Quinta, 20 Agosto 2020 14:20

 

A culpa é das mulheres? Nessa sexta-feira, 21/08, às 19h, a Adufmat-Ssind recebe quatro mulheres para debater violência patriarcal na pandemia. A quarentena que se impõe já há cinco meses com o objetivo de proteger a população também intensificou as violências domésticas. 

Nesse sentido, as convidadas da Live, Amairi Kaiabi (liderança no Xingu), Madah (promotora popular em Defesa da Mulher), Andressa Mendes (pedagoga e advogada especialista em Direito Público) e Rafaella Felipe (bióloga e coordenadora do projeto Gaia/Sinop) analisam os casos que trazem horror à sociedade desde muito antes da Covid-19, e os mecanismos de denúncia e proteção às mulheres.

Você pode participar fazendo a sua pergunta no chat durante o debate ao vivo, que poderá ser acompanhado pela página oficial da Adufmat-Ssind no Facebook (https://www.facebook.com/ADUFMAT-SSIND-211669182221828) e também pelo Youtube (link será disponibilizado em breve).     

Quinta, 20 Agosto 2020 12:37

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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 Por Lélica Lacerda*

 
Imagine uma criança de dez anos, sistematicamente estuprada por quatro anos consecutivos, e grávida. O que seria justo que acontecesse com ela? Reparar e resguardar da violência sofrida, óbvio!

Quais são as consequências desta obviedade? O direito ao aborto legal, em sigilo e segurança, além de receber apoio de saúde física, mental e proteção social para que possa voltar a estudar e se desenvolver.

No entanto, assistimos estarrecidas o caso de uma criança, negra, ser inúmeras vezes vitimizada pela violência patriarcal de pessoas que se autodenominam cidadãs de bem.

Vejamos o "bem" que fizeram estes cidadãos. Os profissionais do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, de Vitória, negaram à menina o procedimento de aborto seguro, infringindo seu direito constitucional à saúde, e mantendo uma gravidez de risco num corpo estuprado, de 10 anos. Isso é omissão por parte dos profissionais, e violência institucional contra a criança.

E não parou por aí. Uma liderança de extrema direita, cidadã de bem, branca, se deu ao direito de divulgar dados sigilosos sobre a sua identidade e o hospital para onde seria transferida, cometendo mais uma violência.

Outras pessoas brancas atribuíram-se o direito de falar em nome de Deus, querendo impor a maternidade a uma criança de 10 anos. Quiseram controlar seu corpo, e a acusaram de assassina por abortar um feto fruto de um histórico de quatro anos de violência.

A cultura de estupro defendida pelo cidadão de bem está entranhada no cotidiano, e até mesmo nos poemas e músicas que retratam a “beleza das curvas da mulher brasileira”. O que omitem é que o corpo da mulher brasileira é talhado pela dor de um capitalismo patriarcal que transpira o machismo em cada dimensão da vida.

Nada disso é fatalidade. A violência contra essa criança negra vem da ideologia de propriedade privada no Brasil, fundada pelo estupro das mulheres não brancas. O senhor de escravo branco, que veio com sua família monogâmica e branca para tomar posse de um imenso latifúndio, demandaria uma linha de poder e violência para manter sua dominação num imenso território e contingente populacional escravizado.

Paralela à necessidade de manter relação sexual com a esposa branca para gerar o herdeiro das terras, fez uso do estupro sistemático dos corpos das mulheres negras e indígenas para gerar filhos bastardos para que garantissem o papel hierárquico entre o senhor e seus escravos.

Assim, as terras deixaram de ser espaços livres e se tornaram propriedade na mesma medida em que os corpos femininos se tornaram propriedade submetidas ao poder patriarcal do senhor. A dominação sexual masculina não pressupunha qualquer consentimento, porque não se atribuía à mulher o status de humanidade. Tratava-se apenas da reprodutora do filho do senhor patriarcal que perpetuaria suas propriedades e poder. A prática do estupro era o meio de tomar posse; assim, o estupro foi naturalizado.

A violência colonial fundadora de nosso país segue ecoando. Somos o quinto pais que mais mata mulheres no mundo, o que mais mata LGBTs. A cada 20 minutos, uma menor de idade é estuprada no Brasil. A média é de que 180 mulheres passam por isso todos os dias.

