Quinta, 01 Junho 2023 17:20

Dando continuidade às atividades da campanha "Em Defesa dos Serviços Públicos: Garantir Direitos e Qualidade de Vida", que teve início em maio deste ano, a Adufmat-Ssind digulga vídeo sobre os objetivos da categoria. Confira:

Assessoria de Comunicação da Adufmat-Ssind

Sexta, 26 Maio 2023 15:05

 

O ANDES-SN publicou uma enquete para ouvir docentes do ensino superior, básico, técnico e tecnológico, que atuam nas universidades federais, estaduais e municipais, nos institutos federais e cefetss sobre as condições de trabalho e saúde da categoria.

Estão aptas e aptos a partipar da enquete, neste primeiro momento, docentes das universidades federais de Mato Grosso (UFMT), do Tocantins (UFT), do Norte do Tocantins (UFNT), Fluminense (UFF); e Universidade de Brasília (UNB). Além das universidades estaduais do Ceará (Uece) e Oeste do Paraná (Unioeste); e do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). E, ainda, das universidades de São Paulo (USP), de Gurupi (Unirg) e o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).

 

 

A enquete pautará o perfil das e dos docentes através de questões como raça, cor, etnia, idade, identidade de gênero, entre outros; e fará um levantamento sobre as condições de trabalho, a partir dos eixos: condições de recursos humanos e materiais de trabalho, carreira e salarial, forma de vínculo empregatício, intensificação do trabalho, uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC's) no cotidiano do trabalho, horas de ensino na graduação, local de trabalho, etc.

O questionário vai analisar ainda o processo de trabalho docente diante do atual cenário da educação superior, das condições de trabalho e das modificações impostas pela pandemia de Covid-19 e da plataformização do trabalho, além do adoecimento docente desse processo. O levantamento irá apurar também a sindicalização e a organização sindical das e dos docentes.

Segundo Zuleide Queiroz, 2ª vice-presidenta do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do sindicato, a enquete tem como objetivo traçar um panorama geral, bem como nortear as pautas e ações do ANDES-SN e suas seções sindicais.

"É muito importante um sindicato acompanhar as condições de saúde do seu trabalhador. Há um tempo estamos acompanhando a situação de adoecimento docente, não só no que diz respeito à saúde mental, como depressão, cansaço e desmotivação, mas também envolvendo condições de saúde física, como problemas pressão alta e dores no corpo. Problemas intensificados com o aumento do trabalho e a cobrança pela produtividade. Desde o que diz respeito ao professor estar sempre atualizado, na realização das atividades de ensino, pesquisa, extensão, orientar estudantes, até a cobrança do professor da educação superior na produção de artigos e pesquisas. Além de planejar a aula, esse docente tem que ter tempo para orientar alunos, corrigir seus trabalhos, entre outros", disse.

Enquete

Para traçar esse panorama, o GTSSA definiu por utilizar um questionário com base na Enquete Operária de Karl Marx, que tinha como objetivo investigar as condições de vida e de saúde da classe trabalhadora. Além disso, a enquete procura politizar as trabalhadoras e os trabalhadores e contribuir para o fortalecimento das suas organizações de luta, é, portanto, um instrumento de ação política.

"A enquete tem um sentido mobilizador. De o professor reconhecer, a partir das perguntas que nós estamos fazendo, se ele se enquadra nesse agrupamento e o que ele pode fazer. E se questione: Como que meu sindicato pode ajudar? Como eu vou me mobilizar dentro da minha universidade?", pontua. "Queremos rapidamente diagnosticar essa situação para que possamos nos mobilizar e acabar com essa situação de adoecimento do professor", conclui Zuleide.

Docentes de outras instituições de ensino poderão participar da próxima etapa da enquete, prevista para ser aplicada no segundo semestre de 2023.

Acesse aqui a enquete: https://redcap.link/enquete-saude-docente-ANDESSN

 

Fonte: Andes-SN

Quarta, 24 Maio 2023 13:40

 

A Adufmat-Ssind vem a público manifestar profundo pesar pelo falacimento de Edy Antônia de Oliveira e Silva, mãe do professor Evandro Soares, reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Aos amigos e familiares desejamos força e declaramos nossos sinceros sentimentos.   
 

