Assembleia encaminha mais tempo para pensar ações pelo acordo de greve e avaliar parecer de contas e normatização do Arquivo da Adufmat-Ssind
A assembleia geral realizada pela Adufmat-Seção Sindical do Andes-SN nesta quarta-feira, 25/06, encaminhou que haja mais tempo para as decisões sobre os pontos de pauta convocados pelo edital, que foram: mobilizações em defesa do cumprimento do Acordo de Greve firmado em 2024 (Dia Nacional de Lutas), apreciação do parecer do Conselho Fiscal gestão 2019-2021 e do documento que versa sobre a normatização do Arquivo Central da Adufmat-Ssind.
Com relação ao Dia Nacional de Luta convocado pelo Andes-Sindicato Nacional para esta quinta-feira, 26/06, os presentes entenderam que o tempo para organizar a mobilização seria muito curto, e encaminharam que a Diretoria da Adufmat-Ssind deve fazer contato com outras entidades de servidores federais para avaliar conjuntamente os pontos do Acordo de Greve ainda não cumpridos e organizar uma plenária e/ou mobilização com mais tempo.
Sobre a apreciação do parecer do Conselho Fiscal gestão 2017-2019, o professor Aldi Nestor de Souza lembrou que o parecer havia sido aprovado em assembleia realizada anteriormente (em 11/03, saiba mais aqui), com apenas uma ressalva para inclusão de documento que estava faltando, o que já foi feito. Assim, o ponto de pauta foi superado.
Também sobre a apreciação do parecer do Conselho Fiscal gestão 2019-2021, os docentes decidiram que seria melhor dar publicidade ao documento e convocar nova assembleia, posteriormente, para discutir seu conteúdo. A íntegra do parecer está disponível aqui, e a assembleia geral para debater este ponto de pauta novamente já está convocada para a tarde da próxima terça-feira, 01/07 (leia aqui a convocação).
O último ponto de pauta, normatização do Arquivo Central da Adufmat-Ssind, também foi encaminhado para assembleia geral futura devido à ausência dos proponentes e a não publicação prévia da proposta. Este debate também ocorrerá na assembleia geral convocada para a próxima semana, junto à apreciação do parecer do Conselho Fiscal gestão 2019-2021, e a proposta de normatização que será avaliada está disponível aqui.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
ATUALIZADO - Edital de Convocação para Assembleia Geral da Adufmat-Ssind - 01/07/25 (terça-feira), às 13h30
*Atualizado às 14h28 do dia 26/06/25 para adequação à errata publicada no mesmo dia (leia aqui).
1) Parecer do conselho fiscal sobre a prestação de contas da gestão da ADUFMAT 2019-2021 (documento disponível aqui);
2) Informes;
3) Normatização do Arquivo Central da ADUFMAT (documento disponível aqui).
Edital de Convocação para Assembleia Geral da Adufmat-Ssind - 25/06/25 (quarta-feira), às 13h30
Edital complementar de convocação para Assembleia Geral da Adufmat-Ssind - 30/05/25 (sexta-feira), às 13h30
Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária PRESENCIAL a se realizar:
Data: 30 de maio de 2025 (sexta-feira)
Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes
Pontos de pauta:
1) Informes;
2) Apreciação do Regimento Eleitoral para eleições da Diretoria Geral e representações locais da Adufmat-Ssind;
3) Indicação de terceiro suplente da Comissão Eleitoral para eleições da Diretoria e representação local de Subsede da ADUFMAT.
Cuiabá, 29 de maio de 2025
Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais
ATUALIZADO | Edital de convocação para Assembleia Geral da Adufmat-Ssind - 30/05/25 (sexta-feira), às 13h30
*Atualizado às 16h do dia 29/05 para inclusão de terceiro ponto de pauta, conforme publicado em edital complementar (clique aqui para ler).
A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária PRESENCIAL a se realizar:
Data: 30 de maio de 2025 (sexta-feira)
Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes
Pontos de pauta:
1) Informes;
2) Apreciação do Regimento Eleitoral para eleições da Diretoria Geral e representações locais da Adufmat-Ssind;
3) Indicação de terceiro suplente da Comissão Eleitoral para eleições da Diretoria e representação local de Subsede da Adufmat-Ssind.
Cuiabá, 27 de maio de 2025
Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais
Assembleia docente aprova reforma na Adufmat-Ssind, comissão responsável pela eleição da nova diretoria da entidade e outros encaminhamentos
Em assembleia geral realizada nesta quinta-feira, 22/05, na Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os docentes presentes aprovaram a realização de reforma na sede do sindicato, além da comissão eleitoral que ficará responsável pela eleição da nova diretoria nos próximos meses. Outros pontos de pauta, como plano de trabalho do GT Encargos Docentes para a Reformulação da Resolução 158/10, e reforços à Comissão da Memória, Justiça, Verdade e Reparação – incluído, a pedido, no início da assembleia -, também foram debatidos e encaminhados.
Durante o ponto de pauta Informes, a Diretoria detalhou a questão dos descontos sindicais que foram atualizados, alguns com valores errados (leia nota aqui). A diretora Adriana Pinhorati garantiu que não houve erro intencional, que os equívocos já foram identificados e os valores que foram descontados acima da contribuição correta serão devolvidos. A categoria contribuiu com o informe, reiterando que a atualização do desconto sindical é um direito do sindicato, e que a universidade não pode dificultar o acesso aos dados corretos, como está fazendo desde 2023.
A também diretora, Lélica Lacerda, falou sobre a denúncia realizada sobre o fechamento das salas voltadas ao atendimento de mulheres vítimas de violência nas UPAS de Cuiabá (leia aqui). O caso está ganhando repercussão na imprensa e a administração municipal deve responder ao Ministério Público e à Câmara Municipal já nos próximos dias. A lei determina que os esses espaços sejam descentralizados para facilitar o socorro às mulheres agredidas, tanto no atendimento médico quanto ao relacionado a questões legais, psicológicas e sociais.
O professor Breno dos Santos, diretor da Regional Pantanal do Andes-Sindicato Nacional, avisou que é 10 de junho o prazo final para submissão de teses para o 68º Conselho do Andes (Conad), que será realizado em Manaus entre os dias 11 e 13/07. Também lembrou que o sindicato nacional realizará o 2º Seminário Reorganização da Classe Trabalhadora nos dias 28 e 29/06.
Deste último evento citado, participarão os professores Aldi Nestor de Souza e Luzinete Vanzeler, membros do Grupo de Trabalho Política e Formação Sindical (GTPFS) da Adufmat-Ssind. Nestor de Souza aproveitou para informar, ainda, que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMT (Consepe) iniciará a discussão sobre o calendário acadêmico nos próximos dias, e que uma das propostas é regularizar o ano letivo em março de 2026, a partir da redução de 100 dias letivos para 85, em 2025, e da inclusão de outras atividades que compensem esses 15 dias.
Memória, Justiça, Verdade e Reparação
O segundo ponto de pauta, conforme solicitado no início da assembleia, foi o da Comissão da Memória, Justiça, Verdade e Reparação. A Adufmat-Ssind elegeu, em assembleia realizada em 11/03/25, os docentes Ary Albuquerque, Patrícia Félix, Irenilda Santos e Waldir Bertúlio para compor esta comissão, que visa levantar informações sobre docentes que foram perseguidos, presos, torturados, punidos de alguma forma pela ditadura militar, bem como criar espaços de memória dentro da universidade. A intenção é, diante desses dados, reivindicar a implementação de políticas de reparação, inclusive financeira.
O grupo pretende iniciar uma série de atividades nesse sentido e retomou a questão em assembleia para ampliar a participação da categoria com a inserção de novos membros. Os professores Aldi Nestor de Souza e Francisco de Arruda Machado (Chico Peixe) se interessaram pelo tema e, a partir de agora, fortalecem o grupo.
Eleições para a Diretoria da Adufmat-Ssind
A assembleia desta quinta-feira, conforme disposição regimental, deu início ao processo para eleger a nova diretoria da Adufmat-Ssind, que ficará responsável por organizar e dirigir as lutas da categoria pelos próximos dois anos (2025-2027). O primeiro passo foi indicar a comissão, que terá a tarefa de apresentar a minuta do regimento e o calendário eleitoral numa próxima assembleia.
A sugestão inicial é de que a posse da nova diretoria seja programada para antes do dia 27/07 (quando termina oficialmente o mandato da direção atual), para que haja um tempo maior dedicado à transição – inclusive porque o sindicato estará passando por reforma.
Ao final do ponto de pauta, se colocaram à disposição para integrar a comissão os docentes Maelison Neves, Robson Lopes e Vercides Silva (como titulares) e Ana Paula Sacco e Clarianna Silva (como suplentes).
Reforma da sede da Adufmat-Ssind
Quem transita pela sede da Adufmat-Ssind, em Cuiabá, já percebeu que o prédio está precisando de reforma e faz tempo. Há cerca de dois meses, os trabalhadores foram realocados em salas comerciais alugadas por falta de condições de continuidade no local, pois a cobertura de palha, além do acúmulo natural de poeira, ácaros e resíduos, foi prejudicada ainda mais pela umidade e pela presença de animais que fizeram do telhado do prédio sua morada.
Sendo assim, a direção iniciou o processo de coleta de informações, com a solicitação do cálculo estrutural e dos orçamentos, apresentados na assembleia desta quinta-feira.
A professora Adriana Pinhorati fez informes sobre as condições de caixa do sindicato, afirmando que uma parte do recurso já tem sido aprovisionado pela diretoria, especialmente pela economia na compra de passagens para os eventos nacionais. Desde o início do mandato, a administração tem solicitado que os docentes informem com antecedência as datas dos eventos dos quais vão participar, para tentar desonerar os gastos. Pinhorati falou, ainda, sobre os dois orçamentos obtidos, segundo ela, com certa dificuldade, porque as empresas não estão acostumadas a trabalhar com o padrão côncavo da cobertura da sede.
Mas essa discussão não acaba na reforma. O debate é financeiro e também político, considerando que, apesar da existência de contrato de comodato entre Adufmat-Ssind e UFMT, que tem ainda mais de 20 anos de vigência, a administração anterior da Reitoria tentou cobrar aluguel do sindicato, e a atual está montando uma comissão com Adufmat-Ssind e Sintuf/MT para discutir o mesmo tema.
Os presentes, entre eles o professor José Portocarrero, arquiteto que assina a obra, destacaram a relação histórica da categoria com o prédio, além do seu caráter simbólico, que é o respeito à cultura e à população indígena que resiste tão bravamente, especialmente em Mato Grosso.
A conclusão foi de que a reforma deve ser feita, pois a categoria pode até pensar em sair ou pagar aluguel pelo prédio quando o contrato de comodato chegar ao fim. Até lá, é preciso cuidar da melhor forma do patrimônio construído às custas do trabalho e dedicação docente. A categoria estuda, inclusive, a possibilidade de solicitar o tombamento histórico do prédio quando a data do final do comodato estiver mais próxima. Além da aprovação da execução reforma, do orçamento que será contratado (JM Construtora), e da decisão de brigar pelo espaço, os docentes aprovaram um teto, com base nos orçamentos, no valor de R$ 250 mil para a reforma do telhado. Qualquer valor acima disso deverá ser remetido novamente a assembleia.
A obra consistirá no fechamento interno, em concreto, da parte superior do prédio para isolamento da palha, e a previsão da empresa para conclusão é de cerca de dois meses.
GT Encargos Docentes
O último ponto de pauta desta quinta-feira foi sobre o trabalho realizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Encargos Docentes, formado pela Adufmat-Ssind na primeira assembleia geral do ano, realizada em 19/02 (relembre aqui).
A professora Lélica Lacerda destacou que já há movimentações em andamento, que encaminharam a minuta de Progressão Funcional elaborada pelo sindicato, outra sobre o cumprimento das medidas legais em caso de violência doméstica e até mesmo sobre a regulamentação de descanso semanal. No entanto, a Reitoria ainda não levou esse material para apreciação do conselho.
Mesmo assim, a comissão quer iniciar a construção de uma minuta alternativa à Resolução Consepe 158/10. Para isso, iniciará uma campanha informativa, a partir da elaboração de vídeos e outros materiais, com vistas a realização de plenárias setoriais no mês de setembro de 2025.
Por fim, a comissão que já é formada pelos docentes Ana Paula Sacco, Geruza Vieira e Valéria de Queiroz, do campus do Araguaia, José Ricardo de Souza e Irenilda Santos, de Cuiabá, Clarianna Silva e Alexandra Valentim, do campus de Sinop, ganhou ainda a participação dos docentes Aldi Nestor de Souza e Einsten Aguiar para realização da tarefa.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Convocação para Assembleia Geral da Adufmat-Ssind - 22/05/25 (quinta-feira), às 13h30
A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária PRESENCIAL a se realizar:
Data: 22 de maio de 2025 (quinta-feira)
Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes
Pontos de pauta:
1 - Informes;
2 - Convocação de eleições para Diretoria da Adufmat-Ssind e constituição de comissão eleitoral;
3 - Reforma da sede da Adufmat-Ssind: apresentação do orçamento e encaminhamentos;
4 - Plano de trabalho do GT encargos docentes (Reformulação da Resolução 158).
Cuiabá, 16 de maio de 2025
Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais
Assembleia geral da Adufmat-Ssind debate mudanças na progressão, participação em espaços institucionais, eventos e assessoria jurídica acerca do PIS/PASEP
Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), reunidos em assembleia geral convocada pela Associação dos Docentes (Adufmat-Ssind) para a tarde desta terça-feira, 06/05, decidiram continuar aprofundando as reflexões sobre a participação da categoria em espaços institucionais, encaminhar ao Andes-Sindicato Nacional texto solicitando adequações à Projeto de Lei decorrente da greve de 2024, realizar debates sobre a incompatibilidade de negacionismos e revisionismos com o trabalho docente, e informar a categoria sobre os aspectos legais relacionados ao PIS/PASEP.
Como de costume, a plenária teve início com os informes, assunto para o qual contribuíram os professores Adriana Pinhorati - sobre os atos iniciais de avaliação para início da reforma da sede da Adufmat-Ssind- e Breno dos Santos - sobre as eleições do Andes-SN que ocorrerão entre os dias 07 e 08/05 (confira todas as informações aqui).
Em seguida, os presentes iniciaram o debate sobre o ponto de pauta “Minuta de Recomendação de emenda legislativa à MP que trata da carreira docente”. O professor Maelison Neves, diretor geral da Adufmat-Ssind, explicou que esta demanda foi trazida por alguns docentes da base, e a questão diz respeito a um dos desdobramentos da greve de 2024, que gerou o atual acordo, no qual a Medida Provisória 1286 e o Projeto de Lei 1466 alteram a carreira docente, eliminando a figura do professor Assistente e estabelecendo 36 meses para a primeira progressão de carreira. Ocorre que este sistema permitirá o reenquadramento de novos docentes no nível Adjunto I de forma mais rápida do que professores que já ingressaram na carreira há mais tempo, e isso gerou um sentimento de injustiça a este grupo.
Em outras palavras, um professor mestre, que entrou no primeiro nível (Assistente A) antes dos atos legais do acordo de greve teve de percorrer sete anos de trabalho dentro da universidade, passando por mais dois níveis para conseguir chegar ao nível Adjunto I; com a aprovação da MP e da Lei, o professor que entra como Assistente, mesmo sendo mestre, levará 3 anos para chegar ao nível Adjunto I.
A preocupação, segundo os docentes que procuraram o sindicato, é para que haja valorização do tempo de professores que entraram, especialmente, como graduados e mestres, para que possam aproveitar esse tempo de trabalho a mais realizado para pleitear novo reenquadramento, seguindo a lógica da mudança na carreira. Segundo o assessor jurídico do sindicato, isso não está previsto na nova lei, mas a categoria poderia pleitear, politicamente, essa adequação junto a parlamentares. Juridicamente, o assessor avaliou que, aprovada a nova legislação, não haverá brechas para reivindicar isonomia por meio litigioso.
