Quarta, 20 Outubro 2021 16:20

A diretoria Nacional do ANDES-SN declara seu total repúdio às práticas de desvalorização e desrespeito do Governo Bolsonaro que, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, cortou o pagamento das bolsas do mês de setembro de todos/todas o(a)s docentes e discentes vinculado(a)s ao programa de Residência Pedagógica - RP e ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).

A CAPES alega, em nota de esclarecimento publicada em seu site oficial, que os recursos dependem da aprovação de um projeto de Lei 17/2021 que está em trâmite e não menciona qualquer previsão para esse pagamento.

Essa ação está em consonância com as demais práticas desse governo de atacar à ciência e o(a)s cientistas do país. As universidades são foco central da implementação de uma política de desmonte de todas as pesquisas e programas que promovam o acesso à produção de conhecimento no âmbito do domínio público, uma vez que, os objetivos da política em curso é a privatização do conhecimento.

Solidarizamo-nos com o(a)s bolsistas da Residência Pedagógica e do PIBIB que dependem, em grande medida, desses recursos para manterem seus sustentos no momento em que a conjuntura econômica coloca grande parte dos brasileiros e das brasileiras em situação de vulnerabilidade alimentar.

O ANDES-SN reafirma a defesa dos serviços públicos e enfatiza que as universidades e seus/suas discentes e docentes precisam ser protegido(a)s dos ataques promovidos pelo governo Bolsonaro.

Pela proteção dos direitos da(o)s bolsistas da Residência Pedagógica e PIBID!

Fora Bolsonaro e Mourão!

 

Brasília(DF), 20 de outubro de 2021

 

Diretoria Nacional do ANDES-Sindicato Nacional

Quarta, 20 Outubro 2021 16:12

 

 

O governo de Jair Bolsonaro não pagou o valor referente a setembro de bolsas de dois programas de apoio à formação de professoras e professores. O motivo alegado é a falta de orçamento. Os programas Residência Pedagógica (RP) e Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), ambos gerenciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), integram a Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC).

De acordo com a Capes, em nota publicada no dia 7 de outubro, os recursos para o pagamento das bolsas dependem da aprovação de um Projeto de Lei (PLN) 17/2021 que tramita na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.  O PLN que prevê a destinação de R$ 43 milhões à Capes está parado com o relator, o senador Roberto Rocha (PSDB/MA), desde o dia 24 de setembro e ainda não há previsão para votação.  Com orçamento reduzido nos últimos anos, os pagamentos dependem da aprovação pelo Congresso de um crédito suplementar direcionado à fundação.

A diretoria nacional do ANDES-SN publicou uma nota, nesta quarta-feira (20), em repúdio ao atraso no pagamento das bolsas dos programas. “Solidarizamo-nos com o (a)s bolsistas da Residência Pedagógica e do PIBIB que dependem, em grande medida, desses recursos para manterem seus sustentos no momento em que a conjuntura econômica coloca grande parte dos brasileiros e das brasileiras em situação de vulnerabilidade alimentar”, diz um trecho do documento.

Alguns conselhos universitários, como o da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em conjunto com o Conselho Estratégico (CES), enviou ao MEC moção em defesa dos projetos para formação de professoras e professores e com críticas ao descaso do governo. “Esse encaminhamento implica o descuidado da gestão do Governo Federal com os recursos da Educação e da Ciência”, afirma a UFFS. A universidade possui mais de 700 estudantes bolsistas e voluntários em cinco campi da instituição, nos três estados do Sul.

Na última quinta (14), o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) lançou nota sobre o atraso no pagamento das bolsas que, segundo a instituição, “desqualifica o trabalho e prejudica os discentes que dependem delas, muitas vezes, para a sua subsistência”.  São atendidos 164 estudantes no programa de Residência Pedagógica e 205 estudantes no Pibid, nos cursos de Licenciatura – Química, Matemática, Biologia, Física e Pedagogia.

No mesmo dia, o Programa do Pibid da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) também emitiu uma nota de repúdio pelo atraso nos pagamentos das bolsas. “Tal situação é um agravo direto ao desenvolvimento e a qualidade dos projetos educacionais, bem como à sua capacidade de autogestão. Estamos no aguardo de efetivas resoluções”, critica.

Da mesma forma, os programas Pibid e RP da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) se manifestaram contra a negligência do governo federal ao não garantir um orçamento necessário a Capes. “Consideramos urgente a reavaliação da previsão orçamentária e somos contrários aos cortes nas áreas da Educação e da Ciência. No aguardo de efetivas resoluções!”, cobraram. Os programas de formação também disponibilizaram um abaixo-assinado online para o pagamento imediato das bolsas, que já conta com a assinatura de mais de 65 mil pessoas.

Ainda em nota, o ANDES-SN reafirmou a defesa dos serviços públicos e enfatizou que tantos as universidades, institutos federais e cefets quanto discentes e docentes precisam ser protegidos dos ataques promovidos pelo governo Bolsonaro.

“Essa ação está em consonância com as demais práticas desse governo de atacar a ciência e o(a)s cientistas do país. As universidades são foco central da implementação de uma política de desmonte de todas as pesquisas e programas que promovam o acesso à produção de conhecimento no âmbito do domínio público, uma vez que, os objetivos da política em curso é a privatização do conhecimento”, afirma o documento.  Leia aqui a íntegra.

Bolsas
A Residência Pedagógica concede bolsas a estudantes dos cursos de licenciatura para o aperfeiçoamento da formação prática, promovendo a imersão do licenciando na escola de Educação Básica, a partir da segunda metade de seu curso.
 Já o Pibid concede bolsas a estudantes de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência, desenvolvidos por instituições de educação superior (IES) em parceria com as redes de ensino. As bolsas iniciais são de R$ 400 e podem chegar até R$ 1,5mil.

Fonte: ANDES-SN (Foto: Esquerda Diário)

 

Quarta, 13 Outubro 2021 14:32

 

 

O Congresso Nacional aprovou na última quinta-feira (7) o Projeto de Lei (PLN) 16, que abre crédito suplementar de R$ 690 milhões, que sairá do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e será quase todo destinado a outras áreas. Do montante aprovado pelos parlamentares, R$ 655.421.930,00 será retirado do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que é subordinado ao MCTI. 

A proposta foi apresentada, no final de agosto, pelo Executivo. Originalmente, o projeto de lei previa liberação dos R$ 690 milhões à ciência brasileira. No entanto, após mandar a proposta do PLN ao Congresso, o ministro da Economia Paulo Guedes enviou, na quarta (6), um ofício com um adendo à proposta, alterando a destinação inicial prevista para os recursos.

Dos R$ 690 milhões, só R$ 89,8 mi ficarão para o MCTI. Sendo que, desses recursos, somente R$ 7,2 mi irão para Administração Direta da pasta, que contempla as rubricas “Formulação e Gestão da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações”, com R$ 4.734.573,00, e “Fomento a projetos, programas e redes de pesquisa e desenvolvimento”, com R$ 2.487.938,00. Ou seja, financiamento de pesquisas e políticas na área.

O restante, R$ 82.577.489,00, irá para a Comissão Nacional de Energia Nuclear, autarquia vinculada ao MCTI. Essa rubrica engloba cerca de R$ 63 milhões que serão destinados para atividades de manutenção da produção de radiofármacos. Vale destacar que, para essa rubrica, parte dos recursos (R$ 34.578.070,00) já estava prevista no projeto original. Além disso, outros R$ 19 milhões vão para o funcionamento das instalações laboratoriais que dão suporte operacional às atividades de produção, prestação de serviços, desenvolvimento e pesquisa.

Para onde vai o dinheiro da Ciência e Tecnologia?
O Ministério do Desenvolvimento Regional vai ficar com R$ 150 milhões para ações de proteção e Defesa Civil na gestão de riscos e desastres, R$ 100 milhões para a integralização de cotas de moradia do Fundo de Arrendamento Residencial e R$ 2,2 milhões para obras de infraestrutura hídrica.

O Ministério da Educação deve receber R$ 107 milhões, para a concessão de bolsas de estudo no ensino superior, e outros R$ 5 milhões, para o apoio ao desenvolvimento da educação básica. O Ministério da Saúde vai ficar com R$ 50 milhões, para o saneamento básico.

Embora o governo federal e parlamentares afirmem que não faltarão recursos para o MCTI, os últimos cortes orçamentários apontam situação diferente. No orçamento aprovado em 25 de março pelo Congresso Nacional, os recursos previstos para este ano para a Ciência, Tecnologia e Inovação sofreram uma redução de 29%, em comparação ao ano de 2020. E este novo corte representa uma redução de 92% nos recursos aprovados para a pasta no início do ano.

Segundo Mario Mariano Ruiz Cardoso, da coordenação do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCeT) do ANDES-SN, após uma intensa luta das trabalhadoras e dos trabalhadores da Ciência e Tecnologia, em articulação com estudantes da graduação e pós graduação, foi possível derrubar o veto de Bolsonaro e liberar a aplicação de 100% do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. "É exatamente essa conquista que está sendo atacada novamente. A puxada de tapete de Guedes no PLN 16 tenta impedir a aplicação desse recurso na ciência e tecnologia. O ANDES SN defende a garantia de recursos públicos para a ciência e tecnologia públicas. A população quer mais vacina e isso só é possível com mais investimentos nas universidades, institutos federais e Cefets que são as instituições que mais produzem pesquisa no Brasil".

Atrasos e corte de bolsas
Um dos impactos no estrangulamento dos recursos destinados ao MCTI são os cortes e atrasos no pagamento de bolsas de pesquisa, pós-graduação e iniciação científica. Em maio desse ano, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou uma redução no número de bolsas concedidas para projetos de pós-doutorado pela falta de recursos para pagar pesquisadores. Apenas 12,8% dos 3.080 projetos inscritos receberam recursos.

Já entre o final de julho e início de agosto, um “apagão” no servidor do CNPq deixou fora do ar diversas plataformas, entre elas as Plataformas Lattes (Currículo Lattes, Diretório de Grupos de Pesquisa, Diretório de Instituições e Extrator Lattes) e Carlos Chagas.

Na época, o ANDES-SN criticou a situação, a qual considerou consequência da precarização das condições de trabalho e infraestrutura no órgão e do desfinanciamento da pasta de C&T, desde o início do governo de Jair Bolsonaro. 

Paralisação Nacional 
Em resposta aos cortes na pasta, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) divulgou uma nota, no sábado (9), em que denuncia o corte de recursos destinados à Ciência promovido pelo governo Bolsonaro e convocou cientistas, pesquisadoras e pesquisadores e sociedade civil no geral para uma paralisação nacional, no dia 20 de outubro, integrando o Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Ciência, para que a situação seja revertida.

O ANDES-SN publicou uma nota de apoio, nesta segunda-feira (11), a paralisação das e dos estudantes de pós-graduação. “Declaramos total e irrestrito apoio à(o)s discentes de pós-graduação do Brasil que são responsáveis em grande medida pelo avanço da ciência no mundo. Nós defendemos as universidades públicas desse país e defendemos os pesquisadores e as pesquisadoras que se desdobram para manter o sustento de suas vidas e famílias e dão sine qua non contribuição para o avanço da ciência!”.

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 13 Outubro 2021 14:29

Numa demonstração a mais do negacionismo desse governo, o ministro da Economia Paulo Guedes mandou a Comissão Mista do Orçamento cortar R$ 690 milhões de projetos científicos, ou seja ceifou 90% de recursos destinados à pesquisa. Esse mesmo ministro que está sob investigação por aplicar milhões em offshore de forma ilegal, vai paralisar o investimento em ciência e tecnologia nacionais.

Esse orçamento é destinado à pesquisa, ao pagamento de bolsas e à execução de projetos científicos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cujo corte visa estancar o conhecimento e a descoberta de soluções para as inúmeras consequências das desigualdades sociais que assolam o Brasil. É mais um ataque brutal à Educação Pública, que aliado a outros, como cortes orçamentários, mercadorização, intervenções se somam a um projeto de educação lucrativa e elitizada e voltada a atender os interesses do mercado.

Todo nosso repúdio a essa medida! É preciso parar esse governo de morte!
Viva à Ciência!
Fora Guedes!
Fora Bolsonaro e Mourão!

 

 

Brasília(DF), 11 de outubro de 2021

 

Diretoria Nacional do ANDES-SN

Sexta, 08 Outubro 2021 17:32

 Agricultor Marciano com parte da sua produção agroecológica

 

Embora o Agronegócio insista em afirmar que é tec, é pop, é tudo, no período em que o Brasil comemora a Semana da Agroecologia, que teve início no dia 03/10, há que se dizer: já está mais do que evidente que é preciso encontrar outras formas de produção agrícola. Aliás, um setor que cultiva commodities para exportação e não alimentos para matar a fome, só é um bom negócio para os latifundiários, porque empobrece o solo, o meio ambiente, as relações de trabalho e a sociedade como um todo, a partir das isenções fiscais que deixam de render valores expressivos aos cofres públicos – cerca de R$ 6,2 bilhões anualmente.   

 

O ensino superior, produtor de conhecimento, ciência e tecnologia, dentro das universidades - especialmente as públicas - é um dos encarregados de desmistificar a lógica desse tipo de produção, inserido no imaginário social com ajuda dos recursos midiáticos, apenas por interesses econômicos. Deve ser por isso que o Governo Federal, cúmplice da iniciativa privada, acaba de anunciar a “realocação” de 92% dos recursos destinados à Ciência para outras áreas.

 

Enquanto isso, as universidades se esforçam para devolver à sociedade um pouco do que ela investe na ciência. Em Sinop, por exemplo, o Projeto Gaia Rede de Cooperação para Sustentabilidade, desenvolvido no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), tem plantado a semente da Agroecologia desde agosto de 2019. O público alvo são os trabalhadores terceirizados do campus, comunidades em risco de vulnerabilidade socioeconômica, pessoas da terceira idade, agricultores urbanos, periurbanos e rurais, assentados da reforma agrária, além de acadêmicos e estudantes da UFMT, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Escola Técnica de Sinop e comunidade em geral.

 

De acordo com a coordenadora, Rafaella Felipe, o principal objetivo do Projeto Gaia é a justamente a disseminação da Agroecologia. “O Projeto Gaia – Rede de Cooperação para a Sustentabilidade, inserido no contexto do Ensino, da Extensão e da Pesquisa, tem como objetivo estabelecer e fortalecer uma Rede de Produção e Comercialização de alimentos produzidos em transição agroecológica no âmbito da agricultura familiar rural e periurbana na região norte de Mato Grosso. A Agroecologia é uma ciência que integra conhecimento de diversas áreas, além de agregar também saberes populares e tradicionais, de comunidades indígenas e camponesas. Dessa forma, ela contribui para a consolidação em curto, médio e longo prazo de alguns dos objetivos de desenvolvimento sustentável, reduzindo as desigualdades”, explica a docente, que atua no Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais.

 

“Por meio da Agroecologia é possível trabalhar com ecossistemas livres de agrotóxicos como os inseticidas, o que favorece de forma impactante não apenas a produção vegetal, como também a produção animal como a meliponiculrura [produção de abelhas sem ferrão]. Em dez, das doze propriedades que receberão, ou já receberam os Sistemas Agroflorestais, serão instaladas caixas racionais de abelhas nativas sem ferrão. A professora Carmen Wobeto, especialista nesta área, atuará na formação de acadêmicos e produtores e trabalhará junto aos agricultores toda a cadeia de produção, com o controle de qualidade e comercialização do mel. Assim, além da produção vegetal agroecológica diversificada, estes agricultores terão outra fonte de renda, tão importante e valorizada não apenas em nossa região, mas também nacional e internacionalmente. É de grande importância compreender também os importantes e essenciais serviços ecossistêmicos que a meliponicultora trará para estas unidades de produção, entre elas, a polinização, que é essencial para produção de alimentos e para a manutenção das populações selvagens de plantas”, acrescenta a professora.

 

 Planejamento e formação para autonomia dos agricultores é um dos objetivos do Projeto 

 

Além de fomentar a meliponicultura e a produção de mel de abelhas nativa, o Projeto Gaia também tem como objetivos selecionar as propriedades em que poderão ser implantados os Sistemas Agroflorestais, como Unidades de Aprendizagem, com posterior levantamento da produção e comercialização dos produtos (cadastro socioeconômico) e mapeamento de uso e ocupação do solo, organizando um banco de dados geocodificados das propriedades mapeadas; promover e fortalecer a produção de frutas, hortaliças, raízes e tubérculos, grãos e plantas alimentícias não convencionais em transição agroecológica e dos produtos beneficiados pelos agricultores; propiciar a melhoria do processo de gestão para comercialização dos gêneros agroecológicos produzidos nas unidades atendidas pelo Projeto; e prestar atendimentos de base ecológica nas áreas de horticultura, fruticultura, fitopatologia e entomologia aos produtores e das comunidades público-alvo do Projeto.  

 

De acordo com Rafaella Felipe, o projeto destaca-se pela multi, inter e transdisciplinaridade, aspectos relevantes para a Agroecologia que, por princípio, abarca as dimensões ambiental, ética, cultural, financeira, técnico produtiva e política. “De forma aplicada, trabalhamos com a Agroecologia, junto a 12 propriedades de agricultores familiares, através da implantação de Sistemas Agroflorestais, com cultivos diversos, atuando em toda a cadeia de produção, deste o plantio, manejo agroecológico, gestão, sensibilização dos consumidores e comercialização dos alimentos produzidos e processados nas unidades produtivas. Outro grande diferencial do Projeto Gaia á a assistência técnica com foco na saúde do solo - solo saudável, planta saudável, ser humano saudável -, com técnicas que focam na manutenção da saúde desse solo e, consequentemente, na prevenção de doenças e pragas. Também tentamos contribuir com a autonomia dos agricultores, através das oficinas práticas de produção de bioinsumos, peletização [revestimento com biofertilizante e pó de rocha] de sementes, e dos demais manejos ecológicos, como cobertura de solo, adubação verde, melhor utilização dos recursos hídricos, consórcios de plantas entre outros”, destaca.

 

Visitas escolares às Unidades de Aprendizagem, promovidas por educadores da Escola Estadual Rural Florestan Fernandes 

 

Nesse sentido, uma grande parceira do Projeto Gaia é a Cooperativa dos Produtores Agropecuários da Região  Norte do Estado de Mato Grosso (Coopervia), localizada no Assentamento 12 de Outubro, em Cláudia, MT. Os agricultores da Coopevia foram os primeiros a implantarem a produção agroecológica, há quase dez anos, e foram a grande inspiração para o início do Projeto Gaia. 

 

Em tempo de pandemia, alerta a docente, é ainda mais urgente que a universidade aumente seus esforços para contribuir efetivamente como a redução das negativas consequências da pandemia para a população em risco de vulnerabilidade social, devido à redução da renda familiar, redução do consumo de alimentos saudáveis e maior exposição a doenças e transtornos psicossociais, sobretudo para os agricultores familiares, afetados drasticamente com a redução da comercialização de alimentos e diversas consequências de ordem material e psicossocial.

 

 

 

Por isso, além do trabalho presencial, como o plantio, manejo e a colheita dos alimentos, realizado sempre com respeito às medidas de segurança preconizadas pelos órgãos de saúde, o Projeto também mantém diálogo por meio das mídias virtuais, para planejamento, levantamento de demandas, estudo e avaliação das atividades (clique aqui para conhecer a página no Instagram - @ProjetoGaia2019).

 

Os cultivos são diversos: frutas, hortaliças, raízes, tubérculos, grãos, plantas condimentares, medicinais e plantas alimentícias não convencionais, comercializados até então na Feira Agroecológica do Cantasol. “O Cantasol é um outro Projeto de Extensão, organizado por professores da UNEMAT, que há oito anos auxilia na comercialização de produtos agroecológicos em Sinop, produzidos pelos cooperados da Coopervia. Estamos em fase de organização da Feira Agroecológica do Projeto Gaia, que receberá a produção das 12 propriedades e produção de demais agricultores em transição  que atendam os quesitos de transição agroecológica. Os produtos comercializados são todos produzidos nas hortas, quintais e nos Sistemas Agroflorestais dos agricultores beneficiados e também, os processados na agroindústria como pães, bolos, doces, compotas, macarrão, tortas, bolachas, biscoitos e produtos do extrativismo, como castanha-do-brasil”, concluiu Rafaella Felipe.

 

A professora lembra, ainda que o Projeto tem apoio do REM MT (REDD Early Movers Mato Grosso), uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW), ao Estado do Mato Grosso, pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos anos (2006-2015). O Programa REM MT beneficia aqueles que contribuem com ações de conservação da floresta, como os agricultores familiares, as comunidades tradicionais e os povos indígenas, e fomenta iniciativas que estimulam a agricultura de baixo carbono e a redução do desmatamento, a fim de reduzir emissões de CO² no planeta, é coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e tem como gestor financeiro o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) - saiba mais aqui.

 

Mais informações sobre o Projeto Sustenntabilidade Gaia você também encontra em: UFMT SIEx - Gaia - Rede de Cooperação para a sustentabilidade - Enfrentamento à COVID-19

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagens: Equipe Gaia

Segunda, 21 Junho 2021 23:11

 

O GT Ciência e Tecnologia da ADUFMAT – S. SIND convida para a Live: "Matriz elétrica de baixo carbono e a privatização criminosa da Eletrobrás". 

DIA 23/JUNHO/2021 – 19 HORAS EM CUIABÁ/ 20 HORAS EM BRASÍLIA

Mediador:

José Domingues de Godoi Filho – Professor da UFMT/Faculdade de Geociências e Coordenador do GTCT/Adufmat-S.Sind.

Debatedores: 

Nelton Miguel Friedrich – Advogado, Constituinte Nota 10 DIAP – Diretor da Itaipu Binacional.

Dorival Gonçalves Junior – Engenheiro Eletricista, Professor da UFMT/Departamento de Engenharia Elétrica

“Em 1976, assisti pela TV o presidente Geisel, dócil à pressão das Sete Irmãs e de seus acólitos, abrir aos contratos de riscos a exploração do petróleo da plataforma continental e da bacia amazônica, (...). Só a mudança do modelo dependente por outro autossustentado, fundamentado em nossos recursos humanos e materiais, imensos e permanentes, nos salvará. Conquistar a independência energética com recursos renováveis, inesgotáveis e a tecnologia com inteligência brasileira, (...) O problema mais urgente é acabar com a fome dos brasileiros. É o mais fácil e de resposta quase imediata, conjugando-o com a produção de energia renovável. O melhor negócio do mundo, e mais estratégico, é vender energia.” Depoimento de um general brasileiro, que não concordava com as atitudes entreguistas dos colegas de farda, que comandavam a ditadura empresarial-militar de 1964.

Trinta anos depois as palavras soam atuais. A crise exposta pela pandemia reforçou a agenda ESG (Ambiental, Social e de Governança, na sigla em inglês), impondo urgências nas articulações para a redução dos Gases do Efeito Estufa (GEEs) e, colocou o setor energético no centro das discussões, para se atingir os níveis previstos pelo do Acordo de Paris-2015 (COP-21).

O Brasil, em relação à sua matriz energética, possui 46% da Oferta Interna de Energia composta por fontes renováveis e 25% do setor de transportes abastecido por biocombustíveis e com disponibilidade de óleos menos poluentes. O Brasil está bem-posicionado para superar os desafios e se tornar um dos principais atores na transição mundial uma matriz energética de baixo carbono.

Diferentemente do indicado, em 1991, por Bautista Vidal (em, Soberania e Dignidade), de que “a substituição dos combustíveis derivados do petróleo além da gasolina, somente serão definidos e implantados de modo consistente quando a sociedade brasileira adotar postura de indispensável autonomia e resolver os destinos do Brasil.(...)  quando nos orientarmos para um verdadeiro desenvolvimento e não para um crescimento econômico dependente (...)É indispensável que estas mudanças tenham o suporte de toda a população e não sejam mais um dos usuais pactos das oligarquias com os tecnocratas, que vem destruindo tudo o que havia de público no Estado Brasileiro”; o governo brasileiro opta pela destruição do setor energético, via Medida Provisória 1031/ 2021,propondo a privatização da Eletrobrás.

Finalmente, “os problemas com a privatização da Eletrobrás neste momento vão além das limitações naturais ao projeto neoliberal atrasado. A Eletrobrás é um conglomerado que tem dentro de si megaempresas como Eletrosul, Eletronorte, Eletronuclear, gestão da Itaipu Binacional, Furnas entre outras. Esse conjunto produz e distribuiu energia elétrica e faz investimentos em infraestrutura para atender a demanda energética do país”. (Paulo Kliass)

 

Link para acesso direto no Facebook: https://www.facebook.com/211669182221828/posts/4385150231540348/

Link para acesso direto no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=TMLQOeV7kqc

 

Fonte: Divulgação

Terça, 08 Junho 2021 17:48

 

O Grupo de Trabalho Ciência e Tecnologia (GTC&T) da Adufmat-Ssind convida toda a comunidade acadêmica e demais interessados para a Live "Geodiversidade e Zoneamento Agroecológico como instrumento para evitar e conter a destruição ambiental", que será realizada nessa quarta-feira, 09/06 às 19 horas em Cuiabá e 20 horas em Brasília. 

O mediador será o professor José Domingues de Godoi Filho, da Faculdade de Geociências da UFMT e Coordenador do GTCT/Adufmat-S.Sind.
Os debatedores convidados são Cássio Roberto da Silva - Geólogo, Pesquisador em Geociências do Departamento de Gestão Territorial da CPRM-Serviço Geológico do Brasil; Eder de Souza Martins – Geólogo, Pesquisador da Embrapa Cerrados; e Gustavo Canale – Professor da UFMT/Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais/GECAS - Grupo de Ecologia Aplicada de Sinop.

Uma semana depois da realização da Cúpula dos Líderes do Clima, que revelou uma distância tecnológica abissal separando os países desenvolvidos dos demais, no que se refere a alternativas energéticas de baixo carbono, o Presidente Biden anunciou seu plano para a Nação, deixando claro que um Estado “mínimo”, não contribuirá para superação das crises sanitária e climática.


Antonio Gutierrez, Secretário Geral da ONU, tem afirmado que “é necessário uma mudança de paradigma nas relações de apropriação e transformação dos recursos naturais”. E, aponta para “construção de um novo contrato social baseado na solidariedade e no investimento na educação, empregos decentes e verdes, proteção social e sistemas de saúde, todos os quais juntos, formariam a base para o desenvolvimento sustentável e inclusivo”.
No caso brasileiro, apesar de todo negacionismo, atraso cultural e científico-tecnológico, selvageria dos sanguessugas de nossas riquezas e parasitas infiltrados na estrutura do Estado, a pandemia escancarou a importância do Sistema Único de Saúde, das pesquisas patrocinadas com recursos estatais e realizadas com dificuldades pelas universidades públicas, institutos de pesquisas associados e empresas públicas; portanto o Estado não pode ser “mínimo” para atender às questões socioambientais e econômicas.


Com esta “live”, pretende-se apresentar e ressaltar o importante trabalho conjunto que vem sendo realizado e oferecido por outras duas instituições oficiais de pesquisa e desenvolvimento – o SGN/CPRM – Serviço Geológico Nacional e a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, com fortes reflexos na formação futura de pessoal pelas universidades públicas.


As ciências da terra, em particular a Geologia e a Agronomia, contribuem com informações necessárias ao aproveitamento dos recursos minerais, energéticos e hídricos, à prevenção de catástrofes naturais e a melhor utilização do espaço físico. Nas últimas décadas, o avanço das investigações dos problemas decorrentes da relação entre a espécie humana e a superfície terrestre avançou substancialmente; consolidando novas áreas de pesquisa e gerando maior interação com outras. Assim, nasceram a Geodiversidade e o Zoneamento Agrogeológico do Brasil

As expectativas e objetivos dos estudos é o de fornecer aos administradores, planejadores e outros profissionais, que atuam na organização e desenvolvimento territorial, informações integradas sobre as principais características do meio físico e seu comportamento frente às várias formas de uso e ocupação do território. Sejam elas para orientar decisões no estabelecimento de políticas públicas para a sustentabilidade dos setores agroindustrial e minerário, sejam para ordenamento do espaço territorial, empregando-se “abordagem humanística e a aplicação desses conhecimentos em várias áreas e setores produtivos”. Certamente, nas regiões de avanço da fronteira agrícola e mineral, a utilização dessas novas ferramentas se torna crucial para evitar o incremento da destruição ambiental.

 

Link direto para o Facebook: https://www.facebook.com/211669182221828/posts/4350807748307930/

Link direto para o Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=jrktXQlqQZw

 

Divulgação

Sexta, 21 Maio 2021 17:30

 

LIVE: A DESCONSTRUÇÃO DA PETROBRÁS: UM CRIME DE LESA-PÁTRIA

DIA 26/MAIO/2021 – 19 HORAS EM CUIABÁ /20 HORAS EM BRASÍLIA

Mediador: José Domingues de Godoi Filho – Professor da UFMT/Faculdade de Geociências e Coordenador do GTCT/Adufmat-S.Sind.

Debatedores: - Sylvio Massa de Campos, Economista, ex-diretor da BR Distribuidora e Diretor da AEPET

- Beto Almeida – Jornalista, TVComDF/TeleSur

A DESCONSTRUÇÃO DA PETROBRÁS: UM CRIME DE LESA-PÁTRIA

Para os importantes profissionais da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobrás que comemoram 60 anos de sua existência e do trabalho duro que construíram o maior patrimônio nacional – a PETROBRÁS, “para que o Brasil se desenvolva é necessário produzir o petróleo do pré-sal na medida de nossa necessidade. Deve-se agregar valor ao petróleo cru com sua transformação em mercadorias úteis, por meio do refino, da petroquímica, da química fina, da indústria de fármacos e fertilizantes. Não devemos embarcar em novo ciclo do tipo colonial e permitir a exportação de petróleo, muito menos por multinacionais que esgotaram suas reservas e cobiçam nossos recursos para resultados privados de curto prazo, e possivelmente predatórios. O modelo de negócios da Petrobrás deve ser diferente daquele adotado pelas multinacionais e que resultaram em rotundo fracasso. Ao invés de mirar na agregação de valor para o acionista no curto prazo, deve objetivar a segurança energética e alimentar dos brasileiros”.

"Todo brasileiro precisa saber sobre o desmonte de uma empresa que se tornou gigante, a serviço de toda a sociedade brasileira, nosso maior patrimônio, e agora se vê condenada a atender ao interesse de poucos", denúncia a AEPET.

​"Os brasileiros que, desde a campanha 'O petróleo é nosso', construíram a Petrobrás e viram o amadurecimento técnico que se deu no pioneirismo da produção em águas profundas, amargam a perda desta conquista, algo que representa um dos maiores desastres para nossa soberania", resume Sylvio Massa.

Nos primeiros anos do século XXI, um seleto grupo de geólogos de primeira linha da Petrobrás conduziu a estatal à descoberta do Pré-sal, a uma profundidade total de 6 mil metros sob o mar da costa brasileira. Uma riqueza que estimam pode chegar a 100 bilhões de barris de óleo equivalente, boa parte ainda sob o controle da estatal. Avaliam que a empresa ainda pode ter sua missão no desenvolvimento socioeconômico resgatada e que a atual fase, apesar dos desmontes, também tem acalentado importantes debates relacionados ao futuro do país.

"Defender a Petrobrás está novamente na ordem do dia", sublinha o historiador Ivan Alves Filho, licenciado pela Universidade Paris-VIII (Sorbonne) e pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.

 

 

Segunda, 22 Fevereiro 2021 13:51

 

Nessa terça-feira, 23/02, às 18h (horário de Brasília), o Sindicato Nacional transmitirá a Live “Ciência e Tecnologia pública e o enfrentamento à pandemia da Covid-19”. Organizada pela Coordenação Nacional do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia do Sindicato Nacional, o evento terá a participação dos professores Mariana Nogueira  (EPSJV/FIOCRUZ) , Ethel Maciel (UFES) e Gilberto Calil (UNIOESTE/ANDES-SN) e será transmitido pelas redes sociais oficiais do sindicato – YouTube. Não será necessária inscrição no evento.

  

Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=HlzNH-pjVBk.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Sexta, 05 Fevereiro 2021 00:00

 

Circular nº 029/2021

 

Brasília (DF), 03 de fevereiro de 2021.

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s Diretore(a)s do ANDES-SN

 

Companheiro(a)s,

 

           Considerando Estatuto do ANDES-SN e demais resoluções aprovadas em suas instâncias deliberativas e diante do cenário que vivemos por conta da pandemia da Covid-19, a Diretoria do Sindicato Nacional convida às SSind a participarem da 1ª Reunião do Pleno do GT de Ciência e Tecnologia em 2021 com vistas a organizar a luta neste início de ano.

           A reunião ocorrerá na quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021, das 16h às 19h, via plataforma virtual, com a seguinte pauta:

1. Apresentação da nova coordenação nacional;

2. Informes;

3. Conjuntura;

4. Deliberações de Congressos e CONAD;

5. Encaminhamentos.

           Cada seção sindical poderá indicar até dois (duas) participantes, até 09 de fevereiro, às 23h59, preenchendo o formulário eletrônico disponibilizado em https://forms.gle/1R9AY7diHystwh227.

link de acesso ao ambiente virtual da reunião será encaminhado para os e-mails informados, conforme orientação acima.

           Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Prof. Luiz Henrique dos Santos Blume

3º Secretário