Nós construímos a noção sobre nossos corpos e sexualidade atravessadas pela dimensão da objetificação. A maior parte só entende o que seja violência física ou sexual pós-fato. Grande parte vive os abusos do patriarcado sem perceber que está sendo violentada! Todo corpo feminino carrega em si marcas do controle e violência patriarcal.

Enquanto sonhamos em controlar nossos corpos, escolhendo entre a maternidade, a contracepção e o aborto para conquistarmos inclusive liberdade sexual e econômica, os fundamentalistas querem tolher o poder e a liberdade a partir do domínio do corpo, impondo a maternidade compulsória, mesmo em caso de estupro, mesmo que a vida da mulher corra riscos.

O fundamentalismo religioso impõe a submissão dos corpos femininos ao poder de dominação patriarcal, e não é por acaso! Quanto mais os trabalhadores são submissos, mais podem ser explorados. É assim que retiram nossos direitos e nossa dignidade.
 
A intensificação da exploração econômica se impõe pelo autoritarismo sustentado pelas opressões. Para ampliar os lucros, vão querer levar os negros de volta para a senzala, as mulheres para o fogão e as LGBTs para o armário... eis o dilema histórico da luta de classes do século XXI. Mas isso não ocorrerá, porque seremos resistência!

 
 
*Lélica Lacerda é professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso e diretora de Imprensa da Adufmat-Ssind  

Quarta, 19 Agosto 2020 19:30

 

A Adufmat-Ssind quer ajudar a impedir que Mato Grosso reproduza as cenas lamentáveis de despejo como o realizado na semana passada, contra os moradores do Acampamento Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais.  O Assentamento P.A Flechas, localizado em Cáceres (219 km de Cuiabá), está sob ameaça de despejo a qualquer momento dessa quinta-feira, 20/08.

 

Por isso, o sindicato e outras entidades ligadas à rede de Direitos Humanos estão organizando uma caravana para o local. A van sairá da guarita 1 da UFMT na madrugada (3h) dessa quinta-feira, 20/08. O retorno está programado para as 16h30 do mesmo dia.

 

Segundo os organizadores, a ideia é conversar com o oficial de justiça e apresentar os documentos, tentando convencê-lo a não fazer o despejo, que seria ilegal. Os documentos apontam que as matrículas das regiões são diferentes. A ordem de despejo é na Fazenda Santo Antônio, 963 hectares, matrícula 9444; a área do P.A Flechas tem matrícula 17464, certidão em inteiro teor, patrimônio da União. Ou seja, o despejo é para uma área, mas notificaram outra. As informações também dão conta de que o Dr. Cláudio Fim, procurador da União, entrou com o Agravo, o pedido já foi distribuído para a desembargadora em Brasília, mas possivelmente ela não conseguiria ver o agravo e tomar a decisão de suspender o despejo de forma definitiva a tempo.

 

Todos os interessados em acompanhar a ação devem estar na guarita 1 da UFMT às 3h e, antes, preencher o formulário disponível no link:https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeGge0R4scWozXqyAdI0qBU1UKhUwMhP2qV0116v8CdsUtHSA/viewform

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

 

Terça, 18 Agosto 2020 13:47

 

Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2021 corta em 18,2% o orçamento do MEC

 

O ANDES-SN e suas seções sindicais iniciaram, nessa semana, uma campanha de mobilização contra a proposta de corte no orçamento da Educação em R$ 4,2 bilhões, para 2021. O impacto dessa redução orçamentária nas universidades, institutos federais e Cefet será de R$ 1 bilhão e atingirá as despesas discricionárias que englobam, por exemplo, as contas de água e luz, serviços de limpeza, entre outros. A redução consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), do próximo ano, que será encaminhado ao Congresso Nacional pela Presidência da República até o final deste mês. Confira ao final do texto link para os materiais.

Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, teme que os cortes na área da Educação inviabilizem o funcionamento das IES. “No contexto da pandemia, os desafios tornaram-se ainda maiores e os investimentos deveriam ser ampliados para garantir condições adequadas de trabalho e estudo, quando for possível e seguro retomarmos as atividades presenciais, porém no âmbito federal a proposta orçamentária para 2021 vai no sentido inverso o que exige de nós a intensificação da luta em defesa da educação pública”.

Para o presidente do Sindicato Nacional, é fundamental pressionar os parlamentares em cada estado para evitar que os cortes orçamentários propostos pelo governo Bolsonaro se efetivem. “Isso deverá ser feito enviando e-mails, pressionando nas redes sociais, solicitando reuniões com parlamentares e bancadas. Ainda, daremos início à divulgação nacional de uma campanha de denúncia dos cortes para contribuir no nosso trabalho de base”, explicou. Nesta terça-feira (18), o ANDES-SN publicou a Circular 269/20, que orienta as seções sindicais a pressionar os parlamentares e impedir a aprovação do corte no PLOA.  

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o corte sucedeu após a redução do repasse do Ministério da Economia à Educação para suas despesas discricionárias em 18,2% comparado a LOA de 2020, sem emendas. O MEC vem sofrendo uma contínua redução em seu orçamento desde 2014. Com a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95/16, a do Teto dos Gastos, que limita gastos públicos até 2036, a situação piorou, se os valores de orçamento forem corrigidos pela inflação do período. “O orçamento para a educação pública federal tem sofrido sucessivos cortes e contingenciamentos que foram agravados com a EC 95/2016. Os cortes em verbas de custeio e de investimentos têm comprometido o funcionamento de muitas IES, afetando as políticas de Assistência Estudantil, a contratação por concursos públicos, dentre outros”, afirmou Antonio. 

Teto dos Gastos
Pela Emenda Constitucional (EC) 95/16, o orçamento disponível para os gastos do próximo ano, leva em conta o orçamento do ano anterior acrescido da inflação daquele ano. Somente é possível aumentar os investimentos em uma área desde que sejam feitos cortes em outras. Nesta segunda (17), as agências de notícias veicularam um possível aumento no orçamento do Ministério da Defesa em 48,8% em relação ao orçamento deste ano. Ou seja, passará de R$73 bilhões para R$ 108,56 bilhões em 2021.

Acesse aqui:

- Sugestão de texto de carta para parlamentares

- Lista com contatos de deputados e deputadas federais

- Lista com contatos de senadores e senadoras

Sexta, 14 Agosto 2020 12:16

 

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) publicou, na terça-feira (11) uma nota de repúdio contra a matéria tendenciosa veiculada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, e replicada por diversos meios de comunicação, que atacou servidores públicos e defendeu a reforma Administrativa. A  reforma acelera o desmonte do Estado brasileiro, com risco inclusive a todos os serviços públicos prestados à população.

A matéria foi ao ar na segunda-feira (10) e abordou os “gastos” que os servidores públicos federais, estaduais e municipais representaram ao país no ano passado e comparou com o montante destinado à Educação e Saúde. Os dados usados na matéria foram embasados em um levantamento feito pelo Instituto Millenium, cujo um dos fundadores é o atual ministro da Economia Paulo Guedes. A matéria entrevistou também a economista Ana Carla Abrão, que mantém uma coluna no Instituto Millenium, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Ambos defenderam como “solução”, a reforma Administrativa. O Instituto lançou no mesmo dia que a matéria foi veiculada uma campanha em prol da reforma, classificando-a como uma reforma do “bem”.  

De acordo com a nota do Fonasefe, não há como desassociar gastos com o funcionalismo público dos investimentos em políticas públicas sociais. “Nos chama atenção - e certamente não deve ser considerada uma desinformação dos meios de comunicação - que o investimento em servidores públicos seja desvinculado da garantia de direitos via políticas públicas. É possível escola sem professor? O Sistema Único de Saúde sem médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem? É possível acesso à aposentadoria sem analise de um técnico, analistas peritos, assistentes sociais? E na Justiça, é possível Ministério Público, Defensoria Pública sem servidores públicos? Seria possível pesquisas de ponta sobre o novo coronavírus e outras doenças sem os servidores das Universidades Públicas e da Fiocruz?”, questiona o Fórum. 

Para as entidades ficou explícita a intenção de alguns meios de comunicação e de parlamentares em dar continuidade ao projeto de desestruturação das políticas públicas a partir das contrarreformas ultraliberais. “Mais uma vez, o lucro e a apropriação privada do fundo público se explicitam. Querem deixar o funcionalismo público nas mesmas condições dos trabalhadores terceirizados e uberizados, e, com isso, deixar de garantir serviços públicos para a população”.

Veja a nota na íntegra aqui.

 

Fonte: ANDES-SN

Segunda, 10 Agosto 2020 21:45

 

A União foi condenada a pagar R$ 50 mil em indenização por danos morais coletivos devido às ofensas proferidas por Abraham Weitraub, quando ainda ministro da Educação. A ação foi movida pela União Nacional dos Estudantes (UNE) contra as afirmações do ex-ministro que de que existiram plantações de maconha e laboratórios de produção de drogas em universidades federais do país. A decisão foi proferida na última quinta-feira (30).

Na ação, a UNE cita a entrevista concedida pelo então ministro Weintraub, ao programa “7 Minutos com a Verdade”, divulgada pelo Jornal da Cidade (on line). Na ocasião, o ex-ministro "fez graves acusações contra estudantes e universidades públicas. Foi, ainda, criticada, pelo agente público, a autonomia universitária." A entrevista foi divulgada por Weintraub em suas redes sociais e teve grande repercussão.

Lembra, ainda, que em outra oportunidade o mesmo ministro atacou injustamente estudantes e professores da rede pública, tendo cortado verbas da Universidade de Brasília (Unb) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA) por suposto baixo desempenho acadêmico e realização de balbúrdia.

A UNE afirma também, no processo, que Weintraub utilizava do espaço que lhe era dado, enquanto ministro, para atacar estudantes e professores, acusando-os reiteradamente "de promoverem balbúrdia e insubordinação, e culminado por chama-los de criminosos: traficantes e produtores de drogas ilícitas."

Para a juíza federal Silvia Figueiredo Marques, da 26ª Vara Cível Federal de São Paulo, o ex-ministro "ofendeu a honra coletiva dos estudantes sem dó nem piedade." Diante disso, 

Na decisão, a juíza menciona que o Ministério Público Federal, em sua manifestação, salientou que "foram utilizados casos isolados para generalizar e atribuir, de modo geral, à universidade pública, conduta grave como a produção de entorpecentes. E que o Ministro não expressou simplesmente preocupação com o consumo e tráfico de drogas nas universidades, ele foi além e atingiu indiscriminadamente a dignidade e ética de toda a comunidade docente e discente das instituições".

A magistrada destaca também que "é fato notório, não necessitando, pois, de prova, o viés ideológico do ex-ministro. Aliás, tanto ele fez e falou que terminou por deixar o ministério. Sendo que ainda se apura se o uso do passaporte diplomático por ele, ao, imediatamente à saída do cargo, para adentrar o Estados Unidos, foi regular."

A juíza Silvia Marques conclui que ficou caracterizado o dano moral coletivo e deve havar uma indenização à vítima, no caso a coletividade dos estudantes.

Ainda cabe recurso à decisão. Caso a condenação seja mantida, o valor será repassado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, gerido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

 

 Confira aqui a sentença.

 

Fonte: ANDES-SN

Sábado, 08 Agosto 2020 14:46

É com profundo pesar que a Adufmat-Ssind comunica o falecimento do bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, aos 93 anos, na manhã deste sábado (08/08). Símbolo de resistência e conhecido pelo seu trabalho pastoral ligado ao combate à violência dos conflitos agrários e defesa de direitos dos povos indígenas, o bispo emérito estava internado há uma semana devido a problemas respiratórios agravados pelo Mal de Parkinson. Ele havia sido transferido para um hospital em Batatais (SP) na noite de terça-feira (04/08). 

Para a Adufmat-Ssind, Dom Pedro Casaldáliga foi um baluarte da resistência dos povos originários. Sua história foi de luta e resistência pela garantia de direitos humanos, pois a sociedade capitalista não reconhece a humanidade.  Por fazer parte da mesma luta, o sindicato tem plena ciência da grandeza de Pedro Casaldáliga.

Alvo de inúmeras ameaças de morte e até mesmo de processos de expulsão do Brasil, durante a Ditadura Militar, ficou conhecido pela sua atuação pastoral e pela sua produção literária, que inclui poesias a manifestos, artigos, cartas circulares, obras ligadas a espiritualidade e de cunho político, editadas e publicadas no Brasil e no exterior. 

Em meados dos anos de 1980, se aproximou de pesquisadores da UFMT compartilhando o seu conhecimento acerca da região amazônica durante a penetração do capital naquele espaço, na tentativa de incorporá-lo à economia nacional e internacional com o programa POLOAMAZÔNIA. Três dos pólos prioritários eram em Mato Grosso: Xingu-Araguaia, Juruena e Aripuanã. “O Polo Xingu-Araguaia se situava na região da Fazenda Suiá-Missu, na Prelazia do Araguaia, local onde está localizada a Terra Indígena Xavante-Marãiwatsede. Então, foi inevitável recorrer a D. Pedro Casaldáliga, em função do seu profundo conhecimento da região, do trabalho que realizava em defesa dos povos indígenas, dos quilombolas, dos posseiros e de todos os pobres e expropriados da frente de ocupação da Amazônia”, lembra o professor José Domingues de Godoi Filho. 

Godoi ressalta que os laços de D. Pedro com a Adufmat-Ssind se estreitaram em 1999, quando dirigiu o sindicato e foi procurado por um trabalhador em regime de trabalho análogo à escravidão no noroeste do estado, que após conseguir se salvar do acampamento solicitou ajuda para encontrar outro colega. “Ele nos pediu ajuda e nos informou que um outro colega teria fugido para a região da Prelazia no Araguaia. Ao mesmo tempo que o acomodamos em local seguro, fomos procurar o seu colega. Eu, uma jornalista da Adufmat-Ssind, uma funcionária de apoio e um jornalista e um fotógrafo de um jornal de Cuiabá, seguimos para São Félix do Araguaia para consultar D. Pedro sobre a situação e para saber se ele tinha alguma notícia do fato ocorrido na região”, afirma Domingues.  

Em 2002, o sindicato propôs que a UFMT concedesse o título de “Doutor Honoris Causa” à D. Pedro Casaldáliga, em reconhecimento ao seu trabalho e luta por defender os direitos humanos, especialmente dos povos indígenas e marginalizados e também por suas posições políticas e religiosas a favor dos mais pobres. Assim, o bispo foi a primeira pessoa a receber tal honraria por parte da UFMT. 

Para José Domingues, o falecimento de D. Pedro é uma perda irreparável, especialmente no momento em que vivemos. "Grande D. Pedro, obrigada por seu exemplo de coragem e de luta. Honraremos a sua memória!”, declara. 

Em 2018, a Adufmat-Ssind também realizou um ato em homenagem aos 90 anos de Dom Pedro. 

Nas palavras do professor Domingues, o sindicato manifesta sua gratidão e respeito à vida de luta de D. Pedro Casaldáliga. 

 

"Malditas sejam todas as cercas! Malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e de amar! Malditas sejam todas as leis, amanhadas por umas poucas mãos, para ampararem cercas e bois e fazer da Terra escrava e escravos os homens"

Dom Pedro Casaldáliga.

 

Dom Pedro Casaldáliga, presente hoje e sempre!

 

Informações sobre o velório: 

De acordo com a Prelazia de São Félix do Araguaia, que comunicou o falecimento de D. Pedro neste sábado, o bispo será velado em três lugares:

Em Batatais – SP, no dia 08 de agosto de 2020, a partir das 15 horas na capela do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos, situada à rua Dom Bosco, 466, Castelo, Batatais, São Paulo, Brasil.

A missa de exéquias será celebrada, em Batatais, no dia 09 de agosto de 2020 às 15h, no endereço acima e será aberta ao público em geral, além de ser transmitida ao vivo pelo link https://youtu.be/spto8rbKye0. O link estará aberto para que outros veículos de comunicação possam retransmitir. 

Em Ribeirão Cascalheira – MT, no Santuário dos Mártires, a partir do dia 10 de agosto, sem previsão de horário de chegada do corpo.

Em São Félix do Araguaia – MT, no Centro Comunitário Tia Irene. O sepultamento será em São Félix do Araguaia, sem previsão de dia, pois antes passará por Ribeirão Cascalheira.

 

Layse Ávila

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 05 Agosto 2020 12:29

 

Cuiabá - MT, 04 de agosto de 2020.

 

Ilmo. Prof. Aldi Nestor de Souza

MD. Presidente da ADUFMAT-S.SIND

  

 

 

Em atenção ao pedido da Diretoria da Adufmat, seus advogados, informam o seguinte.