Para o professor Breno dos Santos, esse debate faz sentido, mas pressupõe uma análise política. “Essa ponderação pode fazer algum sentido aos professores mestres. Mas eu tenho uma leitura política de que não há prejuízo aos docentes que já estão os novos professores chegarem ao salário mais alto em menos tempo. A falta de isonomia ocorre apenas numa comparação bruta, e não numa comparação política. Numa comparação política é bom que os professores cheguem a um salário mais alto em menos tempo. Porque, efetivamente, o que o acordo de greve promoveu foi uma diminuição da carreira e uma redistribuição dos percentuais para níveis diferenciados. A carreira passa a ter 19 anos, teoricamente. Então, de fato, os professores que entrarem, chegarão a Adjunto mais rápido, mas não me parece que se trata de falta de isonomia, isso é uma mudança na carreira que faz com que a entrada seja diferenciada. Os professores que estão na carreira têm seus direitos conquistados mantidos, as progressões já realizadas, inclusive o direito de transposição imediata para Adjunto. E não há diferença salarial, porque a tabela é uma só, apesar de os percentuais terem sofrido alteração”, afirmou.
Outros docentes lembraram que a carreira já passou por uma série de mudanças, que o debate sempre foi e segue sendo muito importante, mas que para além dele deve-se observar uma possível caminhada para o fim da carreira.
Um desses docentes foi o professor Aldi Nestor de Souza. Ele chamou a atenção sobre aprovações bastante frequentes, dentro dos conselhos da universidade, de cursos à distância administrados pela UAB [Universidade Aberta do Brasil] e de especialização - pagos. Segundo ele, um dos elementos para aprovação é que os professores declarem que não haverá implicações sobre o seu trabalho, ou seja: sobretrabalho. “Todas essas atividades são sobretrabalho. Chama atenção como a pessoa dá conta de tanto tempo para administrar tantos cursos. A UAB é tida como instrumento que administra esses cursos, e esse é um tema que o sindicato tem que debater. Porque a UAB oferece um tipo de formação em que se dá uma bolsa para um professor, e ele escolhe um tutor, que recebe outra bolsa miserável para ministrar a aula lá na ponta. Então, a gente precisa discutir a UAB, porque no nosso horizonte, não há nem essa perspectiva de discussões de carreira e mudança de nível. Segundo os últimos dados do censo da Educação, o modelo da UAB já é a realidade de mais da metade dos alunos de graduação no Brasil, o que a gente pode esperar é que isso vai virar o modelo oficial, normalizado, de formar pessoas. Essa é uma questão urgente”, observou.
Ao final, após diversas intervenções, os presentes decidiram melhorar o texto apresentado pelo grupo que fez a reivindicação, dialogando com os Grupos de Trabalho que se debruçam sobre a carreira em âmbito local e nacional, para em seguida, remeter ao Setor das Federais do Andes – Sindicato Nacional, para que o mesmo proceda as providências cabíveis.
Sobre a discussão acerca da participação da Adufmat-Ssind em espaços institucionais da UFMT, debate já convocado pelo sindicato em outros momentos, categoria permanece sem posição consolidada. Nesta terça-feira, as reflexões abordaram a possibilidade de participação do sindicato tanto em conselhos quanto em comissões institucionais.
Mais uma vez os argumentos perpassaram a ideia de que os conselhos são espaços de disputa política, e que os conselheiros indicados pela entidade docente devem defender as decisões coletivas da categoria.
“Nós barramos, pela atuação nos conselhos, boa parte da discussão da Resolução 158/10 que não nos interessava. Também tivemos o apoio dos conselheiros na luta contra o Future-se”, lembrou o professor Breno dos Santos.
Já o docente Aldi Nestor de Souza afirmou que não existe, na história da universidade, qualquer representação da associação docente nos conselhos, e que participar desses espaços, de forma institucionalizada, não é tarefa da entidade.
O professor Vinícius Santos também se manifestou contrariamente, dizendo que a universidade não está sendo espaço de debate de modo geral, e que ter representação nos conselhos não resolveria esse problema.
A diretora da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda, citou o caso da Univasf [Federal do Vale do São Francisco], que tem cadeira nos conselhos da universidade, ocupadas não por diretores sindicais, mas por docentes que têm o papel de defender a posição do sindicato nesses espaços. A docente afirmou, no entanto, que não tem resposta pronta sobre o assunto, mas sim dúvidas que precisam ser sanadas. “Eu faria um test drive, sem mudar o regimento, para a gente saber se consolida ou não”, comentou.
Lacerda também concordou com a ausência de debate na universidade, que atribuiu ao período histórico. “A ausência de disposição para o debate não está em A ou B ou C, ela está no triunfo do neoliberalismo, do individualismo, da crença de que via mercado vão se resolver as coisas. Não é falta de combatividade, não é falta de crítica, não é falta de debate, é o tempo histórico. E nós precisamos tomar providências novas dentro desse tempo histórico”, defendeu.
Ao final, mais uma vez, a decisão foi por aprofundar o debate. Além disso, foi aprovado que na próxima convocação com este ponto de pauta, o sindicato deve convidar representantes de outras entidades que representam a comunidade acadêmica para que compartilhem como tem sido suas experiências.
No início da assembleia, o professor Carlos Sanches havia sugerido a inclusão de pontos de pauta sobre a realização de um ciclo de palestras e debates indicando a incompatibilidade e incongruência do trabalho docente com os negacionismos científico e político, praticados fora e dentro das universidades, e também um debate sobre possíveis problemas do PIS/PASEP.
“Nós percebemos um movimento, em âmbito nacional, de negação de que houve ditadura militar, de que houve tortura, de que muita gente foi assassinada. Temos gente aqui dentro que deve achar o Ustra [Brilhante Ustra, um dos torturadores da ditadura] maravilhoso. Minha proposta é fazer esses debates para apontar a incompatibilidade do trabalho docente numa universidade com essas posições. Nós precisamos achar instrumentos para buscar a mobilização, talvez isso seja uma provocativa no âmbito de pelo menos incentivar alguma reação”, explicou o ex-presidente do sindicato.
Na linha dos descontos indevidos realizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em benefício de diversas entidades que inscreveram aposentados ilegalmente, o professor afirmou ter observado algumas alegações relacionadas ao PASEP. Como o que ficaram foram dúvidas, decidiu propor ao sindicato a realização de um debate orientado pela assessoria jurídica, para que essas dúvidas sejam supridas.
As duas sugestões foram aprovadas, sendo a segunda (PIS/PASEP) condicionada a elaboração de parecer jurídico pela assessoria jurídica do sindicato, bem como a produção de material informativo para a categoria.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Adufmat-Ssind indica comissão local para eleição da diretoria do Andes-SN, elege delegação para o Conad e debate convite da Reitoria para comissões da UFMT
Assembleia Geral realizada nesta quarta-feira, 02/04, pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) debateu e deliberou, conforme a convocação, sobre os pontos de pauta: informes, eleição de representações para o Conselho do Andes-SN (CONAD), composição da Comissão Eleitoral Local da Adufmat-Ssind para eleições da Diretoria Nacional do ANDES-SN, e indicação de representantes da Adufmat-Ssind para as comissões da de novas formas de ingresso estudantil, migração para o novo prédio do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), e análise do espaço físico do campus de Cuiabá da universidade.
Os docentes Breno Santos, Aldi Nestor de Souza, Lélica Lacerda, Irenilda Santos e Maelison Neves contribuíram com os informes falando, respectivamente, sobre as eleições do sindicato nacional, que devem ocorrer nos dias 07 e 08/05, os eventos nacionais do Andes-Sindicato Nacional e o comprometimento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) de implementar o reajuste acordado na greve de 2024 na folha de maio; sobre os debates realizados na última reunião nacional do Grupo de Trabalho Política de Formação Sindical (GTPFS); sobre as ações que pretendem provocar a organização dos trabalhadores para 1º de Maio (haverá reunião sobre isso na próxima sexta-feira, 04/04, às 18h30 na Adufmat-Ssind); sobre a atividade realizada pela Adufmat-Ssind com o professor Sérgio Lessa e o movimento de reorganização do Grupo de Trabalho Política Educacional (GTPE); sobre a distribuição das agendas da Adufmat-Ssind para os docentes sindicalizados e o espaço provisório do sindicato para atendimento de demandas administrativas até a conclusão da reforma da oca (saiba mais aqui).
Com relação à delegação da Adufmat-Ssind para o 68º Conselho do Andes (Conad), após a explicação da Diretoria de que a antecipação das indicações auxilia na redução dos custos com passagens e hospedagens, foram indicados para cumprir a tarefa os docentes Ana Paula Sacco, como delegada (pela diretoria), seguida pela ordem de suplência, mediante votação, dos professores, Breno Santos, Lélica Lacerda, Irenilda Santos, Geruza Vieira, Valéria Queiroz, Einstein Aguiar e Robson Lopes, todos observadores.
O 68º Conad será realizado em Manaus, entre os dias 11 e 13/07, e tem como uma das principais atribuições avaliar a condução do plano de ações aprovado pela categoria no congresso realizado no início do ano, considerando a conjuntura. Em breve o sindicato nacional disponibilizará o prazo para envio das teses que contribuirão para a formação do Caderno de Textos, documento basilar para a atividade.
Para a Comissão Eleitoral Local que conduzirá o processo de escolha da Diretoria do Andes-SN foram aprovados, com apenas três abstenções, os nomes dos professores Einstein Aguiar, Aldi Nestor de Souza e Breno Santos, como membros titulares, e Maelison Neves, Maria Aparecida Rezende, Valéria Queiroz e Geruza Vieira, como suplentes. A diretoria fará contato com a subseção de Sinop para consultar sobre a possibilidade de haver suplentes também naquele campus, já que a eleição para a Diretoria do Andes-SN deve ocorrer em todos os locais onde trabalham docentes sindicalizados.
Clique aqui para saber as atribuições das comissões locais e aqui para obter outras informações sobre as eleições para a Diretoria do Andes-Sindicato Nacional, biênio 2025-2027. A chapa eleita deve sem empossada no 68º Conad.
Sobre este tema, a assembleia sugeriu, ainda, que a comissão local se esforce para realizar debate entre os candidatos de todas as chapas que disputam a Regional Pantanal – cuja sede está localizada em Cuiabá. Os indicados se comprometeram a atender a reivindicação, desde que o edital eleitoral permita.
O quarto e último ponto de pauta da assembleia geral desta quarta-feira teve como foco um debate que já está em curso: a Adufmat-Ssind participará formalmente dos espaços da administração da universidade? Em assembleia realizada no dia 11/03, os presentes decidiram que o sindicato deve debater a questão mais profundamente (leia aqui).
As divergências surgiram no sentido de que, apesar da decisão de aprofundar o debate sobre esta relação - que impediu, de imediato, a indicação de nomes -, os temas das comissões são de profundo interesse da categoria. Assim, os docentes fizeram diversas observações e sugestões sobre as formas de ingresso e permanência estudantil, migração para o novo prédio do Hospital Universitário Júlio Müller e sobre o uso dos espaços físicos da UFMT.
No entanto, como a participação em comissões não é consenso, os encaminhamentos foram: responder à Reitoria que o sindicato tem um rito próprio e ainda está debatendo como será essa relação, solicitando, ao mesmo tempo, a prorrogação do prazo estabelecido pela administração para envio dos nomes; sugerir que a UFMT convoque uma assembleia universitária para debater os temas, para que não sejam reduzidos a decisões de comissões, mas, sim, amplamente debatidos; sugerir a inclusão de discussões sobre a formação de pessoal na indústria 4.0 (Quarta Revolução Industrial).
A Adufmat-Ssind deverá estabelecer nova data para debater a questão, novamente, em mais uma assembleia geral, após a semana santa.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind