Segunda, 25 Junho 2018 09:24

 

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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JUACY DA SILVA*
 

Estamos há poucos meses do que poderíamos chamar de “o maior evento de uma democracia”, que são as eleições gerais para Presidente da República, dois terços do Senado Federal, governadores estaduais, deputados federais e estaduais, momento em que os eleitores podem renovar a cúpula política dirigente do país ou possibilitar a continuidade das mesmas figuras já extremamente desgastadas e a permanência de atores suspeitos, investigados ou denunciados por corrupção.


Todas as pesquisas de opinião pública, há décadas vem demonstrando que o povo, os eleitores, enfim, a população brasileira não acredita mais em partidos políticos, nas instituições, todos os três poderes e, principalmente, na chamada “classe politica”, totalmente desacreditada seja pela sua costumeira incompetência em resolver as grandes questões nacionais, além de seu envolvimento com a corrupção, com o fisiologismo e com o mau uso do suado dinheiro público. O povo anda cético, sem esperanças de um futuro melhor, descrente de tudo e de todos. Estamos caminhando para o que muitos cientistas políticos e sociólogos denominam de anomia social.


E não é para menos, se considerarmos que a crise politica, econômica, financeira, social e institucional já perdura há décadas, gerando um caldo de cultura muito propício para um agravamento dos conflitos sociais, onde a violência, principalmente a urbana, o desemprego, o retorno da pobreza e miséria, as desigualdades, mais de 12,5 milhões de desempregados, 15 milhões de subempregados sem a mínima segurança quanto ao futuro, mais de 55 milhões de inadimplentes, uma divida pública que já beira quatro trilhões de reais, que só de juros, encargos e um mínimo de amortização consome quase a metade do orçamento da União, quase R$900 bilhões de reais a cada ano, estados e municípios à beira da falência, contribuindo, sobremaneira para o caos nos serviços públicos essenciais como saúde, educação, saneamento, habitação, segurança publica, infraestrutura e outros mais.


É neste Quadro complexo que caminhamos para as eleições de outubro próximo. As pesquisas de opinião pública/eleitoral realizadas por diversas institutos como o Data Folha, o IBOPE, o Vox Populi, CNT/MBA e outros mais, indicam que o povo ainda prefere, de forma clara, que votaria em Lula para ser o próximo presidente da República e que o ex presidente, mesmo preso há dois meses, sem poder se comunicar diretamente com as massas continua o preferido. A última pesquisa indica que Lula tem a preferencia de 31% dos eleitores, mais do que a soma dos dois seguintes: Bolsonaro 17% e Marina Silva 10%.


Lula, se for candidato e houver um segundo turno, venceria todos os demais candidatos. Sem Lula, a disputa seria acirrada entre Bolsonaro, que representa a direita e extrema direita no espectro politico, estaria empatado com Alkmin e com Ciro Gomes. Sem Lula na disputa, a única candidata que poderia vencer todos os demais candidatos, inclusive Bolsonaro, seria Marina Silva.


O problema é que tanto Marina Silva, quanto Bolsonaro e Ciro Gomes, os três que melhor tem pontuado nas pesquisas, depois de Lula, estão ligados a pequenos partidos sem grande expressão eleitoral e, com toda certeza, seus partidos não conseguirão eleger governadores, deputados estaduais e, principalmente, deputados federais e senadores.


O resultado seria a eleição de um ou uma presidente da República sem o respaldo parlamentar no Congresso e entre os governadores, o que vai dificultar ou até mesmo inviabilizar o mandato de um presidente fraco politicamente, exigindo do mesmo muita habilidade para “negociar” e conseguir apoio no Congresso, sem o que, estaria fadado ao fracasso, aos confrontos, contribuindo para o agravamento da crise e também do fisiologismo e da corrupção.


Outra alternativa seria o novo ou nova presidente da República buscar apoio na população, trilhando o caminho do populismo politico como costumam fazer políticos sem respaldo legislativo, isto enfraqueceria ainda mais as instituições, incluindo o Congresso Nacional e a própria Presidência da República,  instituições com as piores avaliações ultimamente.


Uma terceira alternativa seria a implantação de um governo autoritário, incluindo ai, até mesmo um golpe de estado, como fez Getúlio Vargas nos anos trinta do século passado. Este cenário é bem provável de acontecer caso o eleito seja Bolsonaro, de origem militar e posturas obscuras em relação às suas propostas de governo em todas as áreas.


Os atuais candidatos ou pré-candidatos até o momento não apresentaram suas propostas para equacionar os grandes desafios nacionais, o povo estará votando às cegas, na busca de um Salvador da pátria e nesta caminhada poderá estar cavando o buraco para enterrar  a democracia e o estado de direito, as liberdades e o futuro de nosso pais. Desta cartola não sai Coelho! Parece que nosso futuro está a cada dia mais incerto ,mais sombrio e sem rumo, lamentavelmente.


*JUACY DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversas veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
 

Sexta, 25 Maio 2018 10:05

 

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O que deve fazer uma pessoa razoável diante de tantas opções políticas para a presidência? Penso que devemos ir eliminando os candidatos mais ruins, para ver se, ao fim, sobra alguma coisa. Não é impossível que ocorra não haver opções entre as opções que se apresentam.


Descarto de cara o tirano, aquele que quer eliminar pessoas, pois não costumo, nem aconselho, escolher quem irá nos tiranizar. Ao invés de buscar educar os homens para não serem bandidos, quer dar armas para que as pessoas se matem. Esse é mais maldoso que a maldade que acredita que vai “eliminar” ou “combater”.


Depois desse, devemos eliminar pessoas suspeitas, investigados pela polícia e pelo ministério público. Um candidato não pode ter nem multa de trânsito sobre ele, quanto mais acusações gravíssimas de coisas hediondas, não pode dever impostos, nem aos bancos ou no comércio. O Sr. Alckimin se encaixa nesse caso: pode até ser honesto, o que não acredito, mas não parece honesto, e em política aparência é tudo, coisa que o insosso candidato não possui.


Deveria ser obrigatório o candidato apresentar certificado de bons antecedentes e de boa conduta, e ser afastado da política qualquer pessoa suspeita de qualquer delito ou crime. Afastado não apenas da vida pública e política, mas dos partidos políticos. Um partido que não afasta criminosos e suspeitos, é um partido criminoso e suspeito, conivente com a maldade. É o caso de partidos como MDB, PT, PSDB, PP, DEM e tantos outros, todos eles deveriam ser barrados pelos eleitores. Nenhum desses partidos é honesto e abrigam até presidiários, além de legiões de suspeitos e acusados. São partidos que usam o congresso apenas para conseguirem se perpetuar no poder, para salvarem seus próprios membros, gastando recursos públicos em causa própria.


Em outras partes do mundo pode-se escolher partidos por suas ideologias. Não é o caso do Brasil, onde os nomes dos partidos e suas palavras de ordem pouco ou nada têm em comum com as “ideologias” que supostamente bradam. Por exemplo, peguemos o Novo que se afirma como liberal, quando é conservador. Naturalmente seria novo haver um partido liberal ou alguém que defenda as ideais liberais em solo nacional. Mas, aqui só se propaga ideias autoritárias, que pensam o Estado como o salvador de tudo e de todos: reina a absoluta desconfiança da existência de sensatez nos homens, que se dermos liberdade se cairá na licenciosidade.


E assim o Novo é contra a descriminalização das drogas, do aborto, do jogo, considerando, contrariamente aos liberais, que é o Estado que deve determinar o certo e o errado sobre os homens, não dando a liberdade de escolha aos indivíduos, como manda a cartilha liberal. 


Enfim, o que o Novo tem de novo? Nada! É igual aos demais, quer assumir o poder político e nos ordenar segundo sua consciência particular; não quer diminuir o Estado, mas tão somente diminuir suas obrigações e sem garantir direitos.


Ou peguemos ainda o PSOL ou a Rede. Talvez, dê para intuir contra o que eles lutam, mas, sinceramente, alguém consegue entender o que defendem para além de palavras de ordem vagas e ambíguas? Também se propõem a se apresentar como algo novo ou diferente, e repetem com outra roupagem o mesmo triste enredo dos demais. Alias, não há nada tão antigo na política como querer ser novo.


Sobraram os partidos de centro. Triste ilusão, um lugar de radicalismos e ideias autoritárias como o Brasil, não há centro, apenas direções divergentes, e todos radicalmente equivocados ética e politicamente. Faltam republicanos, democratas, liberais, federalistas, internacionalistas. Faltam até mesmo nacionalistas. Na verdade, não há em quem votar: não há nem bons candidatos, nem bons partidos. O mais razoável é anular os votos, gritando de forma rotunda, não queremos nenhum de vocês!


Mas, sinceramente, tanto faz quem será o presidente, pois quem manda de fato e de direito, e determina a calamidade que vivemos, é o congresso, que cassa presidentes, inocenta criminosos e fazem as piores leis possíveis para todos nós, mas para grande benefício deles próprios. Não se preocupe quem será o presidente, se preocupe em como será o congresso, isso sim é preocupante.
 


Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Quarta, 18 Abril 2018 13:28

 

 

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JUACY DA SILVA*

 

Com certeza, pelo menos nas últimas seis décadas, nunca o Brasil realizou eleições gerais, para Presidente da República, Governadores de Estados, Deputados federais, estaduais e dois terços do Senado da República, em meio a uma crise tão aguda, cujo desenrolar poucos podem prever.


Há menos de dois anos tivemos o Impeachment da então presidente Dilma e sua substituição pelo então vice Michel Temer, que passou a formar um governo impopular e com diversos de seus ministros acusados ou investigados por corrupção, ele próprio duas vezes denunciado pela Procuradoria Geral da República, com aceitação das denúncias de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros crimes de colarinho branco, só escapando de também ser impedido graças ao apoio, barganhado com a Câmara Federal, onde vários de seus aliados também fazem parte da “lista do  Janot” e ainda não condenados devido `a morosidade da PGR e STF.


Muitos analistas dizem que tão logo o famigerado “foro privilegiado” seja extinto ou reduzido em seu alcance ou também `a medida que parlamentares e outras autoridades percam esta regalia, com certeza terão o mesmo destino que o ex-presidente Lula e outros condenados pela Lava Jato.


Um outro aspecto desta crise é a divisão politica, ideológica, doutrinária ou de ideias que afeta profundamente o STF e outros Tribunais Superiores, onde a interpretação das Leis, incluindo a Constituição Federal fica ao sabor dessa divisão, gerando uma grande expectativa por parte da opinião pública e do mundo jurídico e, para alguns, gerando também insegurança jurídica, principalmente pela politização de seus julgados.


Apesar de alguns avanços conseguidos pelo Governo Temer na área econômica, incluindo a queda dos juros básicos, a queda da inflação e a retomada bem lenta, da economia, as contas públicas ainda estão no vermelho, prova disto é o déficit publico que há mais de três anos e por mais dois ou três pelo menos tem ficado e vai continuar sempre acima dos cem bilhões de reais anualmente, contribuindo, sobremaneira para o aumento da divida pública, que consome praticamente metade do orçamento geral da união.


Da mesma forma, a crise de gestão fiscal e orçamentária nos estados e municípios continua grave, sendo uma das razões para a falência dessas unidades da federação, contribuindo para o caos  generalizado dos serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde, educação, segurança pública, saneamento básico e a deterioração da infraestrutura urbana e de logística.


O interessante é que as recentes pesquisas de opinião  eleitorais demonstram que o ex-presidente Lula, mesmo encarcerado justa ou injustamente, continua liderando as preferências como pré-candidato a Presidente da República. Na pesquisa do Data Folha, o mesmo, apesar de ter “caído” alguns pontos, segue com 31% das intenções de voto, praticamente a soma dos três outros postulantes: Bolsonaro 15%; Marina Silva 10%; Joaquim Barbosa 8%, ou seja, 32% a soma dos três. Resultados da pesquisa Vox Populi da última terça feira também demonstram sobejamente esta preferência pelo ex-presidente, que poderia ser eleito em primeiro turno.


Os candidatos do PSDB, DEM e MDB e outros partidos de centro ou direita não conseguem empolgar o eleitorado, demonstrando que estão sendo afetados pela rejeição que sofre o Governo Temer.


Neste Quadro complexo de uma crise permanente podemos incluir o fato da decisão do STF tornando o senador Aécio Neves réu por corrupção passiva e obstrução de justiça, a possibilidade da prisão do Tucano, ex-governador e senador Eduardo Azeredo, também condenado por corrupção e outros figurões importantes ou peixes graúdos que podem ser pegos na rede da Lava Jato ou outros processos.


Vamos aguardar mais alguns meses e ver o andamento da carruagem para podermos ter uma visão mais claras da gravidade e dos rumos da crise brasileira. Quem viver verá.


*JUACY DA SILVA, professor universitário aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy
 
 

 

Quinta, 29 Março 2018 11:21

 

 

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JUACY DA SILVA*

 

Dentro de poucos dias acaba o prazo para o troca troca partidário, a chamada “janela”, para que políticos troquem de partidos, se ajuntem de forma nada coerente no aspecto ideológico, evitando perderem os mandatos. Só aí é que estarão sendo formados os “novos times”, que irão disputar as próximas eleições.


Para entender a realidade politica brasileira é fundamental que as pessoas consigam entender as varias definições de politica, pois afinal, politica, poder e o uso correto ou incorreto do dinheiro público passa pelo que entendemos por política.


Costuma-se dizer que a politica, da mesma forma que a prostituição são duas realidades que nasceram com a espécie humana vivendo em sociedade organizada, são as “profissões” mais antigas do mundo e, em certo aspecto, tem características comuns, inclusive e dissimulação como tratam as pessoas.


Vamos então `as definições de politica, consideradas nobres, conforme os diferentes dicionários da língua portuguesa e os compêndios de ciências sociais. Neste aspecto destaquei pelo menos cinco definições: 1) politica é a arte ou ciência de bem governo; 2) arte ou ciência da organização, direção e administração/gestão de nações, estados e suas unidades; 3) ciência de governo visando o bem comum; 4) exercício de bem gerir os recursos públicos e, 5) arte e ciência de compatibilizar interesses conflitantes em uma sociedade face a recursos escassos.


No outro lado da moeda, temos também as ideias, definições ou conceitos de como boa parte, em certos momentos, como atualmente no Brasil, a maior parte da população vê, observa e avalia seus governantes, definindo, então a politica como: 1) arte de roubar os cofres e recursos públicos impunemente; 2) arte de mentir e enganar o povo, principalmente durante os períodos eleitorais; 3) arte de assaltar os cofres públicos através de quadrilhas de colarinho branco que tomam o poder; 4 arte de enriquecer, de forma rápida, graças aos esquemas que organizam na administração pública; 5) arte de se locupletar com o dinheiro público ou com mutretas, privilégios que o povo jamais compartilha; e, finalmente, 6) arte de criar privilégios para si ou para seus apaniguados, mantendo-se acobertados pelo manto da impunidade, como no caso do Brasil, do famigerado “foro privilegiado”.


É neste Quadro que o povo brasileiro está sendo bombardeado dia e noite, de um lado a propaganda institucional do Superior Tribunal Eleitoral e os tribunais eleitorais dos Estados quanto à excelência do voto, a caminho da modernização tecnológica, demonstrando a segurança do voto, que é a “arma” do cidadão para bem escolher seus candidatos e tantas outras belas mensagens, induzindo o eleitor de que o poder está em seus dedos ou mãos , à medida que a biometria seja universalizada.


Ah, outra preocupação dos tribunais eleitorais é com as “fake news” ou noticias falsas que surgem durante o período eleitoral,  pouco se importando com as mentiras, demagogia e enganação ditas pelos candidatos e as promessas mentirosas, pois jamais serão cumpridas, que candidatos fazem ou até colocam em  seus famosos “planos de governo”,  feitos só para atender as exigências do Sistema eleitoral ou alimentar um marketing cujo objetivo é enganar e confundir o  eleitor.


Nada ou pouco é dito pelos tribunais eleitorais sobre a corrupção eleitoral, o Caixa dois, os políticos que irão se candidatar e, com certeza, inúmeros serão eleitos, com dois grandes propósitos, primeiro, continuar acobertados pelo manto do “foro privilegiado” , que lhes possibilita continuar com suas carreiras de crime de colarinho branco, principalmente pela morosidade do Sistema judiciário, principalmente nas instâncias superior, onde em torno de duas centenas de parlamentares federais estão sendo investigados e nos Estados outras centenas de deputados estaduais e, segundo, poder participar do loteamento da administração publica quando eleitos.


 Nada é dito também sobre o Sistema partidário que de ideológico ou doutrinário tem  pouca consistência e não passa de um amontoado de siglas, ajuntamentos de caciques em  busca de consolidar seus impérios e espaços de manobra e troca de favores, ou a comercialização de horários em radio, TV ou fundo partidário, para manterem seus feudos e poder de barganha no momento em que os eleitores precisam formar suas equipes e definir suas estratégias de governar e em inúmeros casos, como aconteceu no Rio de Janeiro, em Mato Grosso e tantos outros Estados, formatar os esquemas para assaltar os cofres públicos.


É neste contexto que se avizinham as próximas e futuras eleições, razões pelas quais fica difícil a gente imaginar que eleições possam representar um momento nobre na democracia onde e quando os melhores , mais capazes, mais comprometidos com os interesses coletivos serão escolhidos pelo povo para governar pelo bem comum, pelo progresso e pelo desenvolvimento nacional.


Parece que vamos continuar assistindo o desespero do povo tentando escolher os menos corruptos, os menos demagogos e os menos incompetentes para nos representar pelos próximos quatro anos.


Esta é a razão pela qual em todas as pesquisas de opinião pública a avaliação da “classe politica” e dos governos tem sido extremamente negativas, o povo anda decepcionado com nossa “democracia” e com a politica, se o voto não fosse obrigatório aí poderíamos avaliar como o povo de fato se sente em relação à politica.


*JUACY DA SILVA, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador e articulista de veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

Segunda, 20 Fevereiro 2017 14:25

 

 

Ainda não há chapas inscritas, mas o processo eleitoral para diretoria da Adufmat – Seção Sindical do ANDES, biênio 2017-2019, teve início na última terça-feira, 14/02. Até o final dessa semana, quando o prazo para as inscrições se encerra, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso saberá quais grupos vão disputar a coordenação de um dos sindicatos mais atuantes do estado.

 

A diretoria da Seção Sindical do ANDES em Mato Grosso é composta por sete membros: presidente, vice-presidente, secretário geral, tesoureiro, diretor de assuntos de aposentadoria, diretor de imprensa/divulgação e diretor sociocultural. Contudo, a linha política da entidade é bastante influenciada pelos trabalhos dos chamados GT’s [Grupos de Trabalho], que se debruçam sobre determinados temas, dialogando com o ANDES Sindicato Nacional.

 

Formados majoritariamente pela base do sindicato, isto é, docentes sindicalizados que não fazem parte da diretoria, os GT’s da Adufmat-Ssind debatem, atualmente, os temas: Formação Política e Sindical; Ciência e Tecnologia; Política Agrária, Urbana e Ambiental; Seguridade Social e Aposentadoria; Políticas de Classe para questões de Gênero, Étnico-raciais, e Diversidade Sexual.

 

Além destes temas, o ANDES - Sindicato Nacional ainda desenvolve discussões em GT’s sobre Carreira; Comunicação e Artes; Fundações; História do Movimento Docente; Política Educacional; e Verbas. Esses Grupos de Trabalho também já foram atuantes na Adufmat-Ssind, mas estão desativados no momento.

 

A Adufmat – Seção Sindical do ANDES é um braço do Sindicato Nacional, entidade classista e que prioriza a construção da entidade pela base. Por isso, o grupo que assumir a diretoria pelos próximos dois anos terá a tarefa de debater e realizar ações acerca dos principais ataques aos trabalhadores em âmbito nacional: as contrarreformas da Previdência e Trabalhista - além de lidar com as questões específicas da categoria.

 

A eleição será realizada no dia 05/04, e a posse da chapa vencedora será logo em seguida, no dia 07/04. De acordo com o Regulamento Eleitoral aprovado em assembleia pela categoria, poderão votar os docentes sindicalizados até o dia 24/02 (Clique aqui para saber mais).  

 

Interessados em inscrever chapas têm até às 17h do dia 24/02 (sexta-feira) para entregar a documentação necessária: ficha de Inscrição para as Eleições da Adufmat-Ssind devidamente preenchida e assinada pelo conjunto dos candidatos, fotocópia do documento de Identidade de cada um dos componentes da chapa, além do Programa da Chapa assinado pelo presidente.

 

A Comissão Eleitoral organizará debates em todos os campi da universidade em que há representatividade da entidade - Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Araguaia. Os campi de Sinop e Araguaia também escolherão, durante o processo eleitoral, representantes locais para atuar junto à diretoria eleita.

 

O Regulamento da eleição, calendário eleitoral e ficha de inscrição que deverá ser preenchida e entregue pelos candidatos estão disponíveis no site da Adufmat-Ssind. Clique aqui para acessar.

 

Fiquem atentos ao calendário eleitoral:

 

 

14/02 a 24/02

Período de Inscrição de Chapas

01/03

Publicação das Chapas deferidas

01/03 e 02/03

Período para interposição de recursos e análise destes pela Comissão Eleitoral

03/03

Resultado da análise dos recursos

04/03

Publicação final das chapas homologadas

04/03 a 04/04

Período de Campanha Eleitoral

05/04

Eleição

Apuração e divulgação do resultado da eleição

06/04

Período para interposição de recursos

07/04

Resultado de interposição de recursos

Posse da nova diretoria

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 24 Fevereiro 2017 00:00

 

Clique no arquivo anexo abaixo para baixar o Regulamento e seus anexos: calendário eleitoral e ficha de inscrição de chapa.

 

A documentação exigida para registro de chapa deve ser entregue na sede da Adufmat-Ssind, no horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. 

 _______________________________________

 

**** A Comissão Eleitoral informa a realização de retificações ao Regulamento Eleitoral da Adufmat-Ssind 2017, em 15/02/2017. O documento, com as retificações, está disponível para download no arquivo anexo abaixo, junto ao publicado originalmente.    

 

Lista de Retificações realizadas em 15/02/17 ao REGULAMENTO ELEITORAL DA ADUFMAT 2017

 

1. Capítulo II – Dos Eleitores – Artigo 3°, item II, encontrava-se “ II- Estiverem em dia com suas contribuições até o dia 07/03/2017”. Lê-se agora: “II- Estiverem em dia com suas contribuições até o dia 24/02/2017” (página 1);

2. Capítulo V – Da Coordenação do Processo Eleitoral – Artigo 11°, item III, encontrava-se “III – Divulgar a composição do eleitorado até o dia 08/03/2017”. Lê-se agora: “III – Divulgar a composição do eleitorado até o dia 01/03/2017” (página 2);

3. Capítulo VII, Seção II, Artigo 25°, encontrava-se “O eleitor habilitado a votar – respeitadas as exigências constantes no Capítulo II e da Seção III/III – cujo nome não conste na Lista de Eleitores, poderá votar em separado, mediante apresentação de contracheque ou recibo de pagamento à ADUFMAT.” Lê-se agora: “O eleitor habilitado a votar – respeitadas as exigências constantes no Capítulo II – cujo nome não conste na Lista de Eleitores, poderá votar em separado, mediante apresentação de contracheque ou recibo de pagamento à ADUFMAT.” (página 4);

4. Capítulo VII, Seção III, Artigo 26°, encontrava-se: Art. 26º - A eleição será realizada no dia 05/04/2017, nas Seções Eleitorais relacionadas no artigo 22, a partir das 08h00 até as 21h00. Parágrafo Único – Os campi do Araguaia e Sinop poderão promover alteração no horário estipulado nesse parágrafo, desde que amplamente divulgado e com antecedência de, no mínimo 72 horas antes do dia da eleição. Lê-se agora: “Art. 26º -  A eleição será realizada no dia 05/04/2017, nas Seções Eleitorais relacionadas no artigo 22, a partir das 08h00 até as 21h00.” (página 5);

5. Acrescentou-se o e-mail para contato com a Comissão Eleitoral (página 8);

6. Mudança na Ficha de Inscrição para as Eleições da ADUFMAT.

 __________________________________________

 **** A Comissão Eleitoral informa a realização de novas retificações ao Regulamento Eleitoral da Adufmat-Ssind 2017, em 24/02/2017.

 

Retificação II do Regulamento das Eleições para a Diretoria da Adufmat-Seção Sindical do ANDES, biênio 2017-2019

24/02/2017

 

No capítulo V, Artigo 11°, item III, onde se lê   “Divulgar a composição do eleitorado até o dia 01/03/2017”, leia-se “Divulgar a composição do eleitorado até o dia 03/03/2017”.

 

No Anexo I, Calendário Eleitoral, onde se lê:

01/03

Publicação das Chapas homologadas

01 e 02/03

Período para interposição de recursos e análise destes pela Comissão Eleitoral

Leia-se:

02/03

Publicação das Chapas homologadas

02 e 03/03

Período para interposição de recursos e análise destes pela Comissão Eleitoral

 

 

 

Sexta, 04 Novembro 2016 15:26

 

JUACY DA SILVA*
  

As eleições municipais de 2016 devem ficar na história como um marco indelével para que tanto analistas políticos, econômicos e sociais e também os políticos e caciques, donos de partidos políticos, além de governantes possam interpretar e entender o que o povo, os eleitores deixaram como mensagens.


A primeira grande mensagem ou recado das urnas é a decepção, o povo já anda cheio de políticos demagogos, corruptos, mentirosos e incompetentes.  Prova disso foram mais de 35 milhões de abstenções, apesar do voto ser obrigatório, uma excrecência em uma democracia de verdade, além dos votos brancos e nulos, somando tudo , aproximadamente um terço ou pouco mais dos eleitores aptos a votarem demonstraram seu descontentamento.


O segundo recado foram as derrotas de diversos governadores, como do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí, Alagoas e outros mais que não conseguiram  eleger  seus candidatos nas capitais e terão que conviver com prefeitos de outros partidos, os quais irão atrapalhar e muito, as pretensões, ambições e esquemas com vistas as eleições de 2018.


O terceiro recado foram as derrotas de alguns caciques como Aécio Neves e Renan Calheiros que também não conseguiram elegerem seus correligionários nas capitais e nas principais cidades  de seus estados, dificultando também suas aspirações futuras.  No caso de Renan Calheiros se o mesmo não conseguir  se eleger dentro de dois anos para um novo mandato poderá  estar as voltas com o Juiz Sérgio Moro, como acabou acontecendo com seu colega de PMDB, ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.


Um outro recado, talvez o mais claro que veio das urnas é que o povo colocou por terra o projeto criminoso de poder articulado pelo PT e seus principais aliados na esquerda, acabando com a mística de que assistencialismo garante votos. Neste caso não foi um golpe da direita contra a esquerda, já que o PT de há muito deixou de lado toda e qualquer ideologia. O que falou mais alto foi a corrupção e ai, também sobrou uma pequena parte para o PMDB, que foi o sócio majoritário, ao lado do PP, PR e outros partidos fisiológicos nas bandalheiras que destruíram as esperanças  do povo.


Finalmente, o último recado surgido das  urnas é que o povo já anda cheio de  baixarias, acusações, muitas das quais infundadas e outras  que tiraram o véu  que muitos candidatos usam  e usaram para encobrir  sua vida pregressa. Como certeza o povo vai cobrar tanto dos eleitos quando dos derrotados para que cumpram  suas promessas e, no caso dos eleitos, cumpram  com seus “planos” de governo, mesmo que o país, os estados e os municípios estejam em crise e a beira da falência.


Enfim, o povo deseja mudanças  de postura, de método e formas de governar e mais respeito com o uso do dinheiro público, quem assim não entender, vai acertar as contas com o povo dentro de dois anos, quando o Brasil deverá eleger presidente da República, Governadores, dois terços dos senadores, deputados federais e estaduais.


Neste meio tempo, com certeza muitos políticos corruptos  deverão ser denunciados, investigados, julgados e condenados, inclusive mais de 40 senadores e deputados federais  que constam na LISTA DO JANOT  e que  tiveram seus  nomes autorizados pelo STF para serem investigados.  Oxalá  a Procuradoria Geral da República e o STF  tenham mais celeridade e possam dar uma satisfação para o povo que paga impostos e que não deseja que corruptos e corruptores estejam integrando a administração pública ou a alta cúpula do setor empresarial, como acontece no momento.


No mais é aguardar e esperar que o povo/eleitores se manifestem nas urnas ou nas ruas, praças  e avenidas  deste Brasil, exigindo respeito por parte de seus governantes e mais dignidade enquanto cidadãos e contribuintes!


*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais,  sites, blogs  e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog  www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy