Sexta, 16 Outubro 2020 13:59

CSP-Conlutas lança Programa dos trabalhadores para enfrentar crise econômica e sanitária do país

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A situação do Brasil está caótica. É urgente que apresentemos um programa que aponte uma alternativa de poder, socialista e com democracia operária para acabar com a miséria, o desemprego, as mortes em nosso país. Um programa de luta contra a crise capitalista.

 

Neste sentido, a CSP-Conlutas elaborou um Programa dos trabalhadores para enfrentar a atual crise econômica e sanitária de nosso país, expressão da crise e decadência do capitalismo.

 

O lançamento será por meio de um ato-live neste sábado (17), às 14 horas, na página do Facebook da Central (facebook.com/CSPConlutas).

 

Abaixo, o programa

Vivemos uma grave crise econômica e sanitária em nosso país. As desigualdades do capitalismo foram escancaradas pela pandemia do coronavírus. Já são mais de 150 mil vidas perdidas, quase 5 milhões de infectados. Gente trabalhadora, gente pobre, idosos, negros, negras, povos originários. Nossa gente.

 

O desemprego é gigantesco. Metade dos brasileiros está sem emprego ou em trabalhos precários, informais. Tudo isso ficou ainda pior depois das reformas Trabalhista e da Previdência.

 

Enquanto a maioria dos trabalhadores ficou mais pobre, um grupo de bilionários brasileiros aumentou suas fortunas em mais de R$ 170 bilhões.

 

Destruição! Essa é a palavra que define o governo Bolsonaro e Mourão. A Reforma Administrativa vai destruir os serviços públicos, com mais terceirização e sofrimento ao povo que tanto precisa de atendimento.

 

O plano do governo é privatizar as nossas riquezas e entregar o patrimônio nacional aos capitalistas, inclusive estrangeiros. É assim com Petrobrás, Correios e outras empresas.

 

Estamos diante de aumento brutal da violência e discursos machistas, LGBTfóbicos, xenófobos e racistas, e discriminatório incluindo a população idosa, executados e estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores políticos.

 

Além de tudo isso, vivemos sob violentos ataques às liberdades democráticas e aos ativistas sociais do campo e da cidade.

 

O aprofundamento da política de criminalização da pobreza promove encarceramento em massa e genocídio da juventude negra e pobre, com violentas incursões policiais nas favelas e bairros da periferia.

 

Como se isso já não bastasse, Bolsonaro está queimando a nossa casa, destruindo a natureza, o meio ambiente em geral e os nossos povos originários, indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, ribeirinhas, pescadores, povos das florestas e camponeses(as) pobres, determinada pelo estimulo à grilagem, desmatamento, queimadas, garimpo ilegal e assassinato de lideranças desses povos.

 

O problema habitacional de nosso país expressa a desigualdade social. Tende a se agravar, seja pelo aumento de despejos durante a pandemia ou pela dificuldade de pagamento de aluguéis diante da falta de renda. Dessa forma privilegia-se a especulação imobiliária, grandes proprietários de terra e grandes empresas por parte dos governos.

 

Contra esses ataques do capital há uma enorme disposição de luta e amplo de questionamento contra o sistema capitalista no mundo e em nosso país. Precisamos estimular e fortalecer essas lutas. As eleições burguesas como solução. Precisamos de independência de classe, unir os trabalhadores nas ruas e mobilizá-los contra o sistema.

 

Nossas bandeiras

Não reduzir o auxílio e garantir seguro desemprego permanente para os desempregados. É preciso garantir a sobrevivência dos trabalhadores, autônomos e pequenos comerciantes. Os preços dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha devem ser reduzidos e congelados; desempregados devem ficar isentos alugueis e taxas.

 

Para manter e gerar empregos defendemos a estabilidade no emprego e a redução da jornada, sem cortes de salário ou direitos. É necessário um plano de obras públicas para moradia, saúde, saneamento e educação. Ninguém quer viver de auxílio para sempre.

 

Barrar todas as privatizações e defender a reestatização das empresas privatizadas. Terras indígenas e quilombolas precisam ser demarcadas. Lutamos por uma reforma agrária já! Basta de grilagem, garimpo ilegal, desmatamento, queimadas e assassinatos no campo!

 

Pelo direito à moradia, contra todas as desocupações e despejos. Precisamos de moradia digna, saneamento, infraestrutura e transporte de qualidade. Chega de criminalização e perseguição aos camelôs, feirantes e comércio informal.

 

É preciso acabar com a discriminação, desigualdades e violência aos oprimidos da nossa classe. Lutamos pelo fim do machismo, do racismo, da LGBTfobia, contra a política de encarceramento em massa e genocídio do povo negro. Nossas vidas importam!

 

A pandemia não acabou. Defendemos uma quarentena geral com renda digna! Somos contra o retorno das aulas presenciais. As escolas públicas e privadas devem ficar fechadas. Vamos recuperar o ano, as vidas não. O atendimento no sistema público de saúde deve ser para todos. O SUS precisa ser valorizado com mais investimentos.

 

Basta de corrupção! Defendemos o confisco de todos os bens dos empresários e empresas corruptas. Esse patrimônio deve ser estatizado e os recursos investidos nos serviços públicos.

 

Defendemos as liberdades democráticas, ditadura nunca mais. Não vamos tolerar a criminalização das lideranças e movimentos sociais do campo e da cidade. Pelo direito de organização, greves e autodefesa dos trabalhadores! Lutar não é crime!

 

Para financiar essas propostas, gerar empregos e salvar vidas, é preciso suspender agora o pagamento da dívida pública aos banqueiros, taxar e confiscar as grandes fortunas dos capitalistas, estatizar os bancos e proibir remessas ao exterior. Os ricos devem pagar pela crise que criaram.

 

Fora Bolsonaro e Mourão, já!

 

Fonte: CSP-Conlutas

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