valor apenas na condição de força de trabalho; numa sociedade da obsolescência que torna tudo substituível. Isso ocorre até mesmo na carreira docente em que o arcabouço de conhecimento tende a se ampliar com o tempo. Por isso, espaços de valorização dos/as aposentados/as, suas vivências e saberes precisam fazer parte de um sindicato que contribua com a construção de uma sociedade igualitária.

Resgatar a história do nosso sindicato e dos/as sindicalizados/as; o orgulho de ser docente e a paixão pela construção coletiva de uma educação libertadora guiará nossos passos de reconexão da ADUFMAT junto a categoria docente.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área Sociocultural do sindicato?  

Chapa 1: Uma das questões centrais do tempo histórico é a superação do fascismo da cultura brasileira, sobretudo em Mato Grosso que sedia o ninho fascista e golpista do país, como demonstraram os atos antidemocráticos de janeiro.

Para a tarefa de superação do fascismo, tão fundamental quanto o desenvolvimento científico é o fomento da vida cultural para a sensibilização dos sentidos humanos. Ambas têm o papel de refletir a realidade: a ciência pela via racional e a arte por conexões afetivas. Por isso, a arte muitas vezes consegue dar insights e cortar caminhos na sensibilização humana quanto as necessidades humanas coletivas.

Assim, temos em mente a promoção de uma política sociocultural sindical que trate a arte como necessidade básica e cotidiana; fomentando artistas populares e de resistência dentro e fora da universidade.

Faz parte das nossas intenções promover festivais culturais de música, poesia e artes plásticas; pretendemos levar festivais culturais e momentos de arte, cultura e lazer para todos os campi. E, para além de eventos esporádicos, pretendemos trazer a arte para o cotidiano da universidade, fomentando de forma ininterrupta exposições, festividades, oficinas e toda forma de promoção e propagação cultural. Lutar e mudar as coisas será embalado pela pulsão científica e artística.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a Comunicação do sindicato?

Chapa 1: Os meios de comunicação têm sofrido muitas transformações e inovações e a comunicação sindical não pode ficar para trás.

Temos um setor de comunicação privilegiado se comparado a outros sindicatos, contando com uma profissional de jornalismo, um de rádio e TV e um de marketing e propaganda. Precisamos realizar a imensa capacidade destes profissionais, de modo a qualificar o que já existe e multiplicar as formas de diálogo com os/as sindicalizados/as e com a comunidade externa.

Além de manter o jornal impresso, precisamos aprimorar o uso das nossas redes sociais com conteúdos curtos e rápidos sobre as notícias cotidianas do sindicato; criar canais de diálogo rápido entre sindicalizados/as e ADUFMAT via WhatsApp; retomar o programa de rádio comunitária "Pulso Cerrado”.

Como tarefa de resgate da história dos/as docentes e da própria ADUFMAT, consideramos importante investirmos na produção de documentários e temos em mente resgatar a história de embate da ADUFMAT contra a ditadura militar de 1964 para não deixar qualquer dúvida sobre seu caráter deletério para o país e a educação brasileira e evidenciar a bravura dos/as nossos/as lutadores/as, já aposentados/as e muitos/as deles/as relegados/as ao esquecimento. Para essas atividades, o fomento do Grupo de Trabalho sobre Educação, Comunicação e Arte (GTECA) é fundamental.

Entendemos, porém, que o principal meio de aproximação as informações dos/as sindicalizados/as está em aproximar as ações do sindicato ao cotidiano docente e o/a docente da construção do cotidiano do sindicato.

Por fim, para além da comunicação da própria Adufmat, é possível e necessário fazer parcerias entre sindicatos para criarmos meios de comunicação alternativos com abrangência estadual. Os conflitos no campo, as pautas docente e de demais trabalhadores/as são negligenciadas pela imprensa local; nela, nem pagando conseguimos publicar conteúdos críticos aos governos. Por isso, o fomento a meios de comunicação alternativos bancados por sindicatos associados é um passo fundamental para democratizar o acesso à informação aos/às sindicalizados/as e a população em geral.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social?

Chapa 1: Pretendemos valorizar os/as sindicalizados/as aposentados/as para além da sua condição de força de trabalho, valorizando-os em sua dimensão humana. Isso engloba a melhoria de suas condições materiais de vida e a construção de espaços de socialização e valorização de saberes.

Quanto a primeira dimensão, a valorização da vida material passa por recompor o poder de compra dos/as aposentados/as pela luta da valorização salarial através da reposição das perdas salariais e do recebimento imediato dos 28,86% e dos valores retroativos; passa pela luta pela redução das taxas de juros, de modo a reduzir o comprometimento dos salários com o endividamento bancário; pela recomposição das políticas públicas para restringir os gastos com tratamentos médicos, escolares, etc.

A construção de espaços de socialização e valorização dos saberes dos/as aposentados/as será viabilizada pelas políticas de comunicação e política sociocultural que pretendemos desenvolver em debate com a categoria docente.

 

Segunda, 10 Julho 2023 17:13

 

A Adufmat-Ssind convida todos os sindicalizados para o debate entre as chapas que disputam a diretoria da entidade, biênio 2023-2025. Nesta sexta-feira, 14/07, às 19h (horário de Cuiabá), representantes da Chapa 1 (Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais!) e Chapa 2 (Revova Ação Adufmat) se encontram na sede do sindicato para apresentar suas propostas. 

O debate será presencial, na sede, com transmissão para as subsedes, e também será possível acompanhar pelas redes sociais do sindicato (Youtube e Facebook).   

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 03 Julho 2023 13:53

 

O ANDES-SN participou de duas reuniões nesta quinta-feira (29), em Brasília (DF), para tratar de pautas da categoria docente. Temas como concursos públicos, reestruturação da carreira, autonomia universitária e o fim da lista tríplice foram abordados durante os encontros.

Pela manhã, Francieli Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN, se reuniu com a Assessora de Participação Social e Diversidade do Ministério da Educação (MEC), Elayne Passos. De acordo com o MEC, a assessoria foi criada para ampliar os espaços de diálogo com as representações da sociedade civil sobre demandas específicas e está diretamente ligada ao gabinete do ministro, Camilo Santana.

 

Francieli apresentou à assessora a pauta do Sindicato Nacional e temas como a reposição orçamentária, concursos públicos, reestruturação da carreira docente, autonomia universitária, as redistribuições que estão paralisadas foram alguns dos temas tratados. “Elayne se comprometeu em fazer interlocução para que o ministro Camilo Santana possa nos receber a fim de debatermos a pauta do ANDES-SN protocolada junto ao MEC no início da gestão”, comentou.

Pelo Fim da Lista Tríplice

No período da tarde, a 2ª secretária do ANDES-SN estevem, junto com Rodrigo Torelly, da Assessoria Jurídica Nacional da entidade, no gabinete dodeputado federal Patrus Ananias (PT/MG), para apresentar a posição do Sindicato Nacional acerca da Lista Tríplice para a escolha de reitores e reitoras das Instituições de Ensino Superior. Eles foram recebidos pela assessora parlamentar Mirta Varella.

Para o ANDES-SN, o processo de escolha de dirigentes das IES precisa ser democrático, com eleições diretas e paritárias, que se encerre nas próprias instituições. Para avançar na luta pelo seu projeto de universidade e contra as intervenções nas IFE, o Sindicato Nacional apresentou, em março, à Câmara Federal uma proposta de projeto de lei pelo fim da lista tríplice. O anteprojeto, denominado “Pelo Fim da Lista Tríplice”, foi elaborado pela Assessoria Jurídica Nacional do ANDES-SN, com base nos debates e deliberações da categoria ao longo dos anos.

 

Várias propostas acerca desta pauta tramitam no Congresso Nacional e foram apensadas ao PL 2699/2011, que está em análise na Comissão de Educação da Câmara. Patrus Ananias foi designado como relator da proposta.  Caso o projeto seja aprovado na CE, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) em decisão conclusiva.

“Nos últimos anos, uma das pautas prioritárias do ANDES-SN é a luta contra as intervenções nas nossas instituições de ensino superior. Por isso que hoje nós estivemos aqui em Brasília em mais uma reunião com a assessoria parlamentar do deputado Patrus Ananias (PT/MG), que vai ser o relator do projeto de lei. Para nós, é uma luta histórica acabarmos com a lista tríplice. Mais do que isso, a luta é também pelas eleições diretas, paritárias e que possam se encerrar nas nossas universidades. Nós lutamos pela autonomia e pela democracia nas nossas instituições”, afirmou Francieli Rebelatto.

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 13 Junho 2023 13:48

 

 

Na próxima sexta-feira (16) tem início o Seminário Nacional sobre a Reorganização da Classe Trabalhadora do ANDES-SN. O evento ocorre no auditório da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró (RN), e vai até domingo (18).

A mesa de abertura começará às 18h, com a participação de representantes de entidades locais e nacionais. Coordenarão a mesa Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, e Alexsandro Donato, 2º vice-presidente da Regional Nordeste II. Em seguida, ocorrerá o debate “Sindicalismo no serviço público: impasses e perspectivas”, com representantes do ANDES-SN, da Fasubra e do Sinasefe e mediação de Jennifer Webb, 3ª tesoureira do Sindicato Nacional.

No sábado (17), às 9h, os debates girarão em torno da “Crise do Capital e a reorganização da classe trabalhadora”, com Osvaldo Coggiola, encarregado de Relações Internacionais do ANDES-SN, e a docente Virgínia Fontes. Elizabeth Barbosa, 1º vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, coordenará a mesa.  Às 14h, se inicia a mesa “Lutas populares, sindicalismo e mercado de trabalho”, com a presença dos docentes Danilo Enrico Martuscelli e Marcos Tavares, e mediação de Alexsandro Donato. Após as discussões, uma homenagem ao docente e diretor do ANDES-SN, Osvaldo Coggiola, está prevista para ocorrer às 16h, junto com uma exposição de livros do próprio.  

Ainda no mesmo dia, acontecerá a o debate “O perfil da classe trabalhadora e os novos desafios”, com a participação das docentes Patrícia Tropia, Ana Procópio e do advogado Cacau Pereira e com coordenação de Lemuel Rodrigues. Na sequência, as e os participantes acompanham a programação cultural do evento.

Encerramento


No último dia do Seminário Nacional sobre a Reorganização da Classe Trabalhadora (18), pela manhã, ocorrerá a plenária de encerramento com o tema “Reorganização da classe trabalhadora: o que fazer?”, a partir das 9h30. Elizabeth Barbosa, Jennifer Webb e Alexsandro Donato conduzem os trabalhos do debate. Em seguida, acontece a mesa de encerramento.

Rota do Cangaço


Antes do início do seminário, na manhã de sexta (16), as e os docentes poderão conhecer um pouco mais da história da passagem de Lampião e seu bando por Mossoró em junho de 1927. As capelas do Bom Jesus e de São Vicente, a Ponte da Estrada de Ferro, Memorial da Resistência, Museu Municipal e o Cemitério de São Sebastião são alguns dos pontos que contam a história da Rota do Cangaço.

Acesse aqui o roteiro da visitação

Confira mais informações na Circular nº159/2023

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 05 Junho 2023 16:36

 

Inscrições podem ser feitas até 12 de junho 

 

De 16 a 18 de junho, acontecerá, em Mossoró (RN), o Seminário de Reorganização da Classe Trabalhadora. O evento, que é uma deliberação do 41º Congresso do ANDES-SN, será realizado no Auditório da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, destaca que a conjuntura tem demonstrado o avanço de organização da extrema-direita, que está disputando diversos espaços. Além disso, tem mostrado também a correlação de forças do Congresso Nacional, que é extremamente desfavorável à classe trabalhadora. Recentemente, foram aprovados vários projetos que destroem o meio ambiente, atacam os povos originários e os direitos de servidoras e servidores públicos, por exemplo.
 

 

“Consideramos extremamente importante discutir a reorganização da classe trabalhadora no Brasil, em especial nesse momento, nessa conjuntura que tem se apresentado com enormes desafios para nossa classe. Nós derrotamos a extrema-direita e o fascismo nas urnas, mas precisamos, de modo muito urgente, intensificar a nossa organização política para enfrentar o fascismo e a extrema-direita nas ruas”, ressalta a presidenta do ANDES-SN.

Diante desses ataques e desafios, Rivânia reafirma a importância e a urgência de pensar os organismos de classe - sindicatos, movimentos sociais e populares - e a forma como articular esses organismos de representação de classe numa perspectiva de unidade na luta, e também que coloque a classe trabalhadora em movimento constante para enfrentar os ataques e fazer a disputa.

Programação

As atividades terão início na sexta-feira (16), às 18h, com a mesa de abertura e a participação de representantes de entidades locais e nacionais, seguida da realização da mesa de debate “Crise do capital e a reorganização da classe trabalhadora”.

No sábado (17), os temas “Lutas populares, sindicalismo e mercado de trabalho”, “O perfil da classe trabalhadora e os novos desafios” e o “Sindicalismo no serviço público: impasses e perspectivas” fazem parte dos debates, previstos para ocorrer das 09h às 20h. Na sequência, as e os docentes participam da programação cultural do evento.

No domingo (18), ocorrerá plenária de encerramento com o tema “Reorganização da classe trabalhadora: o que fazer?”, a partir das 09h.

“É um momento de efervescência para pensar a reorganização da classe trabalhadora. E, nesse sentido, nós temos uma expectativa grande com esse seminário, que possamos ter ricos e profundos debates e que possamos dar um passo a mais para pensar a organização da nossa classe. Além disso, fortalecer a nossa concepção de classe, a nossa aliança de classe, nossa solidariedade de classe e a nossa força para enfrentar todos esses desafios e ataques”, acrescenta a presidenta do ANDES-SN.

“Queremos convidar a nossa categoria a se envolver nesse Seminário, para que possamos sair fortalecidos e, principalmente, ter também o ANDES-SN fortalecido, nesse contexto, como um sindicato autônomo, independente, classista e de luta”, convoca Rivânia.

Inscrições

As inscrições para o Seminário de Reorganização da Classe Trabalhadora poderão ser feitas até o dia 12 de junho.

A diretoria do ANDES-SN, por meio da nº 143/2023, informa ainda que é obrigatória a apresentação de cartão de vacina das e dos participantes para a inscrição.

Acesse a Circular nº 143/2023

Deslocamento

Para facilitar o deslocamento dos (as) participantes, o Sindicato Nacional irá disponibilizar um serviço de translado de ônibus, entre Fortaleza (CE) e Mossoró (RN). A secretaria do ANDES-SN solicita que as seções sindicais enviem, até 18h do dia 11 de junho, a relação de docentes participantes, contendo o nome completo, número do documento de identidade (RG) e os horários dos voos de ida e volta. Essas informações serão utilizadas para elaborar a listagem e encaminhá-las à empresa responsável pelo transporte.

Confira mais informações na Circular nº159/2023

 

Fonte: Andes-SN