Segunda, 20 Maio 2019 18:57

 

Diante de tantos ataques aos direitos da população brasileira, em meio a um conturbado cenário político e econômico, a Adufmat-Ssind foi convidada para contribuir com a análise de conjuntura durante a reunião da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na última sexta-feira, 17/05.

 

A parceria entre o sindicato dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e MST é histórica, tanto pela defesa do direito constitucional à terra, por meio da Reforma Agrária, quanto pela luta pelos direitos fundamentais, sociais e trabalhistas de todos os trabalhadores.

 

Na mesa, além do dirigente nacional do MST, João Paulo Rodrigues, e do professor Aldi Nestor de Souza, que representou a Adufmat-Ssind na ocasião, os professores da UFMT, Paulo Wescley (Departamento de Serviço Social) e Paulo Rocha (Faculdade de Comunicação e Artes), dividiram suas leituras e experiências para tentar desvendar a atual conjuntura.

 

“A análise de conjuntura é central, porque ajuda a organizar as ações seguintes, além de ser uma experiência coletiva, porque não há saber iluminado”, afirmou Rodrigues, abrindo os trabalhos.

 

O dirigente pontuou, de forma bastante didática, quais influências internacionais e nacionais foram decisivas para derrocada do governo Dilma Rousseff e a eleição de Bolsonaro, um processo de golpe que teve início nas manifestações de junho de 2013 e, na sua avaliação, ainda não está completo. A questão central nos interesses econômicos resvala agora no empobrecimento gradativo da população, no aumento da exploração e também opressão, repressão e criminalização dos movimentos sociais organizados que lutam para resguardar os direitos atacados.

 

Para o diretor geral da Adufmat-Ssind, Aldi Nestor de Souza, é preciso refletir sobre a palavra da onda do moralismo no Brasil: “corrupção”. “Eu tenho interesse de encarar essa palavra. Ela carece de tratamento, porque parece absoluta, mas não diz nada, não explica nada. A corrupção é inerente às relações capitalistas”, afirmou o docente, citando inúmeros casos de escândalos de corrupção praticados por governos e empresas.

 

Numa análise mais local, o professor utilizou o termo “ninguendade”, conceito de Darcy Ribeiro cunhado na obra “O povo Brasileiro”, para descrever as relações estabelecidas na universidade. “A UFMT é formada por pessoas que vieram de outros lugares em busca do seu próprio garimpo e aqui não se identificam com nada. É uma relação muito parecida com a do estado de Mato Grosso, para onde muitas pessoas, de diversas regiões, vieram atrás de um pedaço de terra. Ou seja, a universidade está muito alinhada com esse projeto de estado”, concluiu.

 

O professor Paulo Wescley elencou diversos desafios para que os trabalhadores consigam superar o que considera uma crise estrutural de sociabilidade, mas ao final de sua exposição, garantiu: “Minha fala não é pessimista. Nós temos de saber que o desafio é muito grande, mas não é impossível. A Reforma da Previdência, por exemplo, é algo que não conseguem fazer desde o governo FHC, passando por Lula, Dilma e agora Bolsonaro. As contradições vão se ampliar, mas é preciso disputar consciências, aprofundar as discussões sobre projeto de sociedade e as táticas para unir as pessoas e as pautas”, afirmou o docente.

 

Já o professor Paulo Rocha compartilhou suas experiências nas periferias de Cuiabá, de outros estados e países, afirmando que os pobres foram abandonados pela chamada esquerda nos últimos anos. “É preciso refazer as relações, diminuir essa distância”, indicou o jornalista.

 

Para Rocha, o espírito do tempo atual é de um conservadorismo sem precedentes. “Há um negacionismo político absurdo, às vezes até para quem é de esquerda. Um preconceito tão cego, capaz de superar até mesmo a autoridade de Deus”.

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

  

    

 

  

 

Sexta, 10 Maio 2019 11:07

 

A Adufmat-Ssind convida toda a comunidade acadêmica e demais interessados para a 1ª edição do "Tchá co bolo na Adufmat-Ssind", um evento cultural e político que será realizado na próxima terça-feira, 14/05, às 16h30, no auditório da Adufmat-Ssind. 

O encontro é uma realização do sindicato em parceria com o Grupo de Trabalhado Políticas de Classe para Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da Adufmat-Ssind, e terá a mediação da professora do Instituto de Educação (IE), Ana Luisa Cordeiro, membro do GT. 

O convidado para debater o tema "Enfrentando as Opressões na Universidade: Relações de Raça, Gênero e Sexualidade", a partir de diálogos, textos e vídeos, é o professor Sérgio Pereira dos Santos, no Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE/PPGE).

 

 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind 

 

 

Segunda, 06 Maio 2019 10:59

 

A Adufmat-Ssind convida todos e todas para o Debate "Desmonte do SUS", que será realizado na quarta-feira, 08/05/19, às 8h30, no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ISC)/UFMT.
 
Os convidados para o debate são os professores Reginaldo Araújo (ISC/ANDES-SN) e Vanessa Furtado (IE/CMS).  
 
Haverá certificado para os participantes. 
 
 
 
Quarta, 10 Abril 2019 17:02

 

Começa nesta quarta-feira (10), o Seminário Internacional do ANDES-SN “Universidade, Ciência e Classe em uma era de crises”. O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de abril, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (Adunb – Seção Sindical do ANDES-SN). A realização do Seminário Internacional é uma deliberação do 38º Congresso do Sindicato Nacional.

O Seminário Internacional do ANDES-SN será composto por seis mesas. Na quarta-feira, 10 de abril, terão lugar os debates sobre “Ciência, Tecnologia e Capital: a “Caixa Preta” da inovação”, “Orçamento Público e Financiamento da Educação Superior” e “Dívida Pública e Usura Financeira”.

Já na quinta-feira (11), acontecerão as mesas sobre “A Luta da Universidade Pública e da Classe Trabalhadora na Argentina e no Brasil”, “A Luta das Mulheres Trabalhadoras pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito” e “Decomposição e Recomposição da Classe Operária”.

Conheça os palestrantes do Seminário Internacional:

DIA 10

09h00 - Ciência, Tecnologia e Capital: a “Caixa Preta” da inovação.
Francesco Schettino.
 Docente do departamento de jurisprudência da Universidade da Campânia, em Nápoles, na Itália. Estuda temas como economia e desigualdade social.

Osvaldo Coggiola. 2º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN. É docente do departamento de história contemporânea da Universidade de São Paulo (USP). Estuda temas como marxismo, América Latina, movimento operário, capitalismo e socialismo.

14h00 - Orçamento Público e Financiamento da Educação Superior

Maria Lúcia Fatorelli. Economista e Auditora da Receita Federal. É coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública. Foi uma das responsáveis pela auditoria da dívida pública do Equador.

Otaviano Helene. Professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). É autor do livro "Um Diagnóstico da Educação Brasileira e de seu Financiamento" (ed. Autores Associados, 2013), entre outros.

18h00 - Dívida Pública e Usura Financeira

José Menezes Gomes. Docente do curso de economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Atua na área de Teoria Econômica, especialmente nos seguintes temas: crise capitalista, imperialismo, fundos de pensão, políticas públicas e lutas de classes. É coordenador do núcleo alagoano pela Auditoria da Dívida Pública.

Fabio Marcelli. Colaborador técnico-profissional do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália (Consiglio Nazionale Delle Ricerche). Estuda temas como dívida pública, direito internacional ambiental e povos indígenas.

DIA 11

09h00 - A Luta da Universidade Pública e da Classe Trabalhadora na Argentina e no Brasil
Claudia Baigorria.
 Docente universitária na província de La Rioja, noroeste da Argentina. Secretária Adjunta da Federação Nacional dos Docentes e Pesquisadores Universitários da Argentina (Conadu Histórica).

Eblin Farage. Secretária-geral do ANDES-SN. Docente da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisadora na área de questão urbana, com ênfase na temática de favelas e espaços populares. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares - NEPFE.

14h00 - A Luta das Mulheres Trabalhadoras pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito. 11 de abril. 14h.

Romina Del Plá. Deputada nacional na Argentina pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT). Professora de educação básica e dirigente do Sindicato Unificado dos Trabalhadores da Educação da Província de Buenos Aires (Suteba), seção de La Matanza. Milita pela legalização do aborto e pela separação do estado e da igreja.

Silvia Camurça. Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Educadora e Pesquisadora da SOS CORPO – Instituto Feminista para a Democracia.

18h00 - Decomposição e Recomposição da Classe Operária

Ricardo Antunes. Professor Titular de Sociologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Estuda temas como sociologia do trabalho; nova morfologia do trabalho; trabalho e centralidade; sindicalismo e movimento operário.

Marcelo Badaró. Professor Titular de História do Brasil na Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência nas áreas de Metodologia e Teoria da História e de História do Brasil, com ênfase em História do Brasil República e História Social do Trabalho. Atua também nos seguintes temas: história do Brasil recente, história social urbana do Rio de Janeiro e partidos e organizações de esquerda.

 

Fonte: ANDES-SN
Segunda, 25 Março 2019 10:11

 

A capitalização é a razão de ser da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, a contrarreforma da Previdência apresentada por Jair Bolsonaro. A afirmação é de Sara Granemann, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora de temas relacionados à Previdência.

Sara participou do painel “Contrarreforma da Previdência e seus impactos para a carreira docente”, na sede do ANDES-SN em Brasília, na sexta (15). O painel antecedeu a reunião do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do ANDES-SN. O GTSSA organizou o painel em conjunto com os Setores das IFES e das IEES/IMES. Leandro Madureira, membro da Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do Sindicato Nacional, também participou do painel.

Confira o debate completo: https://www.facebook.com/andessn/videos/635301213564999/

A docente da UFRJ iniciou sua intervenção ressaltando que o principal argumento ideológico da PEC 6/19 é de que se vive muito, o que seria um problema. A docente lembrou que esse argumento está expresso em um documento do Banco Mundial de 1994. Se a velhice é um problema, a solução apresentada por governos e banqueiros é a capitalização.

“Capitalização não é Previdência. A capitalização é a tentativa de convencer os trabalhadores de que a forma de garantir um bom futuro é acabando com a solidariedade”, afirmou.

“A Previdência reúne uma massa de riquezas a procura de investimentos no mercado de capitais. Para os capitais, essa riqueza não deve servir para que os trabalhadores gozem a vida”, critica.

Como o dinheiro é investido na capitalização

Sara Granemann explicou brevemente como funciona um sistema de capitalização. Segundo a docente da UFRJ, o dinheiro dos trabalhadores é investido basicamente de duas formas: em títulos da dívida pública e em ações na bolsa de valores. Em ambos os casos, os trabalhadores saem perdendo. Para que os títulos da Dívida Pública rendam, é necessário que haja cortes em áreas como saúde e educação. E no caso das ações na bolsa de valores, os títulos se valorizam com o aumento da exploração do trabalho. O que se traduz em demissões, terceirizações, no aumento de doenças laborais e de acidentes de trabalho, por exemplo.

Capitalização é só o começo

“Não podemos achar que essa contrarreforma é a última”, explicou Sara. Para a capitalização ser implantada de vez no Brasil, a docente acredita que seja fundamental que o governo consiga aprovar a desconstitucionalização do tema, o que está na PEC.

Se aprovada da forma que foi enviada por Bolsonaro, a PEC autorizará o Congresso Nacional a modificar a Previdência apenas com leis ordinárias. Atualmente, a Previdência só pode ser modificada por meio de PECs. Para serem aprovadas, Emendas Constitucionais necessitam de votação em dois turnos, em cada casa legislativa, e terem 3/5 dos votos.

Outra condição necessária para a implantação da capitalização, segundo Sara, é a redução de mais direitos. A docente cita, por exemplo, o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores públicos.

Origens da Previdência Pública

Sara Granemann lembrou que a ideia de Previdência pública e por repartição ganhou força a partir da Comuna de Paris (1871). Na ocasião, os revolucionários parisienses criaram um sistema previdenciário baseado na solidariedade de classe. Um sistema que servia para que todos cuidassem daqueles que nada tinham. Ainda que a Comuna tenha durado pouco mais que dois meses, muitas de suas bandeiras e projetos se espalharam pelo mundo. A Previdência Pública foi adotada em muitos países depois de lutas dos movimentos de trabalhadores. Coincidentemente, nesta segunda-feira, 18 de março, a Comuna de Paris celebra seu 148º aniversário.

 

 Fonte: ANDES-SN
Terça, 19 Março 2019 10:15

 

A Comissão Eleitoral da Adufmat-Ssind, responsável pelo pleito de 2019, convida todas e todos para o debate com a chapa "Luto pela Universidade Pública", nessa terça-feira, 19/03, às 17h, no auditório da sede do sindicato em Cuiabá. 
 
Haverá transmissão via videoconferência para as subsedes de Sinop e Araguaia.
 
A chapa Luto pela Universidade Pública é a candidata para dirigir o sindicato pelos próximos dois anos (2019-2021).   

 

 
 
 
Quinta, 14 Março 2019 10:19

 

O ANDES-SN está organizando o Seminário Internacional “Universidade, Ciência e Classe em uma era de crises”. O seminário ocorrerá nos dias 10 e 11 de abril, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (Adunb – Seção Sindical do ANDES-SN).

As inscrições para participar do seminário devem ser realizadas até 1° de abril por meio do emailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. O cartaz do seminário pode ser baixado clicando aqui.

O Seminário Internacional do ANDES-SN será composto por seis mesas, divididas entre os dois dias de evento. Na quarta-feira, 10 de abril, terão lugar os debates sobre “Ciência, Tecnologia e Capital: a “Caixa Preta” da inovação”, “Orçamento Público e Financiamento da Educação Superior” e “Dívida Pública e Usura Financeira”.

Já na quinta-feira serão realizadas as mesas sobre “A Luta da Universidade Pública e da Classe Trabalhadora na Argentina e no Brasil”, “A Luta das Mulheres Trabalhadoras pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito” e “Decomposição e Recomposição da Classe Operária”.

A realização do Seminário Internacional é uma deliberação do 38º Congresso do ANDES-SN, realizado no início do ano em Belém (PA).

 

Conheça os palestrantes do Seminário Internacional

Ciência, Tecnologia e Capital: a “Caixa Preta” da inovação. 10 de abril. 9h.

Francesco Schettino. Docente do departamento de jurisprudência da Universidade da Campânia, em Nápoles, na Itália. Estuda temas como economia e desigualdade social.

Osvaldo Coggiola. 2º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN. É docente do departamento de história contemporânea da Universidade de São Paulo (USP). Estuda temas como marxismo, América Latina, movimento operário, capitalismo e socialismo.

 

Orçamento Público e Financiamento da Educação Superior. 10 de abril. 14h.

Maria Lúcia Fatorelli. Economista e Auditora da Receita Federal. É coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública. Foi uma das responsáveis pela auditoria da dívida pública do Equador.

Fabio Marcelli. Colaborador técnico-profissional do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália (Consiglio Nazionale Delle Ricerche). Estuda temas como dívida pública, direito internacional ambiental e povos indígenas.

 

Dívida Pública e Usura Financeira. 10 de abril. 18h.

José Menezes Gomes. Docente do curso de economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Atua na área de Teoria Econômica, especialmente nos seguintes temas: crise capitalista, imperialismo, fundos de pensão, políticas públicas e lutas de classes. É coordenador do núcleo alagoano pela Auditoria da Dívida Pública.

Otaviano Helene. Professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). É autor do livro "Um Diagnóstico da Educação Brasileira e de seu Financiamento" (ed. Autores Associados, 2013), entre outros.

 

A Luta da Universidade Pública e da Classe Trabalhadora na Argentina e no Brasil. 11 de abril. 9h.

Claudia Baigorria. Docente universitária na província de La Rioja, noroeste da Argentina. Secretária Adjunta da Federação Nacional dos Docentes e Pesquisadores Universitários da Argentina (Conadu Histórica).

Eblin Farage. Secretária-geral do ANDES-SN. Docente de serviço social da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisadora na área de questão urbana, com ênfase na temática de favelas e espaços populares. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares - NEPFE.

 

A Luta das Mulheres Trabalhadoras pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito. 11 de abril. 14h.

Romina Del Plá. Deputada nacional na Argentina pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT). Professora de educação básica e dirigente do Sindicato Unificado dos Trabalhadores da Educação da Província de Buenos Aires (Suteba), seção de La Matanza. Milita pela legalização do aborto e pela separação do estado e da igreja.

Debora Diniz. Docente da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética. Desenvolve projetos de pesquisa sobre bioética, feminismo, direitos humanos e saúde.

 

Decomposição e Recomposição da Classe Operária. 11 de abril. 18h.

Ricardo Antunes. Professor Titular de Sociologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Estuda temas como sociologia do trabalho; nova morfologia do trabalho; trabalho e centralidade; sindicalismo e movimento operário.

Marcelo Badaró. Professor Titular de História do Brasil na Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência nas áreas de Metodologia e Teoria da História e de História do Brasil, com ênfase em História do Brasil República e História Social do Trabalho. Atua também nos seguintes temas: história do Brasil recente, história social urbana do Rio de Janeiro e partidos e organizações de esquerda.

Seminário ocorrerá no auditório da Adunb-SSind

 

 
Quinta, 22 Novembro 2018 14:10

 

Conforme deliberação de assembleia geral, a Adufmat-Seção Sindical do ANDES Sindicato Nacional realizará, na próxima terça-feira, 27/11, o primeiro debate sobre Empreendedorismo e Universidade.

 

O evento será realizado no auditório do sindicato em dois horários: 8h e 19h, para contemplar o maior número possível de interessados.

 

Os convidados para trazer diferentes perspectivas da relação entre empreendedorismo e universidade pública são o professor da Universidade Federal de Itajubá, Dr. Edson Sadao (Administração), a professora da Universidade Estadual de Santa Catarina, Dra. Luiza Teixeira (Administração), a professora da Universidade Federal do Sergipe, Dra. Sônia Meire (Educação), e o professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Dr. Reginaldo Araújo (Saúde Coletiva).

 

A atividade foi organizada pela Adufmat-Ssind em conjunto com a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFMT, representada pelo professor Dr. Elifas Gonçalves Junior.  

 

Os participantes receberão certificado. 

 

Quarta, 21 Novembro 2018 11:00

 

O ANDES-SN divulgou, nesta terça-feira (20), o Caderno de Textos do 38° Congresso do ANDES-SN.  O evento ocorrerá entre 28 de janeiro a 2 de fevereiro, em Belém (PA). O tema central do 38º Congresso será “Por Democracia, Educação, Ciência, Tecnologia e Serviços Públicos: em defesa do trabalho e da carreira docente, pela revogação da EC/95”. Confira aqui.

As contribuições enviadas até dia 10 de dezembro irão compor o Anexo ao Caderno de Textos, que será publicado em 17 de dezembro. Os textos deverão ser remetidos para a Secretaria do Sindicato Nacional por e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.).

Conforme deliberação do 62º CONAD, a apresentação de textos referentes ao Tema I – “Movimento Docente, Conjuntura e Centralidade da Luta” também será admitida no Anexo ao Caderno de Textos. Para isso, o texto precisa ser oriundo de e aprovado em assembleia de base.

Credenciamento prévio
Na Circular 308/18, o ANDES-SN reafirma a importância do credenciamento prévio para facilitar a organização do evento. O período para envio da documentação regimental para inscrição de delegados, observadores e suplentes vai de 3 de dezembro a 22 de janeiro.

A ratificação ou retificação do credenciamento durante o evento ocorrerá no dia 28 de janeiro, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Os critérios para a escolha dos participantes do 38º Congresso estão expressos nos artigos 16 e 17 do Estatuto do ANDES-SN.

Confira aqui a circular com as orientações

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 07 Novembro 2018 19:51

 

 

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES – Sindicato Nacional realizou, na manhã dessa quarta-feira, 07/11, uma assembleia geral dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com a análise de conjuntura como único ponto de pauta. Pela primeira vez nas últimas décadas, além da plena consciência do desmonte intencional dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores, também pairou entre os presentes o sentimento de insegurança com relação às liberdades democráticas, que incluem o próprio exercício da profissão, ou seja, a liberdade de cátedra. Em todas as manifestações, no entanto, uma certeza: a saída é coletiva.

 

O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), José Menezes Gomes, foi convidado para iniciar o debate sobre conjuntura a partir de alguns dados históricos, políticos e econômicos nacionais e internacionais. Um dos primeiros problemas indicados pelo economista foi o slogan da campanha presidencial vencedora, “Brasil acima de tudo”, inspirada no cântico nazista “Deutschland über alles” (Alemanha acima de tudo).

 

“Contrariando o apelo nacionalista, a forte influência dos Estados Unidos e evidente reverência à figura de Trump revela os primeiros indícios de que as pretensões comerciais do próximo governo não respeitarão sequer o slogan da campanha, considerando que os principais parceiros econômicos do Brasil são China e Oriente Médio, com quem o presidente estadunidense insiste em polemizar. Essas contradições devem gerar conflitos logo nos primeiros meses entre o governo brasileiro e a base aliada e podem, sim, prejudicar o Brasil”, afirmou o convidado.

 

O docente destacou, em seguida, a formação colonial brasileira, o início do endividamento público ainda naquele período, e a introdução do modelo Neoliberal na década de 1990. Desde a retomada das eleições diretas até os dias de hoje, a ideologia do “Estado mínimo” tem justificado a precarização cada vez mais acentuada dos serviços públicos, o achatamento salarial dos servidores, e o empobrecimento dos trabalhadores em geral. “A desigualdade social começa lá atrás e é a raiz de todos os problemas. O congelamento dos recursos destinados às despesas primárias por 20 anos (EC 95/16), que iriam para a saúde, educação, seguridade social, e a promessa de aprovação da Contrarreforma da Previdência, devem piorar ainda mais a situação da população”, destacou o professor.

 

Para Menezes, o principal compromisso do próximo governo será garantir o pagamento da dívida pública, que consome atualmente quase 50% da receita da União, setor para o qual não há definição alguma de limite de gastos (clique aqui para saber mais sobre a dívida pública). “Os bancos são sempre os grandes beneficiários das ações políticas. Cerca de 41% dos investidores da bolsa de valores são bancos, isto é, pertencem ao mercado financeiro. Por isso os índices da bolsa aumentam ou diminuem a partir da perspectiva de eleição de um candidato ou outro. Além de garantir o pagamento cada vez mais alto da dívida pública, acabar com a Previdencia Social, fortalecendo os fundos de pensão (operados por bancos), também é de interesse do setor. E nós precisamos alertar a população de que esse é o modelo falido do Chile, Argentina e dos Estados Unidos”, observou o docente.

 

A partir das provocações do professor Menezes, os professores presentes na assembleia destacaram outros aspectos da conjuntura, como a necessidade de autocrítica e reavaliação das ações e projetos dos trabalhadores.

 

As intervenções também ressaltaram, como alternativas, a urgência do fortalecimento da unidade entre os movimentos sociais de trabalhadores de forma ampla, da retomada do trabalho de base e formação política-sindical, da valorização das disciplinas teóricas como História, Sociologia, Filosofia e Ciência Política, do combate às informações falsas e da utilização de diferentes linguagens e estratégias de comunicação.

 

“Conhecer a história é fundamental. Foram as alianças entre estudantes e trabalhadores que garantiram, historicamente, direitos e conquistas que nós temos hoje. E é isso que as pessoas precisam saber, que tudo o que nós temos não é fruto do acaso, mas resultado de lutas. A experiência histórica nos diz que também é possível construir em momentos de crise”, finalizou José Menezes.    

 

Encaminhamentos

 

Após o debate, a plenária aprovou por unanimidade a contratação de pessoal especializado na elaboração de campanhas de baixo custo voltadas para as redes sociais, a realização de debates em todos os campi sobre os ataques aos direitos dos trabalhadores, e a convocação de assembleia geral nos próximos dias, de acordo com indicação do ANDES – Sindicato Nacional, para construção do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública e Gratuita, que deverá ser no início de dezembro.   

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind