Sexta, 17 Fevereiro 2023 20:39

 

 

Na última sexta-feira, 10/02, o Andes – Sindicato Nacional encerrou as atividades do 41º Congresso da categoria, realizado em Rio Branco – AC. Para as seções sindicais como a Adufmat-Ssind, no entanto, o trabalho está apenas começando. Após toda a discussão a aprovação das lutas destacadas para este ano, há uma série de ações que, agora, precisam ser colocadas em prática.    

 

Além das centenas de propostas de atuação para todos os setores – diretorias e todos os grupos de trabalho que funcionam na base do Andes-SN e das seções - a plenária final do evento aprovou 24 moções. Elas representam a posição dos congressistas com relação a temas de interesse da categoria, como repúdio à administração da UFPE pela suspensão de novas bolsas, à ação de despejo impetrada pela reitoria da UFMS contra a Seção Sindical de Docentes da UFMS (Adufsm SSind); e à instauração do Processo Administrativo Disciplinar, movido pelo MEC, contra docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF), por votarem a favor do reenquadramento de Técnicos Administrativos em Educação da UFF; repúdio ao descumprimento sistemático da Lei 12.990/14 (reserva de vagas para a população negra em concursos públicos); repúdio ao leilão de imóveis da UFRJ e à contaminação do meio ambiente pelos agrotóxicos nas aldeias da Reserva Xerente (TO).

 

Não só as direções das associações docentes, mas os grupos de trabalho voltados à comunicação e arte (GTCA), história do movimento docente (GTHMD), assuntos de aposentadoria e seguridade social (GTSSA), formação política e sindical (GTPSF), políticas de classe para questões de gênero, etnicorraciais e diversidade sexual (GTPCEGDS), política educacional (GTPE), carreira (GT Carreira), ciência e tecnologia (GTC&T), políticas agrárias, urbanas e ambientais (GTPAUA), verbas (GTVerbas) e fundações (GTFundações) também tiveram encaminhamentos direcionados, incluindo a realização de eventos, cartilhas, entre outros.      

 

O 41º também foi de encontros e possíveis despedidas, especialmente para a Adufmat-Ssind. Enquanto a professora Loana Cheim, atual diretora sociocultural da seção sindical, deu seus primeiros passos no maior espaço deliberativo de sua categoria, o professor Waldir Bertúlio, militante histórico e um dos fundadores da Adufmat-Ssind, avaliou se já não é hora de reduzir a carga de trabalho.  

 

Primeira vez no Congresso

 

Sindicalizada desde 2009, mas pela primeira vez à frente do sindicato, a professora Loanda Cheim destacou a dinâmica de trabalho do 41º Congresso do Andes como uma das principais experiências, pois estava temerosa. “A dinâmica de trabalho é muito fácil de se assimilar e o comprometimento de quem veio é impressionante. É cansativo, mas quem veio está de dedicando em tempo integral, até o momento que for necessário. Os temas em debate eu nem preciso ressaltar a importância, não é? Eu vim temerosa em relação a não conseguir acompanhar as atividades. Mas a dinâmica é trabalhosa e cansativa, mas não tem nada de complexo. E a partir do momento que você está aqui e se dedica às atividades, ela é fácil de acompanhar”.

 

Para a docente, a oportunidade é de aprendizado. “Estou tendo uma oportunidade de avançar muito politicamente, amadurecer para poder contribuir”.

 

A preocupação, no entanto, passou de um nível a outro. O trabalho, agora, será implementar o que foi discutido e aprovado, considerando a rotina pesada dos encargos didáticos e outras funções que a categoria assume para além do ensino, pesquisa, extensão, como gestão e representações diversas.

 

 

“Quem está no sindicato, como representante do sindicato ou atuante nas ações do sindicato, não tem esse trabalho reconhecido. Então, na nossa rotina, realmente é complexo esse processo de você contribuir, dar prosseguimento a tudo que é discutido aqui e implementar. Envolve dedicação, tempo e energia. Sobrecarrega mais ainda porque somos um grupo pequeno na prática, atuando, apesar de mais de 1300 sindicalizados, no caso da Adufmat-Ssind. O que eu já observo com pouco tempo de sindicato como representante, é que são as mesmas pessoas, salvo algumas que vêm por interesse em determinado tema”, pontuou.

 

A docente destaca, ainda, que um grande desafio é aproximar a base. “Nesses momentos a gente pode demonstrar o quanto o sindicato precisa da participação da categoria. Se há mais pessoas atuando, mesmo que fazendo críticas sobre o que pode ser diferente, esse movimento só vai contribuir. E só é possível mudar a partir do momento que cada um vier trabalhar naquilo que quer propor. Eu espero ser uma dessas pessoas”, afirmou Cheim.

 

Questionada sobre que recado daria aos docentes que ainda não se aproximaram do sindicato, a professora é direta: o sindicato está aberto à participação de todos. “Muitas pessoas argumentam que é um grupo fechado, sempre o mesmo grupo, mas é um grupo receptivo para coisas novas. Eu sei que quem não está presente de forma frequente pode sentir receio de não ser recebido, mas o sindicato tem pessoas em níveis diferentes, politicamente. Eu sou um exemplo disso. Tenho muito ainda para amadurecer, mas quando você demonstra vontade de trazer algo que vai contribuir, isso vai ser muito bem recebido”, concluiu.

  

Uma vida inteira de dedicação

 

Waldir Bertúlio tem 75 anos. Seu primeiro Congresso do Andes-SN foi em 1991 (10º), em Curitiba, não porque estava ingressando naquele momento no magistério superior, mas porque havia sido exonerado do cargo, perseguido pela ditadura militar.

 

“Em Curitiba nós propusemos a criação do GT de Etnias. Foi o primeiro criado e naquele congresso, em 1991. Fizeram a proposição, inclusive com o nome de um professor da Universidade de Santa Maria, que também era militante do Movimento Negro, como eu. Nós tínhamos participado da fundação do Movimento Negro Unificado em 1978, os antecedentes já eram bastante expressivos dentro da luta contra o racismo. E o GT prossegue. Veio nessa caminhada com um grupo de homens e mulheres e custou um bom tempo para que a gente pudesse ter uma consolidação da sua formatação”, lembrou.

 

Bertúlio era professor da Universidade Federal de Mato Grosso e foi um dos fundadores da Adufmat-Ssind em 1978. Na época, embora houvesse interesse de toda a categoria em criar uma entidade que defendesse seus direitos, a defesa da democracia, contra a ditadura militar, não agradava a todos.

 

 

“Nós retornamos depois da anistia, mas eu fui contra, porque nós não estávamos cometendo crime algum. Participei praticamente de todos os congressos do Andes. Essa escalada veio em função de uma luta política consequente eticamente mantida dentro dos limites do que defendemos como universidade pública, gratuita, leiga, de qualidade. E isso que construiu a nossa caminhada dentro da Associação de Docentes”, afirma.  

 

No Acre, o professor completou 31 participações em Congressos do Sindicato Nacional e demonstra disposição para a luta, fazendo parte, inclusive, de uma das chapas inscritas para disputar a direção da entidade. “A vinda ao Acre foi extremamente importante, principalmente acontecendo em um momento de bastante baixa participação dos docentes nas agendas do sindicato, que é um fenômeno nacional. É certo que há dificuldade de professores novos adentrarem à luta sindical, mas nesse momento nós tivemos alguns professores novos, como já vem acontecendo recentemente, vindo para os congressos e condenados, mas especialmente para os congressos. Eu entendo que os embates resultam de uma disputa de forças estruturadas em redor da estrutura de poder do Andes. O que nos preocupou e preocupa muito a perspectiva do que nós defendemos com o princípio desde os tempos iniciais da luta, da luta sindical, do movimento docente, que é a autonomia a governos, a partidos. Isso é essencial”, comentou.

 

O docente destacou ainda a luta salarial deste ano, já em andamento, e a importância de articular com movimentos sociais, como foi indicado em diversas aprovações, inclusive pelas disputas políticas com a parte majoritária do agronegócio destrutivo, que tem imposto políticas ambientais regressivas que o governo Bolsonaro não só estimulou, como também agiu, desativando ou anulando órgãos estratégicos de fiscalização.

 

“Nós vencemos a ultradireita na eleição, cerca de 14 a 18% da população brasileira que se aliou a Bolsonaro. Estivemos junto com o Lula, mas nós temos uma história política desde a entrada dos governos do PT, que já em 2003 causou um confronto muito grande por conta da primeira Reforma da Previdência. Depois, em 2013 novamente, e outros fatos que ocorreram nesse percurso, que o Sindicato Nacional que as organizações docentes estiveram no enfrentamento daqueles que retiravam direitos não só da categoria, mas de toda a população brasileira”, disse.

 

Mas após três décadas de atuação, Bertúlio avalia, agora, se já não é hora de reduzir a participação presencial nos eventos. “Vou trabalhando agora os limites de uma doença que me afeta, que é a artrite reumatoide. Eu tenho que ter um cuidado extremamente rigoroso. Minha família, minha companheira, todos ficam muito preocupados quando eu viajo, porque se eu não seguir com rigor as recomendações que são necessárias, desde a alimentação, eu posso ter problemas. É um desgaste mesmo, natural. Tomei todos os cuidados necessários, mas, de repente, pode aparecer uma crise, e aí me dificulta muito. Eu teria que nem mais participar das atividades. Eu gostaria muito de continuar na luta política, e com certeza na base da Adufmat-Ssind eu vou estar permanentemente. A minha perspectiva de participar desses eventos é de poder ver gente retomando a participação do professorado, trazendo gente nova”.

 

Tal qual a companheira de profissão de delegação no 41º Congresso do Andes-SN, Loanda Cheim, com diferentes experiências políticas, os olhares se entrelaçaram. Os dois diagnósticos dialogam: é preciso envolver a categoria na luta do sindicato.

 

Como Cheim, Bertúlio deixa seu recado aos docentes que ainda não se aproximaram da luta sindical. “Nós temos que ceder lugar e somos responsáveis para que nasçam novas lideranças, o que não tem ocorrido a nível nacional. É preciso que nós tenhamos isso como um horizonte político extremamente importante, tanto que eu tenho feito questão de vir sempre como observador. Eu não me escrevo para ser delegado. Eu acho que a competência da gente é trazer quanto mais gente jovem conosco. É essa geração que vai garantir a continuidade da nossa luta”.

 

GALERIA DE IMAGENS DO 41º CONGRESSO DO ANDES-SN

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 14 Fevereiro 2023 17:14

 

Pela primeira vez na história do Sindicato Nacional, quatro chapas se inscreveram com o objetivo de participar da eleição para nova diretoria do ANDES-SN, do biênio 2023-2025. As inscrições foram realizadas no último dia do 41º Congresso, realizado entre 6 e 10 de fevereiro, em Rio Branco (AC).

Como estabelece o o regimento eleitoral aprovado no Congresso, inicialmente as chapas apresentaram os nomes de candidatos e candidatas às vagas da Presidência, Secretaria-Geral e 1ª Tesouraria, cargos que compõem o triunvirato. O prazo final para inscrição de demais integrantes e apresentação de documentação é até 30 dias após o encerramento do Congresso, observando a paridade de gênero na composição. 

 

Confira abaixo as chapas apresentadas no 41º Congresso:

 

Chapa 1 - ANDES-SN pela base: ousadia para sonhar, coragem para luta
Presidente: Gustavo Seferian
Secretária-Geral: Francieli Rebelatto
1º Tesoureiro: Jennifer Susan Webb Santos

 

Chapa 2 - ANDES-SN Classista e de Luta
Presidente: André Rodrigues Guimarães
Secretária-Geral: Celeste Pereira
1º Tesoureiro: Welbson do Vale Madeira

 

Chapa 3 - Renova Andes

Presidente: Luís Antonio Pasquetti
Secretária-Geral - Eleonora Ziller Camenietzki
1ª Tesoureira: Erika Suruagy

 

Chapa 4 - ANDES-SN classista: romper com a capitulação para lutar por salários, direitos e pelo socialismo

Presidenta: Soraia de Carvalho
Secretário-Geral - Raphael Góes Furtado
1ª Tesoureira: Gisele Cardoso Costa

 

A eleição da nova diretoria do ANDES-SN acontecerá nos dias 10 e 11 de maio e a posse da nova direção acontece durante o 66º Conad, em Campina Grande na Paraíba, no mês de julho. O calendário eleitoral aprovado no 41º Congresso será divulgado nos próximos dias.

 

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 13 Fevereiro 2023 16:51

 

No plenária do Tema IV – Questões Financeiras e Organizativas do Andes  Sindicato Nacional, debatido na última semana durante o 41º Congresso, docentes de todo o país decidiram pela desfiliação da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), doação de R$ 200 mil ao povo Yanomami, regimento eleitoral para direção da entidade, entre outros temas. No evento, os presentes também conheceram as chapas candidatas para disputar o pleito.     

 

O debate sobre a saída ou permanência na CSP-Conlutas tomou boa parte do tempo. Foram 18 inscrições, entre favoráveis e contrários à permanência na central, cuja construção também ocorreu pelas mãos do Andes-SN.

 

De um lado, os favoráveis à permanência afirmaram que a saída significaria uma tragédia histórica, pois a iminência seria retornar para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), considerada traidora dos trabalhadores por não atuar como deveria em diversos momentos, com destaque para a as reformas da Previdência aprovadas por Lula (2003) e Dilma (2013).

 

Observador pela Adufmat-Ssind, o professor Waldir Bertúlio foi um dos inscritos para fazer a defesa da Central. Após contar sobre as perseguições políticas que viveu nas décadas de 1960 e 1970, afirmou que a CSP Conlutas nasceu do enfrentamento a peleguismos e perseguições, e que as críticas poderiam ser superadas na luta conjunta para a construção de uma central sindical autônoma.

 

Já os defensores da saída da central alegaram que a entidade se tornou segmentária e não dialoga efetivamente com a base, tomando posições que comprometem o avanço da luta. “Aos que estão prevendo o que ocorrerá com este sindicato nacional após a saída da CSP-Conlutas, o que eu tenho a dizer é que, se isso acontecer, este sindicato irá ou não para onde quiser, porque a decisão será da base”, afirmou o professor André Martins (SindoIF-SSind).

 

Ao final, foram 262 a favor da desfiliação, 127 contrários e 7 abstenções. Em seguida, a plenária aprovou que o Andes-SN deve realizar a edição de uma síntese de Seminário sobre Reorganização da Classe trabalhadora.

 

Outra questão importante da plenária foi a ajuda ao povo Yanomami. Além da importância de denunciar a situação causada pelas políticas neoliberais de ataques aos povos originários, a categoria aprovou a doação de R$ 200 mil.

 

Após a discussão e aprovação do Regimento Eleitoral das eleições sindicais deste ano, quatro chapas se inscreveram para disputar o pleito e, como de costume, foram apresentadas à plenária. A Chapa 1 será “Andes pela base: ousadia para sonhar, coragem para lutar, com o triunvirato formado por Gustavo Seferian (presidente), Francieli Rebelatto (secretária geral) e Jennifer Susan Webb Santos (1ª tesoureira). A Chapa 2, de nome “Andes-SN Classista e de Luta” apresentou os professores André Rodrigues Guimarães (presidente), Celeste Pereira (secretária geral) e Welbson do Vale Madeira (1º tesoureiro). A Chapa 3, denominada “Renova Andes”, tem nos principais cargos os docentes Luís Antonio Pasquetti (presidente), Eleonora Ziller Camenietzki (secretária geral) e Erika Suruagy (1ª tesoureira). Por fim, a Chapa 4, “Andes-SN classista: romper com a capitulação para lutar por salários, direitos e pelo socialismo” apresentou os professores Soraia de Carvalho (presidente), Raphael Góes Furtado (secretário geral) e Gisele Cardoso Costa (1ª tesoureira).

 

 Quatro chapas se apresentam para disputar a direção do Andes - Sindicato Nacional em 2023. Foto: Nattércia Damasceno 

 

Com relação à exclusão do professor Reginaldo Silva de Araújo, professor da UFMT e ex-dirigente da Adufmat-Ssind, sob acusação de assédio, o debate não foi realizado em plenária, pois o recurso da Adufmat-Ssind solicitando a reconsideração da decisão e formação de nova comissão para apuração dos fatos foi suprimido em todos os grupos mistos, enquanto o contrarrecurso da diretoria do Andes-SN, mantendo a exclusão indicada pelo 65º Conad, foi aprovado em todos os grupos. O estatuto do sindicato nacional prevê que, nestes casos, a proposta segue rejeitada/ aprovada direto, sem debate.

 

A delegada da Adufmat-Ssind, Alair Silveira, perguntou à mesa sobre a possibilidade de reconsideração da dinâmica, por se tratar de um caso relevante para a seção sindical, que aprovou o recurso em assembleia geral realizada em 28/07. A mesa, no entanto, reafirmou a aplicação estatutária. 

 

A plenária do Tema IV aprovou, ainda, a sede do próximo congresso. Os docentes do Ceará apresentaram a candidatura, que foi aclamada pela plenária. A Universidade Federal do Ceará (UFCE) será a anfitriã do 42º Congresso do Andes-SN, em 2024.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

Sexta, 10 Fevereiro 2023 21:45

 

Os docentes do ensino superior que estão reunidos em Rio Branco-AC desde segunda-feira, 06/02, para o 41º Congresso do Andes-SN, definiram o plano de lutas do setor das federais nesta quinta-feira (09).

 

As discussões em plenárias foram retomadas na tarde de quarta-feira, após um dia e meio de debates nos grupos mistos.

 

Entre os encaminhamentos aprovados para o Plano de Lutas dos Setores (debate do Tema II), mais especificamente do Setor das Federais, está a realização de uma campanha de “revogaço”, com início no mês de abril, para anular todas as medidas destrutivas de direitos da classe trabalhadora estabelecidas pelo Governo Bolsonaro, bem como as políticas neoliberais dos governos que atacam os serviços e servidores públicos, a exemplo das contrarreformas trabalhista e previdenciária. A campanha deverá ser articulada com os movimentos sindical, popular e da juventude, e promover a construção de ações de rua, redes, plebiscitos, panfletagens, paralisações, entre outras ações de mobilização.

 

Outros pontos importantes aprovados foram a priorização e intensificação das lutas pela revogação da Emenda Constitucional 95/16 - que estabelece um teto de gastos sociais, e pelo arquivamento da PEC 32, também em articulação com outras entidades dos servidores públicos e demais categorias de trabalhadores e estudantes. A indicação é de que seja construído um Dia Nacional de Luta no mês de março.

 

Com relação à pauta específica da categoria, o 41º Congresso aprovou a intensificação da luta pela recomposição orçamentária da educação pública federal para realização plena do Ensino, Pesquisa e Extensão, bem como a permanência dos estudantes. A revogação imediata da nomeação de todos os reitores interventores que não foram eleitos pelas suas comunidades acadêmicas e o fim da lista tríplice também são encaminhamentos aprovados pelos docentes. Para isso, o Andes-SN fará uma ampla campanha, com material gráfico e audiovisual, além de um encontro nacional das universidades sob intervenção ainda no primeiro semestre de 2023, estimulando o envolvimento de todas as seções sindicais nesta luta e articulando o encontro com ato e audiência no Ministério da Educação.      

 

Foram definidos, ainda, os eixos da campanha salarial deste ano, que já está em curso: reposição emergencial imediata das perdas salariais decorrentes da corrosão inflacionária, tomando como base o índice de 26,94%; recuperação das perdas históricas; política salarial permanente com valorização do salário-base e a incorporação das gratificações; definição da data-base em 1º de maio; valorização dos serviços e servidores públicos com reforço orçamentário, especialmente aos setores responsáveis pela formulação e promoção das políticas sociais.       

 

Outros encaminhamentos foram a atualização dos cadernos sobre precarização das condições de trabalho nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) com o processo de sufocamento e contingenciamento orçamentários, o avanço do trabalho remoto, a plataformização do trabalho docente, as condições sanitárias, de saúde mental e de trabalho na realidade pós-pandemia e a retomada das atividades presenciais; mesa de negociação para revogação da Portaria do MEC 2117/2019 que define 40% da carga horária de Ensino à Distância para cursos presenciais em todas as áreas; lutar pela autorregulamentação do exercício do direito de greve e negociação coletiva entre servidores e órgãos governamentais atendendo às convenções internacionais das quais o Brasil é signatário; priorizar e intensificar a ação organizativa e de luta com os demais servidores federais, buscando construir uma pauta articulada com trabalhadores dos serviços públicos das três esferas federadas, incluindo trabalhadores estatais e terceirizados; pressão aos conselhos universitários para revogação das resoluções sobre desenvolvimento na carreira que retiram direitos docentes de acordo com suas especificidades, exigindo também que promoções e progressões sejam a partir da data em que se completa o interstício em termos financeiros e administrativos - inclusive no sentido de acúmulo de interstícios (progressões múltiplas) - para fins de concessão de progressão funcional em mais de um nível por vez incluindo retroativos, bem como a anulação dos efeitos resultantes destes atos normativos.         

 

Atos e visitas

 

 

O penúltimo dia do 41º Congresso do Andes-SN foi marcado por manifestações e visitas.

 

Logo no início da tarde, militantes do Movimento Negro realizaram um ato reafirmando a necessidade da luta antirracista e pela reserva de vagas a docentes negros em concursos públicos. A principal crítica é de que ainda não há representatividade, inclusive nos espaços sindicais.     

 

Em carta lida no auditório, o Movimento afirmou: “[Cuidar da pauta racial é tarefa e responsabilidade de todas, todos e todes intelectuais brasileiros que defendem a democracia, sobretudo aqueles que atuam na luta sindical. O antirracismo é condição de coerência. [...] Reivindicamos o compromisso político de cada um dos coletivos que compõem o ANDES para compor chapas eleitorais consoante a representatividade do povo brasileiro: - 58% de negros, 38% de brancos e 4% de indígenas, segundo o IBGE. Uma estratégia de reparação e superação do racismo estrutural aqui explicitado”. Na mesma plenária, os docentes aprovaram propostas para fortalecimento da luta pelas cotas nos concursos públicos e nas chapas que disputam a diretoria do sindicato nacional.  

 

 

 

Os congressistas também receberam a visita da governadora do Acre Mailza Gomes e do secretário de Estado de Cultura Minoru Kinpara (ex-reitor da UFAC). Ambos afirmaram apoio à Educação Pública e à valorização dos servidores públicos, no entanto, deixaram o auditório ouvindo manifestações contra a anistia dos bolsonaristas envolvidos na destruição do patrimônio público no dia 08/01, em Brasília, e contra o próprio Bolsonaro, candidato apoiado por Gomes nas últimas eleições.

 

 

 

Mais tarde, a visita foi de Ângela Mendes, filha do seringueiro e sindicalista Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988 como retaliação pela sua luta em defesa da floresta e seus povos. Aclamada pela plenária, a convidada saudou a todos e demonstrou ter herdado do pai a paixão pelas lutas sociais. “Esse ano vamos comemorar 35 anos do legado de Chico Mendes. Sim, comemorar. Fazem 35 anos que ele foi assassinado, mas é como dizem, quem atirou em Chico Mendes errou o alvo, porque ele continua mais vivo do que nunca”.       

 

 Veja aqui a Galeria de Imagens do 41º Congresso do Andes-SN. 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

Terça, 07 Fevereiro 2023 18:29

 

Entender a gravidade da corrosão salarial que afeta a categoria e evidenciar a necessidade da mobilização permanente para preservação de direitos e reconquista do respeito aos serviços públicos. Esses também podem ser objetivos da Calculadora das Perdas Salariais, fruto da parceria entre o Sindicato Nacional e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

A ferramenta está disponível aos e às docentes, no site do ANDES-SN e é importante instrumento para auxiliar no debate sobre a recomposição salarial.

“Desde aprovação da constituição de 1988 que professores e professoras do magistério federal têm os salários aviltados, tanto pela destruição da carreira, como pela inflação e mudanças previdenciárias. No período é impossível calcular uma perda da categoria, ou seja, reivindicar um índice linear para toda categoria para recompor os salários num determinado período, pois na malha salarial composta por 135 níveis possíveis, cada um deles teve perdas inflacionárias específicas nestes últimos anos”, explica Amauri Fragoso, 1º Tesoureiro do ANDES-SN e o responsável por organizar a ferramenta ao lado do DIEESE.

Ainda segundo Fragoso, a perda inflacionária refere-se ao aumento no custo de vida devido à inflação, o que, por consequência, leva à perda no poder de compra. “A nossa calculadora leva em consideração essa perda calculando tanto a perda financeira em real, como o percentual da perda do período escolhido pelo (a) docente”, detalha.

A calculadora é fácil de ser utilizada e pode ser acessada clicando no botão abaixo:

 

 

Para operá-la, leia com atenção as orientações a seguir.

- Ao acessar o link da ferramenta, você encontrará a seguinte imagem:

 

Em seguida o(a) interessado(a) irá escolher a careira - se EBTT ou MS -, a situação - se ativo ou aposentado - e o regime de trabalho. No segundo quadro, na tela ao lado, escolherá a titulação, o cargo e nível. A sua ultima escolha será o período que deseja fazer o cálculo (a entrada dos dados do período deve seguir o padrão: as três primeiras letras do mês seguidas de hífen e o ano com quatro algarismos. Exemplo: jan-2021). Na sequência, clicar em “calcula”. A outra tecla - disponível ao lado da tecla de cálculo - permite apagar todas as escolhas.

Após o clique, aparecerá uma tabela e um gráfico. Um exemplo da tabela é mostrado a seguir:

- A tabela acima mostra a perda salarial da escolha do(a) interessado (a). Na primeira linha a soma da perda financeira do período sem correção.

A segunda linha corrige essa perda financeira pelo IPCA. Este valor significa que o(a) professor (a), para este caso, deixou de receber R$ 240.156,20 entre maio de 2006 e dezembro de 2022. Detalhe, a escolha foi de Janeiro de 1995 a dezembro de 2022, isto ocorre devido à implantação do cargo de associado em maio de 2006. O mesmo vai ocorrer para carreira de EBTT para o D IV, que foi implantado em julho de 2008.

A terceira linha mostra o percentual da perda (do poder de compra) do período (38,84%). A conta é feita calculando o percentual da diferença entre o salário recebido e o salário devido, corrigido pelo IPCA para 2022, com relação ao salário recebido.

Por fim, a quarta linha da tabela calcula a perda do poder de compra (23,93%), desde o último reajuste da categoria (agosto de 2019).

- Após a tabela teremos o gráfico a seguir. Nele, temos duas linhas que mostram o salário recebido (azul) e o salário devido (vermelho), corrigidos para dez/2022 em função do tempo do período escolhido. Os pontos em destaque representam o momento de alteração salarial.

 

Para melhor compreender os critérios de cálculo, a tabela a seguir mostra os períodos, as alterações e a norma legislativa referente a essas mudanças:

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 07 Fevereiro 2023 16:23

 

 

A terra de Chico Mendes é a sede do 41º Congresso do Andes – Sindicato Nacional em 2023, que começou nessa segunda-feira, 06/02, em Rio Branco - AC. Com o tema “em defesa da educação pública e garantia dos direitos da classe trabalhadora”, o evento, maior espaço de debate e deliberação da categoria docente, tem o objetivo de nortear as lutas que serão travadas neste novo ano.

 

No primeiro dia, os quase 650 participantes anunciados pela organização abriram o congresso trazendo suas perspectivas de debates, instalaram oficialmente o evento a partir do estabelecimento das principais regras, e refletiram sobre a conjuntura política nacional e internacional.

 

Para André Valuch, do Fórum Sindical e Popular da Juventude, um evento do tamanho do 41º Congresso, com mais de 600 participantes se deslocando até a região Norte do país, demonstra que a categoria está mobilizada para enfrentar uma das principais lutas deste ano: a recomposição salarial dos servidores públicos federais, cuja mesa de negociação será aberta oficialmente nesta terça-feira, 07/02.

 

Outros representantes que fizeram parte da mesa de abertura avaliaram que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma grande vitória da classe trabalhadora contra o bolsonarismo, mas isso não significa que o novo governo será, de fato, simpático às demandas dos trabalhadores. Como o próprio presidente eleito afirmou já nos primeiros dias do seu novo mandato, será preciso pressioná-lo para obter qualquer avanço.

 

“Ainda é preciso enfrentar o bolsonarismo e pressionar o novo governo para impor as pautas da nossa classe, como a revogação do Teto de Gastos, do Novo Ensino Médio e a recomposição imediata das bolsas Capes e CNPq. Todas as pessoas que produzem ciência neste país, que constroem conhecimento, devem ser consideradas trabalhadoras”, disse a representante estudantil Amanda Dornelles, do Movimento por uma Universidade Popular (MUP).

 

A representante das mulheres seringueiras do Acre, primeira a presidir um sindicato de trabalhadores rurais do Brasil, no município de Xapuri, foi ainda mais direta: “não podemos ter qualquer ilusão, não há governos de esquerda dentro do capitalismo”, defendeu.

 

Margarida Aquino Cunha, reitora da Universidade Federal do Acre (UFAC), local onde o evento foi realizado, destacou que o novo governo já oferece, ao menos, uma abertura ao diálogo com as universidades, o que não ocorria desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016.

 

O representante da CSP-Conlutas - central a qual o Andes-SN é filiado e deve decidir sobre a permanência ou desfiliação neste congresso -, Paulo Barela, destacou o cenário de efervescência política, reconhecendo a derrota de Bolsonaro nas urnas como fato importante, mas também evidenciando alguns dos desafios. “Há que se comemorar a derrota do genocida, mas manter a autonomia frente a governos na defesa dos nossos direitos, como salários, redução do importo de renda para os trabalhadores e aumento para os grandes conglomerados econômicos, além da revogação de todas as contrarreformas, trabalhistas e previdenciária, inclusive as realizadas anteriormente, como a de 2003, feita pelo primeiro Governo Lula”.       

 

A presença da população indígena foi forte na abertura do 41º Congresso do Andes-SN. Além das apresentações culturais, promovidas pelo grupo Canto e Encantos, das mulheres indígenas Yawanawa da Terra Indígena do Rio Gregório, entre outros, a professora Nedina Luiza Yawanawa, deu boas-vindas aos participantes. “Estou feliz de compartilhar de um congresso tão grande, onde se pode refletir sobre a educação. O caminho para se destruir uma sociedade é, antes, a destruição da educação. Nós vivemos agora um momento de esperança, mas não está resolvido”, afirmou, declarando em seguida a satisfação com a possibilidade inédita de participação institucional direta da população indígena nas decisões de um governo.       

    

A presidente do Andes-SN, Rivânia Moura, iniciou seu discurso declamando um poema de Chico Mendes. “No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”. Em seguida, contextualizou o aprofundamento dos ataques ao meio ambiente e aos povos originários dos últimos quatro anos, citando os casos de total abandono do povo Yanomami e do último indígena da etnia Tanaru, que morreu isolado em 2022 – ambos na região amazônica.   

 

Moura lembrou das várias lutas da categoria que enfrentou, nos últimos anos, uma pandemia e a falta de respeito de um governo que não demonstrou qualquer disposição para dialogar. “O Andes-SN construiu todas as lutas do último período. Nós fomos a primeira categoria a voltar para as ruas em 2021, ainda na pandemia. Amanhã será instalada uma mesa de negociação, que não é pouca coisa depois de um período em que não houve sequer o respeito de receber os servidores, mas essa mesa exige mobilização”, enfatizou.

 

Os servidores públicos federais reivindicarão uma recomposição de 27% em caráter emergencial. O percentual inclui apenas as perdas dos últimos quatro anos. “Nossa categoria tem diversas perdas históricas e diferenciadas, que em alguns casos ultrapassam o 40%”, disse a presidente do Andes-SN, acrescentando que o site do sindicato nacional disponibilizou uma ferramenta para que cada professor realize seu cálculo (clique aqui).  

 

A Adufmat-Ssind está presente no 41º Congresso do Andes-SN com 10 delegados e cinco observadores: Leonardo Santos (indicado pela Diretoria), Clarianna Silva (indicada por Sinop), Paula Gonçalves (indicada pelo Araguaia) e, pela ordem de votação em assembleia geral realizada no dia 15/12, Alair Silveira, Maria Clara Weiss, Loanda Cheim, Maelison Neves, Aldi Nestor de Souza, Maria Luzinete Vanzeler e José Domingues de Godoi, como delegados, e Onice Dall’Oglio, Haya Del Bel, Marlene Menezes, Waldir Bertúlio e Breno dos Santos, como observadores.

 

No período da tarde, os presentes refletiram sobre a conjuntura nacional e internacional a partir de textos propostos por diferentes grupos políticos na Plenária do Tema I.

 

Nos três períodos desta terça-feira, 07/02, os trabalhos estão sendo realizados em grupos mistos, divididos em 15, sobre os temas II e III (Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas, respectivamente), também pautados pelos textos enviados ao Caderno de Textos (leia aqui) e Caderno Anexo (leia aqui). O tema IV, Questões Organizativas e Financeiras, serão debatidos nos grupos mistos na manhã de quarta-feira (8). O resultado dos debates realizados nos grupos será novamente debatido nas plenárias, que serão retomadas na tarde de quarta-feira.

 

Clique aqui para ver a Galeria de Imagens do 41º Congresso do Andes-SN.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

Quinta, 02 Fevereiro 2023 16:49

 

Evento com mais de 600 pessoas acontecerá de 6 a 10 de fevereiro na Universidade Federal do Acre (Ufac) 

 

A cidade de Rio Branco (AC) receberá a partir da próxima segunda-feira (6) o 41º Congresso do ANDES-SN. O evento acontecerá até dia 10 de fevereiro na Universidade Federal do Acre (Ufac), sob a organização da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac - Seção Sindical). Essa é a primeira vez que o congresso do Sindicato Nacional é realizado na capital acriana. 

Com o tema central “Em defesa da educação pública e pela garantia de todos os direitos da classe trabalhadora”, o encontro deve reunir ao menos 600 professoras e professores de universidades federais e estaduais, institutos federais e cefets de todo o Brasil.

Instância máxima de deliberação da categoria docente, o 41º Congresso tratará de pautas importantes da categoria como carreira e reajuste salarial, financiamento das Instituições Públicas de Ensino, adoecimento docente, ensino remoto, entre outras, além de temas da conjuntura nacional e internacional da luta da classe trabalhadora.

Neste 41º Congresso, também serão apresentadas e inscritas as chapas que disputarão o processo eleitoral para a próxima diretoria do ANDES-SN. A votação ocorrerá nos dias 10 e 11 maio, em todo o território nacional. As professoras e professores eleitos estarão à frente da entidade durante o biênio 2023/2025.

Arte e cultura

Além do debate político e das deliberações que orientarão a luta da categoria docente para o próximo período, o 41º Congresso também apresentará aos e às docentes de todo o país a arte e cultura da região Norte. O encontro terá atrações como o grupo "Cantos e Encantos Yawanawa", composto por mulheres do povo Yawanawa, originárias da Terra Indígena do Rio Gregório; as exposições de artes visuais “Fábulas das Ilusões Felizes” e “Vestígios inversos e poéticas das ilusões felizes”, do artista Danilo De S’Acre; a mostra fotográfica "O trabalho a céu aberto na Amazônia pandêmica", das professoras Letícia Helena Mamed e Eurenice Oliveira de Lima, da Ufac; entre outras. 

Acompanhe a cobertura do 41º Congresso do ANDES-SN, a partir de segunda (6), nas redes sociais e no site do Sindicato Nacional.

 

Saiba mais

ANDES-SN divulga anexo do Caderno de Textos do 41º Congresso

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 01 Fevereiro 2023 14:15

Clique no Arquivo Anexo abaixo para ler o documento. 

Quarta, 01 Fevereiro 2023 13:57


Clique no arquivo anexo abaixo para ler o Caderno de Textos. 

 

*Atualizado às 16h40 do dia 01/02/23. 

Sexta, 23 Dezembro 2022 13:57

 

A Adufmat-Ssind deseja a todos um bom final de ano e próspero Ano Novo.

 

Que tenhamos, em 2023, muita saúde e energia para as lutas gerais e cotidianas, consciência de classe para orientar nossas decisões e a certeza de que é na unidade, na solidariedade entre categorias e, mais do que isso, companheiros, que forjaremos o tão sonhado mundo de respeito, dignidade e amor que estamos construindo.

 

Um bom 2023 a todos, todas e todes.