Terça, 02 Outubro 2018 11:11

 

“Eles votaram contra os nossos direitos. Agora é a nossa vez de dizer não a quem retira direitos. Não vote em quem te prejudica!” A frase está estampada em faixas expostas desde o último sábado (29/09) ao redor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), nos campi de Cuiabá, Sinop e Araguaia. Acompanhada de fotos de nove candidatos aos cargos de governador, senador e deputado federal pelo estado, bem como dos motivos pelos quais eles não devem ser eleitos novamente, o material é mais um elemento para que as milhares de pessoas que passam diariamente pela universidade pensem sobre o as eleições e seus direitos.

 

A decisão de denunciar mais uma vez os representantes que votaram a favor da Contrarreforma Trabalhista, Terceirização e congelamento dos recursos para Saúde, Educação e Segurança por 20 anos, condenando a população ao verdadeiro caos nos próximos anos, partiu de uma assembleia geral dos docentes sindicalizados à Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN, e foi executada pelo sindicato na última semana.

 

Com base nas informações do Diagnóstico das Eleições 2018, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), as faixas apontam os parlamentares que votaram contra os interesses dos trabalhadores na atual legislatura: José Medeiros (Podemos), Wellington Fagundes (PR), Adilton Sachetti (PRB), Carlos Bezerra (MDB), Ezequiel Fonseca (PP), Nilson Leitão (PSDB), Victório Galli (PSC), Valtenir Pereira (PSB) e Fábio Garcia (DEM) - todos candidatos, se não à reeleição, a novos cargos (o deputado Fábio Garcia é candidato à suplente na chapa de Jaime Campos).

 

 

 

Alguns parlamentares já declararam acordo com a polêmica proposta de Contrarreforma da Previdência, que pretende dificultar a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros, com a justificativa de que o sistema de seguridade social gera “gastos excessivos ao Estado”. Há, no entanto, trabalhos importantes de pesquisadores e entidades sociais, e até mesmo resultados de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada pelo próprio Congresso Nacional que comprovam superávit da Previdência Social, destruindo o argumento de defesa da reforma.

 

Além disso, também há deputados conhecidos por apresentarem propostas praticamente indecorosas ao estado democrático de direito, como a criminalização da população LGBT, notadamente encabeçada pelo deputado Victório Galli e o senador José Medeiros (esse último chegou a ser cassado sob acusação de fraudar documentos, mas recuperou o mandato na Justiça antes de se afastar para tentar nova eleição).

 

Nilson Leitão, um dos defensores mais ferrenhos do latifúndio no estado e presidente da Frente Parlamentar Mista da Agropecuária na Câmara, propôs que os trabalhadores rurais fossem “pagos” com comida ou moradia, e não com salário, o que se compreende como trabalho escravo. A ideia repercutiu tão mal que o próprio deputado a retirou da pauta, alegando a necessidade de amplo debate e alterações no texto.   

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind   

 

 

 

 

 

 

 

Terça, 02 Outubro 2018 08:50

 

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para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP

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Daqui a poucos dias, indicaremos quem presidirá o país pelos próximos quatro anos. Faremos isso imersos em situação por demais complexa. Popularmente falando, estamos num mato sem cachorro.

À frente, nas pesquisas, assistimos à arriscadíssima polarização entre dois grupos de fanáticos. De um lado, rançosos de direita, com o direito ao (mau) gosto pelo viés militarista. Acham-se guardiões da moral, da ordem, da família... De outro, os iludidos por um “mágico”, preso por corrupção. Estes, deliberadamente ludibriados, se pensam iluminados de esquerda; logo, vendem a falsa ideia de serem iguais aos da plebe, tornada historicamente ignara. Abaixo desses, e no meio da polarização, encontra-se o restante; ou o resto, a quem assim preferir.

Resumo da tragédia: como se estivéssemos nas xepas de uma feira-livre, “livremente”, teremos de escolher entre: a) fanáticos e equivocados de direita; b) corruptos e igualmente fanáticos, mas de falsa esquerda; c) oportunistas de um centro previsível; por isso, desprezível.

Ah, sim! Logo abaixo desse centro, ainda há os nanicos, quais sejam: a) os aventureiros, já cheios de vícios, de uma esquerda que não convence ninguém além de seus manjados séquitos; b) algumas “caras novas”, mas de um velho e falido neoliberalismo.

Haveria mais alguém nesse quadro de horrores?

Claro. O único clown; ou seja, aquele que se pensa enviado por Deus. Quando o vejo de Bíblia nas mãos, ao invés da Constituição de um país laico, como o nosso, sinto piedade. Penso: já que o TSE deixa rolar aquela propaganda inconstitucional, tenho de ser misericordioso, pois nem todo clown faz seu público sorrir de felicidade. Seja como for, por ora, esse tipo está descartado. Por ora, pois nossa capacidade de descer aos infernos parece ser vocacional.

Pois bem. Será desse quadro decadente que sairá o futuro líder do país. Mas não nos enganemos. Essa decadência ainda pode ser acentuada, caso seja vencedor um ou outro dentre os dois candidatos que hoje lideram as pesquisas.

Uma eventual vitória de Bolsonaro, que ao invés de programa de governo tem uma tábua de bons comportamentos sociais, à lá à tábua dos dez mandamentos, portanto, calcados em falsa cristandade, trará insegurança constitucional ao Brasil. Bolsonaristas rasgarão a Constituição. Detalhe: isso não é previsão; já foi verbalizado por eles. Será, pois, o retorno do autoritarismo pelo viés democrático. A Venezuela já vive isso. O povo – ou seja, essa estranha “voz de Deus” – poderá dar a Bolsonaro um papel em branco para ele borrar de amarelo e verde; e borrará.

Em caso de vitória de Haddad, o risco do autoritarismo não sumirá de cena. Para tanto, bastará um aceno no sentido de tentarem livrar da cadeia aquele que, hoje, de lá, à lá chefes do crime organizado, encontra-se preso, mas dá as ordens/coordenadas políticas aos seus fiéis e cegos seguidores. Se isso ocorrer, as armas e as ocupações em lugares fulcrais às democracias, como as universidades, poderão nos visitar sem bater à porta nem pedir licença.

Para fugir desse risco, estrategicamente, teríamos de pensar com o cérebro, não com o estômago. Todos deveríamos tapar o nariz, fechar os olhos e escolher, no primeiro turno, alguém que pudesse, no segundo, derrotar os dois da ponta. Detalhe: na escolha, o candidato do PSDB deveria ser a última das opções, pois, com ele, reapareceria a dicotomia “coxinhas versus mortadelas”.

Enfim, o futuro ruim está desenhado. Todavia, o ruim pode ser amenizado ou piorado: a escolher.

Segunda, 01 Outubro 2018 17:49

 

Mesmo debaixo de chuva, moradores e visitantes de Cuiabá, Mato Grosso, se reuniram na tarde do último sábado, 29/09, para manifestar repúdio a tudo o que representa a candidatura do deputado Jair Bolsonaro à Presidência da República.

 

O ato #EleNão começou na capital mato-grossense pouco depois das 16h, na Praça Ulisses Guimarães, ainda sob uma insistente garoa que permaneceu após a chuva que atingiu boa parte da cidade. Mesmo assim, mais de oitocentas pessoas compareceram ao local durante a manifestação, encerrada por volta das 20h.    

 

Músicas, palavras de ordem e falas de representantes de diversos movimentos sociais demonstraram o principal objetivo do ato: denunciar o avanço de ideias conservadoras e fascistas defendidas pelo candidato, discriminando e incitando a violência contra mulheres, população LGBT, além de trabalhadores sem-terra, quilombolas e indígenas.  

 

O candidato que lidera as pesquisas de intenção de votos também faz defesa aberta do projeto neoliberal de sociedade, preterindo direitos sociais e trabalhistas em nome da lucratividade dos setores produtivos. Muito embora esse seja um aspecto que desperta importante repúdio ao candidato por parte do público do ato, foi o medo do que poderia ser um governo altamente preconceituoso e opressor que mais se destacou entre as falas. Talvez porque a luta contra o neoliberalismo não seja mais novidade aos trabalhadores brasileiros, mas a ameaça às garantias constitucionais, à liberdade de expressão e reivindicação amedronta mais uma vez, trinta e três anos após o fim de um dos períodos mais nefastos da história do país: a ditadura militar.

 

Em nome do “progresso”, da “família”, da “moral”, e contra a “ameaça comunista”, motes que prepararam o terreno para o golpe de 1964, centenas de famílias desconhecem ainda hoje o paradeiro de seus pais e mães, filhos e filhas, tios e tias. Outras centenas conheceram os horrores aos quais foram submetidas mulheres grávidas e até crianças, além de outros militantes e pessoas que não tinham qualquer participação nas atividades políticas contra a ditadura. Mesmo após várias tentativas de destruir provas, inúmeros documentos e depoimentos de torturados e torturadores não deixam dúvidas sobre o período de atrocidades e de horror, ao qual o candidato Jair Bolsonaro faz apologia e acredita que o grande erro foi torturar e não matar.     

 

 

“O Sindicato Nacional do Docentes do Ensino Superior demonstra toda a sua solidariedade ao clamor das mulheres, para cada vez mais nos posicionarmos contra o fascismo. A universidade precisa dialogar com a diversidade, com os indígenas, com as mulheres, com os negros, com os pobres. A universidade precisa se transformar num espaço efetivamente popular. Por isso nós dizemos e reforçamos: ele não, ele nunca! Fascistas não passarão!”, disse a professora Qelli Rocha, representando o ANDES – Sindicato Nacional.

 

Para a representante do coletivo Mulheres Resistem MT, Patrícia Acs, as mulheres usadas pelo fascismo para garantir sua estrutura. “O fascismo ameaça a sociedade, utilizando inclusive as mulheres para manter sua estrutura de poder, tornando-as submissas e reprodutoras do poder opressor”, afirmou a militante.

 

Também fizeram parte da programação apresentações culturais de artistas locais voltadas para a dança, teatro, poesia e música.    

 

Em pelo menos dois momentos houve tensão, provocadas por manifestantes pró-Bolsonaro, que passaram buzinando pela praça e se estabeleceram em um semáforo próximo à manifestação #EleNão.

 

 Professores da UFMT também marcaram presença no ato contra o fascismo em Cuiabá

 

Sinop, Tangará da Serra, Sorriso, Lucas do Rio Verde, e outros municípios do estado também registraram manifestações de repúdio ao candidato.  

 

Em todo o país, multidões ocuparam ruas e praças alertando sobre os riscos que as ideias de Bolsonaro significam para a jovem democracia brasileira.  

 

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Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagens: Edzar Alen e Luana Soutos   

Segunda, 01 Outubro 2018 09:48

 

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Por Roberto de Barros Freire
 
 

A ex-esposa do Sr. Bolsonaro é uma ré confessa, que comete perjúrios às autoridades, gastos com a justiça à custa de todos nós, ocupando os tribunais com suas causas particulares e desonestas, além do Itamaraty. Com certeza, é uma mentirosa contumaz, e é difícil saber se não está mentindo no que diz agora também. O fato é que, como ela mesma afirma, sempre mente quando lhe é de interesse, considera até mesmo normal às pessoas mentirem quando estão com raiva, enfim, que a mentira se justifica ou se legitima se for para se beneficiar, que se pode prejudicar os outros quando se quer vencer a qualquer custo.


Creio que como ré confessa de perjúrio deveria ser cassada sua candidatura, pois é claro que está mentindo à sociedade, estando mais interessada em ter um cargo público e suas mordomias do que beneficiar a população, prometendo qualquer coisa sem ter a menor intenção de realizar seja lá o que for para os outros, apenas para si mesmo. Além disso, tudo nela é falso, a começar pelo nome registrado para sua campanha, além de suas promessas, que alega qualquer coisa só para ter o voto do povo, sem nem sequer pensar em como realizar qualquer das necessidades públicas ou sociais.


Uma pessoa dessas é totalmente desonesta, incapaz de dar qualquer testemunho honesto, justo ou válido. Deve ressarcir os tribunais de justiça por ter utilizado de forma desonesta e enganosa, sendo uma criminosa perigosa, que deve não apenas ser cassada como candidata, mas processada pela justiça. Deve ressarcir o Itamaraty que teve gastos desnecessários devido a sua atividade criminosa. E mais ainda, devemos suspeitar se ela não está sendo desonesta agora também, dizendo que o Bolsonaro não fez o que ela alegou que fez anteriormente, uma vez que pode ser que esteja mentindo tanto antes como agora.


Ela alegou que o Bolsonaro tinha uma renda bem superior à sua pensão de militar e de deputado, que ele lhe ameaçou de morte, que ele roubou, enfim, que teve que fugir do país devido ao risco que corria se aqui permanecesse. Se tudo isso foi mentira, não deve agora reparar a todos, principalmente a sociedade civil pelas suas mentiras? Além disso, como que ela tem um registro do filho sem o nome do pai e utilizou para obter um passaporte falso?  Não deve ser processada também por falsidade ideológica, por usar uma certidão de nascimento desonesta? Enfim, essa mulher deve mais explicações à sociedade civil, deve ser cobrada para assumir alguma dignidade, pois que, se foi desonesta nas suas alegações no divórcio, deve agora assumir uma culpabilidade que lhe impede de ser candidata a qualquer cargo público, que exige dos seus pretendentes a mais rigorosa honestidade, hoje e sempre. E seu suposto marido e candidato honesto, não deve exigir que se faça justiça, condenando a pessoa desonesta pelos seus crimes, sua ex-esposa? Não afirma ele que quer ver bandido atrás das grades, ou também é falso o que o candidato diz, e só quer prender os criminosos distantes e deixar os próximos soltos......


Enfim, há algo de podre no reino do Rio de Janeiro, que começa nas relações pessoais do candidato Bolsonaro e se estende pela sua família, o que acarreta na eleição dessa candidata mentirosa. Pode alguém que falsifica documentos ser candidato a algum cargo eletivo? Pode alguém que mente às autoridades pleitear algum cargo de confiança na sociedade civil? Pode alguém que omite uma pessoa criminosa de sua convivência ser confiável para ser presidente da república?


As pessoas que cercam o Sr. Bolsonaro depõem contra ele, seu vice quer acabar com a democracia, com 13º e com o abono de férias; sua ex-esposa fica a destilar mentiras por todos os lados e o ex-marido não toma nenhuma atitude; seu posto Ipiranga quer aumentar impostos e reviver a horrível CPMF. Enfim, antes de assumir o poder, o candidato para mim já é um pesadelo, cheio que coisas mal explicadas. O fato é que aqueles que se apresentam como paladinos da ética nesse país, são normalmente os que menos virtudes possuem, querendo consertar a sociedade, quando não conseguem nem consertar sua própria família bandida.

 
Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Quinta, 27 Setembro 2018 12:12

 

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Por Roberto de Barros Freire


As pesquisas eleitorais são uma vitrine nacional que nos permite levantar algumas questões sobre as eleições e os eleitores. Sem entrar no mérito se elas acertam ou qual a porcentagem de acerto de cada uma delas, elas revelam intenções e desejos de certo momento, e assim nem sempre reproduzem o resultado final supostamente revelada pela pesquisa, mas o estado de espírito de determinadas pessoas num determinado momento. Podemos questionar se as pesquisas já não induziria o eleitor à determinada posição, ou se até mesmo o pesquisador não poderia forjar resultados, no entanto, de maneira geral as pesquisas são confiáveis em sua metodologia e aplicação, mesmo errando muitas vezes em suas previsões. Naturalmente, que a pretensão de querer prever o futuro é sempre algo que se aproxima mais do místico do que da ciência, e pesquisas podem quando muito apresentar probabilidades, o que nunca é certo; mostra o possível, não o necessário.


Hoje sabemos qual a porcentagem de eleitores de cada um dos candidatos, o que parece ser o mais interessante e importante saber. Mas, sabemos também a rejeição dos mesmos, o que para mim é mais significativo e deveria ser levado em conta, seja pelos eleitores, seja pelos eleitos, seja principalmente pelo sistema eleitoral. Ora, todos os candidatos têm taxas bem superiores de rejeição do que de intenção de votos. Todos estão mais rejeitados do que aprovados, nenhum deles obteve número superior de votantes ao de rejeição, ou seja, a maior parte da população não aprova todos os candidatos, e os que forem eleitos, só o serão, por uma parte ínfima da população, pois que as urnas só captam votos, não a rejeição, a começar pela rejeição que se realiza ao votar nulo ou em branco.


Quando os candidatos se arrogam no direito de falar em nome de não sei lá quantos eleitores, ou de maiorias, deveria ser alertado que ele não representa a maioria da população, mas uma pequena minoria, que por circunstâncias de uma justiça eleitoral capenga, permite que tal ocorra. Ele deveria ser alertado que seu índice de rejeição é superior ao de aceitação, que ainda que represente alguns eleitores não está lá para beneficiar apenas aqueles, mas a nação, enfim, que não tem uma procuração de todos, ou da maioria, mas de alguns poucos que circunstancialmente fizeram uma breve maioria aparente. E mesmo que esses eleitores lhe tenham dado um passaporte para o exercício do poder, o poder não lhe pertence, mas deve ser exercido em nome de todos, até mesmo para aqueles que lhe rejeitam.


Em minha opinião, deveria se ter na urna formas de manifestarmos nossas rejeições a alguns candidatos, e só poderiam ser eleitos candidatos que tivessem índices superiores de aprovação do que de rejeição. Caso acontecesse o que hoje ocorre, que os candidatos têm índices superiores de rejeição ao de votos, todos deveriam ser reprovados e retirados das eleições, e abrirmos vagas para candidatos mais confiáveis à população. O fato é que todos têm mais desconfiança dos políticos do que alguma crença de que possam nos salvar deles próprios. A política é antes nosso problema e os políticos longes estão de ser a solução. Que a sociedade civil fique atenta e que faça os novos políticos ficarem mais republicanos e honestos, que tenha virtude cívica para cobrar serviços das autoridades, para direcionar as verbas públicas para o bem público; que a sociedade civil tenha uma participação cívica antes que apática e omissa, como tem sido no decorrer da nossa democracia capenga.


 
Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Quarta, 26 Setembro 2018 10:29

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá

Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP

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Estamos cada vez mais pensando menos. Esta constatação óbvia – em tempos de polarização política, como o momento que vivemos – supera a normalidade do império da visão rasa, fenômeno comum nos dias atuais. 

Seja como for, o impiedoso deus Cronos não dorme no ponto. Por isso, 2019 chegará, mas, antes, literalmente, nos obrigará a votar no pleito de 2018, que já está sendo desenhado por uma tragédia anunciada.

A tragédia a que me refiro diz respeito à presença não da polarização político-ideológica da direita versus esquerda, como supõe a maioria, mas da polarização de fanatismos “nunca antes vividos na história desse país”. De um lado, bolsonaristas. De outro, lulo-petistas.

Para não esquentar ainda mais a tensão, por si só suficientemente inflada, irei direto ao cerne, lembrando a importante Carta Aberta que Fernando Henrique Cardoso (FHC) – por quem, aliás, não tenho admiração política – fez publicar no último dia 20.

Antes, registro que, em rodas informais de conversas na universidade, eu já falava da necessidade do surgimento de uma voz reconhecida nacionalmente para propor um tipo de pacto que pudesse nos livrar desse duelo entre fanáticos. Só assim, teríamos um tempo para respirar e pensar como sair desse abismo.

Pois bem. Em linhas gerais, FHC foi essa voz. Ancorado na imagem de ex-presidente, alertou que “A democracia não opera no vazio”. Registrou que em poucas ocasiões viu “condições políticas e sociais tão desafiadoras quanto as atuais”.

Na sequência, tratou do “pano sombrio” deste momento. Anteviu o agravamento do quadro fiscal do país. Por isso, disse que “Ante a dramaticidade desse quadro, ou se busca a coesão política, com a coragem para falar o que já se sabe e a sensatez para juntar os mais capazes para evitar que o barco naufrague, ou o remendo eleitoral da escolha de um salvador da Pátria ou de um demagogo, mesmo que bem intencionado, nos levará ao aprofundamento da crise econômica, social e política”.

Ainda chamou a atenção para a “responsabilidade dos partidos, principalmente dos que se corromperam ao longo dos anos”. Na verdade, cá para nós, quase todos, inclusive alguns que ocupam os primeiros lugares das recentes pesquisas.

Após tudo isso, FHC disse acreditar que “ainda há tempo de deter a marcha da insensatez”. Por isso, apelou para um encontro dos candidatos democráticos; para que cada um deixasse o personalismo de lado, pois, em sua opinião, “somos todos responsáveis para evitar esse descaminho. Precisamos pensar no país, não em partidos, em canditados... A nação acima de tudo”.

Infelizmente, a carta de FHC foi desconsiderada por todos, inclusive pelo candidato do PSDB, seu partido. Alckmin, se tivesse grandeza política, deveria ter sido o primeiro a renunciar à sua vexatória candidatura e ter convidado os demais – excetuando os partidos fanáticos que lideram as pesquisas – para um pacto no sentido apontado pelo ex-presidente, que, constrangido, passou a dizer que sua carta fora escrita a eleitores, não a candidatos.

Diante do quadro, a menos que surja uma surpresa no percurso, como, p. ex., o possível anúncio do resultado das investigações sobre a facada em Bolsonaro, falando à lá Humberto Gessinger, dos Engenheiros do Hawii (sic.), em “Nau à Deriva”, rumamos ao caos, distanciando-nos do cais.

O cais, conforme analiso, é a metáfora para a nossa democracia, que precisa ser consolidada a cada instante. O caos é o risco que a ela se impõe, caso um ou outro tipo de fanatismo tenha êxito. Simples assim.

 
 
 
 
Segunda, 24 Setembro 2018 16:05

 

 

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JUACY DA SILVA*
 

Mais uma reflexão sobre o que acontecia na Europa nos anos trinta do século passado, no alvorecer do nazifascismo, quando Hitler e Mussolini faziam dos discursos de ódio, do preconceito, do antissemitismo, do racismo, da intolerância, da nacionalismo e da VIOLÊNCIA POLÍTICA, primeiro nas palavras, depois nas ações.


Os resultados todos sabemos, mais de 30 milhões de pessoas mortas, a destruição de um continente, os horrores da Guerra, os campos de concentração e a omissão de quem poderia ter barrado o avanço dessas ideias tresloucadas, que, apesar de tudo isso, ainda hoje tem seus seguidores mundo afora, inclusive no Brasil.


O importante também é lembrar que Hitler chegou ao poder na esteira do caos econômico na Alemanha e através de eleições, consideradas então livres, mas conduzidas no calor das emoções e bem longe da razão, ou seja, apesar de louco Hitler foi escolhido pelo povo. Isto pode ser objeto de nossa reflexão a cada momento sobre as “excelências” da democracia e dos processos eleitoras, nem sempre a gente imagina o que os eleitos podem fazer depois de vitoriosos.


As vezes estamos mais preocupados e mais maravilhados com a tecnologia empregada nas eleições do que com os fundamentos de nossas escolhas ao apertarmos o botãozinho das famosas urnas eletrônicas ou máquinas de votar. Estamos trocando o fundamento pela forma.


No caso da Alemanha, o interessante é que tudo aquilo era camuflado em ideias e ideais nobres como defesa da Pátria, da Família, da Religião, do mercado e tantos outros ideais que eram caros e importantes para os europeus, mas que apenas escondiam uma agenda oculta de totalitarismo, xenofobismo, racismo, intransigência e ódio. Isto é a base do que passou a ser denominado de extrema direita, que também tem um verniz de socialismo, dai o nome do partido de Hitler NACIONAL SOCIALISMO.


Aqui na América do Sul também estamos assistindo os resultados desta forma de alcançar o poder, com o CORONEL DO EXÉRCITO HUGO CHAVES, que assumiu o Governo na Venezuela como o SALVADOR DA PÁTRIA, mudou a Constituição várias vezes e deixou como herança ao morrer o seu pupilo NICOLÁS MADURO que continuou sua obra de destruição do país, chegando ao  nível que hoje bem conhecemos.


Sempre é bom lembrarmos que nunca é tarde para interromper a marcha de pessoas com ideias tresloucadas, extremadas de intolerância, preconceitos, racismo, xenofobismo. Os resultados com certeza podem ser a destruição da democracia, das liberdades individuais e coletivas e o aumento da violência de toda ordem, principalmente da VIOLÊ NCIA POLÍTICA, na forma de VIOLÊNCIA DO ESTADO, com métodos e práticas que bem conhecemos.

Sempre é bom ouvirmos os candidatos, suas ideias, seus discursos, como tratam as mulheres, os negros, os desempregados, as minorias, as mães solteiras, os idosos, os deficientes, os trabalhadores, os empresários, as religiões e tantas outras questões que afligem o povo brasileiro, como a corrupção, a violência, o Estado, a democracia, os privilégios das elites e marajás da República, as desigualdades sociais e econômicas, as questões ambientais, afinal, em cada eleição estamos passando uma procuração para alguém nos representar ao chegarem ao poder e nos defender, e este ato não pode ser simplesmente uma “procuração em branco”, com todos os poderes que no futuro podem se voltar contra a democracia e o próprio povo.


Esta reflexão escrita há quase 90 anos para descrever o que acontecia na Europa, também pode ser bem atual para o Brasil `as vesperas das Eleições de 07 de Outubro proximo. “Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso, eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso, eu também não era operário Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei Agora estão me levando, mas já é tarde.”


*JUACY DA SILVA, professor universitário, aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veículos de comunicação. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com twitter@profjuacy
 
 

 

Quinta, 20 Setembro 2018 10:03

 

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Roberto Boaventura da Silva Sá

Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP

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Em cada artigo que escrevo, sempre busco encontrar algum enunciado que tente sintetizar a totalidade do ponto de vista que estou ali defendendo.

Nesse sentido, aproveitando-me do enunciado de um outdoor em que li, há algum tempo, que era bom “já ir se acostumando” à imposição do nome de Jair Bolsonaro à presidência, meu artigo anterior (“Das chamas às facadas”), contrapondo-se a isso, foi finalizado com a seguinte reflexão:

Não é bom ninguém “já ir se acostumando” com a violência. Ela não cabe nem mesmo àqueles que defendem pontos de vista e práticas inimagináveis em sociedades do século XXI, como, p. ex., o porte de armas”.

Portanto, condenei o ataque a Bolsonaro. Da mesma forma, condenei, pois abomino, os seus discursos de tons odiosos contra as minorias sociais (quilombolas, indígenas, gays et alii), bem como seus vieses racistas e sexistas.