Quarta, 10 Maio 2023 11:21

 

A campanha “Em Defesa dos Serviços Públicos – Garantir Direitos e Qualidade de Vida” já repercute em todos os cantos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com a conclusão da segunda etapa, que foi a distribuição de banners nos blocos no campus Cuiabá – que também é Várzea Grande -, o sindicato parte, agora, para a elaboração dos vídeos que serão publicados na próxima semana.

 

Confira, abaixo, mais algumas fotos do material exposto nos blocos:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

Fotos: Heitor Gonçalves e Sérvulo Neuberger 

Segunda, 08 Maio 2023 11:14

 

Convidamos todas/todos para pensarmos a luta ecológica, refletindo sobre as questões políticas, econômicas, sociais e de saúde que envolvem a crise ambiental, especialmente na realidade brasileira e do estado de Mato Grosso.

 

O evento organizado por discentes e docentes surgiu como um esforço interdisciplinar que sintetiza, aprofunda e reverbera as reflexões do âmbito do ensino, nas disciplinas de graduação Questão Ambiental e Serviço Social, no curso de Serviço Social, ICHS/UFMT, e na disciplina de graduação Saúde e Ambiente, no curso de Saúde Coletiva, ISC/UFMT.

 

Vamos juntos dialogar sobre a questão ambiental e as diversas expressões da questão social com estudantes, pesquisadoras/es, extensionistas, profissionais, ativistas e movimentos sociais, numa programação que conta com pessoas de diversas áreas como Serviço Social, Saúde Coletiva, Geografia, Psicologia e Biologia.

 

PROGRAMAÇÃO

 

10/05- Quarta-feira

7:30 – Inscrições, acolhimento abertura

8:00 -  Mesa - Meio ambiente, exploração-opressão e questão social: a urgência da questão ecológica e a insustentabilidade do capital

Profa Camila Sales (Geografia); Prof. Maelison Silva (Saúde Coletiva); Prof. Wescley Pinheiro (Serviço Social)

 

Local: Auditório do ICHS

 

14h00 -  Cine debate: Documentário Nuvens de Veneno

Local: Auditório do IGHD

 

 

12/05 - Sexta-feira

8:00- Roda de conversa: Meio ambiente e movimentos sociais: resistências e lutas cultivando outras sociabilidades

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (FORMAD)

 Local: Auditório do ICHS

 

18:30 - Mesa Questão agrária, urbana e ambiental nas cidades do agronegócio: implicações para a saúde

Prof. Wanderlei Pignati (Saúde Coletiva/NEAST); Profa. Eva Emília Freire (Serviço Social); Luan Kramer (Biologia/NEAST)

 

Local: Auditório do IGHD

 

 

 

 

 

Fonte: Divulgação

Sexta, 05 Maio 2023 16:31

 

A segunda semana da campanha “Em Defesa dos Serviços Públicos – Garantir Direitos e Qualidade de Vida” está sendo marcada pela disposição de novos banners, agora dentro dos institutos e blocos.

 

As mensagens abarcam a necessidade de recomposição do orçamento das universidades e dos salários (dos serviços públicos e também do salário mínimo), a desmilitarização da Educação, valorização do SUS e dos direitos políticos e sociais, aumento de recursos para a Assistência Estudantil, paridade entre docentes ativos e aposentados, revogação do Novo Ensino Médio, revogação das contrarreformas Trabalhista e da Previdência, entre outros.

 

Conforme decisão de assembleia, a campanha produzirá também vídeos e spots, que serão divulgados nas próximas semanas.

 

Confira abaixo algumas fotos e ajude o sindicato a ampliar a ideia de que os serviços públicos, gratuitos e de qualidade são direitos de todos e, por isso, devem ser cada vez mais valorizados.    

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Fotos: Sérvulo Neuberger e Heitor Gomes

Quarta, 03 Maio 2023 16:32

 

Mais uma vez a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) protagoniza um fato demonstrando como as (contra)reformas sociais e trabalhistas prejudicam todos os trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do setor público. Entre outros diversos malefícios, a Contrarreforma Trabalhista (2017) permitiu o fracionamento das férias dos trabalhadores contratados pelo regime da CLT. Na semana passada, a UFMT, por meio do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), utilizou a mesma lógica para picotar as férias de servidores públicos em 15 dias.

 

Não é novidade que o pensamento empresarial, mercadológico, privatista tem tomado os espaços da universidade. Junto à redução do orçamento, efetuada de maneira sistemática pelos governos dos últimos anos, com o objetivo de estimular o financiamento privado dentro da instituição pública ou até mesmo a cobrança de mensalidades, a UFMT passou, também, a promover cursos de empreendedorismo e educação financeira - para que estudantes, técnicos e docentes aprendam a administrar cada vez menos recursos, em vez de reivindicar mais investimentos.

 

Desta vez, o ataque ao direito à 30 dias de férias, sob a justificativa de regular o calendário acadêmico também trará consequências a todos. Docentes e técnicos não conseguirão o descanso mínimo ideal, que é, comprovadamente, de 30 dias. Os estudantes, mais uma vez, terão problemas ainda maiores: primeiro porque, além de não conseguirem descansar, terão mais gastos para visitar familiares em outros municípios e estados em tempo mais curto; segundo porque, caso não consigam viajar, terão de arcar com mais um período de gastos para a permanência.

 

A proposta, apresentada pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) na reunião do Consepe do dia 27/03, recebeu o pedido de vistas da conselheira docente Clarianna Silva. Ao entregar o parecer, na segunda-feira, 24/05, a professora fez comparações e sugeriu a adoção da proposta apresentada pelo Departamento de Matemática (disponível aqui). A grosso modo, a proposta da Matemática foi aproveitar as datas consideradas “pontos facultativos”, sem causar danos a dias letivos e período de férias, indicando a regularização do calendário em 2025 – isto é, em menos de dois anos. Paradoxalmente, a proposta vencedora, feita pela Proeg (que fracionou o período de férias em 15 dias por dois anos - 2023 e 2024) também prevê a regularização do calendário em 2025 (confira aqui a Resolução Consepe 337/23).

 

“A Adufmat-Ssind enviou uma solicitação ao Consepe no dia 24/03 para apresentar ponderações à proposta na primeira reunião em que seria debatida. O ofício nunca foi respondido. Mesmo diante da apresentação de uma nova proposta, que manteria os 30 dias e contemplava a preocupação sobre o descompasso do calendário acadêmico, o Conselho decidiu pela proposta que retira os 30 dias contínuos de férias em janeiro. Nós ouvimos muitos depoimentos de professores dizendo que não conseguiram debater a nova proposta apresentada. Então, nós precisamos ampliar o diálogo dentro da UFMT, precisamos ter a participação efetiva de todos nas decisões, para que a gente possa construir não apenas uma universidade viável e agradável para os estudantes, professores e técnicos, mas uma instituição mais forte, coesa, respeitada pela população em geral, que é, no fim, quem espera os benefícios do que a universidade pode produzir”, afirmou o professor Leonardo Santos, diretor geral da Adufmat-Ssind.

 

O sindicato aprovou, em assembleia geral realizada no dia 12/04, a realização de uma série de atividades relacionadas a essa questão, como a solicitação dos dados de evasão à universidade; a realização de uma reunião com a pauta “orçamento e calendário” envolvendo as direções da Adufmat-Ssind, DCE e Sintuf-MT; a organização de um seminário sobre evasão escolar e ações específicas relacionadas ao orçamento junto à comissão que elabora a campanha “Em Defesa dos Serviços Públicos”; o acompanhamento da elaboração da contraproposta apresentada na última reunião, além da elaboração de material informativo e gráfico, como cartazes, panfletos, entre outros (leia mais sobre as decisões da assembleia citada aqui).    

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

     

Segunda, 17 Abril 2023 15:09

 

A abertura da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA) deste ano será nesta segunda-feira, 17/04, às 19h, no auditório da Adufmat-Ssind. 


Em 2023, a JURA completa dez anos de experiências coletivas em diversas universidades do país, e seu lema será "Reforma Agrária Popular: Em Defesa da Natureza e Alimentos Saudáveis".

 

As inscrições para participação podem ser feitas aqui. 

 


Haverá certificado de extensão.

 

Também será possível acompanhar a abertura pelo Youtube, por meio do link: https://www.youtube.com/live/hZAZzDChwYw?feature=share

  

 

Fonte: Organização

Sexta, 14 Abril 2023 17:48

 

 

Exaustão. Essa foi a palavra chave da reunião realizada nesta sexta-feira, 14/04, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), com o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Soares. Com o prédio literalmente caindo sobre suas cabeças, professores, técnicos-administrativos e estudantes apelaram mais uma vez à maior autoridade da universidade e a mensagem foi direta: não aguentamos mais.

 

O encontro com o reitor foi um convite da Direção do ICHS, marcado justamente para o dia da reunião da congregação, quando professores de todos os cursos do instituto estão presentes. Isso porque, além da infraestrutura, os cursos têm questões específicas, como a necessidade de mais técnicos e, no caso do Departamento de Filosofia, a resolução de uma vaga para docente que foi retirada sem explicações, prejudicando o trabalho dos professores e, consequentemente, os estudantes.  

 

“Nós estamos cansados de ouvir essa questão dos cortes do orçamento. Nós já sabemos e compreendemos a situação, mas queremos saber efetivamente o que pode ser feito no ICHS, porque está insustentável”, disse a diretora do ICHS, Marluce Souza e Silva.

 

“São várias questões de emergência em relação às vidas humanas que correm risco aqui”, destacou a chefe de Departamento do curso de Filosofia, Sara Pozzer, pontuando que toda a estrutura do teto está comprometida por cupins e que algumas partes já estão caindo.

 

Foram inúmeras manifestações de docentes e estudantes no sentido de que os cortes de recursos são importantes, sim, mas as escolhas da administração podem fazer diferença. “Nós temos um levantamento, feito em 2018, que demonstra que a UFMT tem muito gosto por empresas terceirizadas. E isso não mudou”, disse a professora Alair Silveira, representante do ICHS no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).

 

 

A docente lamentou que as reuniões do conselho ainda estejam sendo realizadas de forma remota, e afirmou que o Consepe tem um papel político muito maior do que se limitar a aprovar ou rejeitar processos.  

 

Para os representantes estudantis, as dificuldades estruturais já atingem a saúde mental e ameaçam a própria permanência na universidade. “Não aguentamos mais, estamos exaustos. Nós precisamos ter condições físicas e mentais para estudar e não estamos conseguindo”, disse a estudante Daiane Ferreira.

 

Os estudantes reivindicaram a devolução dos R$ 2 milhões retirados da Assistência Estudantil no plano de orçamento de 2023, que impedirá a cessão de novas bolsas de incentivo à permanência. O recurso foi realocado justamente para pagamento de empresas terceirizadas que administram os restaurantes universitários.

 

Ao final da reunião, que durou cerca de três horas, os presentes apresentaram um documento para que Soares se comprometesse com a série de demandas apresentadas. Apesar de fazer algumas ressalvas, o reitor assinou o Termo de Compromisso, cuja íntegra do texto segue abaixo.

 

 

MAGNÍFICO REITOR, DOUTOR EVANDRO APARECIDO SOARES

 

Nesta oportunidade, agradecemos pela vossa presença e solicitamos o seu compromisso em solucionar os graves problemas do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) que lamentavelmente estão produzindo riscos e desqualificando os serviços acadêmicos desenvolvidos nos Cursos de Graduação e de Pós-graduação do instituto.

Ainda que seja de vosso conhecimento, enfatizamos que o nosso instituto tem realizado esforço descomunal para dar continuidade às atividades acadêmicas em condições precarizadas, com salas inundadas por chuva, com banheiros e pias sem água, com energia elétrica oscilando constantemente, com refrigeração inadequada, com invasão de cupins nas divisórias, mobiliários, livros e equipamentos, com risco de incêndio nas instalações elétricas, sem apoio logístico e administrativo de servidores técnicos, e com muita insegurança pública o que está provocando relações de trabalho hostis, desrespeitosas, cruéis, violentas e doentias.

Desta forma, solicitamos que se comprometa em:

1 – Realizar a substituição imediata dos aparelhos de ar-condicionado, com mais de 20 anos, nas salas de aula do bloco do ICHS. Lembrando que se tais aparelhos não possuem o número de tombo, a responsabilidade não é do ICHS, visto que todos os equipamentos ou mobiliários que dão entrada na UFMT devem ser, antes da instalação, emplacados e registrados pelo setor competente;

2 – Realizar a reforma a cobertura do Bloco do ICHS, eliminando as infiltrações, os mofos e os riscos de desabamento;

3 – Realizar uma vistoria técnica especializada nas instalações elétricas do ICHS, que frequentemente provocam queimas de aparelhos e apagões elétricos;

4 – Garantir a substituição imediata de pelo menos dois servidores técnicos administrativos (visto que tivemos 5 aposentadorias e morte de servidores);

5 - Garantir a vaga de um docente efetivo em substituição à vaga que foi “devolvida” para o Curso de Medicina em Sinop sem a anuência da Direção do ICHS;

6 – Reformar as salas administrativas e de pesquisas que foram destruídas pelos cupins e pelas infiltrações;

7 – Reformar a sala de estudo e o Laboratório de Informática do ICHS;

8 - Equipar o Laboratório de Informática com aparelhos de ar-condicionado, carteiras e mobiliários adequados;

9 – Reformar e preparar a antiga sala de informática para se tornar uma Sala de Prática de Ensino (pintura, iluminação, equipamentos e mobiliários);

10 – Garantir Internet de alta velocidade e com maior cobertura no espaço do ICHS;

11 – Garantir serviços de segurança pública nos espaços do ICHS, especialmente, no período noturno, com contratação também de vigilantes do sexo feminino;

12 – Providenciar uma vistoria técnica nas estruturas físicas do MUSEAR e tomar as devidas providências para garantir a reabertura do referido Museu;

13 – Garantir melhores serviços de segurança pública nos espaços do MUSEAR e ao seu patrimônio cultural;

14 – Viabilizar junto às autoridades municipais um desenho viário que permita um melhor e mais seguro acesso à UFMT, reduzindo os engarrafamentos e os riscos no trânsito;

15 – Solicitar à MTU que estabeleça um horário de ônibus que atenda os interesses e os horários de aulas dos estudantes da UFMT, considerando que os horários atuais não permitem que eles permaneçam até o final das aulas (22:30).

 

Estando assim comprometido, assino o presente termo.

 

Cuiabá, 14 de abril de 2023.

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

  

Quarta, 29 Março 2023 13:04

 

 

Contrários à proposta, os estudantes ocuparam o prédio da Reitoria, em Cuiabá, nesta quarta-feira, 29/03, e realizam manifestações nos campi do interior

 

 

Os estudantes da UFMT podem pagar, mais uma vez, pela política neoliberal que asfixia a educação pública superior há anos. Após oito horas e meia de reunião remota, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (Consepe UFMT) aprovou, na última segunda-feira, 27/03, a retirada de dois milhões de reais da Assistência Estudantil para pagar o aumento dos contratos com as empresas privadas que gerenciam os Restaurantes Universitários (RU’s).  

 

A decisão, que incide sobre os recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), vai impactar diretamente em todos os auxílios e bolsas oferecidas aos estudantes, que contava com um orçamento de R$ 8.055.752,00 (oito milhões, cinquenta e cinco mil, setecentos e cinquenta e dois reais) em 2022, e agora terá exatamente dois milhões de reais a menos, enquanto o recurso destinado aos três Restaurantes Universitários passará de R$ 7.920.000,00 (sete milhões, novecentos e vinte mil reais) para exatamente dois milhões de reais a mais.

 

 

Assim, o Auxílio Moradia e Permanência terá redução de R$ 1.400.381,00 (um milhão, quatrocentos mil, trezentos e oitenta e um reais), o Auxílio Complementar de Alimentação terá um corte de R$ 43.000,00 (quarenta e três mil reais), o Auxílio Adicional de Alimentação menos R$ 103.680,00 (cento e três mil, seiscentos e oitenta reais) e a Bolsa Monitoria Inclusiva perderá R$ 124.800,00 (cento e vinte e quatro mil e oitocentos reais).

 

Outros benefícios como Auxílio Evento, Auxílio Emergencial, Auxílio Material Pedagógico, Programa de Acolhimento Imediato e Projetos, que somavam R$ 328.139,00 (trezentos e vinte e oito mil, cento e trinta e nove reais) em 2022 foram reduzidos a zero.

 

Confira a comparação nas tabelas abaixo:

 

 

 

O conselheiro Vinícius Fernandes, representante discente, criticou a proposta apresentada pela comissão do Consepe responsável pela proposta de distribuição dos recursos, e isso é resultado da Emenda Constitucional 95/16 (que estabelece um teto para os gastos sociais), uma política que tem prejudicado sobremaneira a permanência dos estudantes na universidade.

 

 

“Entre 2019 e 2022 houve uma queda de 300 milhões no que diz respeito aos valores autorizados na LOA para o PNAES [...]. Em termos de impacto humano, significa que muitos estudantes não terão acesso aos auxílios e benefícios e não terão condições de se manter nas Universidades, aumentando ainda mais os índices de evasão, além de um retrocesso sem precedentes na Política de Assistência Estudantil”, afirmou o estudante na relatoria do seu voto, apresentado durante a reunião do Consepe, após pedido de vista sem carga.  

 

Alguns professores acompanharam a argumentação de Fernandes. No entanto, a proposta foi aprovada por 57% dos conselheiros, com 30% contrários e 14% de abstenções.

 

Para a professora Emiliane Santiago, conselheira docente do Instituto de Ciências da Saúde da UFMT em Sinop, a Assistência Estudantil deveria ser prioridade.  

 

“A Comissão fez um enorme esforço para conseguir redigir um orçamento que está cada vez menor. É muito complicado tentar pagar tudo o que é necessário e manter a universidade com um orçamento que inviabiliza as coisas. Foram muitas discussões, muito trabalho tentando descobrir um santo e cobrir outro. Mas o santo que está sendo descoberto é justamente os estudantes, e aí a gente não pode mexer, porque quando você tira qualquer que seja o auxílio do estudante, ele para de ir para a universidade, e se nós não tivermos estudantes, a gente não tem mais universidade. É nesse ponto que a gente tem que tomar cuidado, deveria ser blindado. Tudo o que se diz respeito à assistência estudantil deveria ser prioridade, porque os estudantes têm de ser prioridade. A gente pensa em priorizar a qualidade de ensino, e eu concordo, mas não existe qualidade de ensino se você não tem para quem ensinar. E se os estudantes precisam dos auxílios, então a gente não pode diminuir”, afirmou Santiago.

 

 

Outra questão levantada pela professora é que o Conselho justifica a realocação dos recursos com base na expectativa de uma suplementação orçamentária que não está garantida. “A gente não tem como garantir isso. No momento que você tira esse valor da Prae e manda para o RU mesmo entendendo que o RU faz parte da assistência estudantil, você acaba tirando um dinheiro, uma verba, que talvez não volte nunca mais. A gente acaba fazendo provisoriamente aquele provisório definitivo, compreende? Então, a briga dos acadêmicos, dos estudantes, não é uma briga inválida. Ela não está errada. Realmente a gente acabou mexendo na Assistência Estudantil, e quando você mexe aí você diminui a probabilidade de permanência do estudante na universidade pública”, concluiu a docente.

 

 

O Caderno Orçamentário 2023 provado pelo Consepe precisa passar, ainda, pelo Conselho Universitário (Consuni) e pelo Conselho Diretor. No entanto, os estudantes já estão mobilizados. No Araguaia, houve ato em frente ao Restaurante Universitário na manhã desta quarta-feira, 29/03, ao mesmo tempo em que estudantes ocuparam o prédio da Reitoria em Cuiabá. Na capital mato-grossense, os estudantes também fecharam a principal entrada da universidade na terça-feira e realizaram um ato em frente a Reitoria no dia em que o Consepe aprovou a proposta.    

 

As empresas terceirizadas responsáveis pelos RU’s da UFMT são Kadeas Restaurante, desde 2021 (nos campi de Cuiabá e Araguaia, desde 2022), e Novo Sabor (Sinop), que operava em todos os restaurantes desde 2014, mas saiu após uma série de problemas relacionados à empresa dentro e fora da universidade.

 

 

Outras decisões do Consepe

 

 

Na mesma reunião, o Consepe iniciou debates sobre outros pontos importantes e sensíveis para a comunidade acadêmica, como o Calendário Acadêmico 2023/2024. A proposta recebeu o pedido de vista de uma conselheira e voltará à pauta nas próximas reuniões. Sobre essa questão, docentes criticam o parcelamento das férias para acelerar os semestres letivos (saiba mais aqui).

 

 

Também foi ponto de discussão a realização das reuniões de forma remota. A defesa é de que, antes do início da pandemia, as reuniões presenciais possibilitavam maior interação entre os conselheiros e a comunidade acadêmica, além de maior concentração nos debates. No entanto, alguns conselheiros dos campi do interior apontam dificuldades no deslocamento até Cuiabá. Por fim, foi aprovado com pequena diferença, uma recomendação de que os participantes ao menos liguem as câmeras ao fazerem suas intervenções.

 

Também receberam pedidos de vista as propostas sobre Política Institucional de Pesquisa e de Reformulação da Resolução dos Programas de Pós-graduação Lato Sensu da universidade.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind