Quarta, 23 Setembro 2020 15:48

Demitidos da Embraer montam acampamento em frente à fábrica

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Um acampamento de trabalhadores demitidos foi montado, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, em frente à Embraer para exigir a anulação das 2.500 demissões realizadas pela empresa. Trabalhadores e dirigentes sindicais permanecerão no local diariamente, das 8h às 18h, sem data para terminar.

 

Até mesmo a audiência de conciliação virtual do Tribunal Regional do Trabalho – 15ª Região, que acontece nesta terça-feira (22), às 10h, será acompanhada de dentro da tenda.

 

O Sindicato entrou com ação de dissídio coletivo contra a Embraer para requerer o cancelamento de todas as dispensas, inclusive as referentes ao Programa de Demissão Voluntária (PDV).

 

Nas últimas semanas, desde que a demissão em massa foi anunciada no último dia 3 de setembro, o Sindicato e os trabalhadores vêm realizando uma série de mobilizações para denunciar a gravidade do ataque da Embraer e cobrar a anulação dos cortes.

 

“Estamos convocando os trabalhadores demitidos a virem ao acampamento para aumentar a pressão sobre a fábrica. Não vamos dar sossego para a direção da Embraer. Queremos de volta todos os empregos que foram arrancados dos trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato e também integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Herbert Claros.

 

Nesta segunda-feira, o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, esteve em Brasília e protocolou uma carta pedindo agendamento de reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

 

 

Junto com dois trabalhadores demitidos da Embraer, em meio à manifestação dos trabalhadores dos Correios em greve, eles exibiram uma faixa dizendo “Embraer demite usando dinheiro público. Bolsonaro, exija a anulação das demissões”.

 

“As 2.500 demissões na Embraer são inaceitáveis. É preciso, e possível, anular todos os cortes. É hora também de discutir a reestatização desta empresa, que é estratégica para o desenvolvimento tecnológico e para a soberania do país, mas que nas mãos do setor privado pode ser destruída a qualquer momento”, conclui Claros.

 

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