Com tais condenações, não pressupus fazer defesa de nenhum candidato das esquerdas, tampouco do lulopetismo, que se constitui, hoje, no outro lado da produção de discursos do ódio entre patrícios. Para piorar, o lulopetismo ainda lança mão de um insustentável discurso de vítimas políticas de seus quadros.  

Mesmo assim, a reação de diversos (e)leitores bolsonaritas foi agressiva. Previsível.

Um dos leitores disse que “até entendia que alguns não tivessem coragem para poder se defender em pé de igualdade com bandidos covardes e armados, mas quererem que todos se comportassem assim era pedir demais...”

Outro relatou sua experiência sob a “mira de uma arma”; por isso, considera que o discurso "Dialogo sim, Armas não" – defendido por mim – é tão míope quanto ineficaz.

O terceiro foi mais incisivo. Pior: ele pode estar reproduzindo o pensamento de muitos, ao indagar e logo responder:

“Combateremos a violência com flores e discursos? Palavras ao vento. É preciso pulso forte e enfrentar a criminalidade sem direitos dos manos. Bolsonaro sofreu violência”.

Diante desse antagonismo de pontos de vista que estamos a viver, lembrei-me do antigo provérbio romano “Si vis pacem, para bellum”; algo como “se queres a paz, prepara-te para a guerra”. Seu autor teria sido Publius Flavius Vegetius Renatus, nascido no séc. IV.

Bem depois, o enunciado latino serviu ao fabricante alemão de armas Deustche Waffen und Munitionsfabriken (DWM) para designar a sua pistola Parabellum.

Em Madrid, o mesmo enunciado pode ser lido na entrada de um Centro Cultural do Exército espanhol.

Para o contraponto disso tudo, fui buscar alguns ensinamentos de Mahatma Gandhi, o idealizador e fundador do estado moderno indiano e o maior defensor do Satyagraha, ou seja, do princípio da não agressão, da forma não-violenta de protesto, como um meio de revolução.

O princípio referenciado acima, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e antirracistas, como Luther King e Mandela. 

Para Gandhi, “não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho; e por ser tão completo, tão pleno, em si mesmo, é o mais difícil”.

Ainda dizia que “as pequenas boas coisas parecem não ser nada, mas elas trazem a paz. Assim são as flores do campo que acreditamos não terem perfume, mas que, juntas, perfumam...”.

Sem medo da pieguice, a chegada da primavera, com o império das flores, bem que podia nos ajudar a compreender que sem a paz social nunca alcançaremos a segurança desejada por todos.

Diante das iniquidades, as armas serão sempre insuficientes. Simples assim. 

Segunda, 17 Setembro 2018 10:58

 

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Roberto de Barros Freire*

 

Com duas semanas de campanha política, se percebe que os políticos não nos respeitam, nem se preocupam conosco, e mais ainda, nos consideram tolos e ignorantes, ou mesmo estúpidos, quando não ofendem nossa inteligência. Muitos apenas dizem seus nomes e seu número, como se isso fosse suficiente para escolher um candidato, quando de fato apenas ocupam o tempo a nos chatear. Muitos dizem apenas o lugar de onde são oriundos, para cooptar os votos da região, sem apresentar nenhuma qualidade política. Muitos enunciam sua árvore genealógica como se isso fosse suficiente para torná-lo elegível, o que pouco ou nada diz dos méritos do candidato, pois ainda que a família seja afamada ou boa, não significa que todos seus membros o sejam. Só o fato de enunciá-los, seja a família, seja o local de origem, significa que não tem méritos próprios e se apega aos seus familiares ou a região, que provavelmente privilegiará em detrimento de todos nós, de outras regiões ou famílias, caso eleito.


A maioria dos candidatos quando enuncia algo realizável, não diz como fará. Outros dizem que são a favor da educação, da saúde e da segurança, como se alguém fosse contrário, mas nada diz sobre o que fará para que essas atividades sociais melhorem. Vários dizem que vão defender interesses ou setores econômicos ou categorias profissionais, sem mencionar que para tanto terão que prejudicar todos os demais profissionais e setores econômicos diferentes. Muitos só tocam músicas ridículas e cantam refrãos tolos, sem dizerem o que farão ou porque se consideram aptos a se tornarem nossos representantes. Todos ou quase todos não tem preparo para falarem em público e querem ser parlamentares. Ninguém apresenta qualquer projeto político razoável, ninguém sabe identificar quais são de fato nossos problemas, nem falam da necessidade de remédios amargos para consertar a crise nacional; todos prometem o paraíso inexistente e nada mencionam do inferno que a política e os políticos fizeram e fazem com esse país.


