Terça, 28 Novembro 2017 08:51

 

 

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para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*

 

Há poucos dias a Procuradora Geral de Justiça Raquel Dodge, encaminhou um pleito ao STF para que o mesmo analise a situação do Rio de Janeiro e coloque um ponto final no conflito entre o Poder Legislativo estadual e a Justiça.


A corrupção, há décadas, com certeza desde o Governo Negrão de Lima, há quase meio século, está enraizada nas instituições estaduais, com destaque para os poderes executivo e legislativo e com a presença marcante do PMDB, que é, seguramente, a maior força  política no Estado.


A corrupção domina o cenário politico estadual chegando às negociatas que envolveram a Petrobrás e outras empresas públicas e privadas, deixando o governo em um estado lastimável, com a falência da saúde, da segurança publica, da educação, meio ambiente e tantas outras áreas.


Também não é para menos, no momento o Estado do Rio de Janeiro convive com três ex-governadores presos e acusados de diversos crimes de colarinho branco, corrupção, lavagem de dinheiro, formação e participação em organizações criminosas, tráfico de influência, de drogas e de armas e por ai vai.


Apesar de que os  ex-governadores Garotinho e Rosinha Mateus, sua esposa, estejam atualmente  filiados ao PR, quando exerceram suas funções pertenciam ao PMDB, mesmo partido de Sérgio Cabral , já condenado há mais de 80 anos de cadeia, pelos mesmos crimes já mencionados.


Além desses três ex-governadores, também existe um outro, que só não foi preso até agora por gozar do manto protetor do famigerado e vergonhoso estatuto do foro privilegiado, já que é ministro de Estado e livrou-se das barras dos tribunais graças a conivência da base aliada do Governo Temer, que recebeu o salvo conduto da Câmara  Federal, livrando também mais um ministro do PMDB, Eliseu Padilha.


Considerado até pouco mais de um ano o homem forte da República, o então Presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, também expoente do PMDB  estadual e nacional, acabou sendo cassado e foi preso poucos dias depois e continua trancafiado em Curitiba por decisões do Juiz Sérgio Moro, espécie de herói do povo brasileiro e do imaginário coletivo por identificar-se com um “caça corrupto”.


Agora estamos diante de mais um capitulo escabroso deste vexame que foi a desobediência e afronta ao poder judiciário perpetrado pela Assembleia Legislativa, que tentou livrar da cadeia três parlamentares estaduais, verdadeiros donos do PDMB e caciques da política carioca e fluminense por décadas. Todos foram, já pela segunda vez, presos por decisão unânime do TRF Tribunal Regional Federal, para que fiquem presos.


Em tempo, o presidente da Alerj  é pai de um deputado estadual e outro federal, este último ocupando a função de ministro de estado e, duplamente, protegido pelo manto da impunidade que é o foro privilegiado. Ainda está faltando que a justiça também alcance o ex-prefeito do Rio de Janeiro, volta e meia acusado de participar de esquemas criminosos nas obras públicas.


Há poucas semanas coube ao ministro da Justiça, com a autoridade, as informações e a responsabilidade que recaem sobre seus ombros dizer de forma clara e abertamente que o Governo estadual, ao nomear coronéis para comandantes de área do Rio de Janeiro, o faz por indicação de políticos e em acordo com a bandidagem, representada pelo crime organizado, traficantes de drogas e armas, adicionando mais um elemento para a análise da caótica situação da violência que  de longa data toma conta do Estado do Rio de Janeiro.


Diferente do  que afirma a ilustre Procuradora Geral da República, não posso concordar com a afirmação daquela ilustre autoridade de que o Rio de Janeiro é uma terra sem lei; primeiro, o Brasil possui um enorme conjunto de Leis em todas as áreas, inclusive relacionadas com o combate à criminalidade, comum e de colarinho branco, à gestão publica/administração publica, com um enorme aparato de controle e repressão `a criminalidade, incluindo organismos de inteligência, de controle financeiro, orçamentário, fiscalização dos gatos públicos e o chamado “fiscal da Lei” que é exatamente o Ministério Público Federal e Estadual.


Portanto, tanto o Rio de Janeiro quanto os demais estados e o Brasil, incluindo ai os municípios, deveriam estar sob o império da Lei, jamais territórios livres comandados pelo crime organizado e a corrupção endêmica que tomou conta de todas as instituições nacionais, estaduais e municipais e que envolvem os todos os poderes da República.


Temos Leis para tudo, só que as mesmas não são cumpridas e a chamada classe política, principalmente quem detém cargos  públicos no alto escalão ou são eleitos para representar e defender os interesses do povo, acabam usando este poder e funções para roubar os preciosos recursos públicos que deveriam estar sendo usados em favor da população.


Isto tem um nome: impunidade, que deriva dos privilégios e mutretas que os donos do poder arquitetam, inclusive na forma de Leis, para manterem-se no poder e impunes, a começar pelo atual presidenta da República que já escapou de ser investigado pelo STF por duas vezes, mais de uma dezenas de seus ministros e centenas de parlamentares e dirigentes partidários que gozam do foro privilegiado.


Alguma coisa ou muita coisa precisa mudar no Brasil, antes que os milicos tomem o poder, como fizeram no Zimbabwe, há poucos dias, sob aplauso da população decepcionada e enganada por esses criminosos de colarinho branco travestidos de autoridades e representantes do povo, que gostam de estufar o peito e “defenderem”  o “estado democrático de direito”, na verdade uma democracia fragilizada e desacreditada pela corrupção que domina nosso país.


Na verdade, nem o Rio de Janeiro e nem o Brasil são “terra sem lei”, mas sim um país e todos os Estados e municípios, onde a impunidade corre solta, ante o olhar as vezes passivo às vezes indignado do povo brasileiro e a impotência  ou conivência de quem deveria zelar pelo cumprimento das Leis.

 

*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites e blogs, EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..,br Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

 

Quinta, 23 Novembro 2017 09:39

 

 

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JUACY DA SILVA*

Anualmente tanto o mundo quanto o Brasil destacam alguns dias e meses para que sejam enfatizados alguns aspectos relacionados com a saúde, como forma de chamar a atenção da opinião pública quanto aos cuidados com as doenças, principalmente as que mais afligem  a população e as que mais matam as pessoas. A ênfase nesses alertas é quanto a importância dos diagnósticos precoces, a fim de que as doenças sejam identificadas em seus estágios iniciais e, assim, possam ser tratadas e até mesmo curadas. Neste sentido, a prevenção é a medida mais importante, principalmente quando se sabe que muitas doenças são agravadas pelos hábitos alimentares e estilo de vida das pessoas.

Por outro lado, os cuidados com a saúde, na grande maioria dos países, principalmente onde a concentração de renda, riquezas e oportunidades é grande ou com índices absurdos, como no Brasil, a grande maioria da população é constituída por camadas pobres e miseráveis e que não dispõe de renda suficiente sequer para sua subsistência e dependem única e exclusivamente dos serviços de saúde pública para se prevenirem das doenças e se cuidarem corretamente

No Brasil, com o advento da Constituição Federal de 1988 e com a Lei de criação do SUS, a ideia era que a universalização da saúde pública pudesse atender de forma humana, eficiente e eficaz milhões de pessoas que vivem em condições econômicas e sociais precárias. Todavia,  como soe acontecer, em nosso pais tanto as Constituições quanto as Leis são muito mais figuras de retórica do que bases concretas para a ação política, entendida esta como o conjunto das ações do Estado ou dos poderes constituídos. Como se diz: “para inglês ver”, já que a saúde pública no Brasil a cada dia afunda mais no caos, como o noticiário dos meios de comunicação demonstram amplamente todos os dias. A saúde pública no Brasil a cada dia esta se transformando em casos de polícias, tantas são as mazelas que a caracterizam, indo desde a corrupção, passando pela incompetência, gestão fraudulenta, falta de recursos humanos, financeiros, equipamentos e descaso com os usuários.

É  neste contexto que devemos refletir sobre o novembro azul, dedicado à prevenção, cuidados e alerta em relação ao câncer de próstata que, conforme relatório recente da OMS – Organização Mundial de Saúde vem se constituindo em um dos mais sérios problemas de saúde pública no mundo, seja pela complexidade da doença quanto pelos elevados custos de tratamento.

Conforme a OMS no mundo em 2012 foram diagnosticados 1,1 milhões de novos casos de câncer de próstata com 300 mil mortes e as previsões indicam que em 2025 serão mais de 2,0 milhões de novos casos e mais de 600 mil mortes; uma verdadeira catástrofe muito maior do que todas as guerras e conflitos em  curso no mundo atualmente.

No Brasil a situação também é grave, principalmente pela precariedade da saúde pública que impossibilita o acesso de milhões de homens que deveriam realizar exames anualmente e não conseguem ou quando conseguem, após meses ou anos na fila de espera, acabam  sendo diagnosticados tardiamente e morrem sem assistência e tratamento adequado.

Entre 1980 e 2014 no Brasil morreram 251.165 homens devido ao câncer de próstata e nada menos do que 285.165 mulheres com câncer de mama, totalizando 536.535 mil óbitos, boa parte que poderiam, perfeitamente, ser evitadas se fossem diagnosticadas e tratadas a tempo. A maior parcela dessas pessoas, como de resto, milhões de outras, morreram e continuam morrendo, prematuramente, como se fossem condenadas `a morte pela omissão dos poderes públicos e pelo descaso  dos governantes em relação à saúde pública, enfim, a saúde dos pobres, já que as pessoas das classes media, media alta e alta possuem recursos suficientes para terem planos de saúde ou custearem suas próprias despesas com saúde, educação e  segurança, enquanto os pobres são relegados a tratamento praticamente sub humano ante o caos que impera na saúde pública, nos níveis federal, estaduais e municipais, em todos os Estados e regiões.

A chance de morrer por falta de atendimento em saúde é de dezenas de vezes maior entre os pobres do que entre os ricos e dos donos do poder no Brasil. A fila para atendimento na saúde pública no Brasil é pior do que o “corredor da morte” nas penitenciárias de alguns países em que a pena de morte é adotada. Morre muito mais gente por falta de atendimento da saúde pública no Brasil do que pessoas  executadas por pena de morte no mundo todo.

O importante também a  destacar é que as taxas de mortalidade por câncer em geral, quanto de câncer de mama e de próstata vem aumentando ano após ano. Em 1980 a taxa de câncer de mama era de 6 por 100 mil mulheres e a de câncer de próstata era de 4 por 100 mil homens; em 2014 passaram para 14 por cem mil, tanto para o câncer de mama quanto de próstata. Isto corresponde a aproximadamente 28 por 100 mil habitantes.

Em media a cada ano são diagnosticados em torno de 65,2 mil novos casos de câncer de próstata e de 13,1 mil óbitos decorrente desta doença, enquanto  foram diagnosticados 57.960 novos câncer de mama, que também  foi responsável por 14.388 mortes em 2016.

Esses também são aspectos que não podem ser deixados de lado quando falamos em outubro rosa ou novembro azul. É mais do que urgente que nossos governantes deixem a demagogia e as mentiras de lado e destinem recursos suficientes para que a saúde pública não continue mantando dezenas de milhares de pessoas a cada ano, simplesmente porque são pobres e dependem única e exclusivamente da saúde pública que vive um caos permanente há décadas.

*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites e blogs. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blogwww.professorjuacy.blogspot.com

Terça, 21 Novembro 2017 14:59

 

 

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JUACY DA SILVA*

Em edição deste domingo, 12 de novembro de 2017, o Jornal Diário de Cuiabá, no Estado de Mato Grosso, estampou a notícia de que após mais de dez anos, finalmente, por decisão da Juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal da Capital do Estado, condenou  o ex-deputado estadual e, posteriormente, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, afastado há alguns anos e aposentado, a 18 anos e 4 meses de prisão, em  regime fechado, mas que o mesmo poderá recorrer da sentença em liberdade.

Este é apenas um de inúmeros casos que demonstram que a morosidade do Sistema judiciário contribui de forma clara para a impunidade, principalmente quando se trata de crimes de colarinho branco ou outros tipos de crime cometidos por pessoas que tem cursos superiores ou pertencem às classes alta ou media alta, diferente de quem pertence à classe trabalhadora ou baixa.

A morosidade e os eternos recursos de nosso sistema judiciário representam uma vergonha e estão na contramão das expectativas da população e da cidadania. Para ser condenado em primeira instância o processo demorou mais de dez anos.

Imagine quantas décadas mais vai demorar para ser julgado nas demais instâncias do poder judiciário, que são: Tribunal de Justiça de MT, depois o STJ Superior Tribunal de Justiça e, finalmente, o STF Supremo Tribunal Federal. Por baixo, o chamado "transitado em julgado", quando não resta nenhum recurso mais, com certeza vai demorar mais uns 50 anos.

Esta realidade de nosso  Sistema judiciário é que acaba ajudando a impunidade, principalmente quando se trata de crimes de colarinho branco, cometidos por gente importante que, em algum momento de suas carreiras criminosas, tem também o manto protetor do famigerado FORO PRIVILEGIADO ou por "prerrogativa de função".

Veja o caso do ex-governador, ex-prefeito e atualmente deputado federal Paulo Maluf, para crimes de colarinho branco cometidos há mais de trinta anos, até hoje ainda não foi pra cadeia, da qual tem se livrado graças a todos esses "expedientes" do Sistema judiciário, UMA VERGONHA.

Conforme relatório recente sobre Sistema penitenciário brasileiro, onde estão trancafiados mais de 650 mil presos, dos quais 40,1% são presos provisórios, ou seja, não foram sequer condenados em primeira instância, os dados indicam que  61,6% desses presos são negros ou pardos, 75% mal chegaram ao nível do ensino fundamental, mais de 50% são analfabetos ou semialfabetizados, e mais de 90% são de origem pobre ou miserável.

Ao longo de anos, um medico Famoso que trabalhava com reprodução humana em SP, foi condenado a quase duzentos anos por ter cometido quase 40 estupros  contra suas pacientes. Depois de condenado, acabou conseguindo um habeas corpus junto ao STF e,  em Liberdade, acabou fugindo para o Paraguai. Posteriormente foi novamente preso.

Por várias decisões judiciais tem alternado tempos na cadeia e tempos em prisão domiciliar, enquanto as vítimas continuam penalizadas física e psicologicamente pelos estupros sofridos, enquanto o criminoso, continua livre  da cadeia.

Resumo da opera, cadeia no Brasil é lugar para onde são enviados apenas pobres, analfabetos, negros e pardos; políticos, governantes, gestores públicos de alto "gabarito", criminosos de colarinho branco,  empresários, enfim, corruptos, quando muito são afastados de suas funções, mas continuam recebendo seus polpudos salários ou recebem, como “ castigo”, aposentadorias de marajás ou prisões  domiciliares em mansões de luxo.

Além disso, cabe destacar que mais de 500 políticos, gestores públicos de alto escalão, incluindo ministros de Estado ou autoridades assemelhadas, estão sendo processados pelo STF  ou STJ, mas tais processos andam a passos de tartaruga e, nesta toada, tudo leva a crer que jamais serão condenados e presos, principalmente enquanto continuarem sendo eleitos, reeleitos ou nomeados para  cargos que gozam de FORO PRIVILEGIADO, na verdade o direito à impunidade.

Será que uma situação e realidade como o que presenciamos  no Brasil é compatível com o tão decantado e endeusado "estado democrático de direito"? Será que é justo e democrático condenar miseráveis  e premiar bandidos de colarinho branco? Será que é verdadeiro o ditame constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”?

Tudo isso merece uma profunda reflexão se desejamos construir  um pais justo e desenvolvido, do qual a população possa, realmente, se orgulhar!

*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado, UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blogwww.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

 
 
 
Segunda, 13 Novembro 2017 08:24
 
 
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JUACY DA SILVA*

O Brasil passa por uma grave crise política, social, econômica, institucional e moral, muito maior do que aconteceu no início dos anos trinta do século passado e também do que ocorreu na última crise global que afetou profundamente as duas grandes matrizes capitalistas , EUA e Europa e seus satélites ao redor do mundo, inclusive nosso país.

A recuperação econômica tanto na Europa quanto nos EUA tem sido muito tênue e vagarosa, com índices modestos do crescimento do PIB, enorme concentração de renda, riqueza e ainda sujeita a muitas tempestades em termos de relações internacionais.

O Brasil continua extremamente  dependente do mercado externo para vender seus produtos agropecuários e extrativos, com baixo valor agregado  e em troca importando bens acabados, de alto valor agregado e de alta tecnologia. Praticamente continuamos com o mesmo modelo que “desenvolvemos”  desde os tempos coloniais, passando pelo império, as diversas fases da vida republicana até chegar aos dias atuais. Nossa indústria esta perdendo o bonde da história, diferente do que aconteceu e continua acontecendo na Coréia do Sul, em Taiwan, na Índia, na China e nos tigres asiáticos, somos apenas um grande Mercado consumidor de tecnologia e nosso desenvolvimento científico e tecnológico continua na rabeira do que acontece no resto do mundo desenvolvido.

Temer e seu partido, o PMDB foram os grandes aliados do projeto de poder do PT, que teve em Lula e sua herdeira, Dilma, seus expoentes máximos, não conseguiram “desenhar”  ou modelar, como podemos dizer, um projeto arrojado de desenvolvimento, com sustentabilidade e justiça social, com visão estratégica de longo prazo e que possibilitasse inserir o Brasil como um motor mais dinâmico no cenário internacional. Somos e continuaremos por muitas décadas sendo um país periférico, sem grande poder de decisão no cenário internacional. Apenas estamos trocando  de  “senhores”, durante décadas e séculos até a segunda Guerra mundial o Brasil orbitou a Europa, após o término da Guerra trocamos a matriz europeia pela dependência dos EUA e agora, tanto o governo quanto alguns de seus arautos, estão maravilhados com o modelo chinês e estamos passando a dependentes do que Pequim e o PCC, os novos imperialistas do século 21,recomendam e decidem.

O Governo Temer, mesmo com a rejeição de mais de 90% da opinião pública e sob fogo intenso por suas vinculações com a corrupção, com o fisiologismo, o compadresco e a incompetência, secundado por uma base parlamentar também corrupta e extremamente fisiológica, tenta passar para a população a imagem de um governo austero, competente e que pode dar um novo rumo ao caos em que se encontra o país, esquecendo-se de que só escapou de ser investigado por duas vezes pelo STF, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro , organização criminosa e obstrução de justiça por que usou de todos os poderes e meios para montar um grande balcão de negócios  com o objetivo de conseguir o apoio necessário para escapar de tais investigações. Em decorrência a cada dia esta mais fraco e prisioneiro de apetites nada republicanos e muito menos éticos.

Neste clima de fim de festa, pois estamos a menos de um ano para as eleições gerais, quando o povo deverá eleger um novo presidente da República, dois terços do senado  e renovar a Câmara de Deputados, além de também escolher governadores e deputados estaduais, ou seja, renovar toda a cúpula política e governamental dos Estados e da União: poderes executivo e legislativo. Portanto, tanto os parlamentares federais: senadores e deputados federais cujos mandatos estão se encerrando não tem moral e muito menos legitimidade para tentarem mudar a Constituição e realizarem reformas que deveriam ser legitimamente debatidas com a população, no bojo das eleições, dando aos novos governantes a legitimidade e representatividade necessárias  para a  realização dessas reformas, no bojo de um projeto nacional, de longo prazo, com dimensão estratégica. Um Governo com mais de dez ministros investigados por corrupção, não tem moral e nem legitimidade para tentar “salvar a pátria”, como pretendem os áulicos do poder em Brasília.

Existem 16 aspectos que devem ser considerados seriamente quanto se trata de propor um projeto estratégico de desenvolvimento nacional. Esses aspectos, que discutirei oportunamente, são os grandes desafios nacionais que o povo quer e tem o  direito de discutir, quer debater, afinal, em  uma democracia quem decide deve ser o povo e não seus “representantes”, muitos dos quais já perderam a legitimidade há muito tempo, se é que a tiveram em algum momento, pois bem sabemos que muitos mandatos e cargos foram conquistados graças a influência, dinheiro da corrupção e Caixa dois que irrigaram  as últimas campanhas eleitorais e sacramentaram acordos imorais e criminosos.

Muitas desses políticos que, atualmente, estão se arvorando em representantes do povo e defensores de um governo fraco, combalido e corrupto, com certeza vão receber cartão vermelho em outubro de 2018, perderão o manto protetor do foro privilegiado e irão se encontrar com os Juízes Sérgio Moro, Bretas ou outros juízes e juízas, procuradores e procuradoras, promotores e promotoras, após serem  investigados pela Polícia Federal e outros organismos de repressão aos crimes de colarinho branco, que não titubearão em coloca-los na cadeia, como já aconteceu com vários políticos, ex-ministros  e empresários que se locupletaram durante a era Lula, Dilma e Temer.

Este assunto continua nos próximos artigos.

*JUACY DA SILVA,  professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Twitter@profjuacy Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com

Sexta, 03 Novembro 2017 08:48
 
 
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JUACY DA SILVA*

 

O Brasil está diante de duas narrativas quando se trata de entender, interpretar e explicar a realidade que nos cerca. De um lado, o discurso das autoridades, as meias verdades ou mentiras dissimuladas, as explicações  esfarrapadas que ficam muito distantes do que o povo sente na pele, sofre nas ruas ou dentro de suas casas, pouco importa se mansões, apartamentos de luxo ou casebres, barracos e habitações sub-humanas. De outro lado o que todo mundo vê, sente e fala.

Há vários anos convivemos com uma grave crise econômica, onde o desemprego, o subemprego, as altíssimas taxas de juros, a inadimplência, o endividamento público que já representa mais de 73% do PIB, os constantes déficits públicos bilionários, a baixa produtividade da economia, a queda do salário real, tudo isto repercutindo na dimensão social, com o ressurgimento da pobreza, da miséria, da fome, da queda do nível de vida e da falta de esperança quanto ao futuro.

Os níveis de Investimentos públicos e privados estão muito abaixo do que são necessários para o bom funcionamento da infra estrutura nacional, para evitar a degradação ambiental, o caos na saúde, uma educação que não prepara a mão de obra necessária para o pleno desenvolvimento nacional. Convivemos com um apagão de mão de obra qualificada, o país sofre com um déficit de profissionais em diversas áreas, com destaque para a engenharia, professores nos diversos níveis de Ensino, as escolas e universidades públicas totalmente sucateadas, cuja qualidade de Ensino envergonha o Brasil quando se trata de comparações internacionais, onde sempre ocupamos as últimas posições. 

Parece que os lugares de destaque que nosso país ocupada no cenário internacional estão relacionados com os elevadíssimos índices de corrupção no setor publico e privado, onde o crime organizado já está mais do que enraizado nas altas cúpulas governamentais e empresariais, chegando aos palácios  e em todos os poderes e setores. Também ocupamos posição de destaque quando se trata da incompetência quando se trata de definir e implementar políticas públicas, com destaque para as áreas da segurança pública, da saúde, do meio ambiente, da educação, dos transportes coletivos e várias outras que o povo percebe e sente, enquanto as autoridades fingem que tudo “está sob controle”.

A cada momento os meios de comunicação “pautam” um assunto ou questão de relevância nacional. Mas o noticiário, nos últimos anos tem girado em torno de um tema e dois sub temas: criminalidade, insegurança e falta de planejamento e de ações articuladas entre os três poderes da república e os três níveis de governo (união, estados e municípios), enfim, convivemos com a falência total da segurança pública. Neste particular convivem duas “pautas”, a insegurança generalizada que amedronta, mata, sequestra, estupra e aterroriza a população, representada pela ação aberta, escancarada do crime organizado  e de outro o “combate” , ainda muito lento, ao crime organizado de colarinho branco, porquanto a cúpula deste tipo de criminalidade continua a salvo graças ao manto da impunidade mantida pela excrecência jurídica do foro por prerrogativa de função ou o que é popularmente conhecido como foro privilegiado, que coloca a salvo  parlamentares, ministros, governantes, gestores públicos e mais de 20 mil autoridades que gozam deste privilégio e ficam `a margem da Lei.

Os constantes relatórios  como o Mapa da violência, o Anuário da segurança pública, estudos de organismos como o IPEA, institutos de pesquisas, universidades, relatórios de organismos internacionais como UNICEF, ONU, OEA , Banco Mundial vem apontando a gravidade da questão da segurança pública em nosso país. São números alarmantes e que afetam não apenas a imagem do país perante o resto do mundo, nos colocando ao lado de países de menor expressão geopolítica no cenário mundial, mas também afetam diretamente nosso desenvolvimento.

Entre os anos de 1980 e 2010 foram assassinadas 1,09 milhões de pessoas no Brasil e entre 1980 e o final deste ano de 2017, esta estatística macabra deve ultrapassar 1,5 milhões de homicídios. Em 2016 foram 61.619 homicídios e em 2017 as estimativas indicam que  no Brasil deverão ser assassinadas mais de 63.500 pessoas, além de quase 50 mil estupros, mais de um milhão  de roubos e furtos.

No Brasil o povo vive e convive com uma das mais altas taxas de violência do mundo, em alguns estados essas taxas e índices são superiores do que a situação em países que convivem em meio a guerras, conflitos internos armados e a atuação de grupos terroristas.

Os meios de comunicação dão um enorme destaque para a queda de um avião ou de um atentado terrorista  em que raramente morrem mais do que uma centena de vítimas. Enquanto isso, no Brasil por dia 170 pessoas são assassinadas, outras 137 são estupradas,  145 morrem vítimas do trânsito e nada menos do que 1.450 pessoas são vítimas de roubos e furtos.

Enquanto  a criminalidade avança impiedosamente, o governo federal vem reduzindo os recursos para a segurança pública em pelo menos 10% a cada ano, o mesmo vem acontecendo com os governos estaduais. As polícias civis, militares, federal, rodoviária federal não dispõe de recursos para se reequiparem e estarem em condições de ações mais efetivos nesta Guerra contra a bandidagem que vem vencendo todas as batalhas.

*JUACY  DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs

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Sexta, 27 Outubro 2017 08:45

 

 

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JUACY DA SILVA*
 

A Câmara Federal, em uma longa sessão, nesta última terça feira, 25 de Outubro de 2017, acabou livrando Temer de ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal, alongando, de forma desnecessária  um governo impopular e fragilizado politicamente.

Nunca, na recente história política e institucional brasileira, um presidente da República esteve tão desgastado, fragilizado e acuado pelo fisiologismo, pelas acusações de corrupção, contra si próprio, contra seus ministros e contra deputados federais e senadores que o apoiam no Congresso Nacional, quanto Temer.

Eleito e reeleito como vice presidente da República em uma chapa que tinha Dilma, o PT e o ex-presidente Lula,  este ultimo, figura central dos dois maiores escândalos de corrupção do Brasil, o mensalão e a LAVA JATO, Temer  e seu partido o PMDB  foram sócios majoritários de um governo traído e apeado do poder. Todo mundo sabe perfeitamente que Temer e seu partido e outros que também apoiavam Dilma conspiraram para a derrubada da mesma. Há quem diga que a diferença entre Dilma e Collor de Mello, que foram cassados de seus mandatos é a questão do apoio fisiológico na Câmara e no Senado. Enquanto Collor e Dilma não  conseguiram este apoio e acabaram apeados do poder, Temer, exímio politico na arte da dissimulação  e nos acertos de bastidores, profundo conhecedor dos meandros de um parlamento dominado pelo fisiologismo, tem conseguido uma maioria parlamentar para salvar a sua própria pele.

Assistindo ao vivo à votação das duas denúncias contra temer, a primeira por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e  segunda  por obstrução de justiça e chefiar organização criminosa, tendo seus dois principais ministros, nesta segunda denúncia como integrantes desta organização criminosa, denúncia feita pelo então  procurador geral da República, Rodrigo Janot, baseado em gravações feitas pelo mega empresário, atualmente preso por corrupção  e outros crimes de colarinho branco, Temer vai ficar aguardando o término de seu mandato espúrio, para acertar  as contas com a justiça, pelos crimes cometidos durante seu mandato.

Com certeza, ao ouvir diversas justificativas apresentadas pelos deputados que votaram pelo arquivamento da denúncia contra Temer, parecia que estávamos vendo uma comédia, uma  peça de teatro, uma encenação ou uma tragicomédia. Alguns parlamentares diziam que iriam votar a favor de Temer pelo bem do Brasil, pela volta do crescimento econômico, pelo bem geral  do povo brasileiro, pelo amor que tem pela pátria amada, mesmo traída e vilipendiada. Enfim, eram frases de efeito para tentar enganar a população sofrida deste país.

Nunca tais deputados falaram sobre as liberações de suas  emendas para alavancar seus currais eleitorais, a portaria do trabalho escravo que foi condenada no Brasil e no resto do mundo, feita a mando de Temer, em sua barganha com a bancada ruralista, como bem afirmou o ex-governador de MT, senador licenciado e atual Ministro da Agricultura; ou o decreto que concede perdão  para as dívidas com a previdência rural por parte dos grandes latifundiários e barões do agronegócio, ou do decreto que livra criminosos ambientais das multas bilionárias do IBAMA  por destruição ambiental. De forma semelhante  esses deputados não  falaram  que estavam votando a favor de Temer pelos cargos que receberam no Balcão  de negócios em que se transformaram os  palácios do Jaburu, onde  o Presidente recebeu o dono da JBS e foi gravado nas caladas da noite,  do planalto  onde deputados fisiológicos fizeram verdadeiras romarias na busca de favores políticos; da Alvorada onde  grandes jantares, as custas do dinheiro público, foram oferecidos pelo presidente , tendo como sobremesa mais favores nada republicanos e muito menos éticos.

Enfim, quando o país continua acuado pela violência, mais de 13 milhões de pessoas continuam desempregadas  e mais de 15 milhões subempregadas, morrendo à mingua pela falta de atendimento de uma saúde pública sucateada, um país cujos índices educacionais fazem vergonha perante o mundo, um país vivendo em meio a degradação ambiental, enfim, um país sem rumo e sem futuro, nossos deputados continuam fazendo de conta que nada disso é importante e continuam enganando o povo, mantendo no poder e apoiando um governo marcado pela corrupção, pelo fisiologismo e pelo cinismo institucional. O Brasil não merece continuar neste clima de deterioração política e institucional.

O governo Temer está paralisado, continua refém de uma base parlamentar ávida de fisiologismo e acuado pela opinião pública que rejeita abertamente sua forma de governar. Estamos praticamente no fundo do poço em termos éticos e de gestão pública. Tal situação não se coaduna com democracia e muito menos com os princípios republicanos!

*JUACY DA SILVA,  professor  universitário, titular e aposentado UFMT,  mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos  de comunicação. Twitter@profjuacy  E-mail  O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.  Blog www.professorjuacy.blogspot.com

 

Sexta, 20 Outubro 2017 17:22
 
 
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para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

Estamos quase terminando outubro, mês dedicado mundialmente à prevenção de CÂNCER DE MAMA.  Milhares de mulheres morrem a cada ano no Brasil e centenas de milhares no mundo, simplesmente porque jamais fizeram  uma mamografia ou quando fizeram  ou fazem, já  é tarde demais, a doença já  esta instalada e em estágio avançado.

Por isso é importante , fundamental ou mesmo imperioso realizar  exames preventivos, incluindo a mamografia, principalmente na faixa  etária entre 40 e 59 anos de idade. Todavia, se você, mulher, tem menos de 40 anos  e tem histórico de câncer na  família, por exemplo sua mãe,  irmãs, tias, etc. já tiveram câncer, não deixe de fazer sua mamografia; procure  um médico ou unidade de saúde ou seu plano de saúde ou seu ginecologista para receber as orientações corretas e adequadas, não deixe o tempo passar e ficar protelando, isto pode lhe causar muitos transtornos, sofrimento ou até mesmo uma morte prematura.

Sabemos da precariedade e do caos que tomou conta da saúde pública no Brasil.  Milhares de municípios não dispõe sequer de um mamógrafo ou muitas vezes, com muita frequência esses aparelhos estão  estragados ou também nem sempre existem profissionais, médicos e técnicos para procederem  os exames preventivos.

Diante disso, principalmente para mulheres pobres, que moram nas periferias urbanas, zona  rural ou em municípios pequenos estão excluídas de cuidados básicos  de saúde, incluindo exames preventivos necessários para identificar precocemente  qualquer tipo de câncer, inclusive CÂNCER DE MAMA.

Precisamos lutar para que o DIREITO `A SAÚDE  seja um fato concreto e não apenas letra morta ou um artigo de nossa Constituição Federal e da Legislação vigente para “inglês ver”. Precisamos combater a corrupção  e a incompetência de nossos governantes e gestores públicos que roubam preciosos recursos tão  necessários para que  todas as pessoas, de todas as idades, principalmente as mulheres que são vítimas desta violência que é o CÂNCER DE MAMA.

Não podemos  aceitar que, em nome do equilíbrio das contas públicas, os recursos orçamentários e financeiros sejam “cortados” justamente na área  da saúde,  deixando milhões  de pessoas que dependem única  e exclusivamente do SUS `a míngua. Enquanto nossos governantes  cortam ou reduzem os recursos para a saúde, a educação,  a segurança  e tantas outras áreas importantes e estratégicas para o país, o Governo Temer e sua bancada de apoio no Congresso continuam realizando barganhas escandalosas e vergonhosas, incluindo o perdão de dívida de grandes sonegadores, concedendo bilhões de financiamentos/crédito subsidiados para os barões da economia, principalmente para os barões do agronegócio e latifundiários e diversos outros favores seus apoiadores, dilapidando exatamente o orçamento em bilhões de reais  que fazem falta para a saúde.

Cada morte  que ocorre em nosso país pela falta  de atendimento decorrente do caos na saúde pública deveria ser debitada à conta de governantes insensíveis e corruptos que teimam apenas em lutar para conquistar e permanecer no poder e nessas posições continuarem assaltando os cofres públicas,  como a OPERAÇÃO  LAVA JATO  e outras investigações  vem demonstrando sobejamente.

Depois de ler esta reflexão, pare, pense  e compartilhe com outras pessoas. Este é mais um OUTUBRO ROSA,  mês dedicado a lutar pela vida,  contra o CÂNCER  DE MAMA, contra a CORRUPÇÃO  e contra o CAOS NA SAÚDE PÚBLICA em nosso pais. Participe desta luta, NÃO SE OMITA!

*JUACY DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT,  mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Twitter@profjucy E-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo." target="_blank">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com

 

Quarta, 18 Outubro 2017 09:26
 
 
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JUACY DA SILVA*

Há poucos dias li um artigo em que o autor tecia elogios  rasgados `a democracia brasileira e ao mesmo tempo condenava de forma clara a ditadura,  representada pelos governos militares que, durante duas décadas esteveram presente em nosso país.

Em um outro artigo, um outro autor falava da falta de planejamento tanto a nível nacional quanto em Mato Grosso e mencionava o impacto positivo que o programa POLOCENTRO, implementado durante os governos militares havia mudado os rumos do desenvolvimento de nosso Estado, da mesma forma que o Estado de Rondônia.

Ambos os autores sempre que podem não  se cansam de destacar os aspectos repressivos dos governos militares, pouco dizendo sobre os avanços em termos de desenvolvimento que ocorreram durante aquelas duas décadas, cujos impactos possibilitaram ao Brasil dar alguns saltos qualitativos em  termos de crescimento do PIB  e modernização da infraestrutura e outros setores, inclusive os avanços em direção ao Centro-Oeste e Amazônia.

Com  certeza, em sã consciência ninguém pode  deixar de destacar a importância da democracia para a vida de um país e de um povo. Todavia, também  em sã  consciência não podemos deixar de registrar que vivemos em uma democracia de fachada, uma democracia marcada pela demagogia de uma classe política corrupta e ávida por favores que emanam do poder e suas entranhas, uma democracia do compadresco, do fisiologismo, do oportunismo, dos privilégios para uma minoria em detrimento da imensa maioria do povo brasileiro que continua sendo espoliado, enganado e manipulado pelos donos do poder, incluindo os  grandes grupos empresariais,  no meio dos quais vicejam a corrupção e as negociatas  quando se trata das relações público x privado.

Por  esta razão ainda vemos inúmeros políticos e empresários  que outrora  se beneficiaram e apoiaram os governos militares, cujo símbolo maior são o ex-presidente Sarney  que foi por muitos anos o presidente do PDS, partido  que apoiava  e dizia  amém para tudo o  que os militares faziam ou deixavam de fazer.  Outro politico também símbolo daquela época é o ex-governador de SP, Paulo Maluf, que por pouco não chegou a presidência da República. Um terceiro que também  merece referência é Delfim Neto, ministro por duas vezes dos governos militares e responsável pela política econômica e também dos arrochos na classe trabalhadora.

Esses políticos e outros mais espalhados por diversos estados, inclusive MT, cujas histórias e estórias todos bem conhecem, passaram  de apoiadores da ditadura ou dos governos militares para democratas de carteirinha e apoiaram  os governos Lula, Dilma e atualmente o governo Temer e são ou foram expoentes da vida política nacional e caciques de vários partidos que atualmente tem dezenas de dirigentes  investigados, condenados ou presos por corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros crimes de colarinho branco.

A corrupção e a impunidade estão  vencendo a ética,  o respeito pelos direitos do povo, a transparência e a eficiência institucional. Prova  disso tem sido as prisões de vários  ex-governadores, exemplo de MT  e Rio de Janeiro, diversos secretários  e ex-secretários de estados, ex-parlamentares estaduais e federais, afastamento de quase todos os integrantes dos Tribunais de Contas do Rio de Janeiro e de MT, diversos grandes empresários, inúmeros gestores públicos, prefeitos.  De forma semelhante causa espanto quando parlamentares, govenadores são filmados recebendo dinheiro vivo  na forma de propina, outros escondendo fortunas em barras de ouro, em malas e caixas, como aconteceu recentemente com Gedel, ex-ministrro e amigo do peito de Temer e cacique do PMDB.

Para rematar, como podemos defender  uma democracia em que ex-presidentes ainda hoje são investigados por corrupção e o atual, juntamente com diversos de seus ministros são alvos de investigação e só não são presos porque se escondem sob   o manto do famigerado instituto do foro privilegiado, uma verdadeira excrecência jurídica que ajuda a proteger autoridades corruptas ou pelo espírito de corpo e muitos favores de parlamentares  federais, que deverão impedir que a Justiça  investigue o presidente pela segunda vez, por organização criminosa e obstrução da justiça?

Para muitos os parlamentos representam um grande bastião e  símbolo da democracia. Será que o Congresso Nacional, onde estão presentes tantos senadores e deputados federais que são investigados ou suspeitos de corrupção, representa a verdadeira democracia no Brasil?

Será  que esta é a democracia com a qual sonha  o povo brasileiro? Com  certeza não. Todavia,  como são os donos do poder, principalmente o Congresso Nacional que fazem as Leis, a impunidade e a corrupção estão ganhando esta batalha pela ética na política e na gestão pública brasileira.

Precisamos combater de forma mais efetiva e direta a corrupção, a impunidade e os privilégios e mutretas dos donos do poder, para que a democracia seja algo defensável perante os olhos do povo, caso contrário as vozes que defendem uma intervenção militar irão crescer muito em um futuro próximo.

*JUACY DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Twitter@profjuacy EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo." target="_blank">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com
 

Sexta, 06 Outubro 2017 15:42
 
 
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JUACY DA SILVA*
 

Costuma-se dizer que o Brasil possui várias características. Alguns dos estudiosos de nosso país, como Jacques Lambert que escreveu o memorável livro “ Os dois brasis”, um pobre  e outro rico; um que se apropria das riquezas nacionais e outro que é excluído, outros economistas como Celso Furtado que enfatizou a questão  das desigualdades regionais, outros enfatizaram as relações centro periferia, tomando como contexto as relações internacionais e o espaço ocupado por nosso país no concerto das diversas nações. Para  diversos  pesquisadores mais contemporâneos  o importante é destacar as questões de gênero, de raça e etnia e voltar a reforçar a dicotomia de classes como referências fundamentais para entender  nossa realidade e, a partir deste contexto poder ser elaborado  um projeto de nação ou projeto ncional de desenvolvimento, que não seja excludente para a maioria do povo brasileiro, como acontece na atualidade.

A ausência de um projeto nacional de desenvolvimento que alcance  ou abranja as diversas esferas ou expressões do poder  nacional tem sido substituído por improvisações, pela descontinuidade das ações públicas como balizadoras de um planejamento estratégico ou o que é denominado de planejamento de longo prazo,  planejamento este que deve ser de estado ,onde o planejamento de sucessivos governos sejam  etapas de uma caminhada mais longa, duas ou três décadas no mínimo.

Para que seja elaborado um projeto nacional de longo prazo, precisamos enfatizar muito mais as políticas  e estratégias nacionais, onde as ações  dos governos federal, estaduais e municipais sejam articuladas, integradas e compatibilizadas em termos de diagnósticos, recursos financeiros, orçamentários, humanos e tecnológicos, os correspondentes planos, programas, com objetivos, metas e indicadores para que possam ser avaliados e corrigidos os rumos  a tempo.

O que vemos nas últimas três décadas, que podemos tomar como pontos  de referência a promulgação da atual constituição federal  em 1988, a “redemocratizaçao” e o tão sonhado estado democrático de direito e o ano atual, ou mesmo o próximo ano de 2018, quando termina mais um período governamental nas esferas federal e estaduais, já que continuamos  com esta aberração política de eleições municipais na metade dos mandatos dos governos estaduais e muitos outras  aberrações políticas como a corrupção endêmica e epidêmica que assola o Brasil, de norte a sul, de leste a oeste, em todos os estados, municípios e nos diversos poderes do Estado, é um estado paquiderme, moroso, ineficiente, perdulário, opaco , cujas entranhas  ou estruturas foram  capturados por uma “classe política” corrupta, integrada por  agente, incluindo gestores e quadros partidários vorazes para assaltar os cofres públicos. São 3 décadas, trinta anos de  domínio da  corrupção e do crime organizado de colarinho branco dirigindo os destinos nacionais.

Nossos governantes  e gestores, principalmente  seus asseclas, tomaram de assalto o país e transformaram o estado, as instituições  e a população como reféns, da mesma forma  que a bandidagem  do crime organizado faz de refém populações inteiras  em favelas, hodiernamente e eufemisticamente denominadas de “comunidades”.  Existe  uma grande semelhança no que acontece na Rocinha, no Rio de Janeiro e em Brasília e nas capitais dos Estados, uma verdadeira Guerra de quadrilhas.

O tempo que deveria ser utilizado pelos governantes e gestores para bem gerir e implementar políticas públicas , suas correspondentes estratégias e as ações decorrentes, geralmente é utilizado para montar esquemas  fraudulentos e corruptos de como tirar proveito de  seus cargos e posições, loteando a administração pública, assaltando os cofres públicos, extorquindo  empresários ou quem necessita realizar atividades econômicas ou sociais  com os  poderes públicos.

Exemplos como dos estados do Rio de Janeiro, de Mato Grosso e de vários outros estados e também o que acontece no Congresso Nacional, tanto na Câmara Federal  quanto no Senado, onde os governos ou seja, o poder é utilizado para enriquecimento pessoal, de famílias  ou grupos ideológicos, partidários. Os exemplos  mais típicos são as quadrilhas comandadas de dentro dos palácios, onde as políticas públicas, as licitações são geridas `a base da propina e das negociatas, muito longe do espírito democrático e republicano.

O balcão de negócios que tomou conta dos  palácios do Jaburu, onde um mega empresário corrupto chegou a gravar  o Presidente da República, do Planalto, onde a agenda do Presidente é recheada de reuniões com parlamentares que trocam o apoio politico e parlamentar, para salvar o mandato espúrio do atual mandatário, por cargos para seus apaniguados e liberação de emendas; a forma criminosa como nos governos Lula, Dilma  e Temer preencheram cargos importantes nas estatais, bancos oficiais, ministérios,  as   denúncias, investigações, condenações e prisões de ex-ministros, ex-parlamentares, ex-governadores, ex-secretários, ex-gestores e empresários que faziam e fazem parte de quadrilhas de colarinho branco são  as provas de que estamos sendo governados não por estadistas  mas por criminosos que estão levando  o país, os estados e municípios ao fundo do poço, um verdadeiro mar de lama.

Diante de um quadro desses pouca esperança resta ao país e ao povo de que uma mudança significativa de rumo possa ocorrer em futuro próximo. Muita  gente nutre a esperança de que este nó possa ser desatado  com as eleições de 2018. Todavia, os atores e candidatos serão os mesmos que estão ai, mandando, desmandando e manipulando o cenário politico nacional.

Alguém  acredita que é possível que a raposa possa bem cuidar do galinheiro e das galinhas?  Ou  que o vampiro seja um bom gestor do banco de sangue? Com a palavra os leitores, eleitores e contribuintes.

*JUACY DA SILVA,  professor  universitário, titular e aposentado UFMT,  mestre  em sociologia, articulista  e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Twitter@profjuacy E-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo." target="_blank">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com

 

Segunda, 02 Outubro 2017 09:01
 
 
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JUACY DA SILVA*

Estamos iniciando mais um OUTUBRO ROSA para relembrar a todas as mulheres e todos os homens que este mês é dedicado à PREVENÇÃO DO CÂNCER  DE MAMA, que anualmente, por falta de informações,  pelo sucateamento da saúde pública e pela falta de médico, outros profissionais de saúde e mamógrafos, em um país dominado pela corrupção  que destrói não apenas a saúde pública,  todas as instituições  e níveis de poder mas também as  esperanças do povo, acabam  ceifando dezenas de milhares de vidas preciosas, ainda jovens a cada ano.

De acordo com dados e alertas da Organização Mundial da Saúde, a OMS, no Brasil, entre  os anos de 2000  e 2015, houve  um aumento de 31% do número de mortes  por câncer, que já é a segunda causa de morte em nosso país, atrás apenas das mortes por doenças cardiovasculares.

Por não disporem de recursos  financeiros e nem planos privados de saúde, a imensa maioria dessas vítimas  são mulheres pobres, das periferias urbanas e da zona rural que contam apenas com o SUS  e alguns hospitais filantrópicos para serem  atendidas. Na grande maioria dos municípios brasileiros a rede de saúde pública não conta sequer com um mamógrafo e em muitas unidades de saúde pública, quando existem mamógrafos os mesmos estão  estragados  e de nada servem quando se trata de diagnosticar o câncer. As  filas são enormes e muitas mulheres depois de viajarem centenas de km  não  são atendidas. Isto significa na prática uma pena capital, ou seja, milhares de mulheres  são condenadas a morte pelo descaso de  uma saúde pública que não funciona. Enquanto isso gestores e políticos corruptos continuam roubando os cofres públicos e enganando o povo, contribuindo de forma direta para o caos em que vive o SUS no Brasil.

Em 2000 morreram 152 mil pessoas  com câncer no Brasil e em 2015  foram 223,4 mil mortes por câncer; com destaque para Câncer do pulmão e do aparelho respiratório com 28,4 mil mortes, seguindo-se câncer colo/retal  com 19,0 mil  e em terceiro lugar  CÂNCER DE MAMA com 18,0 mil mortes. Entre o ano de 2000 e o final deste ano de 2017 as estimativas indicam que as mortes por câncer  de mama no Brasil deverão ser um pouco mais de 300 mil, cujas vítimas  em sua imensa maioria tem menos de 65  anos de idade, mortes consideradas prematuras e passíveis de ser evitadas.

No caso das mortes  de mulheres por todos os tipos de câncer a cada ano é dezenas de vezes o número de mulheres assassinadas, isto significa que esta é uma das  ou talvez a maior violência contra as mulheres. 

Considerando que do total de mortes por câncer no Brasil as mulheres representam 53%, em 2015 os vários tipos de câncer  vitimaram nada menos do que 118,4 mil mulheres, para 2016 este número passa para pouco mais de 120 mil e para o corrente ano deverá ultrapassar  a mais de 123,5 mil mulheres mortas vítima de câncer, praticamente o triplo de todos os assassinatos no Brasil.

No entanto, como é uma violência difusa, pouca atenção e indignação  tem sido demonstradas neste aspecto, tanto por parte da mídia quanto dos movimentos que tem na defesa das  mulheres  e da cidadania seu foco de ação e atenção. Algo precisa mudar neste aspecto, não podemos nos calar ante tamanha violência.

No mundo morreram em 2015 nada menos do que  8,8 milhões  de pessoas com câncer, um aumento de 27,5 em relação ao ano 2000 quando as mortes por câncer atingiram 6, 9 milhões  de pessoas. O custo com o diagnóstico e tratamento de câncer é estimado em R$363,6  mil  reais , totalizando em torno de US$1,1 trilhões  de dólares, o que significa um grande  impacto nos recursos públicos destinados `a saúde, bem como sobre planos e seguros de saúde e as finanças pessoais ou familiares cujos membros venham a se defrontar  com esta terrível doença.

Isto demonstra a importância das medidas preventivas, os diagnósticos precoces e as mudanças de hábitos e estilo de vida, reduzindo a incidência da doença ou identificando-a  precocemente, quando  o tratamento é menos oneroso e a cura muito maior.

Mas para que isto aconteça cada país precisa ter uma política de  saúde pública bem elaborada  e serviços públicos de saúde de qualidade, com profissionais nesta área, como nas demais, bem como equipamentos e outros recursos fundamentais para que a saúde da população seja realmente um direito universal e não arremedos de saúde pública, como acontece  no Brasil, onde o SUS  está a cada dia e cada ano totalmente estrangulado , enfim, um caos.

Diante, desta realidade, é fundamental que a população tenha consciência e seja despertada para a gravidade do câncer em geral e do câncer de mama em particular. Vamos lutar  para que todas as mulheres entre 40 e 65  anos possam  realizar anualmente suas mamografias e  também para que as mulheres que já tenham sido ou venham a ser diagnosticadas com CÂNCER  DE MAMA  ou outro tipo de câncer, tenham o direito de se prevenirem e, também, serem submetidas ao tratamento adequado, reduzindo tantas mortes prematuras e muito sofrimento para  essas vítimas e seus familiares.

Neste  sentido, O OUTUBRO ROSA é um mês dedicado à LUTA PELA VIDA, A LUTA PELA DIGNIDADE das mulheres,  de quem esteja ou vier  a ser  diagnosticada  com CÂNCER DE MAMA,  enfim, LUTAR  para que o DIREITO A SAÚDE  seja de fato um DIREITO e não apenas  um artigo, uma letra morta, quanto tantos outros direitos aprovados pela Constituinte e inseridos em nossa Constituição Federal,  aquela sobre a qual Ulysses Guimarães tanto se jactava  de falar como CONSTITUIÇÃO CIDADÃ.

Mulheres e homens brasileiros, PAREM, PENSEM, REFLITAM, LUTEM pelos seus direitos. A vida é um dom de Deus, muito precioso para ser tão desrespeitada como acontece  em nosso país, onde o descaso, a demagogia e a corrupção de  nossos governantes e gestores públicos já passaram  dos limites há muito tempo.

*JUACY DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre  em sociologia, articulista e colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos  de comunicação.

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