 

Sobre a situação dos nossos recursos, Embargos de Declaração na Reclamação e no Agravo de Instrumento, protocolados no dia 03/03/2020, ainda não tem decisão, esta concluso com o Desembargador para decidir, na data do dia 11/03/2020 e 13/05/2020 foram juntadas as defesas da UFMT, a assessoria jurídica tinha agendado uma audiência para a última semana de março de 2020, com a Chefe de Gabinete Dra. Angela, do Desembargador Relator Francisco Neves, para esclarecer todos argumentos da nossa defesa e os equívocos cometidos pelo Juiz Convocado, no entanto com a pandemia do Covid-19, o TRF 1º esta fechado e suspendeu todos atendimentos presenciais desde 18/03/2020, sem data para retornar.

 

 Assessoria jurídica entende que é importante que essa audiência seja presencial, (com a presença dos advogados), mesmo com a situação da pandemia, não esta medindo esforços para que consiga esse atendimento presencial, estamos aguardando a resposta do gabinete sobre essa agenda, qualquer novidade a assessoria jurídica vai comunicar o Sindicato.

 

 

 

 

Atenciosamente,

 

Alexandre Luiz Lozano Pereira

Mauro Menezes

Gustavo Teixeira Ramos

Verônica Quihillarda Irazabal Amaral

 

 

Quinta, 16 Julho 2020 21:13

 

Fingindo ignorar o fato de que as entidades representativas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não reconhecem o processo de eleição-intervenção iniciado no dia 17/06, o Conselho Diretor encaminhou, no início da semana, um ofício solicitando o envio de duas perguntas para que fossem lidas nos debates online entre os candidatos à Reitoria. Para ratificar a posição de não legitimar o processo, Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sintuf-MT (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos) e Associação dos Docentes - Seção Sindical do ANDES (Adufmat-Ssind) decidiram que não responderão ao ofício.   

Em meio a uma reunião controversa realizada no dia 17/06, os conselhos estabeleceram o Colégio Eleitoral Especial para escolha de Reitor da universidade, o que ficará registrado como uma mancha na história da UFMT. Na ocasião, representantes do governo federal na instituição simplesmente ignoraram a conquista do voto paritário e universal, e se sentiram no direito de conduzir um processo eleitoral repleto de falhas numa situação atípica de pandemia, deixando de lado o debate sobre os rumos da universidade pelos próximos quatro anos. As entidades denunciam que a própria autonomia universitária, prevista no Artigo 207 da Constituição Federal, está sendo ignorada.  

“A nossa compreensão é de que essa eleição é viciada e tem como objetivo legitimar um interventor na universidade. E nós, dentro deste contexto não enxergamos a possibilidade de contribuir com qualquer passo deste processo. Entendemos que a nossa missão política é o da resistência e da denúncia. Não iremos validar esse processo e reconhecer qualquer um que seja eleito. Caso seja empossado esse reitor(a) indicado por essa eleição, iremos tratá-lo como interventor e estaremos em oposição, até que ele caia”, afirma a diretora da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda.

É neste sentido que a Adufmat-Ssind, mais uma vez, se posiciona contrária ao processo de escolha de reitor nos moldes impostos, e não fará qualquer intervenção para com os candidatos(as), assim como DCE e Sintuf/MT, entendendo que este não é um processo legítimo, e que desconstrói a história de luta da UFMT. Ademais, o conselho já se mostrou hostil às entidades por diversas vezes. O próprio e-mail enviado solicitando as perguntas é aberto à toda comunidade acadêmica, o que demonstra que, para o Conselho, a opinião das entidades que historicamente conquistaram o direito a realizar a consulta e garantiram que ele fosse respeitado pelos últimos 38 anos é irrelevante. 

 

Layse Ávila

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Quinta, 16 Julho 2020 14:51

 

Nessa sexta-feira, 17/07, a Adufmat-Ssind conversa com imigrantes residentes em Cuiabá sobre suas condições durante a pandemia.

A Live terá início às 19h e você poderá fazer suas perguntas aos convidados Rosbelli Rojas, representante da comunidade vinda da Venezuela, e Duval Cypion, representante da comunidade vinda do Haiti.

O link de acesso direto para a página oficial da Adufmat-Sisnd no Facebook é: https://www.facebook.com/ADUFMAT-SSIND-211669182221828

 

Esperamos vocês!