Quando criticam, criticam seus adversários, mas são incapazes de realizarem qualquer autocrítica. Escondem os presidiários que têm em suas fileiras. Muitos são políticos há muito tempo e nada fizeram (ou fazem) para as coisas melhorarem, e culpam apenas o governante, quando o governante, assim como nós, em sua grande maioria, são vítimas de parlamentos nefastos, mais preocupados em salvaguardar suas regalias particulares do que em acabar com as mordomias legislativas, executivas e judiciárias.


Nada falam sobre a realidade elementar da política, que o executivo pouco pode fazer e que quem manda é os parlamentares; são eles que distribuem as verbas, privilegiam setores sociais e econômicos, impedem o executivo de agir. E os candidatos ao executivo mentem que farão isso ou aquilo, quando dependem do aval dos parlamentares, e os parlamentares mentem dizendo que o problema está no executivo, quando quem estabelece os limites do mesmo é o legislativo.


O fato é que a cada dia de propaganda eleitoral, mais envergonhado fico, pois que se a elite é assim fraca, tola e ignorante, o que se pode pensar do grosso do povo, que tem pelo menos a sabedoria de não pleitear um cargo para o qual não vejo nenhum candidato com capacidade de exercer.
 

 

*Roberto de Barros Freire

Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Sexta, 14 Setembro 2018 16:48

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

Já está mais do que na hora dos candidatos  a  Presidente da República, irem mais a fundo em suas propostas, discutirem outros temas, como A QUESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA, matéria que saiu no G1 Globo de hoje, 07/09/2018,  informando, segundo dados do Governo Federal ao enviar o orçamento de 2019 ao Congresso Nacional que em 2020 a DÍVIDA PÚBLICA brasileira vai chegar a 80% do PIB, mas que, segundo os dados do FMI , na verdade já no ano que vem deve chegar a 92% do PIB.
 
Sobre este assunto e tantos outros temas super importantes como a questão ambiental, a educação, a saúde publica, a retomada do crescimento, o desemprego, a infra estrutura e logística nacional, a modernização da máquina pública, a industrialização, o desenvolvimento científico e tecnológico, uma nova matriz energética que dê ênfase para as fontes alternativas como energia solar, eólica e biomassa e tantos outros, inclusive a própria segurança pública, os candidatos não falam nada ou apresentam apenas ideias vagas, desconexas, superficiais e simplistas, jamais dignas de um verdadeiro plano de governo e de uma GRANDE ESTRATÉGIA e agora com este atentado contra um dos candidatos, parece que essas questões fundamentais que o pais está enfrentando vai para a lata do lixo. Se os debates já eram pobres a partir de agora vão se tornar mais medíocres.
 
Nenhum candidato e nenhum partido tem um planejamento estratégico, uma visão moderna e arrojada para o Brasil, a chamada GRANDE ESTRATÉGIA de longo prazo. O mesmo acontece quanto às eleições para governador, onde as questões discutidas são extremamente vagas e, as vezes, substituídas por discursos de baixo nível, resvalando para ofensas pessoais e nada mais.
 
O Brasil e todos os Estados só  vão chegar a  um pais, estados, regiões desenvolvidos com sustentabilidade, mais justiça e melhor distribuição de renda e oportunidades , com maior peso geopolítico e estratégico a nível mundial quando sucessivos governo buscarem a realizaçao de uma GRANDE ESTRATÉGIA, que leve a um NOVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO, como outros países, como a China, os EUA, a Rússia, a Coréia do Sul, Índia,  Alemanha, o Japão e outros mais fizeram quando deram um salto qualitativo e atingiram novos patamares no contexto internacional.
 
Se continuarmos  com as mesmas mediocridades, em termos de “classe politica” e governantes, nenhum Salvador da pátria vai dar conta do recado, quando muito vai acertar a vida de uma minoria que está em seu redor ou `a camada social a que pertence, enfim, os marajás da República, enquistados nos três poderes, nos estados e municípios.
 
“Independência ou morte”, assim bradou D. Pedro I, há 196 anos. Ante tanta violência que campeia abertamente e presenciamos em nosso país, estamos muito mais longe da independência  e mais pertos da morte, lamentavelmente. Talvez este possa ser um novo olhar para o que de fato entendermos por INDEPENDÊNCIA, comemorada palidamente, nesta data de 07 de setembro de 2018.
 
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com