Quinta, 28 Abril 2022 18:00

 

A Adufmat-Ssind convida a categoria e demais interessados para participarem, neste 1º de maio (domingo), da XXXI Romaria dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. O ato terá início às 15h30, no Centro de Pastoral para Migrantes do bairro Sol Nascente, em Cuiabá, e será encerrado no espaço da feira, com um ato político-cultural.

 

Neste contexto, em que os direitos sociais e trabalhistas são duramente atacados no país pelas reformas da Previdência e Trabalhista, aprovadas nos últimos anos, além de outras medidas ainda em tramitação, como o PL1099/22 (versão ainda pior da Carteira Verde Amarela), é imprescindível demarcar a resistência e a luta da classe pela manutenção de tudo o que já foi conquistado em anos de luta organizada.  

 

Vale lembrar que o 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, é uma data importante, definida pela Internacional Operária - que existiu entre 1889 e 1916 -, que historicamente problematiza as duras relações de trabalho no modelo de sociedade atual em todo o mundo. Naquele período, a principal reivindicação dos trabalhadores era a redução da carga excessiva de trabalho, que ultrapassava 13h diárias.

 

Três anos antes, nos dias que iniciavam um mês de maio, trabalhadores de Chicago fizeram uma grande greve e colocaram milhares de pessoas nas ruas, irritando os patrões. No dia 04 daquele mês, um confronto entre policiais e manifestantes produziu o que ficou conhecido como Massacre de Haymarket, no qual 20 trabalhadores morreram e dezenas ficaram feridos.

 

Mais de cem anos depois, e apesar de todas as conquistas como redução da carga horária, férias, reajuste salarial, licença maternidade, entre outras, podemos observar as investidas do capital em todo o mundo para fragilizar os vínculos trabalhistas, subjugando categorias a cumprirem, novamente, jornadas superiores a 12h diárias para conseguirem “formar” seu próprio salário, como é o caso dos trabalhadores uberizados.   

 

No Brasil, o primeiro ato em praça pública foi realizado em 1892, em Porto Alegre-RS. Em 1924, o então presidente, Artur Bernardes, oficializou o 1 de maio como feriado nacional por meio do decreto nº 4.859, “consagrado á confraternidade universal das classes operarias e á commemoração dos martyres do trabalho”.     

 

A Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras teve início, em Cuiabá, no ano de 1989, organizada pelas Comunidades Eclesiais de Base e pastorais. Depois de três anos, passou a contar com a participação de outras igrejas e denominações religiosas, partidos políticos, movimentos sociais e populares, além de sindicatos.

 

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Quinta, 02 Maio 2019 18:10

 

A adesão e apoio da população nas ruas do bairro Jd. Vitória surpreenderam as pessoas que participaram do protesto contra a Reforma da Previdência neste primeiro de Maio, em Cuiabá. O ato, que começou meio tímido na avenida Rubens de Mendonça (CPA), por volta das 15h50, ganhou corpo durante o trajeto até a Praça Cultural do Jd. Vitória, e a interação com as pessoas engrandeceu a marcha.  

 

Pela primeira vez os sindicatos e centrais saíram do centro e realizaram o ato do Dia Internacional de Luta do Trabalhador na região periférica da capital mato-grossense. Durante a caminhada, os manifestantes distribuíram panfletos alertando sobre todo o mal que a Reforma da Previdência pode causar, e questionando o discurso governista de imprescindibilidade da medida.

 

Em 2017, uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) realizada pela própria Câmara dos Deputados atestou que não há déficit no sistema previdenciário brasileiro, informação que o governo simplesmente ignora (leia mais aqui).  

 

Mas ao contrário do que os interessados em privatizar os direitos sociais esperam, a população já entendeu que a Reforma da Previdência tem o objetivo de prejudicar o trabalhador e favorecer os bancos. Durante a caminhada no Jd. Vitória, cumprimentos e comentários de apoio podiam ser ouvidos a todo o momento.  

 

 

O representante da Interssindical, Lucas Povoas, falou sobre a importância de marcar a data, histórica para os trabalhadores. “O Brasil tem sofrido uma série de ataques nos últimos anos e a Reforma da Previdência é mais um deles. É importante fazer esse tipo de ato, conversando e entregando material sobre o que está acontecendo, porque é principalmente na ponta que a população sente essas políticas. Nós ficamos felizes com a aceitabilidade, as pessoas tirando foto e pedindo panfletos durante a marcha”, afirmou Povoas.  

 

Para a diretora da Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN, Lélica Elis, a marcha reforçou a esperança de que a população conseguirá impedir a aprovação da Reforma. “Deu para perceber que as pessoas estão indignadas. O que acontece é que não existe uma direção que possa canalizar essa indignação. Quando nós passamos na rua, as pessoas aplaudiram, vibraram, e isso deu a esperança de que se a gente sair dos gabinetes e ocupar as ruas, será possível derrotar o governo, derrotar a Reforma da Previdência”, afirmou a docente.   

 

Na Praça Cultural do Jd. Vitória, para além das apresentações culturais regionais e internacionais, com rappers haitianos, também foi marcante a presença de latinos. Um grande mapa da América Latina foi desenhado no chão, com giz, pontuando as principais lutas em cada país. A questão da terra no Peru, a crise na Venezuela e as dificuldades da Previdência no Chile e na Colômbia estavam entre elas. No mapa do Chile, país de onde o governo brasileiro quer copiar o modelo de “aposentadoria”, os chilenos presentes escreveram “trabalhar a vida toda”.

 

Por conta da ausência de uma previdência social no Chile, a população idosa está cada vez mais empobrecida. O professor e economista chileno, Andras Uthoff, que também foi conselheiro regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), veio ao Brasil recentemente para debater o tema e afirmou que o modelo implementado por Pinochet no Chile, durante sua ditadura, produziu uma massa de pobres, e que o Brasil terá o mesmo destino se insistir no erro.

 

Vale destacar que a capitalização, modelo proposto pelo governo Bolsonaro, não é sequer considerado um modelo de aposentadoria por especialistas em Previdência. Trata-se de um investimento bancário no qual cada um reserva dinheiro individualmente, para ter algum recurso na velhice, correndo todos os riscos que o mercado financeiro oferece - inclusive de perda total.

 

GALERIA DE IMAGENS

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Quarta, 02 Maio 2018 15:54

 

O Dia Internacional dos Trabalhadores, celebrado nesta terça-feira (1°), foi marcado por protestos em defesa dos direitos trabalhistas e que estão sendo ameaçados no Brasil e no mundo.

 

Em vários países, manifestações denunciaram a exploração e a opressão dos mais pobres, e repudiaram medidas como reformas trabalhistas e previdenciárias que estão sendo implementadas mundialmente pelos governos, com o único objetivo de fazer com que a classe trabalhadora pague a conta da crise.

 

Na França, os trabalhadores foram às ruas e enfrentaram a repressão policial. Os protestos foram contra o governo de Emannuel Macron, que quer a todo custo retirar direitos duramente conquistados.

 

A exigência por melhores salários e equiparação salarial entre homens e mulheres também marcaram o dia do trabalhador na Espanha, Suécia, Áustria, Dinamarca, Viena, Coreia do Sul, Filipinas, Rússia e Turquia.

 

1° de Maio no Brasil

No Brasil, a CSP-Conlutas participou de atos independentes dos patrões e governos e marcados pelo caráter classista e internacionalista. Os atos traziam consignas contra Reforma Trabalhista, a Lei da Terceirização e a Reforma da Previdência, a luta por moradia digna e melhores condições de vida.

 

Os protestos integrados pela Central não foram patrocinados por empresas e tampouco saíram na defesa de Lula. “O nosso 1º de Maio é independente, de luta, da nossa classe. Não é um ato patrocinado por nenhum patrão e nenhum político e também não vamos participar de atos que vão defender uma democracia que a gente nunca viu, que vão defender aqueles políticos que nunca olharam pra gente, porque tudo o que a gente conquistou foi na luta, foi na marra, até porque nenhum governo estava com a gente. Por isso, decidimos fazer o 1º de Maio onde estamos, aqui na ocupação”, disse Irene Maestro, dirigente do movimento Luta Popular no 1º de Maio da Ocupação Esperança, em Osasco, São Paulo.

 

Tragédia em SP

Esse dia de luta também foi marcado por uma tragédia em São Paulo, que ganhou dimensões nacionais. Um incêndio em um prédio ocupado na região central da capital paulista, seguido por um desabamento, desabrigou centenas de famílias, causou a morte de, pelo menos, uma pessoa e trouxe à tona a triste realidade a que muitos trabalhadores são submetidos. Reforçou a necessidade de unidade, solidariedade e luta permanente para que os direitos fundamentais como ao trabalho digno e à moradia sejam garantidos a todos.

 

Em nota, o movimento Luta Popular, filiado à CSP-Conlutas, se solidarizou com as famílias, com a exigência de que os governos devem dar uma resposta efetiva para resolver o problema da moradia para essas famílias e milhões de outros trabalhadores que são obrigados a se submeter a esse tipo de condição de vida.

 

Veja também: Toda solidariedade e apoio aos moradores vítimas de incêndio e desabamento de prédio em SP

 

Giro nas capitais

Confira os atos nos estados e capitais dos quais a Central organizou e fez parte:

 

São Paulo

1° DE MAIO DE LUTA

“O nosso 1º de Maio é independente, de luta, da nossa classe. Não é um ato patrocinado por nenhum patrão e nenhum político e também não vamos participar de atos que vão defender uma democracia eu a gente nunca viu, que vão defender aqueles políticos que nunca olharam pra gente, porque tudo o que a gente conquistou foi na luta, foi na marra, até porque nenhum governo estava com a gente. Por isso, decidimos fazer o 1º de Maio onde estamos, aqui na ocupação”, disse Irene Maestro, dirigente do movimento Luta Popular no 1º de Maio da Ocupação Esperança, em Osasco, São Paulo.

O Luta Popular aprovou a visita de uma comitiva para nesta quarta-feira (2) aos que sofreram o desabamento do prédio no Largo Paissandu (fotos do local nesta publicação).

Estiveram presentes no ato da Ocupação Esperança dirigentes de entidades ou oposições de diversas categorias como metroviários, trabalhadores de Correios, judiciários, rodoviários, bancários, movimentos por moradia da Queixada, Quilombo Raça e Classe, Anel, Movimento Mulheres em Luta, CSP-Conlutas e outros.

 

São José dos Campos

1° DE MAIO DE LUTA

Ato de 1º de Maio em São José dos Campos e Jacareí, organizado pela CSP-CONLUTAS e o Movimento Luta Popular na ocupação Quilombo Coração Valente, foi realizado na tarde desta terça-feira.

Foi um ato operário e popular, independente de governos e patrões, que reuniu moradores da ocupação e representantes de sindicatos e movimentos populares da região. Por que hoje é dia de luta da classe trabalhadora em todo o mundo.

 

Porto Alegre

1° DE MAIO DE LUTA


Em Porto Alegre, o ato foi realizado na segunda-feira (30) na tradicional Esquina Democrática. Com denúncia às reformas Trabalhista e da Previdência e ao desemprego, a manifestação foi realizada por sindicatos e movimentos ligados à CSP-Conlutas.

 

Brasília

1° DE MAIO DE LUTA

Em Brasília (DF), o 1° de Maio de luta e classista foi realizada na Rodoviária do Plano Piloto, pela CSP-Conlutas e pelo MRP.

 

Minas Gerais

1° DE MAIO DE LUTA


Em Congonhas (MG), a CSP-Conlutas participou da Romaria dos Trabalhadores, cujo tema este ano foi "Mineração para quê e para quem?", para discutir os impactos da mineração sobre a vida dos trabalhadores e os ataques aos direitos.
A coluna da CSP-Conlutas contou com trabalhadores do setor na região e dirigentes sindicais.

 

Belém (PA)

 

CSP-Conlutas/PA e outras organizações realizam 1º de Maio Classista, Internacionalista, contra os governos e patrões em Belém (saiba mais)

 

 

 

 Fonte: CSP Conlutas