Quarta, 19 Junho 2019 17:09

 

A Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, reunida na tarde desta terça-feira (18), após balanço da Greve Geral, aprovou uma nota apontando a necessidade da continuação da luta e já incorporando o 12 de julho como Dia Nacional de Mobilização nos estados, fortalecendo, assim, a data marcada pela juventude para manifestação em Brasília.

 

O recolhimento dos abaixo-assinados contra a Reforma da Previdência é prioridade de centralização nos próximos dias para entrega em Brasília no próximo dia 26 de junho.

 

 

Nota da CSP-Conlutas: A Greve Geral de 14J demonstra que podemos derrotar a Reforma de Bolsonaro. É hora de seguir lutando!

 

“Contra a Reforma da Previdência, os cortes na Educação e as Privatizações e em defesa do Emprego”. É por essa pauta, referendada pela força e vitória da Greve Geral realizada no último dia 14 de junho, que a CSP-Conlutas seguirá em luta e, nesse sentido, entendemos que a tarefa das direções do movimento é apontar o caminho de novas ações, como, por exemplo:

 

  1. No próximo dia 26/6 entregar o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência aos presidentes da Câmara e do Senado, em Brasília, juntamente com todas as Centrais Sindicais;
  2. Manter a unidade de ação entre as Centrais e todas as organizações do movimento popular e da juventude;
  3. Realizar no dia 12 de julho um Dia Nacional de Mobilização nos estados, fortalecendo, assim, o ato em Brasília convocado pela juventude;
  4. Defender a construção de uma marcha unitária a Brasília contra a Reforma da Previdência, os cortes na Educação e as privatizações e em defesa do Emprego;
  5. Manter no horizonte a necessidade de uma nova Greve Geral, agora de 48h.

 

Não há o que negociar. É necessário e possível derrotar a Reforma da Previdência na íntegra!

 

É tarefa das direções do movimento manter e intensificar a luta contra as medidas de Bolsonaro/Mourão e desse Congresso, começando pela Reforma da Previdência.

 

Somos contra o projeto original de Bolsonaro e também contra as propostas contidas no relatório apresentado pelo presidente da Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

 

Não há o que negociar nessa proposta que integralmente segue sendo de ataques às aposentadorias e direitos previdenciários dos trabalhadores. Quem, na qualidade de dirigente ou entidade representativa dos trabalhadores, fizer isso estará traindo os interesses da classe trabalhadora e fazendo o jogo do governo e dos banqueiros.

 

É vergonhosa a postura dos governadores e prefeitos, inclusive ditos de esquerda, de se manifestarem em apoio ao relatório dessa Reforma da Previdência e ainda insistirem para que os trabalhadores das esferas estaduais e municipais sejam todos incluídos na perda de direitos previdenciários.

 

Devemos denunciar fortemente todos eles, bem como escrachar os deputados e deputadas, senadores e senadoras, que se declaram a favor da Reforma de Bolsonaro. Principalmente o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e o secretário especial de Previdência e Trabalho Rogério Marinho, que estão na linha de frente da tropa governista para aprovar a qualquer custo este brutal ataque às aposentadorias dos trabalhadores.

 

É necessário e possível derrotar a Reforma da Previdência e os ataques de Bolsonaro/Mourão e do Congresso. A hora é de apostar na disposição de luta da classe trabalhadora e dos estudantes e intensificar as mobilizações.

 

Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

18 de junho de 2019

 

Fonte: CSP-Conlutas

Terça, 18 Junho 2019 10:29

 

Os docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) deliberaram, em assembleias realizadas no última quarta-feira, 12, pelo fim da greve. A paralisação, que durou mais de 60 dias, garantiu mesa permanente de negociação, realização de até 900 promoções de docentes neste ano e também a liberação de R$ 36 milhões de orçamento para investimento nas universidades estaduais. Na sexta-feira, 14, foi realizada a primeira mesa de negociação entre a categoria docente e representantes do governo na Secretaria das Relações Institucionais (Serin). O encontro foi dedicado à discussão e assinatura do termo acordado entre o movimento docente e o governo, a partir dos pontos conquistados pela greve. Além destes pontos, o termo também aponta para que o Projeto de Lei das Promoções entre para votação na Assembleia Legislativa da Bahia em caráter imediato.

 

Para Luiz Blume, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN, as conquistas do movimento paredista vieram através de muita luta. "Foi uma greve muito difícil. Nos deparamos diante de um governo autoritário, truculento e que, desde o início da greve, se recusou em negociar. Entretanto, mesmo diante de tamanha pressão, os docentes realizaram muitos atos em Salvador. Mobilizamos as universidades estaduais e, assim, conseguimos evidenciar a incoerência do discurso do governo, que apesar de criticar os cortes estabelecidos pelo MEC, tomou a mesmo decisão em relação às universidades baianas. Se não fosse a greve, nós estaríamos sem nada; sem garantia nenhuma", observou.

 

A abertura de uma mesa permanente de negociação entre docentes e governo do estado foi outro ponto consensual da discussão. As próximas reuniões serão realizadas nos dias 10 e 31 de julho e a expectativa é que sejam debatidos os demais itens da pauta não atendidos imediatamente como a Dedicação Exclusiva e as progressões de níveis.

 

Salários cortados

Conforme o termo de acordo, assinado na sexta, o governo pagará o vencimento integral do mês de junho e, após a apresentação do plano de reposição das aulas, o mês de maio será pago juntamente com julho. Na sequência serão pagos os dias do mês de abril. Durante a reunião, os professores apresentaram casos de docentes que tiveram o salário 100% contidos no mês de abril, mesmo com apenas metade do mês em greve. Após ouvir os relatos, o secretário de Administração do Estado, Edelvino Góes, se comprometeu em avaliar os casos específicos de professores que tiveram salários os salários bloqueados completamente.

 

No final de maio, o ANDES-SN divulgou uma campanha para ajudar financeiramente os docentes das Ueba.

 

Greve

Os docentes das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), Sudoeste da Bahia (Uesb), Santa Cruz (Uesc) e da Bahia (Uneb), ficaram em greve por mais de 60 dias. Ataques à carreira e aposentadoria, arrocho salarial e contingenciamento motivaram a greve docente. Durante o período de paralisação, os docentes enfrentaram a intransigência e a truculência dos gestores públicos que impediram o avanço das negociações e retardaram o término do movimento paredista.

Saiba Mais

Em greve, professores das Ueba acampam em Salvador

ANDES-SN lança campanha de solidariedade a docentes das Ueba

 

Fonte: ANDES-SN (com informações do Fórum das ADs)

Segunda, 17 Junho 2019 17:36

 

Tão logo passou o dia de Greve Geral contra a Reforma da Previdência, os cortes na Educação e por mais empregos, as dez Centrais Sindicais se reuniram na tarde dessa segunda-feira (17), na sede do Dieese, para avaliar a mobilização nacional de 14 de Junho e preparar as próximas ações contra os ataques do governo Bolsonaro.

 

Além disso, foi discutida a relatoria da proposta da Reforma da Previdência com as alterações apresentadas por Samuel Moreira (PSDB) na terça-feira (13).

 

Nada a negociar – No início da reunião, Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) listou as principais alterações na proposta da Reforma da Previdência.

 

Na prática, o que se vê nesse novo relatório são ainda valores dos benefícios rebaixados, aumento no tempo de contribuição para 20 anos e 40 para aposentadoria integral, além de outros pontos que são um verdadeiro ataque aos trabalhadores.

 

A pauta deve voltar à comissão para votação ainda antes do recesso no Congresso, previsto para ter início em 17 de julho e é preciso avançar nas mobilizações antes desse prazo.

 

Avaliação da luta – A Greve de modo geral foi avaliada positivamente, como um forte dia de luta com diversos trancaços de vias, manifestações de rua e paralisação em importantes setores e serviços no país.

 

Para a realização desse dia, as centrais avaliaram que a unidade foi fundamental. E que esse trabalho em conjunto foi responsável por um resultado que superou expectativas.

 

Estima-se, segundo cálculo das Centrais, que mais de 45 milhões de trabalhadores, de todos os estados mais o Distrito Federal, tenham aderido fortemente à Greve. Em 19 capitais, o sistema de ônibus foi afetado parcial ou totalmente durante o dia.

 

Trabalhadores em Educação, dos Correios, servidores públicos, bancários, metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores do campo, da Construção Civil, entre outras categorias pararam no dia 14 de Junho.

 

“No norte, no nordeste, em cidades de São Paulo, foram importantes as paralisações no setor de transportes. Os metalúrgicos pararam as fábricas em diversas cidades do país, e esse foi um importante e primeiro recado dado ao governo Bolsonaro que quer nos condenar a trabalhar por 40 anos em um país de desemprego nas alturas com alta rotatividade e informalidade”, destacou o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, durante o dia de Greve Geral.

 

Na capital de SP, os metroviários pararam contrariando a determinação arbitrária da Justiça contra a paralisação. No entanto, representantes das Centrais consideraram o recuo na decisão de parar os serviços de ônibus um dos pontos negativos do dia de Greve.

 

Ricardo Patah, presidente da UGT, expôs que a central não enquadra seus sindicatos, dizendo que “essas entidades sabem de suas responsabilidades e que isso não tirou o brilho da unidade nessa Greve Geral”. Ele admitiu considerar que a ausência dos trabalhadores condutores de ônibus e da rede ferroviária não permitiu, nesse sentido, uma paralisação tão forte como a que ocorreu em 2017, mas que ainda assim faz uma leitura positiva do dia de luta.

 

Atnágoras reforça o posicionamento da CSP-Conlutas que não aceita nenhuma negociação de retirada de direitos, destacando que nada está dado para a classe.

 

“Com todas nossas diferenças, temos necessidades e elementos objetivos na luta. Certamente essa greve é diferente da de 2017, quando enfrentamos um governo em frangalhos. Hoje lutamos contra ataques de um governo que ainda possui cerca de 30% de aprovação. Por isso precisamos seguir ocupando espaço na opinião pública”, pontuou o dirigente.

 

Plano de lutas – A CSP-Conlutas apresentou sugestões de iniciativas para dar prosseguimento à programação de mobilização.

 

Atnágoras apontou a necessidade de uma declaração pública das Centrais, citando o balanço político das entidades, reafirmando que o caminho se dará nas ruas, com nova Greve Geral se necessário nesse processo de lutas.

 

Confira o documento em PDF: Nota das Centrais Sindicais sobre a Greve Geral do Dia 14J 

 

Representando a CSP-Conlutas, o dirigente Atnágoras Lopes aponta iniciativas para dar prosseguimento à luta

 

 

Além disso, destacou a importância de definir a entrega das mais de um milhão de assinaturas dos abaixo-assinados contra a Reforma da Previdência, da realização de um Dia Nacional de Mobilização nos Estados, seguindo a pauta unitária, apontando também para uma possível Marcha à Brasília dos trabalhadores.

 

Ficou definido divulgar a princípio a nota pública e organizar as mobilizações futuras.

 

Para isso, uma nova reunião ficou agendada para a próxima segunda-feira (24), para definir as estratégias de enfrentamento.

 

Também ficou decidida a entrega das assinaturas do abaixo-assinado a Rodrigo Maia, com data indicativa para 26/6.

 

Fonte: CSP-Conlutas

 

Segunda, 17 Junho 2019 15:22

 

A população brasileira voltou a tomar as ruas de todo o país nessa sexta-feira, 14/06, contra a Reforma da Previdência e os ataques à Educação de Jair Bolsonaro. Mais de 300 municípios realizaram atos; em 19 capitais, o transporte foi paralisado.

 

Em Mato Grosso, a cada novo protesto, os manifestantes reafirmam que voltarão às ruas quantas vezes for necessário, e avaliam que o governo federal, já sobre um pé só, balança cada vez mais desnorteado. O povo sabe que a Previdência não é deficitária e que a proposta de Reforma não vai salvar a economia. Com tantas mentiras sendo desmascaradas, tantas confusões e atropelos, nem as fake news que elegeram Bolsonaro são mais capazes de esconder o que se vê a olho nu: o governo federal está ruindo.  

 

“Esse discurso do governo de que não há dinheiro para pagar as aposentadorias é um engodo, é uma enganação na qual nós não cairemos. Nós não aceitaremos a retirada de um direito que vai penalizar a classe trabalhadora para enriquecer ainda mais os investidores do capital especulativo e os banqueiros”, disse o diretor da Adufmat-Ssind, Maelison Neves, durante a carreata que saiu do campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em direção à Praça Ipiranga, onde os manifestantes se concentraram para o ato unificado.    

 

Na “capital do Agronegócio”, chama atenção que três atos realizados em apenas 30 dias tenham reunido tantas pessoas. Além de Cuiabá, há registros de manifestações em Sinop, Barra do Garças, Rondonópolis, Pontes e Lacerda, Sorriso, Alta Floresta, Cáceres, Tangará da Serra, Terra Nova do Norte, Confresa, Primavera do Leste e Guarantã do Norte.     

 

Em Cuiabá, os manifestantes expuseram também o governo do Estado, confrontando as declarações de Mauro Mendes durante a campanha - quando prometia honrar o direito ao Reajuste Geral Anual dos servidores – e sua prática enquanto governador. Além de não cumprir a promessa, o empresário tem cortado os salários e perseguido aqueles que reivindicam legitimamente seus direitos.

 

GALERIA DE IMAGENS 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

   

Segunda, 17 Junho 2019 11:04

 

 

Na tarde e noite de quinta-feira (13), o clima em todo o país com a divulgação e expectativa da Greve Geral junto a população já dava o tom da Greve Geral desse 14 de junho.

 

E nessa sexta-feira a forte mobilização se concretizou, e o dia amanheceu com o transporte paralisado em diversas cidades do país, assembleias realizadas em portas de fábrica e trabalhadores de braços cruzados contra a Reforma da Previdência e os ataques de Bolsonaro, em defesa da Educação e por mais empregos.

 

Nos locais em que foi mantida a circulação de ônibus, como o caso da capital do estado de São Paulo, houve atraso na saída das garagens.

 

Protestos foram registrados em diversas vias rodoviárias pelo país, com trancaços e manifestações. Em algumas cidades como Porto Alegre, Goiânia e Rio de Janeiro, houve repressão policial contra manifestantes grevistas, com uso de cavalaria e bombas de gás lacrimogêneo.

 

 

CLIQUE AQUI PARA VER AS FOTOS DOS ATOS REALIZADOS EM TODO O PAÍS

 

Fonte: CSP-Conlutas

Segunda, 17 Junho 2019 10:18

 

A nombre de la Confederación de Educadores Americanos/C.E.A. y de la Federación de Sindicatos de Docentes Universitarios de América del Sur/FESIDUAS, hacemos llegar a los sindicatos hermanos de la educación y al pueblo trabajador de la República Federativa del Brasil , nuestro decidido apoyo en su lucha por preservar y profundizar los derechos conquistados, para lo cuál se impone continuar transitando el camino de la UNIDAD, que permita alcanzar una justa victoria para nuestros pueblos y naciones.

Como sabemos la denominada -Reforma da Previdencia- y el desfinanciamiento de los fondos federales para la educación, sumado a un clima enrarecido por la violencia y la intolerancia, son el marco político, social y económico, que da real sustento a esta necesaria lucha, que se expresa en la Huelga General del 14 de junio del conjunto del pueblo brasilero y sus organizaciones representativas.

Las organizaciones sindicales, cuando volteamos la vista atrás y nos proyectamos a futuro, vemos con claridad que : "LA UNIÓN DE NUESTRAS FUERZAS, NOS DARÁ EL CUERPO SOCIAL NECESARIO,PARA PODER CONQUISTAR CADA DÍA MÁS,UNA SOCIEDAD CON JUSTICIA SOCIAL"

 

Confederación de Educadores Americanos/C.E.A.

Federación de Sindicatos de Docentes Universitarios de América del Sur/FESIDUAS

Quarta, 12 Junho 2019 18:30

 

Trabalhadores em Transportes de todo país decidiram aderir à Greve Geral do dia 14 de junho contra a reforma da Previdência, em defesa da Educação e contra o desemprego. A adesão foi anunciada durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista dos Trabalhadores em Transportes, na quarta-feira (5), na Câmara dos Deputados.

Aeroviários, aeroportuários, portuários, motoristas e cobradores rodoviários, além de metroviários e ferroviários param nesta data. Além de motoristas de moto, frete, táxi, carga em geral e de aplicativos.

Os motivos para a adesão foram especificados em uma carta, entregue pelos trabalhadores durante a solenidade. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, da contrarreforma da Previdência, e as Medidas Provisórias que atacam o movimento sindical são citados.

Os trabalhadores se comprometem em “participar da Greve Geral convocada por todas as Centrais Sindicais e garantir que o Brasil vai parar em defesa dos direitos previdenciários”, diz um trecho do documento

Raquel Dias, 1º tesoureira do ANDES-SN, participou do lançamento e informou aos presentes a situação da Educação pública no país. "A educação já passa por um cenário de precarização, com professores recebendo baixos salários e enfrentando uma onda de violência nas instituições de ensino. E o governo corta recursos destinados à Educação. Para completar esse cenário o governo ainda quer destruir o direito à aposentadoria e o futuro de trabalhadores”, disse.

A diretora afirmou aos trabalhadores que no dia 14 de junho, os docentes se unirão a Greve Geral em defesa da educação, da aposentadoria e do transporte de qualidade. “Nós, professores, fizemos a nossa tarefa nos dias 15 e 30 de maio parando milhões de trabalhadores da educação e jovens de todo o país. Agora, os trabalhadores em transportes darão um grande exemplo, no dia 14 de junho, parando as atividades para derrotarmos a reforma da Previdência e esse governo que pretende acabar com as nossas vidas”, completou.

O ANDES-SN, em decisão congressual neste ano, aprovou a construção de uma Greve Geral em defesa da Educação e para barrar os ataques aos direitos da população. Docentes estão realizando assembleias para deliberarem a participação no próximo dia 14. 

Frente
A Frente Parlamentar Mista dos Trabalhadores em Transportes tem como objetivo discutir as demandas dos trabalhadores da área. A falta de segurança, precarização do trabalho e a exposição permanente a riscos físicos, químicos, psicológicos, ergonômicos e acidentes de trabalho são alguns dos problemas específicos da categoria. No Brasil são cinco milhões de empregos assalariados, autônomos e informais, entre motoristas e setores de apoio.

Fonte: ANDES-SN (com informações da CSP-Conlutas)

Sexta, 07 Junho 2019 10:41

 

Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, em assembleia geral realizada nessa quinta-feira, 06/06, aderir às paralisações e manifestações convocadas pelas centrais sindicais para a próxima sexta-feira, 14/06. Muitas categorias de trabalhadores e movimentos sociais diversos sinalizam que essa Greve Geral contra a Reforma da Previdência será uma das mobilizações mais fortes da história do país.

 

“Dia 14 não vai ter ônibus, não vai ter trem, não vai ter banco. O Brasil vai parar. Centenas de categorias estão decidindo isso. Então, nós viemos aqui discutir a conjuntura em assembleia, mas somos apenas uma parcela, e a Greve Geral independe da nossa vontade. Ela vai acontecer e vai ser muito forte”, disse o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza.

 

De modo geral, os docentes entendem que os atos realizados nacionalmente em 15 e 30/05 foram muito expressivos, mas também destacaram que as avaliações mais sombrias acerca do autoritarismo do governo Bolsonaro começam a se materializar, como reação a crescente organização popular. As agressões a sindicalistas dos Correios em Mato Grosso, que ocorreram esta semana, evidenciam isso.

 

Outro fato que despertou a atenção da diretoria, devido à conjuntura, e foi levado à categoria na assembleia dessa quinta-feira, foi a solicitação da administração da universidade para que a Adufmat-Ssind envie um relatório sobre as atividades realizadas na área do sindicato. “Nossa sede é um espaço público por onde passa diariamente a comunidade universitária, principalmente docentes e estudantes, para fins diversos”, disse o professor Maelison Neves.     

 

Docentes lotados nos campi da UFMT no interior também avaliaram as manifestações de maio de forma positiva, ressaltando o papel central dos estudantes. “No Araguaia nós tivemos uma adesão grande de professores, estudantes e técnicos. Foi muito importante dialogar com as pessoas na rua, demonstrando como o trabalho realizado na universidade é importante”, disse o docente Sérgio de Oliveira.  

 

Para a professora Gerdine Sanson, de Sinop, as manifestações surpreenderam de forma positiva, sim. No entanto, alguns colegas que atuam no interior do estado ainda relatam o receio de se expressarem de forma mais incisiva por conta do conservadorismo e da intolerância.

 

Após o debate, a categoria avaliou que a adesão à convocação das centrais para construir a Greve Geral em 14/06 é fundamental. Assim, a maioria dos presentes na assembleia, realizada simultaneamente em Cuiabá, Sinop e Araguaia, votou pela paralisação. O dia 14 de junho foi escolhido pelas centrais porque o governo indicava que faria a votação da proposta de (contra)reforma da Previdência nesta data.   

 

A diretoria da Adufmat-Ssind informou que, a exemplo das mobilizações anteriores, já estão sendo confeccionados mais cartazes, panfletos, camisetas, faixas, adesivos, jornais, bandeiras, além de artes para outdoor e busdoor, que deverão ser entregues e/ou circular nos próximos dias, na capital e no interior. Os jornais já estão sendo entregues pessoalmente pelos diretores.

 

64° CONAD

 

A pedido do professor Tomas Boaventura, a categoria incluiu um ponto de pauta para discutir a participação da Adufmat-Ssind no 64º Conselho do ANDES Sindicato Nacional, que será realizado em Brasília, entre 11 e 14/07. O docente explicou que há uma demanda importante dos aposentados que deverá ser apresentada ao Sindicato Nacional.

 

Após discussão ficou decidido que haverá uma assembleia geral para discutir o formato de um Texto de Resolução que deverá fazer parte do caderno de textos do 64º CONAD, apresentando propostas para acabar com disparidades entre professores ativos e aposentados. Para além da assembleia, que deverá ser realizada antes de 23/06 para que seja possível inserir o texto no caderno, a discussão também será realizada pelo Grupo de Trabalho de Assuntos de Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA) da Adufmat-Ssind.

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

Sexta, 24 Maio 2019 12:31

 

Os ataques crescentes à Educação pública e gratuita oferecem apenas uma alternativa para quem estuda ou deseja estudar numa universidade pública: lutar. O governo Bolsonaro nunca escondeu que odeia direitos sociais, serviços públicos e pensamento crítico. Ele não pretende parar. O anúncio de que surgiu dinheiro para a Educação depois das manifestações de 15/05 foi uma primeira vitória, agradou as comunidades acadêmicas, mas não convenceu. Continua a luta em defesa da Educação pública, gratuita e de qualidade.   

 

Numa aula pública realizada nessa quinta-feira, 23/05, pela Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ficou evidente que há disposição para encher as ruas novamente no dia 30/05. E também na Greve Geral do dia 14/06.

 

Diante de estudantes, professores e técnicos, Myrian Serra, reitora da UFMT, afirmou que a violência contra a Educação é ideológica, está além dos “contingenciamentos” de recursos. “Todos os governos fizeram cortes, mas eles dialogavam com os reitores sobre os motivos. Agora não há nenhum canal de diálogo. Nós ficamos sabendo pelo facebook, twitter, imprensa… não temos o mínimo de respeito. Não é só financeiro. É um projeto para esvaziar a possibilidade de qualquer formação crítica. Isso está muito claro”, disse a reitora.

 

A professora citou diversos outros exemplos de como a comunidade acadêmica tem sido tratada pelo atual governo: falta de diálogo com os representantes, repressão e agressões aos estudantes, impedimento de participação nos espaços que deveriam ser de debates, entre outros.

 

Para o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza, dessa vez a universidade tem de se posicionar com firmeza. “Como os ataques não vão cessar por agora, precisamos pensar de forma mais ampla, não apenas redirecionar o orçamento. A universidade tem de ter uma diretriz clara: de que lado ela está? Qual o projeto de universidade que ela defende?”, questionou o professor, enquanto a plateia, formada por estudantes em sua maioria, aplaudia.  

 

O apelo do diretor inclui uma série de reivindicações apresentadas pela comunidade acadêmica em diversas mobilizações anteriormente ignoradas pela Reitoria, como a revisão de contratos com empresas terceirizadas, a reestatização do Restaurante Universitário, entre outros. “O resultado da terceirização é uma tragédia sobre os brasileiros. E os trabalhadores terceirizados estão desorganizados, sem ter com quem contar. Nosso olhar agora tem de ser diferente. Não podemos cair no erro de fragilizar o mais fraco, porque é sempre ele que paga. A universidade tem de ter outra postura na hora de fazer ajustes necessários, sem retirar bolsas e empregos. Que não coloquemos mais esse peso nas costas dos mais pobres”, defendeu.

 

Serra disse ainda que entende, agora, que as universidades brasileiras devem voltar o olhar para a América Latina. “Nós ainda temos muito do pensamento de colonizado e colonizador. Olhamos muito pouco para o nosso continente com a tentativa de criar identidade e solidariedade, mas a América Latina espera que o Brasil seja solidário nesse momento”, afirmou a professora.

 

Estudantes e servidores técnico-administrativos concordaram com o diretor geral da Adufmat-Ssind. “Os trabalhadores terceirizados deveriam estar aqui. Eles também fazem parte da comunidade acadêmica. A minha sugestão à Reitoria é de que nós apoiemos a formação de uma cooperativa para que os próprios trabalhadores gerenciem seu trabalho, e não as empresas”, disse a representante do Sintuf-MT, Lea Oliveira.

 

“A universidade tem de se tornar um espaço aberto de debate permanente, reflexão e também ação. A universidade precisa se posicionar publicamente com relação ao decreto do armamento, ao Agronegócio, entre outras coisas”, cobrou a servidora, em seguida.

 

Os estudantes que representaram os Diretórios Centrais dos Estudantes de Cuiabá e Várzea Grande, Vinícius Brasilino e João Lucas Viana, respectivamente, destacaram que a defesa da universidade tem de ser uma posição de toda a sociedade brasileira, e que, para isso, é preciso extrapolar os muros da UFMT.   

 

“O momento é de luta, é de rua, não só para a universidade, mas para toda a sociedade brasileira. Nossa juventude negra quer estar viva, dentro da universidade, e não morrendo nas periferias. Nós não podemos mudar o nosso planejamento para atender um projeto que não é o nosso”, disse Brasilino, dialogando com a afirmação de Myrian Serra minutos antes, de que não há outro plano, a decisão política será não aceitar as imposições do governo. Em suas palavras: “as universidades não vão arredar o pé; quem terá de mudar essa política será o governo”.

 

O estudante de Várzea Grande lembrou a importante mobilização estudantil realizada em 2018, em defesa do Restaurante Universitário a R$ 1 e universal, além de lamentar que os estudantes do campus de Várzea Grande estejam há cinco anos “provisoriamente” no campus de Cuiabá, disputando salas de aulas e laboratórios.

 

Ali os estudantes demonstraram muito bem que a luta não é pontual. Há que se lutar por outro modelo de administração pública, de universidade, de sociedade. Ficou definido, ao fim da aula pública, que a alternativa é e sempre será a rua, porque nenhum governo suporta ver o povo na rua. A agenda apontada: 30/05 e 14/06.  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind