Sexta, 16 Maio 2025 13:54

 

Resultado oficial foi promulgado pela Comissão Eleitoral Central na segunda-feira (12)

 

A Comissão Eleitoral Central (CEC) do Andes-Sindicato Nacional promulgou, na segunda-feira (12), o resultado oficial das eleições para a direção do ANDES-SN, biênio 2025/2027. Do total de 14.798 votantes, a Chapa 1 - “ANDES pela base: diversidade e lutas” venceu as eleições com 6.453 votos.

 

 

A Chapa 4 - “Oposição para renovar o ANDES-Sindicato Nacional” ficou em segundo lugar, com 3.575 votos; a Chapa 2 - “RENOVA ANDES”, obteve 2.390 votos e a Chapa 3 - “ANDES-SN Classista e de Luta”, 2.015 votos. Foram registrados ainda 145 votos em branco e 220 nulos.

A posse da nova diretoria ocorrerá na plenária de Abertura do 68º Conad, que será realizado em Manaus (AM), de 11 a 13 de julho. Confira abaixo a composição da diretoria nacional eleita e que estará à frente do ANDES-SN nos próximos dois anos:

Presidente: Cláudio Anselmo de Souza Mendonça (UFMA)
1ª Vice-Presidenta: Caroline de Araújo Lima (UNEB)
2ª Vice-Presidenta: Letícia Carolina Nascimento (UFPI)
3ª Vice-Presidenta: Annie Schmaltz Hsiou (USP)

Secretária-Geral: Fernanda Maria da Costa Vieira (UFRJ)
1ª Secretária: Jacqueline Rodrigues de Lima (UFG)
2º Secretário: Herrmann Vinicius de Oliveira Muller (UFPR)
3º Secretário: Francisco Jacob Paiva da Silva (UFAM)

1º Tesoureiro: Sérgio Luiz Carmelo Barroso (UESB)
2º Tesoureiro: Diego Ferreira Marques (UFBA)
3ª Tesoureira: Maria do Céu de Lima (UFC)

Regional Norte I
1º Vice-Presidente: Marcelo Mario Vallina (UFAM)
2ª Vice-Presidenta: Letícia Helena Mamed (UFAC)
1ª Secretária: Ceane Andrade Simões (UEA)
2º Secretário: Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior (UFRR)
1º Tesoureiro: Antônio José Vale da Costa (UFAM)
2º Tesoureiro: Kécio Gonçalves Leite (UNIR)

Regional Norte II
1º Vice-Presidente: Marcio Wagner Batista dos Santos (UFPA)
2ª Vice-Presidenta: Ruth Helena Cristo Almeida (UFRA)
1º Secretário: Erivelton Ferreira Sá (UEPA)
2º Secretário: Maike Joel Vieira da Silva (UFOPA)
1ª Tesoureira: Simone Negrão de Freitas (UFPA)
2ª Tesoureira: Diana Lemes Ferreira (UEPA)

Regional Nordeste I
1ª Vice-Presidenta: Lila Cristina Xavier Luz (UFPI)
2ª Vice-Presidenta: Virginia Márcia Assunção Viana (UECE)
1ª Secretária: Helena Martins do Rêgo Barreto (UFC)
2° Secretário: Idelmar Gomes Cavalcante Júnior (UESPI)
1ª Tesoureira: Célia Soares Martins (UFMA)
2ª Tesoureira: Edna Selma David Silva (UFMA)

Regional Nordeste II
1º Vice-Presidente: Josevaldo Pessoa da Cunha (UFCG)
2ª Vice-Presidenta: Emanuela Rútila Monteiro Chaves (UERN)
1ª Secretária: Cristine Hirsch (UFPB)
2º Secretário: Haroldo Loguercio Carvalho (UFRN)
1ª Tesoureira: Maria Fabiana da Silva Costa (UFPE)
2º Tesoureiro: Claudio de Souza Rocha (UFERSA)

Regional Nordeste III
1º Vice-Presidente: Aroldo Félix de Azevedo Junior (UFRB)
2ª Vice-Presidenta: Gracinete Bastos de Souza (UEFS)
1ª Secretária: Carla Benitez Martins (UNILAB)
2ª Secretária: Emanuelle Gonçalves Brandão Rodrigues (UFAL)
1º Tesoureiro: Arturo Rodolfo Samana (UESC)
2ª Tesoureira: Bartira Telles Pereira Santos (UFS)

Regional Planalto
1ª Vice-Presidenta: Lívia Gomes dos Santos (UFG)
2ª Vice-Presidenta: Muna Muhammad Odeh (UNB)
1º Secretário: Marcio Bernardes de Carvalho (UFT)
2º Secretário: Marcelo Jose Moreira (UEG)
1ª Tesoureira: Camila Aparecida de Campos (UFCAT)
2º Tesoureiro: André Felipe Soares de Arruda (UFJ)

