Quarta, 14 Julho 2021 12:20

Em ato em frente aos Correios, trabalhadores de Cuiabá denunciam prejuízos da privatização Destaque

Escrito por 
Avalie este item
(0 votos)

 

Já nos primeiros anos pós Constituição Federal de 1988, o desmonte neoliberal das garantias de responsabilidade do Estado começou a ser colocado em prática no Brasil. Mais de 30 anos depois, os ataques ao que é público se intensificam. Foi essa denúncia que trabalhadores de Cuiabá e outras cidades do país fizeram em atos contra a privatização dos Correios e pelo Fora Bolsonaro, realizados nessa terça-feira, 13/07.  

 

“Há uma campanha muito grande para desqualificar o serviço público no Brasil, embora ele demonstre, historicamente, sua eficiência. São ataques diversos e sucateamentos provocados pelos governos para justificar, posteriormente, a privatização. Os Correios, assim como a Eletrobrás, entraram nessa lógica”, afirmou o diretor geral da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo. A Seção Sindical do ANDES-SN em Mato Grosso foi uma das entidades que participou da construção do ato em Cuiabá.  

 

Durante o ato, que ocorreu na Praça Ipiranga, centro da capital mato-grossense, os presentes afirmaram que os Correios são reconhecidos pela população pelo trabalho de excelência prestado ao longo de anos. Lembraram que, em diversos municípios pequenos, de interior, são os Correios que garantem o acesso de milhares de famílias a serviços bancários, a direitos como o Bolsa Família, além do acesso a cartas, documentos e mercadorias, sempre feito com muita seriedade. Com a privatização, denunciaram as entidades, além da piora do serviço, haverá aumento de valores, prejudicando o acesso daqueles que mais precisam.

 

“É uma lorota essa história de que o serviço privado é de boa qualidade. Nós podemos perguntar aos trabalhadores de Cuiabá se consideram de boa qualidade esses ônibus, que são privados. Podemos perguntar a avaliação dos serviços de telefonia, internet. Nós pagamos caríssimo por serviços de péssima qualidade. Eu poderia citar outros, mas nós temos provas de que não é isso. As universidades públicas, por exemplo, produzem 95% das pesquisas do país, demonstram que os serviços públicos têm capacidade muito grande de prestar serviços de qualidade para a sociedade”, afirmou o diretor.

 

As privatizações de instituições como os Correios, Eletrobrás, Petrobrás são políticas neoliberais que golpeiam a população, retirando seus direitos, para entregar instituições públicas a empresários, vendendo por valores ínfimos verdadeiros patrimônios reconhecidos e valorosos, que podem garantir muitos lucros ao setor privado. Enquanto isso, os recursos que poderiam devolver benefícios para melhorar as condições de vida da população terminam nas mãos de poucos - privatizados.    

 

Como atual representante do neoliberalismo, o Governo Bolsonaro é o principal alvo dos manifestantes.  

 

“Nós estamos mobilizados, nas ruas, para que os efeitos da crise não sejam repassados integralmente para a classe trabalhadora, contra o negacionismo, contra a prevaricação, contra a corrupção com vacinas, contra as políticas que têm nos matado. Nós sabíamos que o governo Bolsonaro, Mourão e Guedes representava a política de morte do grande capital para a classe trabalhadora, e temos visto os efeitos: aumento da fome, da carestia, aumento de desemprego de forma absurda. Nós sabemos também que só a luta organizada dos trabalhadores pode reverter isso, pode por fim à política de morte e trazer o poder popular, rumo ao socialismo”, disse o diretor de Comunicação da Adufmat-Ssind, Leonardo Santos.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Ler 479 vezes