Segunda, 23 Maio 2016 14:30

 

Estudantes ocuparam no início da noite desse domingo (22) a Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, localizada em Várzea Grande. A ocupação segue movimento nacional e é parte de uma campanha contra corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o projeto de terceirização de serviços administrativos das escolas públicas.

 

A ocupação contou com cerca de 30 estudantes e foi aprovada de última hora durante manifesto chamado de “Ato Pela Educação de Mato Grosso”. O evento foi realizado no final da tarde desse domingo.

 

Após aprovarem a ocupação, os estudantes começaram a ganhar doações de colchões e alimentos através de mobilização pelas redes sociais. Oriundos de Cuiabá e Várzea Grande, os alunos prometem permanecer por tempo indeterminado na escola e admitem interesse em ampliar as ocupações.

 

A ocupação em Várzea Grande segue uma onda de manifestações similares em todo o país, o que vem gerando também fortes reações por parte dos governos estaduais e suas respectivas polícias. As primeiras ocorreram em São Paulo por conta de denúncias de desvios de recursos públicos que deveriam ser aplicados em merenda, além da redistribuição dos alunos na rede estadual sem consultar a comunidade.

 

Em Mato Grosso, essa é a primeira ocupação decorrente das denúncias de desvios na Seduc e projeto de terceirização de serviços administrativos das escolas. Ocorre depois de deflagrada a Operação Rêmora, que investiga desvios de recursos nas obras realizadas pela Seduc.

 

O presidente da Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME), Juarez França, afirma que o movimento espera ganhar adesão de estudantes, professores, trabalhadores e comunidade da região da escola.

 

“Vamos ocupar e sair apenas quando a gente derrubar essa ideia de terceirização dos serviços administrativos das escolas”, afirma o líder estudantil.

 

AULA

 

Estudantes que ocupam a Escola planejam uma aula aberta para a comunidade e alunos a partir das 7h30 dessa segunda-feira (23). Querem debater a corrupção na Seduc e o MTpar. Professores já admitem apoio e podem suspender a aula no período matutino.

 

Fonte: Fato e Notícia/ Téo Meneses

Segunda, 21 Março 2016 15:09

 

O Sintep-MT instala sede itinerante no município de Vila Bela da Santíssima Trindade (540 km da capital) durante o final de semana (18 e 19.03), para cobrar do Governo do Estado o cumprimento na íntegra da pauta de reivindicação da categoria.

 

Aproveitando o staff governamental na cidade para festejar o aniversário da primeira capital do Estado, os trabalhadores e trabalhadoras da educação promoveram uma manifestação em defesa de melhorias para a Educação. Na parte da manhã de sexta-feira (18.03) a cidade de Vila Bela foi tomada pelos profissionais da educação que em passeata expuseram faixas reivindicando direitos, enquanto caminhavam até o gabinete governamental, provisório.

 

No período da tarde, o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento, e uma comissão de dirigentes, foi recebida em audiência simbólica pelo governado do Estado, Pedro Taques. Na oportunidade, foi entregue em mãos, uma cópia da pauta de reivindicação da categoria, para 2016. Pauta essa já protocolada em vários órgãos do Governo, entre eles a Secretaria de Estado de Educação, dia 17 de março. “Tivermos a oportunidade de reforçar as três pautas básicas; valorização salarial, melhorias na infraestrutura das escolas e realização de Concurso Público Já”, destacou Nascimento.

 

Segundo o presidente, o governador se mostrou aberto ao diálogo e pontuou para breve, uma nova audiência no Palácio Alencastro. No entanto, voltou a apontar as dificuldades financeiras do Estado para avançar nas negociações. A alegação de falta de recursos foi confrontada pelo sindicalista que questionou os parâmetros do governo para a justificativa. “Não temos problema nenhum em discutir se os parâmetros estiverem baseados na aplicação dos 35% assegurando pela Constituição do Estado, nos repasses da educação dos incentivos fiscais e nas alterações da atual situação da previdência”, destacou Lopes Nascimento.

 

HORA-ATIVIDADE

 

A audiência serviu também para que o Sintep questionasse o secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, sobre o não pagamento da horas atividades para os professores interinos. Segundo o presidente, os secretários de Estado e o adjunto, Gilberto Braga, argumentaram que desconheciam o fato. Mas que iriam observar para corrigir.

 

A secretária de Políticas Educacionais, Guelda Andrade, também questionou o governo sobre as políticas implementadas pela Seduc-MT que ferem os princípios democráticos, e citou a eleição de secretários de escolas, 1/2 atribuição de aulas, que promoveu o caos na educação nesse início de ano letivo, e demais políticas que tem mostrado uma falta de diálogo e a interferência na gestão escolar. Segundo Guelda, o governo contestou os fatos e sinalizou mudanças. “Alterações essas que queremos ver implementadas já no meio do ano, como aponta a pauta de reivindicação da categoria”, conclui.

 

Assessoria/Sintep-MT Cuiabá, MT