As eleições para formação de uma nova Constituinte no Chile ocorreram nesse fim de semana (15 e 16 de maio) e significou uma verdadeira derrota da direita e do bloco de centro-esquerda dos partidos reformistas que faziam parte dos governos da Concertação.
Os candidatos independentes da chamada Lista do Povo conquistaram 65 das 155 cadeiras em disputa, tornando-se os grandes vencedores dessa eleição histórica. E embora dentro deste bloco houvesse setores de direita, sua grande maioria é formada por militantes ativos na rebelião popular que começou em outubro de 2019.
Com essa vitória, haverá ainda uma reserva de 17 cadeiras destinadas a representantes de povos originários.
Vitória popular
Os resultados mostraram que os partidos tradicionais, que têm sido as bancadas majoritárias no Congresso desde o retorno da democracia burguesa, receberam dura rejeição do povo chileno.
Uma das importantes vitórias é a eleição da advogada ativista María Rivera, da MIT (Movimento Internacional de Trabalhadores) e da organização Defensa Popular.
Maria é ativa na Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas e já esteve presentes em congressos e reuniões da CSP-Conlutas como convidada internacional
A militante esteve presente no último Congresso da CSP-Conlutas, em 2019, e em outras atividades internacionais.
A MIT declarou que “a vitória de María Rivera está a serviço da luta pela libertação de todos os presos políticos, e que devemos preparar o início da Convenção Constitucional com uma grande mobilização de massas que exija a saída de Sebastián Piñera”.
Com mais de 16 mil votos, Rivera foi a 4ª mais votada do Distrito 8, que é o maior do país. Além dela, a Lista do Povo também elegeu Marcos Arellano, líderança da região de Quilicura.
As candidaturas independentes servirão como força propulsora para a conquista das demandas político-sociais e dos trabalhadores. Esses militantes estarão, como sempre, no terreno da luta de classes.
Fonte: CSP-Conlutas