Regional Pantanal
1ª Vice-Presidenta: Luciana Henrique da Silva (UEMS)
2º Vice-Presidente: Eralci Moreira Terézio (UFMT)
1º Secretário: Alexandre Bergamin Vieira (UFGD)
2ª Secretária: Eglen Silvia Pipi Rodrigues (UFR)
1ª Tesoureira: Ana Paula Archanjo Batarce (UFMS)
2º Tesoureiro: André Soares Ferreira (UFGD)

Regional Leste
1ª Vice-Presidenta: Jacqueline Magalhães Alves (UFLA)
2º Vice-Presidente: Marcelo Martins Barreira (UFES)
1º Secretário: Cássio Hideo Diniz Hiro (UEMG)
2ª Secretária: Jacyara Silva de Paiva (UFES)
1º Tesoureiro: Adilson Mendes Ricardo (CEFET-MG)
2ª Tesoureira: Carolina Gonçalves Santos (UFV)

Regional Rio de Janeiro
1ª Vice-Presidenta: Maria Raquel Garcia Vega (UENF)
2º Vice-Presidente: João Claudino Tavares (UFF)
1ª Secretária: Amanda Moreira da Silva (UERJ)
2ª Secretária: Camila Azevedo Souza (UFRJ)
1º Tesoureiro: Dan Gabriel D´Onofre Andrade Silva Cordeiro (UFRRJ)
2ª Tesoureira: Joanir Pereira Passos (UNIRIO)

Regional São Paulo
1º Vice-Presidente: Marcos de Oliveira Soares (UNIFESP)
2ª Vice-Presidenta: Regina Célia da Silva (UNICAMP)
1º Secretário: André Kaysel Velasco e Cruz (UNICAMP)
2º Secretário: Wilson Alves Bezerra (UFSCAR)
1ª Tesoureira: Vanessa Vendramini Vilela (UNIFESP)
2º Tesoureiro: Osvaldo Luis Angel Coggiola (USP)

Regional Sul
1ª Vice-Presidenta: Fernanda de Freitas Mendonça (UEL)
2º Vice-Presidente: Edmilson Aparecido da Silva (UEM)
1º Secretário: Alessandro de Melo (UEPG)
2ª Secretária: Sabrina Grassiolli (UNIOESTE)
1º Tesoureiro: Régis Clemente da Costa (UFFS)
2º Tesoureiro: Arandi Ginane Bezerra Junior (UTFPR)

Regional Rio Grande do Sul
1ª Vice-Presidenta: Daniele Azambuja de Borba Cunha (UFRGS)
2º Vice-Presidente: André Rosa Martins (IFRS)
1º Secretário: Guilherme Dornelas Camara (UFRGS)
2ª Secretária: Fabiane Tejada da Silveira (UFPEL)
1ª Tesoureira: Jaqueline Russczyk (IFRS)
2º Tesoureiro: Billy Graeff Bastos (FURG)

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 16 Maio 2025 10:40

 

As cinco Notícias Fato, convertidas em Inquéritos Civis, que questionavam as entidades da educação federal – ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra – pelas mobilizações grevistas em institutos federais por todo o país, foram arquivadas. De acordo com o Subprocurador-Geral da República, Eitel Santiago de Brito Ferreira, "não foram verificadas ilegalidades no fato noticiado, bem como em razão da perda superveniente do objeto do referido procedimento".

Em dezembro do ano passado, as entidades foram notificadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Procuradoria-Geral da República da instauração dos inquéritos, motivados por manifestações contrárias à greve apresentadas ao MPF. Todos os processos foram decorrentes de reclamações sobre a suspensão das aulas em institutos federais e no Colégio Pedro II. 

Lutar não é crime! 

“A decisão pelo arquivamento das notícias fato que denunciaram os professores e professoras da carreira EBTT durante a greve do Setor das Federais, em 2024, foi uma vitória política gigantesca, não só uma vitória jurídica, mas centralmente uma vitória política. Essas denúncias criminalizaram as ações de greve, inclusive questionando se professores e professoras da carreira EBTT poderiam fazer greve”, comentou Caroline Lima, 1ª secretária e encarregada de Assuntos Jurídicos do ANDES-SN.

A diretora lembra que a greve é um direito constitucional e o arquivamento desses processos se configuram, inclusive, no fortalecimento do direito, dos funcionalismos públicos federal, estadual e municipal a exercerem o direito de contestação e de luta por melhores condições de trabalho. “Podemos entender que o arquivamento desse processo é fruto da campanha e do movimento que a gente vem fazendo, no último período, da defesa da luta da categoria, da defesa de se fazer greve, de se fazer mobilização, de se fazer paralisação. Lutar não é crime!”, ressaltou.

Caroline acrescentou que “os arquivamentos dos processos comprovam que as professoras e os professores da base do ANDES-SN estão corretas e corretos no momento de fazer enfrentamento a todos os governos e reitorias que retiram direitos”. “Seguimos em luta!”, concluiu.

Fonte: Andes-SN

Quinta, 15 Maio 2025 17:59

 

Movimento defende restaurante gratuito e recomposição orçamentária das universidades

 

Nos dias 13 e 14/05, estudantes do ensino superior e técnico de todo o Brasil realizaram mobilizações em defesa das políticas de Assistência Estudantil - que visam garantir a permanência dos alunos na instituição até a conclusão do curso. Um dos grandes motivos da crescente evasão nas universidades tem sido, justamente, o fato dessas políticas não estarem conseguindo atender seu objetivo, fazendo com que os estudantes abandonem as salas de aula para trabalhar. Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) organizou um ato em frente ao Restaura Universitário (RU) para dar o ponta pé inicial à luta pela universalização da alimentação. Sim, os estudantes da UFMT querem um RU gratuito.   

 

A atividade, realizada na quarta-feira (14), em Cuiabá, teve como objetivo apresentar a demanda aos estudantes, como explicou a coordenadora geral do DCE, Rayssa Piovani. “Nós fizemos uma concentração no RU, na hora do almoço, quando há uma movimentação maior. Fizemos oficina de cartazes e abrimos inscrições para intervenções de estudantes sobre a insatisfação com relação ao serviço prestado pela empresa que administra o RU hoje [Kadeas Restaurante]. Existem muitas queixas com relação à qualidade da comia que é ofertada pelo RU. E nós também estávamos com um abaixo assinado pelo RU gratuito. O ato de ontem, junto com o abaixo assinado, foi o primeiro passo que a gente deu para essa luta. O objetivo é começar mobilizando os estudantes, discutindo sobre a possibilidade de ter um RU gratuito, para que a partir daí a gente comece a fazer o convencimento político e futuramente, nas próximas mobilizações, tenha cada vez mais adesão dos estudantes em torno dessa causa”.

 

A representante do Movimento Correnteza, que assumiu recentemente a coordenação do DCE, afirmou que a construção desta luta é um compromisso assumido pelo grupo, e lembrou que também foi luta histórica da União Nacional dos Estudantes (UNE). “Hoje em dia essa luta está meio abandonada, esquecida, mas até antes mesmo da universidade ser proletarizada, ou seja, ter uma inserção maior da classe trabalhadora, a UNE encampava essa luta. Então, hoje, entendendo a conjuntura que a gente vive, o cenário de fome, de insegurança alimentar que existe no Brasil, a gente entende que é importante avançar mais na política de alimentação dentro das universidades, e o que a gente quer para a UFMT é o RU gratuito”, acrescentou.   

 

   

 

Para a estudante, é uma contradição que Mato Grosso, um dos estados que mais produz e exporta grãos e gado, o terceiro maior em tamanho e território disponível para produção de alimentos, registre, também, uma insegurança alimentar que chega a atingir cerca de 1/3 da sua população. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, mais de 1 milhão de pessoas não tiveram alimentação adequada ou suficiente dentro do chamado “celeiro do mundo”. Durante a pandemia de Covid-19, o estado ficou conhecido, inclusive, como o local onde de formou a “fila do ossinho”, onde centenas de pessoas se aglomeraram para receber doação de ossos que um açougue, normalmente, descartaria.

 

“A gente não vê uma perspectiva de melhora neste cenário, porque o preço dos alimentos aumenta todos os dias e o salário mínimo não acompanha. Dentro das universidades não há reajuste anual dos auxílios moradia, alimentação, ou seja, eles também não conseguem acompanhar o aumento do custo de vida. Os estudantes sobrevivem com o mínimo. Em 2023 a gente teve um reajuste do auxílio permanência, de R$ 400,00 para R$ 700,00, mas já se passaram dois anos e a gente não sabe quando, nem se haverá, de novo, algum reajuste”, afirmou a coordenadora.

 

Os estudantes aproveitaram a pauta para denunciar, também, a terceirização dentro da universidade, já que o Restaurante Universitário, já há alguns anos, não é mais gerido pela instituição. A reestatização do Restaurante seria um passo importante para uma possível gratuidade.

 

 

  

Além disso, a recomposição orçamentária das instituições de ensino superior e técnico também ocupou o centro do debate. “A LOA [Lei Orçamentária Anual] 2025 foi aprovada e, mais uma vez, as universidades vão trabalhar com um orçamento muito inferior ao necessário. Uma das lutas do Movimento Estudantil, nacionalmente, é pela recomposição orçamentária das universidades. Não tem como falar de melhores condições de permanência, ampliação das políticas de assistência estudantil, sem falar do orçamento. Mas algo que temos denunciado, nas universidades principalmente, é o pagamento dos juros da Dívida Pública, que toma um valor absurdo do orçamento federal. A gente tem um dado da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) que aponta que, só em 2024, o Brasil destinou quase R$ 2 trilhões do orçamento para o pagamento da dívida pública. Então, a gente tenta conscientizar os estudantes de que o problema não é dinheiro, mas sim o que é prioridade para o Governo. O Governo Federal está privilegiando suas relações com os bancos, com os grandes empresários, e deixado as universidades respirarem com ajuda de aparelhos mesmo, trabalhando no limite. Como um país que destina trilhões de seu orçamento para o pagamento de uma dívida externa oferece apenas esse valor para a Educação?”, questionou Piovani.

 

Em contraposição a esses 42,96% dos recursos públicos destinados ao pagamento de juros da Dívida Pública em 2024, o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) recebeu, no mesmo ano, apenas R$ 1,5 bilhão, para que todas as universidades e institutos federais do país dessem conta das políticas de assistência estudantil durante o ano inteiro. Isso representa 0,033% do orçamento. Ainda segundo a ACD, a Educação, como um todo, executou, naquele ano, 2,95% do orçamento, que corresponde a cerca de R$ 135,7 bilhões.

 

“O RU precisa cumprir a sua função de ser, de fato, uma política de assistência estudantil, não uma forma de dar lucro para empresas privadas, por meio da terceirização. A gente sabe que não é uma luta fácil, não é algo que vem do dia para a noite, e que muito provavelmente não é a nossa gestão que vai trazer essa conquista. Mas a gente precisa dar o primeiro passo. Então, o que a gente tá fazendo é gerar condições para que essa luta ganhe o máximo de estudantes possível, e que, futuramente, uma outra geração do Movimento Estudantil possa dar continuidade a ela, para que todos os estudantes da universidade possam ter acesso a alimentação de forma gratuita. Nosso maior objetivo, ontem, foi dar início a essa luta, fazer ela tomar corpo, até que um dia gere consequências, que é a gratuidade do RU”, concluiu a estudante.

 

 

 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Fotos: DCE/ UFMT Cuiabá

Quinta, 15 Maio 2025 14:38

 

Faleceu na terça-feira (13), no Uruguai, aos 89 anos, o ex-presidente, ex-guerrilheiro e dirigente político José Alberto “Pepe” Mujica Cordano. Em nota divulgada nesta quarta-feira (14), por meio da Circular 214/2025, a diretoria do ANDES-SN manifestou profundo pesar pela morte do militante, cuja trajetória se tornou símbolo de resistência, coerência e compromisso com as lutas populares.

O sindicato ressaltou que o luto por Mujica transcende sua atuação como presidente do Uruguai (2010-2015) ou sua participação em governos progressistas da América Latina. “Nosso pesar não vem do fato de ter sido Mujica presidente da República Oriental do Uruguai, ou mesmo ter se inserido em um rol de governos de natureza 'progressista' que, em onda, tomou nossa ‘Pátria Grande’ nas últimas décadas. Mas, sim, pelo exemplo obstinado de militante, que não se vergou ante as atrocidades promovidas pelo terrorismo de Estado e seguiu com coerência e disposição os rumos de uma vida boa”, afirmou o texto.

A nota resgata o histórico de vida e de militância de Pepe Mujica, que é filho de agricultores e iniciou sua trajetória política ainda jovem, se engajando em diferentes frentes de luta até se tornar militante do Movimento de Libertação Nacional, conhecido como Tupamaros - grupo guerrilheiro urbano, que operou nos anos 1960 e 1970 e enfrentou a ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985). Preso antes mesmo da instauração da ditadura empresarial-militar uruguaia, Mujica passou 13 anos no cárcere, sendo 11 em prisão solitária, sob o regime de terrorismo de Estado.

Após a redemocratização, Mujica continuou sua trajetória de luta pelas liberdades democráticas e passou a atuar na política institucional do país. Ainda que tenha ocupado os cargos mais altos do poder Executivo, sua trajetória foi marcada pela vida simples, sensibilidade social e ambiental e pela firmeza de propósitos em defesa da justiça social e da soberania popular.

“Deixa no exemplo e imaginário boas disposições para construção de um mundo novo, que é tudo que desejamos no nosso depositar de energias militantes”, concluiu a nota do Sindicato Nacional.

“Pepe” Mujica, que completaria 90 anos no próximo dia 20, revelou em abril do ano passado o diagnóstico de câncer no esôfago. Desde então, passou a levar uma vida mais reclusa, com raras aparições públicas. Ele vivia em uma chácara nos arredores de Montevidéu, onde manteve até o fim o estilo de vida simples que sempre o caracterizou.

Acesse aqui a nota da diretoria do ANDES-SN

 

Fonte: Andes-SN

Quarta, 14 Maio 2025 14:07

A Adufmat-Ssind lança, nesta quarta-feira, 14/05, a nova campanha contra os assédios sexual, moral e todos os tipos de violência.

O material faz parte do processo de debate entre o sindicato e as entidades representativas da comunidade acadêmica, com o objetivo de construir uma política institucional contra as práticas assediosas e outras violências. Adufmat-Ssind, Sintuf-MT e DCE seguem pleiteando, junto à Reitoria, que a proposta seja apresentada ao Consepe e a toda comunidade acadêmica formalmente.

A ideia é fazer circular, também, cartilhas informativas, cartazes e outros vídeos.

Assista, abaixo, o primeiro vídeo da campanha "Contra os assédios sexual, moral e todos os tipos de violência":

Terça, 13 Maio 2025 10:16

 

O Senado aprovou, na última semana, o Projeto de Lei 1958/21, que reserva às pessoas negras, indígenas e quilombolas 30% das vagas em concursos públicos federais. O texto segue para sanção presidencial.

As senadoras e os senadores rejeitaram as mudanças as principais mudanças realizadas pela Câmara dos Deputados, como a antecipação da revisão da lei e a dispensa dos processos de heteroidentificação. Foram acatadas apenas as alterações redacionais promovidas.

De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), a medida substitui a Lei de Cotas no Serviço Público (Lei 12.990/2014), que perdeu a vigência em junho de 2024. A lei previa a reserva de 20% das vagas em concursos públicos para negras e negros.

De acordo com o texto aprovado, serão reservadas para pessoas negras 30% das vagas disponíveis em concursos públicos e processos seletivos simplificados de órgãos públicos, sempre que forem ofertadas duas ou mais vagas. Quando esse cálculo resultar em números fracionários, haverá o arredondamento para cima se o valor fracionário for igual ou superior a 0,5, e, para baixo, nos demais casos.

Serão consideradas pessoas negras aquelas que assim se autodeclararem e apresentarem características que possibilitem seu reconhecimento social como negras. Os editais dos concursos deverão prever processos de confirmação complementar à autodeclaração, observando diretrizes como a padronização de regras em todo o país, a participação de especialistas, o uso de critérios que considerem as características regionais, a garantia de recurso e a exigência de decisão unânime para que o colegiado responsável pela confirmação conclua por atribuição identitária diferente da declaração do candidato.

Caso a autodeclaração seja indeferida, o candidato ainda poderá disputar as vagas destinadas à ampla concorrência, exceto se houver indícios de fraude ou má-fé, situação em que será excluído do concurso ou, se já tiver sido nomeado para o cargo, terá a sua admissão anulada.

O projeto também prevê a reserva de vagas para indígenas e quilombolas nos concursos públicos, mas não especifica percentual, que deverá ser estabelecido em regulamento.

Reparação histórica

O ANDES-SN classifica a ampliação das cotas como um avanço na luta por uma sociedade mais justa e equitativa. “A reserva de cotas em concursos públicos representa uma conquista dos movimentos negros visando reparar as desigualdades raciais que marcam profundamente a sociedade brasileira. Nosso sindicato defende de forma intransigente essa conquista, pois compreende não ser possível construir uma educação pública, gratuita e socialmente referenciada sem políticas de enfrentamento ao racismo em todas as suas formas de manifestação”, afirmou a entidade, em carta entregue a parlamentares no final do ano passado, durante a tramitação da proposta na Câmara.

O Sindicato Nacional também destacou que o PL 1958/2021 é mais um passo significativo na construção de uma educação antirracista, que é um compromisso essencial para o fortalecimento da democracia e da inclusão social no Brasil.

Saiba mais: 
ANDES-SN pressiona parlamentares pela aprovação de PL que amplia cotas em concursos públicos

Fonte: Andes-SN

Terça, 13 Maio 2025 08:45

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Danilo de Souza*



 

 

 

            Estamos dando início a uma nova série de textos nesta coluna dedicada às grandes revoluções energéticas que moldaram a história dos Sapiens. A cada edição, vamos explorar como o domínio de diferentes recursos/tecnologias de energia transformou a forma como vivemos, trabalhamos, comemos, nos locomovemos e organizamos a sociedade. Esta jornada começa com o fogo — a primeira grande ruptura energética — e seguirá por momentos decisivos como a agricultura, os ventos e as águas, o vapor, os combustíveis fósseis, a eletricidade, o átomo, as fontes renováveis e a digitalização da energia.
           O domínio do fogo marcou uma das transformações mais profundas na trajetória evolutiva dos Homo sapiens, e pode ter começado entre 1,9 e 1,8 milhão de anos atrás, com o ancestral que chamamos hoje de Homo erectus. Muito antes da agricultura ou das ferramentas metálicas, nossos ancestrais deram um salto adaptativo ao aprender a controlar uma fonte externa de energia: o fogo. Essa conquista, além de mudar radicalmente a relação com o ambiente, também teve efeitos duradouros sobre nossa biologia, cognição e organização social — configurando-se como a primeira grande revolução energética da humanidade.
           O primatólogo Richard Wrangham (2009), em Catching Fire: How Cooking Made Us Human, argumenta que o cozimento dos alimentos foi o fator determinante para o avanço do gênero Homo. Ao tornar os alimentos mais digestíveis – portanto, energeticamente mais eficientes, a cocção reduziu a necessidade de um sistema digestivo volumoso. Isso permitiu uma redistribuição de energia no corpo, favorecendo o crescimento do cérebro em detrimento do intestino.
           Esse “acordo biológico” entre digestão externa — feita pelo calor — e a expansão cerebral foi decisivo. Com menos esforço digestivo, o corpo pôde direcionar energia metabólica ao cérebro.  Alfred W. Crosby (2006), em seu texto “Children of the Sun: A History of Humanity's Unappeasable Appetite for Energy”, chega a essa mesma conclusão ao afirmar que, muito possivelmente, a cocção influenciou decisivamente a possibilidade de redução do trato intestinal e o aumento do cérebro.
           Os estudos de Wrangham e Crosby e respectivos grupos de pesquisa em Biologia Evolutiva Humana são corroborados pela neurocientista brasileira Suzana Herculano-Houzel (2017), em sua obra A Vantagem Humana, que reforça que cozinhar alimentos foi fundamental para sustentar o cérebro humano moderno, com seus 86 bilhões de neurônios. Ela evidencia que nenhum outro primata tem capacidade metabólica suficiente para alimentar um cérebro tão complexo sem a cocção. A digestão de alimentos crus requer tempo excessivo de mastigação e gasto energético elevado. Cozinhar tornou possível uma alimentação mais eficiente, permitindo que o cérebro crescesse sem sacrificar o resto do corpo.
           Vale destacar que a capacidade de simbolizar, raciocinar, lembrar e comunicar conferiu à nossa espécie o nome Homo sapiens — o humano de “saber”. Para sustentar esse cérebro altamente desenvolvido, que consome até 25% da nossa energia, o corpo humano evoluiu com adaptações notáveis: temos dentes pequenos e um trato gastrointestinal reduzido, em contraste com nossos parentes primatas. Enquanto os macacos possuem um sistema digestivo mais robusto, nós compensamos com um cérebro proporcionalmente muito maior — um claro reflexo das prioridades energéticas distintas entre as espécies.
           A transformação do corpo humano é um dos maiores testemunhos dessa evolução. A partir do Homo erectus, há cerca de 1,9 milhão de anos, observam-se mudanças anatômicas como mandíbulas mais finas, dentes menores e intestinos mais curtos. Essas alterações indicam uma adaptação clara a uma dieta composta por alimentos processados termicamente. O encurtamento do trato digestivo e a expansão cerebral são evidências diretas da reorganização fisiológica proporcionada pelo domínio do fogo. A Figura ilustra a evolução do cérebro: partindo do Homo habilis, com cerca de 600 cm³ de volume cerebral, passando pelo Homo erectus (~800 cm³), até chegar ao Homo sapiens, com volumes próximos de 1500 cm³, justamente após o domínio do fogo e o estabelecimento da cocção como prática central.

 

 

           

Convém salientar que a mudança no padrão alimentar e no metabolismo não teria sido possível sem a tecnologia do fogo. Coletar madeira, manter uma chama acesa durante dias, protegê-la da chuva e transmiti-la entre grupos exigiram capacidades cognitivas elevadas. Além disso, o fogo passou a representar mais do que calor ou cocção: ele assumiu valor simbólico, sendo associado à proteção, ao sagrado e à identidade coletiva. Em praticamente todas as culturas humanas conhecidas, a fogueira é um centro em torno do qual se reúnem histórias, decisões e memórias.
           Além dos ganhos fisiológicos, de fato, o fogo teve implicações sociais profundas. A cocção exigia planejamento, divisão de tarefas e convívio em torno da chama. Esses momentos de partilha podem ter sido o berço das primeiras estruturas sociais complexas, da linguagem e da cultura simbólica. O fogo permitiu aos hominídeos estenderem suas atividades para o período noturno, criando um novo espaço de tempo artificial — uma “noite iluminada” — que favoreceu o aprendizado coletivo e o fortalecimento de vínculos afetivos.
           Um dado curioso revelado por estudos contemporâneos é o tempo médio diário que um primata gastaria para se alimentar, caso dependesse somente de alimentos crus - até seis horas diárias dedicadas apenas à mastigação. Já os Sapiens, ao adotarem o cozimento, reduziram esse tempo para menos de uma hora em média. Com isso, nossos ancestrais ganharam tempo para aprender, ensinar, migrar e criar.
           Do ponto de vista energético, o fogo foi a primeira ferramenta humana de conversão de energia. Diferentemente das outras formas de vida, que dependem exclusivamente de fontes energéticas internas (como calorias oriundas de alimentos crus), os Sapiens passaram a ter graus de controle de uma reação exotérmica — a combustão — para modificar seu ambiente e seu próprio corpo. Trata-se do primeiro uso sistemático de energia exógena, que se tornaria o modelo para todas as revoluções energéticas seguintes: a do carvão, do petróleo, da eletricidade e digital. A utilização dessa força exógena marca outro ponto que simboliza a superação do Homem da contradição imposta pela Natureza, de acordo com “o conceito de tecnologia” de Alvaro Vieira Pinto (1977). Sob a ação ativa e consciente da espécie Homus, a natureza deixa de ser cada vez mais uma oposição à sobrevivência do Homem e passa a ser, inclusive, um fator favorecedor da sua sobrevivência. O domínio do fogo é, então, mais um degrau superado na escada humana de manipulação das leis da natureza ao seu favor.
           O impacto cultural e simbólico do fogo também foi explorado pela ficção. O filme francês “A Guerra do Fogo”, de 1981, dirigido por Jean-Jacques Annaud, dramatiza com intensidade a luta de grupos humanos primitivos para preservar e redescobrir o fogo após perdê-lo. Ambientado há 80 mil anos, a obra retrata a importância do fogo como tecnologia central à sobrevivência. Ainda, ilustra como o fogo era visto como um bem sagrado e estratégico, cuja perda colocava em risco a existência da comunidade.
           Assim sendo, o domínio do fogo foi uma revolução energética no sentido mais amplo do termo: uma transformação estrutural na forma como os seres humanos obtêm, distribuem e aplicam energia. Foi a partir do fogo que se tornou possível cozinhar, crescer cerebralmente, formar grupos estáveis e planejar o futuro. Essa energia controlada alterou o curso da evolução, criando um tipo de animal: o animal que cozinha, o animal que pensa, os Sapiens.

OBS: Coluna publicada mensalmente na revista - "O Setor Elétrico".

 


*Danilo de Souza é professor na FAET/UFMT e pesquisador no NIEPE/FE/UFMT e no Instituto de Energia e Ambiente IEE/USP.

Segunda, 12 Maio 2025 08:11

 

A Comissão Eleitoral Central (CEC) divulgou nesta sexta-feira (9), o resultado parcial das eleições para a próxima diretoria do ANDES-SN, biênio 2025/2027. Conforme a apuração das urnas, a Chapa 1 - “ANDES pela base: diversidade e lutas” venceu as eleições com 6.452 votos (43,61%).

Chapa 4 - “Oposição para renovar o ANDES-Sindicato Nacional” ficou em segundo lugar, com 3.574 votos (24,16%); a Chapa 2 - “RENOVA ANDES”, obteve 2.390 votos (16,15%) e a Chapa 3 - “ANDES-SN Classista e de Luta”, 2.015 votos (13,62%). Os porcentuais relacionam-se com o total dos votos válidos.

O resultado final das eleições será promulgado na segunda-feira (12), quando termina o prazo para análise de recursos. A Comissão Eleitoral Central (CEC) do ANDES-SN retoma os trabalhos neste sábado (10), a partir das 10 horas.

 

Fonte: Andes-SN 

Sexta, 09 Maio 2025 15:22

 

O Primeiro de Maio voltou a ser dia de ocupar as ruas em Cuiabá. Desde a pandemia de Covid-19, entidades de trabalhadores não organizavam ato unificado em defesa dos direitos no dia em que o mundo tem a tarefa de parar e pensar nos rumos da engrenagem que move as sociedades, como ficou bem evidenciado, inclusive na pandemia: o trabalho. Em 2025, a pauta voltou a ser apresentada publicamente na capital mato-grossense.   

 

A Associação dos Docentes da Universidade Federa de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) foi uma das entidades organizadoras, assim como o Unidade Popular pelo Socialismo (UP), a Organização Socialista Libertária (OSL) e o coletivo Cuiabá contra Escala 6x1 – que significa uma semana com seis dias seguidos de trabalho e apenas um dia de folga.

 

Segundo a diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda, a pauta da redução da jornada de trabalho sem redução dos salários é imprescindível para o tempo presente. “Desde a pandemia nós não tínhamos um Primeiro de Maio nas ruas. E ele é um dia internacional de lutas fundamental para a classe trabalhadora estar nas ruas pautando o avanço dos direitos. No contexto em que estamos na berlinda, perdendo direitos, e lutando para resistir, esse ano nós tivemos uma novidade no cenário, que é a luta contra a escala 6x1. Essa reivindicação tem conseguido unificar a classe trabalhadora, porque ela é fundamental, diz respeito a questões materiais e concretas bastante eminentes. Ela é uma pauta antirracista, na medida em que são as pessoas negras, indígenas, pardas é que são a maioria nos piores postos de trabalho; é uma pauta feminista, porque são mulheres que estão nas terceirizadas, nos empregos mais precários - além de terem a escala 7x0 em relação aos trabalhos domésticos e de cuidados; é antilgbtfóbica, porque são também os LGBTs que acabam assumindo os piores postos de trabalho; e, por fim, é uma pauta ambiental, porque hoje a gente vive um colapso ambiental, fruto da extração sem limites da natureza, como se ela fosse um galpão de recursos, quando, na verdade, ela é um ente vivo, e como um ente vivo precisa ter necessidades repostas, para que possa seguir existindo e repor também as nossas necessidades”, explicou a professora.

 

 Fotos concedidas pelos manifestantes

 

Além de defender o fim da escala de trabalho 6x1, os manifestantes fizeram intervenções em defesa dos direitos da população em situação de rua. “O Abílio Brunini assumiu a Prefeitura, proibindo entrega de marmitas e com um discurso perseguindo esse seguimento da nossa classe. E recentemente, num curto espaço de um mês, três pessoas em situação de rua foram assassinadas em Cuiabá. Então a gente também ocupou as ruas para falar que todas as vidas importam”, acrescentou Lacerda.   

 

Para Edzar Allen, membro da OSL, a ideia de conciliação de classes é a grande responsável pela redução da capacidade de mobilização dos movimentos sociais de trabalhadores no Brasil. “Nós vivemos uma conjuntura nacional e internacional na qual os governos vêm avançando nas políticas de extermínio do povo. O povo palestino está sendo massacrado, e outras regiões e continentes também têm guerras por conta dos interesses privados do capitalismo. Quando a gente fala em Brasil, é extremamente importante remeter a muitos anos atrás, a necessidade de retomarmos a luta unificada dos trabalhadores contra a conciliação de classes que imperou no Brasil e veio destruindo todo o processo de organização e luta sindical. No próximo ano tem eleição, e mais uma vez a gente corre o risco dessa luta tão importante, sobre a escala 6x1, ser tomada como balanço para palanque. A gente não pode cair nesta falácia. A 6x1 tem de ser processo da luta, da pressão e da cobrança dos governantes diuturnos. Caso contrário, vai passar mais um projeto que não trará nenhuma melhoria para nós. Corremos o risco de cairmos na mesma demanda, e beneficiar o patrão com a redução salarial. E é somente nesse processo, cada vez mais constante, de ocupar os espaços de organização, que nós avançaremos”, observou.

 

Após as falas de representantes das entidades, os manifestantes percorreram algumas das principais avenidas do centro de Cuiabá, como a Getúlio Vargas e Isaac Póvoas, dialogando com a população que estava trabalhando ou transitando pela regão.

 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 09 Maio 2025 11:39

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Valfredo da Mota Menezes*

Foi o filosofo italiano Luciano De Crescenzo que formulou a ideia de que o ser humano é um anjo de “apenas uma asa”. Assim, só podem voar se estiverem abraçados. Só pede voar se tiver companhia. Só funciona se forem dois. É necessário que haja parceria para alcançarmos o crescimento e a realização. São necessárias a parceria e a camaradagem para que tenhamos a possibilidade de alçar voo. Quantas vezes, durante a nossa vida caímos e “quebramos a cara” por causa do individualismo exacerbado ou da crença de que podemos fazer ou conquistar tudo sozinho. No entanto, a metáfora do anjo de uma asa, nos lembra que, para alçar voos mais altos, precisamos do apoio e do companheirismo de outra pessoa. Não basta apenas querer voar. É necessário ter alguém disposto a compartilhar essa jornada, equilibrando forças e complementando habilidades. Esta metáfora nos faz refletir sobre o valor da união e da cooperação em nossas vidas.

A amizade desempenha um papel essencial. Por ser baseada na confiança, é o elemento fundamental para que possamos nos sentir seguros para voar mais alto. Os amigos estão sempre nos apoiando nas dificuldades ou vibrando com nossas conquistas. Um amigo não apenas nos ajuda a equilibrar nossas asas, mas também nos encoraja a seguir em frente quando temos medo de cair. E isso reforça a importância da complementaridade em qualquer tipo de relacionamento, seja ele amoroso, familiar, profissional ou de amizade. O verdadeiro crescimento ocorre quando há equilíbrio entre dar e receber, entre ensinar e aprender.

Podemos dizer o mesmo de um grupo grande de pessoas, de uma sociedade, quando o egoísmo e a individualidade dominam, nunca chegará a lugar nenhum.

Precisamos uns dos outros para crescer, para aprender e para alcançar nossos sonhos. Se quisermos voar mais alto, devemos encontrar aqueles que compartilham do nosso objetivo e estão dispostos a nos abraçar para, juntos, tocarmos o céu e alcançarmos o infinito.

 

*Médico, Professor Associado – Medicina/UFMT (aposentado). Doutor em Medicina Interna e Terapêutica.