Segunda, 21 Novembro 2016 11:30

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GTSSA BRASÍLIA/DF, 22 e 23/11/ 2016

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Circular nº 390/16

 

Brasília, 14 de novembro de 2016

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

 

Companheiros,

 

Encaminhamos o relatório da reunião do GTSS/A realizada em Brasília, nos dias 22 e 23 de outubro do corrente ano.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

  

Prof. Alexandre Galvão Carvalho

Secretário-Geral


 

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GTSSA

BRASÍLIA/DF, 22 e 23 de outubro de 2016

Sede do ANDES-SN, Brasília-DF

 

Horário: 9h do dia 22 de outubro até às 15h do dia 23 de outubro

Presentes: 5 diretores, 11 seções sindicais com 15 representantes das seções sindicais e 1 convidada (ANEXO 1)

 

DIA 22 de outubro

Manhã: 9h – 12h

Abertura dos trabalhos

A mesa foi coordenada pelo professor Leandro, que apresentou a coordenação do GTSSA, justificou a ausência do professor Aderaldo e do professor João Negrão no período matutino. Em seguida propôs alterações na pauta, com a inversão de dois pontos. Após a discussão foi aprovada a seguinte pauta:

 

Pauta:

1 - Informes

2 - FUNPRESP e Fundo de pensões dos Estados (Juliana Fiuza e Sara Granemann);

3- Apresentação da Cartilha da Pesquisa sobre Saúde do ANDES-SN;

4- Proposta de Resoluções para 36º Congresso;

5- Outros Assuntos.

 

 

  1. INFORMES

 

Informes nacionais

1.1  REUNIÃO DO FONASEFE

Carta às Centrais Sindicais

a) Próxima reunião do FONASEFE está marcada para o dia 25.10.16 às 10 horas na sede do ANDES-SN, com pauta a ser definida posteriormente;

b ) 24/10 - Envio de representantes das entidades e chamamento dos servidores do Distrito Federal e Entorno para manifestação na Câmara dos Deputados, com estrutura providenciada por cada entidade;

c)      24/10 - Realização de Atos nos Estados contra a PEC 241/2016, em unidade com os movimentos sociais;

d)     24/10 - Manifestação nos aeroportos do Distrito Federal e dos Estados, com faixas contra a PEC 241/2016;

e)      Utilização de redes sociais (facebook, twitter etc.) e de mídias diversas para transmitir mensagens contra a PEC 241;

f)       Apoiar as atividades do movimento da Auditoria Cidadã da Dívida Pública;

g)      Fazer reunião para definir o funcionamento administrativo e financeiro do FONASEFE. 

 

1.2 tRAMITAÇÃO PEC 241

Passada a primeira fase do processo eleitoral municipal, o governo federal, com grande apoio no Congresso Nacional, aumentou a pressão sobre a casa para que seja aprovada uma série de projetos que atacam os direitos sociais e os serviços públicos, com objetivo de aumentar o superávit primário e o repasse de recursos públicos ao setor privado. A Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou no dia 10/10, a emenda à Constituição (PEC 241/16) que trata de limites para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, confirmou para segunda-feira (24) a votação em segundo turno da proposta.

Nota técnica PGR

A procuradoria-geral da república (PGR) enviou ao congresso nacional uma nota técnica contra a proposta de emenda à constituição (PEC) 241, com o argumento de que a PEC 241 institui o novo regime fiscal pelos próximos 20 anos, prazo longo o suficiente para limitar, prejudicar, enfraquecer o desempenho do poder judiciário e demais instituições do sistema de justiça.

 

1.3 FRENTE ESCOLA SEM MORDAÇA

A reunião da Frente Escola sem Mordaça aconteceu em Brasília, no dia 15 de setembro do presente ano. Como encaminhamento ficou o dia 5 de outubro como um dia de luta nos Estados, com o objetivo de lançar as Frentes Estaduais por uma Escola Sem Mordaça. Que as Frentes Estaduais já existentes realizem atividades no dia e nos Estados que ainda não existem que as entidades busquem articulação para seu lançamento nesse dia. E que no mesmo dia cinco sejam enviadas mensagens aos senadores, se posicionando contra os projetos Escola Sem Partido. Os estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba, Goiás, Amazonas, Rio Grande do Sul e Paraná já possuem as Frentes Estaduais em Defesa da Escola Sem Mordaça constituídas. A reunião do dia 5 de outubro foi transferida para uma data a ser definida.

 

1.4  MP ENSINO MÉDIO:

A partir de exposição do texto elaborado pelo DIAP sobre os prazos de Tramitação da reforma do ensino médio no Congresso Nacional, até o momento foram apresentadas 112 emendas. O cronograma de tramitação está previsto da seguinte forma:

 

Prazo para emendas

Regime de urgência obstruindo a pauta a partir de

Prazo final no Congresso (60 dias)

Prorrogação do Prazo final (§ 7º art. 62 CF/88) (mais 60 dias)

29/09/2016

07/11/2016

21/11/2016

05/03/2017

 

Mais informações no link: http://www.diap.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26399:mp-746-2016-tramitacao-da-reforma-do-ensino-medio-no-congresso-nacional&catid=59:noticias&Itemid=392

 

1.5 INFORME SOBRE AS PARALISAÇÕES E MOBILIZAÇÕES DOS DIAS 22 E 29 DE SETEMBRO

 

A partir dos relatos enviados pelas seções sindicais (conforme solicitado pelos encaminhamentos da reunião anterior do setor), que posteriormente foi complementado pelos informes dados nesta reunião do setor, apresentamos o balanço quantitativo das atividades de paralisação e mobilização das seções sindicais do ANDES nos dias 22 e 29 de setembro:

No dia 22 de setembro: 23 seções sindicais informaram que houve paralisação e 21 que houve realização de atividades de mobilização sem paralisação (assembleias, panfletagens, debates e participação de atos).

No dia 29 de setembro: 21 seções sindicais informaram que houve paralisação e 11 que houve realização de atividades de mobilização sem paralisação (assembleias, panfletagens, debates e participação de atos).

Considerando os dois dias conjuntamente, foi informando que houve um total de 35 seções sindicais que paralisaram suas atividades em algum dos dias indicados (dentre estas, 9 seções paralisaram em ambos os dias).

Da mesma maneira, considerando as duas datas, um total de 56 seções informaram que houve a realização de algum tipo de atividade de mobilização ou paralisação no período.

 

1.6 ENCONTRO DO JURÍDICO

 

Acontecerá nos dias 4 e 5/11/16, em Brasília. As demais informações serão divulgadas em circular que será encaminhada dia 10/10/16 para todas as seções sindicais.

 

 

1.7 CONVOCAÇÃO DO 36º CONGRESSO

 

O 36º Congresso do ANDES-SN será realizado no período de 23 a 28/01/2017 em Cuiabá, na UFMT. As demais informações referentes ao congresso, como prazos para envio de contribuições para o Caderno de Textos, podem ser conferidas na Circular nº 324 de 04/10/2016.

 

1.8  INFORMES SOBRE REUNIAO CONJUNTA SETOR DAS IFES E IEES\IMES E AGENDA:

A)    10 a 21/10 : Rodada de Assembleias;

B)    25 /10  ( SUBSTITUIDO PELO DIA 24\10 DEVIDO VOTAÇÃO DA PEC 241) – Dia nacional de luta dos/as servidores/as públicos (com mobilização e paralisação) com articulação de todo o setor da Educação (público e privado) com o eixo “Educação na rua contra a retirada de direitos, a Lei da mordaça e a reforma do ensino médio”

C)    26/10 a 04/11: Período de Mobilização com realizações de atividades e plenárias unificadas dos trabalhadores nos estados em articulação com as demais entidades e movimentos sociais;

D)    05 e 06/11 : Reunião do Setor das IFES e IEES/ IMES

E)    05/11: Reunião Conjunta do setor das IFES e IEES/ IMES

 

Informes das seções sindicais (ANEXO 2)

 

  1. FUNPRESP E FUNDO DE PENSÕES DOS ESTADOS (Juliana Fiuza e Sara Granemann) – Anexo 4

Após o intervalo do almoço, iniciou-se o debate sobre o tema.

 

 

  1. APRESENTAÇÃO DA CARTILHA DA PESQUISA SOBRE SAÚDE DO ANDES-SN

A cartilha foi apresentada pelo prof. João Negrão, após debate foi indicado que conste a indicação que as seções sindicais realizem a pesquisa em 2017 e que a pesquisa pode ser passada no Comitê de Ética, porém não é obrigatório. Por se tratar de uma pesquisa de caráter sindical e não acadêmico.

 

 

  1. PROPOSTAS DE RESOLUÇÕES PARA 36º. CONGRESSO

Neste ponto foram lidos e destacados os TRs do 35º. Congresso e do 61º. CONAD do ANDES-SN sobre Política de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria e após discussão foram atualizados e inseridos novos TRs para Plano de Luta de Políticas de Seguridade Social para o próximo Congresso.

Também foram definidos os eixos que deveram estar presentes no texto de apoio que será escrito pela coordenação do GTSSA e proposto para apreciação da diretoria do ANDES-SN.

 

  1. MOÇÕES

MOÇÃO DE REPÚDIO

As secções sindicais presentes na reunião do grupo de trabalho de Política de Seguridade social e Assuntos de Aposentadoria do ANDES-SN, reunido nos dias 22 e 23 de outubro de 2016 em Brasília, repudiam o governo do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, pelos atrasos salarias que vem ocorrendo desde janeiro de 2016. A situação se agravou no último mês, tendo em vista que o pagamento do mês de setembro ainda não foi concluído. Repudiam também o Reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Pedro Fernandes, pela omissão mediante a situação de atrasos salariais e falta de investimento na Universidade.

 

6. OUTROS ASSUNTOS

O parecer da AJN sobre impacto da PEC 241 na seguridade social ainda não havia chego até o término da reunião do GTSSA. O tema será ponto de pauta no Encontro do Jurídico, porém, segue em anexo (ANEXO 3), alguns apontamentos iniciais.

 

 


 

ANEXO 1

PRESENTES

 

Dia 22/10/16 – Manhã

Diretoria do ANDES-SN: Adriana Dalagassa; Leandro Neves, Sirliane de Souza, Juliana Fiuza, João Negrão (depois das 11 horas).

Seções Sindicais:

ADUA – Maria Rosaria do Carmo; ADUFPA – José Queiroz Carneiro; ADFURRN – Rivânia Lúcia Moura de Assis e Gautier Falconieri; ADUFERPE – Juvenal Theodozio Fonseca e Marcelo de Ataíde Silva; ADUFPB – Auta de Souza Costa e Terezinha Diniz; ADUFMAT – José Airton de Paula; ADUFES – Cenira Andrade Oliveira e Bernadete Gomes Mian e Arlete Correa de Oliveira; ADUFF – Elizabeth Barbosa; APUFPR – Sandra Mara Alessi; ADUFPel – Renato Fabrício Andrade Waldemarin. Sara Granemann ((Palestrante - convidada)

 

 

Dia 22/10/16 – Tarde –

Diretoria do ANDES-SN: Adriana Dalagassa; Leandro Neves, Sirliane de Souza, Juliana Fiuza, João Negrão.

 Seções Sindicais:

ADUA – Maria Rosaria do Carmo; ADUFPA – José Queiroz Carneiro; ADUFERPE – Juvenal Theodozio Fonseca e Marcelo de Ataíde Silva; ADUFPB – Auta de Souza Costa e Terezinha Diniz; ADUNEB – Tadeu Bello dos Santos; ADUSB - Vinicius Correia Santos ADUFMAT – José Airton de Paula;  ADUFES – Cenira Andrade Oliveira, Bernadete Gomes Mian e Arlete Correa de Oliveira; ADUFF – Elizabeth Barbosa; APUFPR – Sandra Mara Alessi; ADUFPel – Renato Fabrício Andrade Waldemarin. Sara Granemann (Palestrante - convidada)

 

 

Dia 23/10/2016 – Manhã/Tarde

Diretoria do ANDES-SN: Adriana Dalagassa; Leandro Neves, Sirliane de Souza, Juliana Fiuza, João Negrão.

Seções Sindicais:

ADUFPA – José Queiroz Carneiro; ADFURRN – Rivânia Lúcia Moura de Assis e Gautier Falconieri; ADUFERPE – Juvenal Theodozio Fonseca; ADUFPB – Auta de Souza Costa e Terezinha Diniz; ADUNEB – Tadeu Bello dos Santos; ADUSB - Vinicius Correia Santos ADUFMAT – José Airton de Paula; ADUFES – Cenira Andrade Oliveira, Bernadete Gomes Mian e Arlete Correa de Oliveira; ADUFF – Elizabeth Barbosa; APUFPR – Sandra Mara Alessi; ADUFPel – Renato Fabrício Andrade Waldemarin. Sara Granemann (Palestrante- convidada)

 

 

 

 

ANEXO 2

Informes das Seções Sindicais

 

ADUSB – Informes prestados por Vinicius

Sindicatos, movimentos sociais e estudantis de Vitória da Conquista mostraram que não ficarão de braços cruzados enquanto direitos sociais, trabalhistas e políticos correm risco. Em reunião realizada na quinta-feira (20), representações do campo, da cidade e da juventude definiram uma agenda de mobilização contra a PEC 241, reformas do ensino médio, previdência e trabalhista. O objetivo é fortalecer a resistência para barrar esses projetos e construir a greve geral.

A primeira ação acontecerá no dia 24 de outubro, a partir das 15h, na Praça 9 de novembro em Vitória da Conquista. Neste mesmo dia está prevista a votação em 2º turno da PEC 241, que pode congelar salários, investimentos em saúde, educação e outras áreas por 20 anos.

As entidades também farão ato público no dia 25 de outubro para apoiar as ocupações de escolas e universidades contra a PEC 241. O IFBA, em Vitória da Conquista, foi ocupado por estudantes na terça-feira (18) e será o local em que acontecerá o evento.

Já dia 26 de outubro é dia de luta das Universidades Estaduais da Bahia. Com as atividades docentes suspensas, a comunidade acadêmica promoverá protesto na Assembléia Legislativa e Secretaria de Educação em Salvador. Professores, estudantes e técnicos reivindicam respeito aos direitos trabalhistas, permanência estudantil e mais orçamento para as Instituições.

A próxima reunião entre sindicatos e movimentos acontecerá no dia 27 de outubro às 17h no Sindicato dos Bancários, quando novas ações devem ser planejadas.

Programação

24 de outubro

Vitória da Conquista

Fora Temer! Contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio

Praça 9 de novembro às 15h

Aulas públicas sobre PEC 241, reformas trabalhista e do ensino médio, além de intervenções culturais.

Jequié

Panfletagem no campus

Itapetinga

08H- Oficina de cartazes, panfletagem e passagem em salas

17h – Assembleia estudantil

25 de outubro

Vitória da Conquista

#OcupaTudo – Ato de apoio às ocupações contra PEC 241

Em frente ao IFBA às 15h

Aula pública “Escola Sem Mordaça” e intervenções culturais

Paralisação dos professores da UESB

Itapetinga

07h- Fechamento dos portões com café da manhã;

10h- Ato e panfletagem na alameda em articulação com movimentos sociais e sindicatos;

16H – Sarau da resistência (na praça primavera);

Contra a PEC 241; Contra o projeto escola sem partido; Contra a reforma da previdência;  Contra a reforma trabalhista; Em favor da educação e serviços públicos; Contra a entrega do pré-sal;

20h – Saída para o ato em Salvador.

26 de outubro

Salvador

Dia de luta em defesa das Universidades Estaduais da Bahia e direitos trabalhistas

Assembleia Legislativa e Secretaria de educação a partir das 9h

Paralisação dos professores da UESB.

 

ADUFF – informes prestados por Elizabeth Barbosa

ADUFF: Não houve AG depois da reunião do Setor; a diretoria tem convocado reunião semanal com o CR e a Comissão de Mobilização; em várias unidades da UFF debates sobre a PEC 241; o GTSSA não realizou reunião local antes dessa reunião.

ADUFF participou de reunião com os três segmentos da UFF, com encaminhamentos para a mobilização na UFF e atividades para o dia 24/10.

 Aduff participou do Ato Escola Sem Mordaça em Copacabana no dia 15 de outubro,

Atividades para a mobilização no  dia 24 de outubro:  - Panfletagem 10:30 às 14h na UFF; às 15h na Praça Araribóia  em Niterói e as 17h na Cinelândia.

 

 

ADUA – informesprestados por Maria Rosária do Carmo

  1. No dia 20.10 foi lançada a Comissão da Auditoria da Dívida Pública com a presença da Maria Lucia Fatorelli.
  2. Ato dia 25.10, juntamente com a Frente de Lutas Fora Temer!, a qual reúne 23 entidades. Será realizado na Zona Leste da cidade.
  3. Assembléia Geral a ser realizada dia 27.10, com a pauta: Greve Geral.

Comemoração de 37 anos da ADUA  e homenagem ao Dia dos Professores(as).

  1. Técnicos Administrativos em Educação aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 25, até o desfecho da tramitação da PEC 241.

 

ADUFPA-  informes prestados por José Carneiro

 O GTSS/A da ADUFPA está atuando junto à diretoria da seção sindical em torno das atuais lutas do sindicato, que incluem manifestações contra o PL 257, atual PLS 54, a PEC 241, panfletagem nos portões da UFPA em Belém, plantão nos aeroportos, atos públicos e culturais,  debates sobre os assuntos em pauta e Assembléias Gerais pautadas para encaminhar questões atinentes ao movimento. A criação do Fórum Estadual em defesa da Educação passou a ser o local para absorção das ações contra a escola sem partidos, isto é, a escola sem mordaça. E junto com os demais GTS está havendo participação integral da ADUFPA em todos os eventos convocados pelo ANDES.

 

ADUFMAT – informes prestados por José Airton  de Paula.

Nosso GT-APOSENTADOS, vem desenvolvendo várias frentes de trabalho, nos reunimos todas s quarta-feira, no período vespertino, virtualmente temos no whats o grupo

ADUFMAT APOSENTADOS,  onde  partilhamos  assuntos e material de nosso interesse,  com destaque para as grandes bandeiras de luta do ANDES, como por exemplo, A CRIAÇÃO DO NÚCLEO  PRÓ AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA.

Podemos destacar  algumas ações específicas tais como :

a)      Já realizamos três encontros locais para debater nossos problemas específicos e nacionais, em dois tivemos as presenças da Claudia March , para debater questões do reenquadramento  e do Jose Menezes, discutindo a Dívida Pública;

b)      O  grupo é dividido em  sub-grupos  , envolvendo questões políticas , culturais e jurídicas;

c)      Nas questões jurídicas destacamos as perdas salariais dos aposentados tais como:

C1) corte do percentual de 28.86 dos aposentados pelo TCU;

C2) descongelamento da VPNI- vantagem pessoal nominalmente identificada;

C3) aplicação do art. 192 do RJU;

C4) reenquadramento dos adjuntos IV;

C5) adicionais, etc.

Convém lembrar que se trata do GT mais numeroso de nossa AD, não admitimos ser chamados de professores  inativos  , nosso lema é :

Aposentado SIM, Alienado NÃO.

Saudações Universitárias.

 

ADUFPB – informes prestados por Terezinha Diniz e Auta de Souza Costa .

     AADUFPB está em plena mobilização frente a esse momento atual de grandes atividades políticas de nossa categoria. Temos um comitê da Escola sem Mordaça com reuniões constantes. Foi realizada Assembleia Geral nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeiras e Litoral Norte.

     AADUPB aprovou uma paralização com atividades de mobilização na próxima segunda-feira, 24/10/2016, contra a PEC 241 que na mesma data será votada em segundo turno na Câmara dos Deputados. Entre as ações está prevista uma grande manifestação no Centro de João Pessoa, à tarde com concentração em frente ao Colégio Liceu Paraibano. Nessa Assembleia os professores aprovaram também a participação da categoria na construção da greve geral dos trabalhadores que está sendo convocada pelas centrais sindicais das diversas categorias.. Outra decisão da Assembleia dos Professores foi a participação nas mobilizações que ocorrerão nos dias 11 e 25 de novembro.

     A ADUFPB têm vários GTS. Em funcionamento: GT de Política Educacional, GT de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria, GT de Política Social, GT de GLBTT, GT de Cultura.

     Houve na Semana passada a atividade do Projeto “Sede de Leitura”com lançamento de vários livros- produção dos professores associados da ADUPB. No momento houve um sarau poético com músicas e recitação de poesias. Houve também a apresentação dos ganhadores do Concurso de Fotografias, promovido pela ADUFPB para complemento de nossa agenda com premiação para o 1º, 2º e 3º lugares.

    O GTSSA participa de todas as atividades que a ADUFPB  promove.

    Os componentes do GT sentem-se descontentes com a falta de atenção de muitos colegas assim como outras ADS e com relação ao pleito  dos aposentados que perderam os benefícios  do artigo 192/26 desde de 2013. Vários pleitos já foram feitos à Reitoria  assim também nos Congressos  do ANDES de 2014,2015  e 2016.Com aprovação de TRS. Em 2016 o ANDES encaminhou ao Ministério do planejamento e até hoje nada foi modificado.

 

ADUNEB – Informes prestados por Tadeu Bello

Deliberações/indicações de AG de interesse do GTSS/A Nacional

Data da AG: 19/10/16

Nos dias 24 e 25 de outubro a comunidade acadêmica fará atividades de mobilização contra as políticas nacionais do governo Temer. O principal alvo do projeto será a PEC 241.

No dia 24 terá debates, utilização de carro de som e o lançamento de publicações pertinentes às lutas do movimento docente.

No dia 25 representantes das categorias docentes, técnicos-administrativos e estudantes farão manifestação e distribuição de panfletos.

No dia 26 a comunidade cadência fará grande manifestação em Salvador, juntamente com as demais estaduais da Bahia, denunciando a crise orçamentária das UEBA e a falta de respostas concretas às demandas pleiteadas. Os portões das UEBA estarão fechados e não teremos atividades acadêmicas.

 

ADUFERPE – Informes prestados por Juvenal e Marcelo

GTSS/A em construção. Encontros são feitos com aposentados de forma informal.

Deliberações/indicações de AG de interesse do GTSS/A Nacional

Data da AG: 11/10/16

Encaminhamentos aprovados:

- Estado de greve, indicativo de greve no dia 9/11 dependendo de outras entidades e das centrais sindicais.

- Moção de repúdio à presença da política no campus da Rural.

- Temos Comissão de Mobilização em reuniões semanais.

- Propor ao ANDES fazer mobilização em Brasília no dia 24/10 (dia da 2ª votação da PEC 241).

- Houve reunião na UAG – Unidade acadêmica de Garanhuns. Encaminharam continuidade da construção da greve. 

- Participação nas reuniões da Comissão de Mobilização

 

ADUFES

Data da última reunião do GT: 18/10/16

Número de participantes: 4 membros

Deliberações/indicações de AG de interesse do GTSS/A Nacional

Data da AG: 20/10/16

- Aprovada paralisação no dia 24/19/16

- Tirado/aprovado indicativo de greve sem data.

Outras informações:

- Foi realizada panfletagem com exibição de vídeos esclarecedores sobre a PEC 241 nos dias 17, 18 e 19 de outubro.

- Participação na Frente em Defesa da Democracia.

- Realização da festa do dia dos professores da professora nos 3 (três) campi.

 

APUFPR – Informes prestados por Sandra Mara Alessi

- Participação na Frente contra Privatização da Saúde e para o Encontro Nacional.

- Apoio às escolas ocupadas e a Greve dos professores.

- Continuidade da Pesquisa “Saúde docente das Instituições ensino superior”.

- Insalubridade e Periculosidade:

1 – Agendar visita no hospital veterinário.

2 – Elaborar jornal especial para publicizar os casos (faltam laudos das condições precárias de trabalho).

3 – Elaborar dossiê para formalizar denúncia ao Ministério Público do Trabalho ou Ministério Federal sobre as irregularidades da UFPR no que diz respeito à insalubridade e periculosidade.

4 – Promover debate com os professores a respeito da insalubridade e periculosidade.

- Reunião do fórum das entidades sobre seguridade com a diretoria.

- Revista sobre assédio moral, baseada no seminário sobre a temática na universidade, produção do mesmo está em andamento.

- Elaborar material sobre o Dossiê EBSERH insalubridade e periculosidade.

 

ADUFPEL – Informes prestados por Renato Waldemarin

1 – Realizada palestra sobre auditoria da dívida em 13/10

2 – A pedido da base convocada assembleia para deflagração de greve.

3 – Estudantes ocupando IFSUL e reitoria da UFPel.

4 – Paralisação dia 24/10. No mesmo dia assembleia com pauta greve

5 – Realizado ato na Câmara de Vereadores com obtenção de moção de repúdio à PEC 241/16

 

 

ADFURRN - Informes prestados por Gautier Falconieri

- Os professores da ADFURRN vêm recebendo desde janeiro atrasos em seus salários, onde neste último mês o governo dividiu em duas datas, 21 de outubro e 29 de outubro o pagamento de setembro.

- O governo vem atrasando os repasses para a ADFURRN. A ADFURRN não recebeu ainda os meses de agosto e setembro.

- Dia 21 de outubro, em Natal, um ato com mais de 1600 servidores e estudantes aprovaram um indicativo de greve para o dia 11 de novembro.

- Dia 25 de outubro uma “Aula Pública” no pátio da reitoria tendo como facilitador um dirigente da CSP.

 

 


ANEXO 3

lmpacto da PEC 241 na Seguridade Social

 

 

PLP 257

PLP autorizará o refinanciamento da dívida dos estados e do Distrito Federal. Contudo, para ter direito ao refinanciamento da dívida o projeto exige que os entes federativos sancionem e publiquem leis determinando a adoção, durante os 24 meses subsequentes, das seguintes medidas: 1) o  corte de  10% das despesas mensais com cargos de livre provimento, 2) a não concessão de aumento de remuneração dos servidores a qualquer título, 3) a suspensão de  contratação de pessoal, exceto reposição de pessoal nas áreas de educação, saúde e segurança e reposições de cargos de chefia e direção que não acarretem aumento de despesa, e 4) a vedação de edição de novas leis ou a criação de programas que concedam ou ampliem incentivos ou benefícios de natureza tributária ou financeira.

Determina ainda que se aprove leis estabelecendo: 1) a instituição do regime de previdência complementar, caso não possua; 2) a elevação das contribuições previdenciárias dos servidores e patronal ao regime próprio de previdência social (sendo a elevação para pelo menos 14%, no caso dos servidores); 3) a  reforma do regime jurídico dos servidores ativos, inativos, civis e militares para limitar os benefícios, progressões e vantagens ao que é estabelecido para os servidores da União.

Ainda em relação às exigências aos estados e ao Distrito Federal como condição para a renegociação, o projeto impõe, como contrapartida à amortização, em caráter provisório, dos contratos de refinanciamento celebrados, que sejam entregues à União bens, direitos e participações acionárias em sociedades empresariais, controladas por estados e pelo Distrito Federal, os quais deverão ser alienados (privatizados/vendidos) pela União em até 24 meses, podendo esse prazo ser prorrogado por mais 12 meses. Ou seja, a União se tornará um novo motor de privatizações de empresas estatais dos Estados nas áreas de saneamento, transportes, gás, tecnologia da informação, portuárias, de energia, de abastecimento, etc.

De acordo com avaliação já feita por técnicos do DIAP  o projeto também vincula o crescimento das despesas das três esferas de governo a um percentual do PIB e define limite do gasto, com mecanismo automático de ajuste da despesa para fins de cumprimento da meta de superávit, em até três estágios sequenciais quais sejam:

No primeiro estágio, as ações consistiriam: 1) na vedação da criação de cargos, empregos e funções ou alteração da estrutura de carreiras, que impliquem aumento de despesa; 2) na suspensão da admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento, aquelas que não impliquem em aumento de gastos e as temporárias para atender ao interesse público; 3) na vedação de concessão de aumentos de remuneração de servidores acima do índice de Preços ao Consumidor Ampliado – IPCA; 4) na não concessão de aumento real para as despesas de custeio, exceto despesa obrigatória, e discricionárias em geral; e  5) na  redução em pelo menos dez por cento das despesas com cargos de livre provimento.

No segundo estágio, caso as restrições do primeiro estágio não sejam suficientes para manter o gasto público primário abaixo do limite estipulado, seriam necessárias ainda as seguintes medidas: 1) a vedação de aumentos nominais de remuneração dos servidores públicos, ressalvado o disposto no inciso X do art. 37 da Constituição Federal (revisão geral anual); 2) a vedação da ampliação de despesa com subsídio ou subvenção em relação ao valor empenhado no ano anterior, exceto se a ampliação for decorrente de operações já contratadas; 3) a não concessão de aumento nominal para as despesas de custeio, exceto despesas obrigatórias, e discricionárias em geral; e 4)  uma nova redução de pelo menos dez por cento das despesas com cargos de livre provimento.

E, por fim, no terceiro estágio, se os dois estágios anteriores não tiverem sido suficientes para adequar o gasto público, seriam ativadas as seguintes medidas: 1) suspensão da política de aumento real do salário mínimo, cujo reajuste ficaria limitado à reposição da inflação; 2) redução em até 30% dos gastos com servidores públicos decorrentes de parcelas indenizatórias e vantagens de natureza transitória; e 3) implementação de programas de desligamento voluntário e licença incentivada de servidores e empregados, que representem redução de despesa.

Entre as muitas medidas de ajuste e transparência das contas públicas, passam a ser computados como despesa de pessoal os valores de contratação de terceirização de mão-de-obra e também os repassados para organizações da sociedade civil para contratação de pessoal para consecução de finalidades de interesse público e recíproco, ou seja, por meio de convênios, termos de parceria e outras formas. Passam a ser considerados nulos de pleno direito os atos que resultem aumento da despesa de pessoal com parcelas a serem implementada em períodos posteriores ao final ao mandato do titular do Poder. É reduzido de 95% para 90% do limite de despesa com pessoal fixado para o ente estatal ou Poder, o “ limite prudencial” a partir do qual é suspensa a concessão de vantagens, aumentos ou reajustes derivados de determinação legal. Até mesmo a política de aumentos reais para o salário será suspensa, caso as medidas para redução de despesas não sejam suficientes para o atingimento dos limites de gasto em proporção do PIB.

 

PEC 241

Não há nenhuma matéria referente à Seguridade Social na PEC 241, porém entendemos que a pretensão de congelar o gasto público por 20 anos, não poderá prosperar sem uma ampla reforma da previdência social, especialmente do regime geral (INSS) .  Talvez seja essa por isso que se pretende impor o novo regime fiscal antes das mudanças previdenciárias. Aí se  teria um embasamento legislativo para também impor a reforma previdenciária.

No caso da saúde e da educação, o governo, como condição para aprovar a PEC, pode até admitir, por dois anos, um aumento em relação ao executado em 2016, que poderá ser coberto com a receita da venda de ativos. A previdência contudo não está abrangida por essa exceção.

Em relação à reforma da previdência ocorre que a despesa de 2016 com os atuais aposentados e pensionistas (do Regime Geral –INSS), já está no limite imposto pela PEC. Mantida a correção dos benefícios apenas pelo INPC, ou seja, sem computar o reajuste do salário mínimo, poderia haver um descompasso entre esse critério e o reajuste do limite de gastos pelo IPCA.

A reforma da previdência não será apenas para mudar as regras para as futuras gerações, até porque sem o corte de direito imediato ela não produzirá os resultados que o governo necessita para manter seus gastos dentro dos limites impostos pela PEC 241. Ela deve impor ainda a seguintes modificações: a) os atuais beneficiários podem ter uma redução e com redutor do benefício, possivelmente via corte do reajuste e instituição de contribuição aos aposentados e pensionistas do INSS; b) a desvinculação entre o reajuste do piso do INSS e o salário mínimo; c) os segurados que ainda não têm direito adquirido, ou que não preencheram os requisitos para requerer aposentadoria, poderão ter sua contribuição aumentada e o tempo de permanência em atividade ampliado, mesmo que haja regra de transição; e d) os futuros segurados terão regras de idade e tempo de contribuição bem mais rígidas.

No caso do servidor público, a situação poderá ser ainda pior. Os atuais aposentados e pensionistas, além do congelamento do benefício durante a vigência da PEC, poderão ter que contribuir com alíquota maior e sobre a totalidade do benefício. Os que ingressaram no serviço público antes de 2003, que pela atual regra de transição ainda poderiam ter paridade e integralidade na aposentadoria, perderão esse direito, além de também terem que contribuir com alíquota maior e permanecer mais tempo em atividade, mesmo que haja nova regra de transição em relação ao tempo que falta para aposentaria. E os futuros segurados do regime próprio serão submetidos às regras do Funpres p, porém com novas exigências.

A PEC 241, como se vê, constitui-se numa espécie de gatilho que, uma vez aprovada, forçará a reforma da previdência.

 

 

 


 

ANEXO 4

Contrarreforma da previdência: essencial para quem?

 

Sara Granemann (ESS-UFRJ)

 

Ao caminhar no longo corredor de acesso ao embarque/desembarque no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasilia, o passageiro (deputado, senador ou docente) necessariamente, é “recepcionado" por um enorme painel luminoso da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que informa: “Indústria - Essencial para o país ? Reformar a Previdência Social -Essencial para a Indústria”[1].

Das ameaças anunciadas, a contrarreforma da previdência já indicada pelo governo do presidente Temer ainda não está formalizada ou ao menos como uma Proposta de Emenda à Constituição, um projeto público, ainda não foi dada a conhecer porque não se lhe encaminhou, formalmente, ao Congresso Nacional. O que temos até então, são declarações de autoridades do Estado em jornais e entrevistas aos meios de comunicação.

Do que sabemos, não se pode ter dúvidas de que as contra-reformas são projetos do grande capital para contrarrestar a baixa de seus lucros, ou nas palavras da CNI, sua agenda para sair da crise”. Também por este motivo, separar a contrarreforma da previdência da Proposta de Emenda Constitucional -PEC - nº241, no Senado PEC nº55 e do Projeto de Lei da Câmara Complementar - PLP - nº 257 agora no Senado como Projeto de Lei do Senado nº 54 e de tantos outros projetos e leis que a cada dia são anunciados, seria agir em conformidade e ao modo do Estado: fragmentar o ataque aos direitos dos trabalhadores para que tenhamos de escolher contra o que lutaremos, para dividir-nos sobre o que é mais importante e para garantir, por meio de variadas alternativas de legislação, que o objetivo esteja protegido e sem risco de ter sua aprovação obstaculizada.

Consoante à contrarreforma da previdência social, a PEC nº 55, sem realizar a alteração no direito, se aprovada já estabelece o congelamento do orçamento que garante o pagamento dos benefícios do Sistema de Seguridade Social[2]. Congela os gastos sem congelar a arrecadação; de fato, como demonstramos a seguir, a arrecadação da quota parte que no plano imediato diz respeito aos trabalhadores, pretende-se aumenta-la.

Os diagnósticos dos Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), foram levados a termo pelo Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social[3]. Seus participantes, suas atribuições e o período de vigência do Fórum foram estabelecidos por dois Atos Normativos, a saber:

1) Decreto nº 8.443 de 30 de abril de 2015;                                       

2) Portaria nº 21 de 01 de setembro de 2015.

O relatório foi apresentado sob a forma de 194 (cento e noventa e quatro) slides, em maio de 2016, no governo da presidente Dilma Rousseff, e deve-se, à partida, mencionar: não há nele qualquer registro aos superávites do orçamento da Seguridade Social demonstrados em vários estudos acadêmicos e técnicos e já sobejamente conhecidos. A perspectiva assumida pelo Grupo Técnico de Previdência parte da suposta existência de déficit para a formulação de suas conclusões.

No diagnóstico novamente e de resto em estreita convergência (coincidência?) com documentos produzidos pelo Banco Mundial desde 1994[4], afirma-se a proposta de contrarreforma da previdência apresentada pelo governo de Michel Temer.

Após as contrarreformas materializadas nas Emendas Constitucionais nºs 20/1998 do governo de Fernando Henrique Cardoso e da 41/2003 do governo de Luis Inácio Lula da Silva e das várias regulamentações no campo da previdência no governo de Dilma Rousseff, pode-se afirmar: as contrarreformas foram dirigidas, respectiva e prioritariamente, nos diferentes governos, ao RGPS sob FHC, ao RPPS sob Lula e por regulamentações infraconstitucionais contra ambos os regimes sob Dilma Rousseff; no, governo de Michel Temer parece haver a disposição de aprofundar a retirada de direitos e dificultar ainda mais o seu acesso pelos trabalhadores que estão nos dois regimes. Dito de modo diverso, o governo atual pretende sintetizar em uma mesma contrarreforma a destruição dos direitos previdenciários de todos os trabalhadores e de uma só vez.

Os oito(poderão ser mais) eixos da contrarreforma, já anunciados e resultantes do diagnóstico acima mencionado, são:

1)      Financiamento da Previde?ncia Social: receitas, renu?ncias e recuperac?a?o de cre?ditos: o diagnóstico de que é preciso mais receitas para a previdência social teria razão de ser se fosse para ampliar o escopo de trabalhadores protegidos pela política de previdência social e para elevar os valores das aposentadorias e pensões; na perspectiva do governo Temer, planeja-se:para oRGPS: passar a cobrar de aposentadas/os e pensionistas contribuição ao INSS. Trata-se aqui de implantar para os dois regimes o que tenho denominado de "isonomia às avessas” porque constrói a igualdade de direitos e deveres rebaixando todos ao direito mais básico e elevando a todos ao dever mais exigente.Para o RPPS:aumentar a contribuição dos trabalhadores empregados no Estado (União, Unidades Federativas e Municípios), sobre os proventos totais de 11% para 14% ou 20%; aqui, além da luta de classe e defesa de direitos dos trabalhadores, a determinação do valor das alíquotas dependerá dos compromissos assumidos por Temer com governadores e prefeitos ”na negociação da dívida” de cada um dos entes com a União (Pec 55 - anterior PEC 241 - e PLS 54 - antigo PLP 257). Entretanto, parece-me que as negociações resultariam satisfatórias para todos os governantes se a unificação desejada implicasse em estabelecer um único índice de contribuição para toda a força de trabalho empregada pelo Estado. Ora, para conseguir a unidade entre os 2.080 regimes existentes no país este índice só poderia ser maior do que o mais alto praticado atualmente. A contribuição da força de trabalho tem variações consoante aos diferentes entes e assim, para responder positivamente ao conjunto de governadores e prefeitos haveria que se elevar a contribuição dos trabalhadores para um índice que, atualmente, esteja acima dos 14%. Sobre as renúncias, isenções e sonegações, medidas relativas aos capitais que as praticam, nada foi anunciado.

2)      Demografia e idade mi?nima das aposentadorias: o debate em torno da maior conquista da humanidade alcançada, sobretudo nos últimos 70 anos, tem sido tratada  pelos governos dos capitais como um óbice à realização dos direitos sociais. Do aumento da produtividade do trabalho, em muito superior ao aumento da expectativa de vida, não há sequer uma “lembrança" da parte dos Grupos Técnicos, capitais e governos de que a produtividade é um dos componentes da equação relativa à contribuição do trabalho. Aqui, a proposta já anunciada pelo governo de Temer e Meirelles é a de elevação da idade mínima de aposentação para 65 anos de idade. Sabe-se, pelas mesmas pesquisas do IBGE utilizadas pelos governantes, que em muitas Unidades Federativas a expectativa de vida é de poucos anos além dos 65  (Maranhão e Alagoas: 66 anos e em Sergipe e Pernambuco: 68 anos para homens); a atuária, a estatística e o conhecimento em geral postos a serviço de encontrar a melhor condição etária para ou não devolver aos trabalhadores e trabalhadoras seus anos de produção de riqueza social ou aproximar-lhes o alcance do direito, o máximo possível, do momento da morte; é disto que se trata!

3)      Extinguir as Diferenc?a de regras entre homens e mulheres: neste item, estima-se aprofundar e “democratizar" o raciocínio que move a Lei 13.135 de 17 de junho de 2015 que estabelece regras duríssimas para o alcance de pensões. Em um país de permanência do machismo sabe-se que casamentos com maior diferença de idade entre os cônjuges quase sempre implicam em mulheres mais novas que se casam com homens de idade mais avançada. Disciplinar a aposentadoria a partir da idade de um dos cônjuges é carregar para a lei os traços mais moralistas e abjetos da sociedade porque, dentre outras barbaridades e dirigidas seletivamente aos mais pobres, implicitamente, atribui como motivador de uniões com significativa diferença de idade, interesses diferenciados para a efetivação da vida em comum. Neste processo, ainda uma vez, aos trabalhadores e trabalhadoras pobres o Estado arvora-se determinar com quem se pode contrair relações; aos ricos e homens, supostamente, as uniões com grande diferença de idade atestam e conferem-lhe, ao mais poder e diz de sua virilidade. De sua conta bancária, seria deselegante e inoportuno registrar, pois afinal, só as mulheres e, sobretudo, as muito pobres pensariam em se “arranjar” com as milionárias aposentadorias de homens mais velhos portadores de benefícios de, no máximo, dois salários mínimos pagos pelo RGPS.. Ademais, o que o título deste ponto 3 enuncia é o propósito de suprimir os êxitos da luta das mulheres em fazer reconhecer na lei as nossas múltiplas jornadas de trabalho (cuidar da casa, dos filhos, estudar e trabalhar) e, por isto, alcançar a aposentadoria com exigências menores, de idade e de tempo de contribuição. A (i)razão deste ataque aos direitos das mulheres ampara-se nos dados demográficos que tem apontado nossa ligeira superioridade em expectativa de vida. Está em curso, uma investida seletiva e enérgica aos direitos das mulheres. Silenciosamente, sob a contrarreforma da previdência, desvaloriza-se o trabalho privado realizado no ambiente doméstico e legitima-se, na lei, as múltiplas formas de violência que vitimam mulheres por subtrai-nos o reconhecimento por tarefas tão pesadas que, com enorme frequência compõem o adoecimento e as desavenças entre casais.

4)      Regras das penso?es por morte: além de estabelecer o mencionado no item três, trata-se de estender para pensionistas do RGPS e para os demais RPPS das Unidades Federativas e dos Municípios, regras que já estão em execução no RPPS da União desde o ano de 2003, cuja a de maior gravidade é a aplicação de um redutor nas pensões para o/a cônjuge sobrevivente.

5)      Previde?ncia rural: financiamento e regras de acesso: no RGPS, dentre os trabalhadores e trabalhadoras com menor nível de proteção previdenciária e que, ao mesmo tempo, sofrem profunda degradação de sua força de trabalho estão os/as trabalhadores rurais e mais recentemente as/os trabalhadoras domésticas. No conjunto da classe trabalhadora, talvez estas categorias profissionais são as que mais prematuramente principiam a trabalhar e infrequente, sem registros trabalhistas e sem qualquer garantia e proteção da parte do patronato. Não obstante,apocalípticos formuladores das contrarreformas as consideram - a tais categorias profissionais - trabalhadores e trabalhadoras que de modo significativo contribuem para a geração de déficits previdenciários, "dadas as suas poucas e baixas contribuições”. Nesta direção, importa saber que inexiste o déficit e que a previdência por repartição implica, ao menos para nós trabalhadores e trabalhadoras, cultivar o cuidado e a solidariedade intraclasse e não permitir que o discurso usurpador de nossas aposentadorias, guie-nos na acusação de uns e outros como o mote legitimador do rebaixamento dos direitos previdenciários do conjunto da classe trabalhadora. Ademais, a ex-Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Senadora Katia Abreu, defendeu a continuidade de isenção de impostos para os exportadores de grãos. Ao mesmo tempo em que a contribuição do agronegócio tem sido tratada com leniência por diferentes governos, aos trabalhadores rurais reserva-se o aumento da alíquota e desmoralização ao responsabiliza-los por inexistentes deficits previdenciários.

6)      Regimes Pro?prios de Previde?ncia: a Constituição da República Federativa do Brasil (artigo 40) e a Lei nº 9.717/1998 disciplinam a existência de RPPS. O diagnóstico elaborado pelo Fórum, identificou existirem 2.080 regimes, deste modo contabilizados: 01 da União, 27 de Unidades Federativas e Distrito Federal e 2052 de Municípios, incluídas as capitais. Quando da elaboração da Constituição Federal em 1988, aos trabalhadores interessava-nos a construção de um sistema previdência único. Aos capitais e seus governos, ao terem claro: 1) - a força que trabalhadores unidos em um único sistema alcançaria em termos de luta e reconhecimento de direitos igualitários; 2) - movidos por interesses particularistas de gestão da massa de recursos recolhidas em cada RPPS e gerida pelo executivo local, derrotaram a proposta dos trabalhadores e possibilitaram a construção de mais de dois mil regimes próprios para a força de trabalho empregada nos diferentes momentos do Estado. Atualmente, com direitos e deveres diferenciados e alcançados em também diferentes momentos e conjunturas da luta de classe em cada Município, Estado ou na União, tornou-se importante aos capitais que esta massa de recursos seja centralmente administrada. Possivelmente, o “convincente argumento” a ser utilizado junto aos executivos locais (Estados e Municípios ) será em torno da negociação das dívidas com a União. No reforço deste argumento, não esquecer o PLS 54 e a PEC 55 acima mencionados.

7)      Converge?ncia dos sistemas previdencia?rios: a convergência de todos os sistemas (RGPS e RPPS) em um único sistema previdenciário também foi uma bandeira da classe trabalhadora nos anos anteriores e durante a elaboração da carta constitucional de 1988. Igualmente nesta construção a classe trabalhadora amargou derrota e o texto constitucional estabeleceu diferentes regimes para a classe trabalhadora, consoante a quem vendesse a sua força de trabalho. Atualmente, como enfatizamos no item anterior, interessa à União, concentrar esta multimilionária fatia do fundo público -  outro modo de dizer da riqueza socialmente produzida por trabalhadores -  sob um único controle; provavelmente, naquele que é mais eficaz para transferir aos capitais portadores de juros, como remuneração de títulos da dívida pública: o ente federal. Aos governos e capitais, tornou-se possível, neste momento e pela força de um golpe parlamentar como instrumento de “equação" da crise econômica, liberar estes recursos para as necessidades dos capitais. A avaliação de que a classe trabalhadora vive um momento de derrota nas suas lutas, não é equivocado; equivocado, da parte da burguesia e de seus governos é acreditar que esta derrota seja um traço perene.

8)      Desvincular os benefícios pagos no RGPS do Salário Mínimo (SM): neste regime, apenas o valor inicial de ingresso no sistema é referenciado no Salário Mínimo, que é o valor equivalente do benefício previdenciário apenas para os que recebem um salário mínimo. As aposentadorias com valores maiores do que um salário mínimo, não são pautadas em salários mínimos no momento de seu recebimento. Entretanto, todas as vezes em que há reajustes e correções nos valores do SM ocorre a correção  dos valores pagos aos benefícios da Seguridade Social. Para os capitais, mas este é um seu projeto antigo, os valores dos benefícios devem ser, tal como recomenda o Banco Mundial (1994), "suficientes apenas para combater a indigência na velhice”. O que é suficiente dependerá sempre da luta de classe em cada país e em cada conjuntura. Comumente, aos capitais e governos, no Brasil, tal valor não seria nada além do que meio salário mínimo ou menos.

 

Uma última anotação: a necessidade dos capitais no atinente à previdência, tem sido no Brasil de, ao menos duas ordens, simultâneas e não excludentes entre si: diminuir a previdência social, pública, para assim aumentar o espaço da mal denominada “previdência complementar”, uma não-previdência que na verdade é um mecanismo do mercado de capitais; e, disponibilizar as somas providenciarias sob o controle do Estado como recursos para remunerar os proprietários dos títulos públicos.

Em dezenas de debates após expor o que vem nestas páginas, ao ser indagada se "tudo isto está dado e será impossível de alterar” tenho respondido: como em tantos anos, quando a classe trabalhadora se levantou, pareceu-lhes aos burgueses, quase sempre, que a toupeira (as lutas da classe trabalhadora) que, silenciosamente, cava no subterrâneo já estivesse morta e putrefata. A eclosão de movimentos e de lutas de classe não ocorre , após mais de uma década de apassivamento, no exato momento em que as lideranças chamam-na da janela para que volte a lutar. Contudo, ao contrário, do que pensam os coveiros da toupeira, ela continua a cavar e a esburacar o solo mais profundo para fazer ruir, um dia, toda a superfície.

 

 



[1] Ao da previdência, segue-se outro painel da contrarreforma trabalhista em idênticos termos: “Indústria - Essencial para o país ? Modernizar a Legislação Trabalhista - Essencial para a Indústria”. Em ambos os painéis, há um convite nestes termos: "Acesse cni.org.br, conheça a Agenda para o Brasil sair da Crise e Todas as Iniciativas da Indústria".

[2] Aqui compreendidas as políticas de Saúde, Assistência Social e Previdência Social, conforme artigos 193 a 204 da Constituição da República Federativa do Brasil.

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