Quinta, 18 Junho 2020 20:23

 

Não é por acaso que lideranças mundiais mencionam, todos os dias, a situação do Brasil diante da Covid-19. Todos eles sabem que a extrema desigualdade social, que leva à extrema pobreza, fará um estrago sem precedentes na América Latina. Por mais que parte dos brasileiros ainda se esforce para negar a história do país, o Brasil, como um país latino, sofre os efeitos da absoluta exploração dos países de economia central e, embora seja hoje uma das dez maiores economias do mundo, sua realidade social é uma das mais desiguais, pois a riqueza produzida está muito concentrada nas mãos de poucos.

 

O retrato fiel dessa condição brasileira está sendo observado de perto em Cuiabá, por entidades que formam a Frente Popular em Defesa do Serviço Público e de Solidariedade ao Enfrentamento à Covid-19. O grupo está mobilizado desde o início de abril para ajudar trabalhadores em situação de vulnerabilidade na capital mato-grossense, e tem feito visitas regulares a alguns bairros, entre eles o “Terra Prometida”, na região da grande CPA.

 

No último sábado, 13/06, a Frente realizou atividades no referido bairro, onde os moradores se instalaram e têm vivido de acordo com a própria sorte há dez anos. “É impressionante a naturalidade com que córregos são depositados em locais sem estrutura alguma, e as pessoas vão sobrevivendo como podem, a partir da solidariedade de outras pessoas, doações, sem nenhum amparo do Estado. É isso que acontece com a América do Sul, com o Caribe, e é por isso que essa região será o epicentro da Covid-19 agora”, relata o diretor da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Aldi Nestor de Souza.

 

 

Para o docente, as contradições da disseminada riqueza brasileira estão presentes em todos os aspectos. “Do lado da avenida do CPA [um dos metros quadrados mais caros de Cuiabá], na capital do Agronegócio [ao qual atribuem importância na economia do país], há uma situação de fome e desamparo total dos trabalhadores”, relata.

 

Por esse motivo, as entidades que constroem a Frente defendem que a universidade pública deve ocupar o espaço e ajudar a população, oferecendo as ferramentas de pesquisa e extensão. No sábado, os trabalhadores organizados distribuíram 500 máscaras aos moradores do bairro, 80 litros sabão líquido, água sanitária e sabão em barra. Além disso, a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, coletivo que pertence à Frente, realizou atendimentos médicos. “Foram 29 atendimentos completos, com aferição de pressão, dextro [exame de sangue realizado com um aparelho digital que mede a quantidade de glicose no sangue], consulta clínica e entrega de medicação”, informaram os participantes.

 

No Terra Prometida, como em tantos outros bairros de Cuiabá, não há asfalto, e os moradores realizam mutirão para construir casas com diversos materiais. Parte da ajuda também vem de igrejas e outras instituições não governamentais. Como o Estado tem responsabilidade, e a universidade também faz parte do aparato estatal, o representante da Adufmat-Ssind reafirma que a Universidade Federal de Mato Grosso deve compartilhar o conhecimento produzido para melhorar a vida da população de forma concreta.

 

“A universidade precisa estar presente nesses espaços, estar junto, ajudar. Não é ir lá uma vez e pronto. A ação, para ser efetiva, tem de se materializar nas relações que se estabelecem”, afirma o docente.

 

Nas visitas aos bairros, a Frente já realiza uma espécie de cadastro para acompanhamento das famílias, e informa os contatos das entidades envolvidas nas atividades. “Nós queremos saber quem são essas pessoas, de onde elas vêm, para pensar em projetos de extensão na universidade, levá-las à universidade, aproximar a universidade desse lugar”, afirmou Souza.

 

 

Vale destacar que o alerta das entidades de trabalhadores organizados sobre o aprofundamento da pobreza se deve às políticas neoliberais adotadas pelos governos brasileiros. A pandemia, entretanto, agrava o cenário, pois reafirma sobremaneira o desprezo histórico dos governantes pela população já empobrecida pelo sistema.

 

“No Terra Prometida tem gente de todo jeito e todos os lugares, de vários países do mundo e regiões do Brasil. Tem, inclusive, professor de Química e Biologia que fala cinco idiomas, mas não encontra emprego. De alguma forma, aquela realidade me pareceu o futuro de toda a classe trabalhadora”, avalia Souza, destacando a importância de unidade e mobilização da classe trabalhadora, para reverter a situação.  

 

 

A Frente continua arrecadando alimentos e materiais de limpeza para doação:

 

CONTRIBUA COM DOAÇÃO DE ALIMENTOS

Ponto de Arrecadação:

Adufmat-Ssind (OCA - UFMT)

Avenida Fernando Corrêa da Costa, S/Nº, Coxipó, Cuiabá

 

CONTRIBUA COM DOAÇÃO DE RECURSOS 

Caixa Econômica Federal

Agência: 0686 | Op.: 013

Conta Poupança: 00034474-8

CNPJ: 149120750001/53

Titular: ADUFMAT SOLIDARIEDADE COVID-19

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 15 Junho 2020 20:09

 

Quem da sua família pode morrer para salvar a economia? Uma pergunta forte, mas proporcional ao cenário alarmante de pandemia no qual o Brasil está inserido. Em apenas três meses - desde que registrou o primeiro óbito por Covid-19, em 17 de março -, o Brasil já é o segundo país do mundo a enterrar mais mortos. Mais de 43 mil pessoas perderam a vida para a “gripezinha” de Bolsonaro. Em apenas três meses.

 

As desculpas esfarrapadas do presidente, disfarçadas de rompantes de ignorância, já não convencem mais nem os seus eleitores. Mas ocorre que, se o argumento é falso, a ideia por trás dele ainda é defendida por aqueles que detém poder político e econômico: a economia capitalista é mais importante do que a vida de qualquer trabalhador e não pode parar por causa de cinco, 40 ou 100 mil mortos. É por isso que Jair Bolsonaro se sente a vontade para dizer “e daí” diante dos dados que preocupam até mesmo o seu amigo Donald Trump, chefe do país com o maior número de mortos – nesse momento, cerca de 118 mil, quase 3 vezes mais do que o Brasil tem registrado.

 

Os países europeus e asiáticos que noticiaram casos de Covid-19 no final do ano passado ainda demonstram cautela na reabertura do comércio e retomada das atividades. Já os governantes brasileiros, que tiveram que implementar políticas de precaução há apenas 3 meses, já não suportam mais a pressão empresarial. Não só grandes centros, como São Paulo, retomam as atividades comerciais, mas também capitais do interior do país que somente agora estão enfrentando o aumento exponencial de casos da doença.

 

Em Mato Grosso, onde já era necessário judicializar o direito à saúde para conseguir leitos antes mesmo da pandemia, os números explodiram nas duas últimas semanas. Somente neste final de semana o estado registrou 50 mortes, e já eram 213 no último boletim. Cuiabá até reduziu suas atividades entre março e abril, mas há algumas semanas permitiu a reabertura de lojas fora e dentro dos shoppings. A vizinha, Várzea Grande, manteve o comércio aberto há até pouco tempo. Com o aumento – evidente - dos casos, um representante do governo de Várzea Grande tentou responsabilidade a população local pela “falta de cuidado”.

 

Na semana passada, o secretário de Saúde do estado, Gilberto Figueiredo, admitiu que o sistema está prestes a colapsar. “É uma questão de horas, talvez dias”, afirmou o secretário durante entrevista coletiva online. Hospitais da capital e de diversos municípios já confirmam que estão com a capacidade esgotada. Mesmo assim os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande não decretaram o fechamento total (lockdown), apenas editaram um “toque de recolher” durante 15 dias, entre 22h e 6h - período naturalmente de pouca movimentação.  

 

No boletim da última sexta-feira, 12/06, o governo do estado divulgou que a taxa de ocupação dos leitos é de 74%, mas também na semana passada o governo foi acusado por figuras públicas de mentir sobre a quantidade de leitos disponíveis.

 

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso do estado enviou um documento ao Ministério Público solicitando o fechamento total (lockdown) devido à falta de estrutura para atender a população. Os trabalhadores também solicitam no documento a adequação dos leitos atuais e construção de hospitais de campanha.  

 

Apesar dos discursos aparentemente diferentes que provavelmente já vislumbram as próximas eleições, o caráter neoliberal dos governos federal, estaduais e municipais converge na prática: sacrificando a população que constrói a riqueza para atender aqueles que não a produzem, mas se apropriam dela.

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 15 Junho 2020 17:12

 

A diretoria da ADUFMAT- SSInd manifesta grande pesar pela perda de Vinny Rasec, estudante do curso de Pedagogia, e Rosimeire Laurêncio Soares, ex-aluna do curso de Nutrição, vítimas da COVID-19. Nos solidarizamos com seus familiares, amigos, colegas e professores.


Vivemos um dos momentos mais difíceis de nossa história, com o número crescente de vítimas intensificado por políticas eugenistas e racistas que aprofundam a desigualdade social.

 

Mais do que nunca, precisamos fortalecer os laços de solidariedade e a luta por uma outra sociedade que coloque a vida e equidade social acima de tudo.

 

 

Diretoria da Adufmat-Ssind

Quinta, 04 Junho 2020 16:09

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Roberto de Barros Freire*

  

A discussão nacional sobre o Covid tem girado ao redor de três eixos: os problemas de saúde, os problemas econômicos e os problemas políticos, onde há um claro confronto entre o governo federal e os demais entes federados, municípios e estados. Nada ou quase nada se tem debatido sobre os problemas educacionais que a doença está acarretando e irá acarretar ao sistema educacional nacional, seja no nível fundamental e médio, seja no nível superior. Cada instituição de ensino toma as suas decisões, seguindo em parte a política das secretarias de educação, seja municipal, seja estadual, sem uma política nacional do MEC.

O que se assiste é um misto de improviso e falta de percepção dos problemas que temos diante dos nossos olhos, onde sem uma discussão mais profunda, sem inclusive um fórum para a sua realização, cada escola reage da sua forma aos problemas educacionais. Concretamente, o que se avista, são escolas e universidades que fingem que educam, e os alunos parecem fingir que aprendem. Pais de alunos preocupados com o suposto ensino a distância, que depende da participação dos pais ou tutores, que sem tempo e sem acreditarem nesse sistema de ensino improvisado pelas escolas e faculdades, se lamentam da situação. Ora, tirando o ensino à distância que já existia no ensino superior, que tinha uma certa tecnologia e contava com estudantes predispostos a este sistema de ensino, a experiência tem sido lamentável; pais e estudantes reclamando desse improviso, e professores se mostrando incapazes de lecionarem nessa sistemática, por não terem preparo para esse tipo de ensino, ou nem terem computador e acesso à internet também.

Ora, o que esse vírus trouxe à tona, é a grande desigualdade social, e a necessidade de se criar políticas para se atender as necessidades básicas das classes menos privilegiadas. Como se pode propor ensino à distância num país que 30% da população não tem acesso a internet e menos de 50% tem computador para realizar estudos pelas redes sociais? E os que tem acesso à internet, o fato é que a internet nacional é de péssima qualidade, mesmo que bem paga, e a maioria das pessoas só tem o celular para acessar os sites e salas de aula virtual, o que inviabiliza a educação, quando se tem que ver gráficos, mapas ou mesmo ler textos mais extensos.

Enfim, o que ficou claro é que temos que dar condições aos estudantes pobres, fornecendo um computador para todos os estudantes, e melhorar a internet, com internet gratuita nos bairros populares, nas favelas e na periferia. Isso foi o que fez os países que se preocuparam com a escolarização da sua população, o que nunca ocorreu em solo nacional, que trata a educação como um gasto e nunca como um investimento na população.

Na minha opinião, o certo seria cancelar esse ano escolar, fazer dele um preparo e uma discussão das atitudes que se deve tomar para a nova realidade que teremos pela frente, com a convivência com essa pandemia. O ensino que sempre foi precário aqui no Brasil, será nulo nesse ano. Os jovens não estão sendo preparados para entrarem nas universidades e os que ingressaram nas universidades não estão estudando. O ENEM que foi adiado, deveria ser cancelado; sua manutenção excluirá os alunos pobres, 30 % do total dos inscritos.

Naturalmente, há sérias consequências se tomarmos essa decisão. Será necessário dar ajuda financeira às escolas privadas para que possam arcar com suas despesas de pagamento dos funcionários e professores, assim como com os custos do espaço físico. Será necessário a distribuição de computadores para as crianças que não tenham esse instrumento, que já é obrigatório em quase todas as escolas do mundo. Será necessário dar cursos e formação aos professores que só foram treinados para o ensino presencial, além de computador e internet que não possuem.

Mas, ao invés de ficarmos fingindo que estamos educando nossos alunos, devemos nos propor a nos preparar para um novo ensino que deverá surgir após essa pandemia. Ao invés de tamparmos o sol com uma peneira grossa, devemos nos engajar numa preocupação nacional pela formação dos nossos estudantes. Devemos perceber que os materiais de ensino não podem ser apenas merenda e livros ou cadernos, mas também computador e internet, a única forma de ser incluído no mundo contemporâneo.

 

*Roberto de Barros Freire

Professor do Departamento de Filosofia/UFMT

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Quinta, 04 Junho 2020 15:50

 

Nessa quarta-feira, 03/06, trabalhadores da Educação foram às ruas cobrar a responsabilidade do Governo do Estado de Mato Grosso que não renova seus contratos desde o início do ano. Organizados pelas subsedes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), pais e mães, há seis meses sem salários, exigiram providencias, num ato que teve início em frente ao Palácio Paiaguás - sede do Poder Executivo estadual – e foi encerrado na Assembleia Legislativa.

 

Em fevereiro alguns contratos foram renovados, no entanto, no mês seguinte, o governo se utilizou da crise sanitária para justificar a suspensão os mesmos.  “A estratégia do governo Mauro Mendes foi cancelar o processo de contratação dos profissionais da educação deixando-os a própria sorte”, declarou o sindicato da categoria em material informativo.

 

O representante do Sintep/Cuiabá, João Custódio, afirmou que não haverá desistência por parte dos trabalhadores. “Vamos continuar na luta sem desistir jamais. Nosso objetivo é assegurar as condições mínimas para que os trabalhadores possam sobreviver. Esse foi mais um evento, esperamos que seja último”.

 

Vale destacar que, assim como o governo federal, o governo de Mato Grosso, liderado por um empresário local, defende a redução dos direitos garantidos pelo aparato estatal, retirando recursos da saúde, educação, e reduzindo cargos e salários de servidores concursados.

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind (com informações do Sintep/MT)

Foto: Edzar Allen

 

Quarta, 03 Junho 2020 22:59

 

Representantes de 57 seções sindicais do ANDES-SN participaram, online, da reunião conjunta entre os Setores das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (Iees/Imes), na última sexta-feira (29). Durante todo o dia, os docentes debateram os desafios atuais que a categoria docente enfrenta e a necessidade de manter a  mobilização em tempos de pandemia da Covid 19. Desde o início do isolamento social as reuniões da entidade têm sido feitas virtualmente. 

Os docentes realizaram um debate sobre a atual conjuntura do país. Foram destacados o avanço da pandemia e como ela tem assumido um caráter de classe e gênero, os impactos econômicos da pandemia e a intensificação dos ataques aos direitos da classe trabalhadora, o funcionamento das instituições de ensino superior (IES) públicas com a imposição de trabalho remoto e de "ensino à distância" . Os ataques aos direitos dos servidores também fizeram parte do debate, assim como as eleições para reitor nas IES. As seções sindicais também apresentaram um balanço das ações políticas e de solidariedade desenvolvidas durante este período da pandemia.


“Tivemos a oportunidade de avançar na análise da grave conjuntura em que vivemos, que nos impõem a urgência em derrotar as politicas do governo de Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão, bem como de nos ouvirmos mutuamente sobre as diferentes experiências no seio de universidades, IF e Cefet no que tange a tentativas - explícitas ou não - de implementação de ‘ensino remoto’ por parte das gestões”, disse Guinter Leipnitz, um dos coordenadores do Setor das Ifes, que classificou a reunião como "produtiva e importante".

Encaminhamentos 
Entre os encaminhamentos da reunião conjunta está a necessidade do ANDES-SN e suas seções sindicais reforçarem a unidade, diante da grave conjuntura, nos espaços organizativos da luta e em conjunto com as centrais sindicais. Outro ponto importante, encaminhado na reunião, é que as seções sindicais defendam a autonomia das IES sobre o calendário acadêmico e quando for o momento da retomada das atividades presenciais, que não acarrete na exclusão de estudantes e no agravamento das condições de trabalho para os docente com a imposição das "atividades de ensino remoto". 

“Compreendemos que esse debate precisa continuar entre nós, para que possamos construir intervenção qualificada nesse processo, sempre em defesa da categoria docente e de suas condições de trabalho e da garantia de condições de acesso e permanência de estudantes nas instituições de ensino”, ressaltou o docente. 
 
Confira alguns pontos encaminhados na reunião 
- Que o ANDES-SN e seções sindicais  incorporem as atividades de junho construídas pelas Frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo e as Centrais sindicais, assumindo o calendário do Fora Bolsonaro e Mourão pelo fim desse governo;
- Que o ANDES-SN envie um ofício para o MEC reivindicando que os processos internos das IFE sejam respeitados no que se refere à eleição de reitores e que não sejam indicados interventores; 
- Que as seções sindicais impulsionem debate, no interior das IES, sobre as adaptações necessárias para o período posterior ao isolamento social;
- Solicitar informações das seções sindicais de diagnósticos que estejam sendo realizados nas IES sobre condições tecnológicas da comunidade acadêmica;
- Que as seções sindicais estimulem o debate sobre as possíveis soluções transitórias para o trabalho remoto em cada IES, com monitoramento constante da luta e correlação de forças, para evitar que atividades transitórias se tornem permanentes;
- Que as seções sindicais façam a luta política para que não seja implementada nenhuma nova forma de controle do trabalho docente nesse período de pandemia e que nos locais que existam tal controle que lutem para que não expressem assédio moral sobre os professoes;
- Que a diretoria avalie a realização de uma campanha de comunicação, a partir de sugestões do GTPE, com os princípios do ANDES-SN sobre a EaD.

Confira aqui o relatório completo da reunião dos setores 

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 03 Junho 2020 22:50

 

Diante da pandemia do novo coronavírus, o aumento do desemprego e a precarização do trabalho dos profissionais da saúde mostra, mais uma vez, como o Estado é negligente com a população brasileira. Cerca de 42,2 milhões de pessoas tiveram o seu pedido do auxílio emergencial negado, dentre eles trabalhadores informais e desempregados, que teriam direito - em tese - a receber o valor de R$ 600. 

Por esse motivo, a Frente Popular em Defesa do Serviço Público e de Solidariedade ao Enfrentamento à Covid-19 está articulada para fazer a defesa da vida dos trabalhadores e trabalhadoras, lutando para ajudar milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Desde o início de abril, a Frente participa de diversas ações, distribuindo máscaras, informações e realizando intervenções públicas, como a do Dia Internacional da Enfermagem, na qual homenagearam os profissionais e denunciaram o descaso de governos com a saúde pública.

Agora a Frente inicia mais uma etapa da luta. Nesta quinta-feira (04/06), às 19h, na página oficial da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), realizará o lançamento da campanha “Solidariedade Pela Vida”, com o intuito de arrecadar alimentos para a população vulnerável do estado. “Próximo ao campus da UFMT, em Cuiabá, nós temos o bairro Renascer, no qual tem gente passando fome. Temos estudantes que moram lá e estão fazendo arrecadação para essa população. A nossa cidade tem recebido muitos imigrantes, venezuelanos, haitianos, cubanos, senegaleses e de outros países da África, que também estão em situação de vulnerabilidade muito grande. Também temos a população indígena, a quem o Estado brasileiro tem virado as costas”, afirma o professor Reginaldo Araújo, integrante da Frente.

Nesse sentido, o representante avalia que o grupo já conseguiu avançar em algumas questões. “Conseguimos dialogar com o Ministério Público Federal e Estadual, o Ministério Público do Trabalho, fazendo denúncias, inclusive das condições de trabalho e também das dificuldades que a população indígena e quilombola está tendo para ter acesso às cestas básicas”, destaca. 

A campanha “Solidariedade Pela Vida” tem o intuito de contar com a solidariedade da população cuiabana e da comunidade acadêmica da UFMT. “O mais importante é que as pessoas se envolvam e ajudem a divulgar, ajudem a sensibilizar os seus colegas de departamento, de trabalho. Que ajudem também a sensibilizar outros que não estão na comunidade acadêmica, para que consigamos fazer dessa campanha algo bastante relevante”, afirma Araújo. 

Vale ressaltar que a Frente Popular está buscando outros parceiros que possam contribuir com a Campanha ‘Solidariedade Pela Vida’, como o Instituto Herbert de Souza (Betinho), o Ação Cidadania e a Fundação Banco do Brasil, ambos com a possibilidade de doações em alimentos. Há também articulação com os possíveis beneficiários da campanha, moradores da periferia, imigrantes e coletivos negros e indígenas. 

Além das entidades representativas da comunidade acadêmica da UFMT - Adufmat-Ssind, Sindicato dos Servidores Técnicos-administrativos (Sintuf-MT), e Diretório Central dos Estudantes (DCE) - mais de outras 20 entidades, entre sindicatos e movimentos populares, fazem parte da Frente.  

Grande parte delas estará presente no lançamento da Campanha ‘Solidariedade Pela Vida’ durante a Live na página oficial da Adufmat-Ssind no Facebook (clique aqui), que será transmitida nesta quinta-feira, 04/06, às 19h. Participe! 

CONTRIBUA COM DOAÇÃO DE ALIMENTOS

 

Ponto de Arrecadação:

Adufmat-Ssind (OCA - UFMT)

Avenida Fernando Corrêa da Costa, S/Nº, Coxipó, Cuiabá

 

CONTRIBUA COM DOAÇÃO DE RECURSOS 

 

Caixa Econômica Federal

Agência: 0686 | Op.: 013

Conta Poupança: 00034474-8

CNPJ: 149120750001/53

Titular: ADUFMAT SOLIDARIEDADE COVID-19

 

 

 

Layse Ávila

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind 

Terça, 02 Junho 2020 11:35

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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A pedido da Profª Marluce Souza e Silva - Departamento de Serviço Social/UFMT - publicamos o gráfico de casos de COVID-19 em Cuiabá e Mato Grosso, referente aos meses de maio e junho de 2020.

Fonte: SES/MT.

 

Segunda, 18 Maio 2020 14:33

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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A pedido do professor Geraldo Lúcio Diniz, do Departamento de Matemática da UFMT/Cuiabá, reproduzimos a Nota Oficial – EPICOVID 19: uma pesquisa para salvar vidas.
 

 
Sexta, 20 Março 2020 16:20

Por conta da pandemia de Covid-19, a Adufmat-Ssind informa a todos os sindicalizados e demais interessados que:

 

1. suspenderá todas as atividades presenciais na sede e nas subsedes do sindicato a partir da próxima segunda-feira, 23/03, por tempo indeterminado;

 

2. o atendimento será feito exclusivamente de forma remota, somente pelos telefones ou e-mails abaixo

 

 (65) 99686-8732 ou O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. e O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. (Cuiabá)

 (65) 99686-8668 ou O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. (Sinop)

 (66) 99973-4404 ou O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. (Araguaia)

 

3. até que o sindicato retome a sua rotina, também não será autorizado o uso do auditório ou concedido auxílio a nenhum evento;

 

4. o processo seletivo para contratação de publicitário também será suspenso, mas deverá ser retomado após a normalização das atividades.

 

A Adufmat-Ssind reforça que todas as pessoas devem seguir as orientações das autoridades competentes, tomando todas as precauções sempre que possível. Circular apenas o necessário, lavar as mãos com regularidade, defender a saúde e a educação públicas são ações imprescindíveis para proteger a vida de todos.

 

 

Adufmat-Ssind