Sábado, 22 Agosto 2020 13:53

 

Neste domingo, 23/08, várias cidades do mundo farão protestos contra as políticas de Bolsonaro, que já ocasionaram a morte de mais de 113 mil pessoas por Covid-19, além da destruição do meio ambiente, dos direitos trabalhistas e sociais, e perseguição aos direitos das mulheres e LGBTs. 

Respeitando as orientações de segurança sanitária, um grupo restrito entregará material informativo sobre a campanha - ligado ao Fora Bolsonaro no Brasil - e máscaras para quem transitar pela Feira do Porto a partir das 7h do domingo. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) e a vice-presidência Regional Pantanal do ANDES Sindicato Nacional estão entre as entidades que participam do ato. 

Mais informações podem ser encontradas nas redes sociais do Stop Bolsonaro. 

Confira abaixo o manifesto que será entregue em Cuiabá na manhã deste domingo (material gráfico anexo): 

PAREM BOLSONARO!

Neste domingo, dia 23 de agosto, várias cidades do mundo protestam. A política negacionista e genocida de Bolsonaro já matou mais de 112 mil brasileiros só de covid-19, atingindo principalmente pessoas negras, povos indígenas e população mais precarizada e vulnerável.

Além disso, nesses dois anos de governo, o que se viu foi a destruição do Meio Ambiente, pelas queimadas e desmatamento da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal; a destruição dos direitos sociais e ataques às liberdades democráticas, pela Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista; as invasões de terras e extermínio de indígenas e quilombolas, pelo despejo das famílias no Assentamento P.A. Flexas (Cáceres) e pela “PLC da invasão” aprovada pela Assembleia Legislativa de MT que facilita a regularização do roubo de terras quilombolas e indígenas pelos donos do agronegócio.

Com relação à preservação da vida das mulheres, as políticas são contrárias. O fundamentalismo religioso é utilizado para culpar, massacrar e privar ainda mais de direitos, como vimos no caso da criança estuprada desde os seis anos no Espírito Santo. Infelizmente, não é um caso isolado. Durante a pandemia por covid-19, o Ministério da Família, dirigido por Damares Alves (PP), gastou apenas 2 mil reais em apoio às vítimas de violência doméstica que aumentou mais de 400% só aqui em Mato Grosso, por exemplo.

Por todos estes terríveis crimes de responsabilidade, Bolsonaro já foi, inclusive, denunciado no Tribunal Penal Internacional, em Haia, envergonhando mais uma vez o Brasil e seu povo.

A iniciativa internacional #StopBolsonaro está articulada com a Campanha Nacional pelo #ForaBolsonaro, que une a maioria das Centrais Sindicais, partidos de esquerda e importantes movimentos sociais.

Bolsonaro se auto declara o novo, mas o ciclo autoritário dos representantes do seu governo brasileiro traz consigo a velha estratégia de destruição e necropolítica - políticas que determinam quem vai viver ou morrer - com requintes de crueldade contra a população mais empobrecida, povos indígenas e da floresta, cujo crime é viver em sintonia com a natureza e seus recursos, sem esgotá-los ou destruí-los, predisposição natural.

Se você concorda que o dinheiro não está acima de tudo, que a vida é mais importante, participe desse movimento!

 
 
 
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Terça, 30 Junho 2020 14:34

 

Nesta terça-feira (23) uma reunião on-line reuniu representantes de diversas organizações, entre partidos políticos, entidades sindicais e dos movimentos sociais e setores da sociedade civil para articular uma ação unificada pelo “Fora Bolsonaro”. A reunião aprovou um calendário de mobilização e uma das principais deliberações foi a realização de um Dia Nacional de Lutas no dia 10 de julho.

 

Na data, a proposta é realizar um dia nacional de protestos pelo Fora Bolsonaro, com toda forma de mobilização possível.  Levando em conta as limitações impostas pela pandemia, poderão ser realizadas assembleias nos locais de trabalho pela manhã (com atraso na entrada onde for possível) e atos simbólicos de rua, bem como as mais diversas ações que permitam a ampla participação dos trabalhadores e da população em geral, como chamar as pessoas a usarem uma peça de roupa preta neste dia, colocar um pano preto nas janelas, realização de twitaço e ação nas redes sociais e um panelaço nacional à noite.

 

A reunião definiu ainda a realização on-line de uma Plenária Nacional Popular pelo Fora Bolsonaro no dia 11 de Julho. Já no dia 12 de julho (domingo), quando serão convocadas novas manifestações de rua em defesa das liberdades democráticas e pelo Fora Bolsonaro, a orientação é que as entidades definam sua participação de acordo com decisão de cada organização.

 

A unidade pelo Fora Bolsonaro reúne PT, PSOL, PSTU, PCdoB, UP, PCB, PCO, PSB, PDT, Rede, as centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSP-CONLUTAS, CTB, Intersindical Central; Instersindical Instrumento de Luta, UGT, CSB, CGTB, Nova Central, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, Torcidas Organizadas, entre outros (confira abaixo o relatório da reunião).

 

Fora Bolsonaro e Mourão, já!

 

Outra frente para dar um basta ao governo de Bolsonaro e Mourão são várias ações com pedido de impeachment. Já foram protocolados 48 pedidos na Câmara dos Deputados. A Frente pelo Fora Bolsonaro, com centenas de organizações, lançou na última sexta (19), um abaixo-assinado on-line para pressionar o presidente da Câmara Rodrigo Maia a dar andamento ao processo do impeachment.

 

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A pandemia escancarou a política genocida, o caráter antidemocrático e ultraliberal do governo de Bolsonaro e Mourão. A cada dia se comprova que a grave crise sanitária, econômica, social e política instalada no país não pode ser superada sem colocar um fim a este governo de ultradireita.

 

Enquanto o novo coronavírus já contaminou mais de 1 milhão de brasileiros e matou mais de 52 mil pessoas, o governo de Bolsonaro e Mourão ataca brutalmente os direitos e as condições dos trabalhadores e mais pobres para atender aos interesses de grandes empresários, banqueiros e do agronegócio.

 

É por isso que a Saúde enfrenta um colapso, a Educação vive um caos, avançam com a destruição dos direitos trabalhistas, aumenta o desemprego e a precarização das condições de trabalho, o desmatamento e a violência na Amazônia e no campo, as privatizações e a entrega do patrimônio público e das riquezas do país, bem como os ataques às liberdades democráticas, com medidas autoritárias e criminalização das lutas e do povo pobre.

 

A CSP-Conlutas assinou o pedido coletivo pelo impeachment, protocolado em maio, assim como também apoia a campanha pelo abaixo-assinado lançada na última sexta-feira.

 

A Central está à frente do chamado do Dia Nacional de Lutas pelo Fora Bolsonaro e jogará todos os esforços para a construção deste dia de mobilizações.

 

“Defendemos que é preciso colocar para Fora Bolsonaro, mas também Mourão e toda a corja que compõe esse governo de ultradireita e ultraliberal, capacho de Trump e das multinacionais norte-americanas. Para isso, é preciso uma ampla e unitária mobilização para derrotar este governo”, afirmou o integrante da Secretaria Executiva Nacional da Central Atnágoras Lopes.

 

“Estamos vendo que os trabalhadores e a população pobre estão reagindo diante dos ataques e do caos que este governo vem imponto. Por isso, trabalhadores da Saúde protestam, entregadores de aplicativos se revoltam contra a precarização de suas condições de trabalho e preparam greve para 1° de julho, torcidas organizadas retomaram os protestos de rua em defesa das liberdades democráticas e chamam novos atos para o dia 28, povos dos terreiros organizam um foguetaço pelo Fora Bolsonaro”, citou Atnágoras.

 

“É preciso fortalecer todas as mobilizações e iniciativas que avancem na luta para por um fim a este governo que quer aplicar um projeto de ditadura para por em prática todos os seus ataques”, concluiu o dirigente.

 

“Vamos fortalecer a jornada pelo Fora Bolsonaro que está sendo convocada e todas as lutas em curso. Precisamos honrar as 52 mil famílias que hoje choram seus mortos por causa da política genocida do governo Bolsonaro que, agora desgraçadamente, também está sendo seguida por governadores que se submetem à pressão da indústria e do comércio e estão conduzindo nossa classe ao abatedouro”, disse.

 

“Mais do que nunca vamos somar a força do nosso povo organizado para fazer um grande processo de mobilização neste país em defesa do direito à vida, por uma quarentena geral de 30 dias, empregos e garantia de renda aos trabalhadores e pequenos comerciantes. Vamos juntos. Fora Bolsonaro e Mourão, já!”, concluiu Atnágoras.

 

Confira o relatório da reunião das organizações realizada neste dia 23 de junho:

 

Reunião “Fora Bolsonaro” – 23 de Junho de 2020

 

Apresentação: Esta reunião foi uma iniciativa impulsionada pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo na perspectiva de articular as organizações e entidades que estão debatendo a inviabilidade da permanência de Bolsonaro à frente da Presidência da República.

 

Organizações presentes: PSB, PDT, Rede, PSTU, PT, PC DO B, PSOL, UP, PCB, PCO, Força Sindical, UGT, CSB, CGTB, CONLUTAS, CUT, CTB, Intersindical Central; Instersindical Instrumento; Nova Central; Projeto Brasil-Nação, ABI, CONIC, Koinonia, AJD, APIB, Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, Abong, Coalizao Negra por Direitos; Plataforma Politica Social; CBJP; Frente dos Evangélicos pelo Estado de Direito; CPT; ASA; Ação Educativa; IBRE; Intervozes; IFJ; Pacto pela Democracia; Greenpeace; SOS Mata Atlantica; WWF; ANA; Terra de Direitos; FASE; Grain; Observatório do Clima; 342 Amazônia; Fórum 21; INESC; e as organizações que constroem as Frente Brasil Popular; Frente Povo Sem Medo;

 

1- Síntese política:
a. Não há possibilidades de superarmos a crise sanitária, econômica, ambiental e social com permanência de Bolsonaro na Presidência da República.
b. Há a necessidade de constituir um espaço de articulação que agregue todos os setores que defendem a bandeira Fora Bolsonaro.
c. É preciso estabelecer iniciativas conjuntas que possibilitem fortalecer a bandeira Fora Bolsonaro na sociedade.

 

2- Síntese dos encaminhamentos:
a. Massificar os abaixo-assinados para pressionar o Congresso a abrir o processo de Impeachment e o TSE a julgar a Chapa Bolsonaro-Mourão.
b. Estimular ações de agitação política e comunicação a partir de uma identidade visual comum para a “Campanha Fora Bolsonaro”.
c. Organizar um Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro, realizando ações de redes, ações simbólicas e panelaço no dia 10 de Julho.
d. Realizar uma Plenária Nacional Popular pelo Fora Bolsonaro envolvendo milhares de pessoas para lançar esta iniciativa no dia 11 de Julho.
e. No dia 12 de julho estão sendo convocadas novas manifestações de rua em defesa da democracia e pelo Fora Bolsonaro. A decisão sobre a convocação e participação nesses atos é exclusiva de cada organização.
f. Manter reuniões regulares deste espaço de articulação como um representante de cada organização/iniciativa. Realizar a próxima reunião no dia 07 de Julho às 10h.
g. Constituir uma comissão organizadora para preparar as atividades dos dias 10 e 11/07 composta por representantes do Fórum das Centrais, das Frentes e Organizações da sociedade civil.
h. Consultar as organizações participantes até a próxima reunião sobre a identidade dessa iniciativa, e se o nome “Campanha Nacional Fora Bolsonaro” contemplaria todos.

 

3- Informes:
a. Está em construção uma Campanha em defesa da Democracia, impulsionada por várias entidades reunidas a partir de uma chamado da OAB, intitulada #BrasilpelaDemocracia. Várias das entidades presentes na nossa reunião participam dessa construção. O lançamento da campanha será nesse final de semana (27 e 28/06); Atividades virtuais serão realizadas numa virada nos dias 4 e 5 de julho e um grande live política e cultural está sendo organizada no dia 18 ou 19/07.
b. No dia 24/05 (dia de Xangô) está sendo convocado um “Foguetaço Fora Bolsonaro”, promovido pelos Povos de Terreiros.
c. No dia 01/07 está sendo convocada a 1ª. Greve Nacional dos entregadores de APPs.
d. Neste domingo, 28/06 estão sendo convocadas mobilizações das torcidas antifascistas em várias capitais.
e. No dia 30/06 será realizado um ato politico da iniciativa “Direitos Já”.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Quarta, 10 Junho 2020 17:41

 

No último domingo (07/06), Cuiabá também foi às ruas para participar do ato “Fora Bolsonaro”, organizado de forma independente pela juventude da capital, que não participa necessariamente de entidades, coletivos, movimentos sociais e outros. A exemplo de manifestações em outras regiões do país, os participantes levaram bandeiras de luta, com destaque para “Vidas Negras e Indígenas Importam”, além do “Fora Bolsonaro”, reivindicando o fim do governo e suas políticas de guerra à população.

Segundo a organização, cerca de 500 pessoas estiveram no ato, que também contou com a participação de representantes sindicais, manifestantes individuais, e movimentos sociais organizados, como os movimentos Negro e Indígena. 

De acordo com o diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind), Armando Tafner, o ato teve saldo positivo, foi grandioso e bem organizado. “Havia muitos jovens dispostos a lutar, defender direitos, e isso é bonito de ver. Chamou-se a atenção de Cuiabá, pois teve muita repercussão. Mostrou que Cuiabá não é só uma cidade conservadora, que tem gente de luta, tem periferia. Que existem pessoas dispostas a buscar a igualdade social, antirracista e diversidade étnica. É muito importante que atos como esse ocorram dessa forma organizada, e que não se intimidem com as ameaças que sofreram”, declara. 

O professor salienta que no mesmo dia, um ato pró-bolsonaro também estava previsto na capital, e acabou não acontecendo justamente pela articulação e organização de todos os envolvidos no ato de repúdio ao presidente. 

Com as reivindicações, a população cuiabana demonstrou que não aguenta mais ser castigada pelas políticas neoliberais bolsonaristas, pois o presidente não apenas põe em prática políticas de constante ataque a população como um todo, mas também promove agitação política que incentiva o preconceito, a discriminação e o cerceamento político daqueles que pensam diferente.

O que assustou e chamou muito a atenção de todos e todas partícipes do ato público no domingo foi o contingente policial massivo. “Muitas pessoas que estavam próximo à Praça Alencastro ficaram com receio de participar do ato, porque o aparato policial estava muito grande. Havia helicóptero fazendo ronda, a cavalaria, serviço de inteligência, policiais armados em grande quantidade. Ademais, as pessoas estavam sendo revistadas antes de chegar à praça. Isso foi ofensivo e acabou espantando muitas pessoas”, relatou o professor.  

Estavam presentes policiais do 1º Comando Regional de Cuiabá, a patrulha da 20ª Companhia de Força Tática, as unidades do Comando Especializado da PM do Mato Grosso, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e os Batalhões de Trânsito, Cavalaria e Rotam.

Os manifestantes utilizaram máscaras, luvas e zelaram pelo distanciamento social durante todo o ato. Durante o percurso, ocuparam as Avenidas Getúlio Vargas, Isaac Póvoas, Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), retornado à Praça Alencastro. 

Tafner reitera que o ato de domingo deve encorajar outras manifestações e outras pessoas para participarem, na medida do possível, de movimentos em defesa da democracia, dos trabalhadores, dos movimentos sociais, entre outros.

Confira aqui um vídeo da Negrafone Comunica sobre o “Fora Bolsonaro” realizado em Cuiabá no último domingo. 

 

Layse Ávila

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind