Sexta, 02 Fevereiro 2018 16:40

Terceirizados do Pronto Socorro de Cuiabá suspendem limpeza do hospital por falta de pagamento Destaque

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Mais um problema envolvendo a terceirização do trabalho em Cuiabá. A instituição de saúde mais procurada do município está sem limpeza nessa sexta-feira, 02/02, e deve continuar assim por tempo indeterminado. Os trabalhadores terceirizados da empresa Luppa, responsável pelo setor no Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), iniciaram uma paralisação depois de dois meses sem receber os salários.

 

“Nosso protesto é para alertar o Governo a pagar a empresa para que ela nos pague. O hospital está sujo, e a gente só vai retornar depois do pagamento”, disse uma das manifestantes, Ana da Silva. De acordo com as trabalhadoras, elas devem cumprir o horário de trabalho nos próximos dias na frente do HPSMC, sem entrar.

 

Mais uma vez, a situação coloca a eficiência da relação público-privado em cheque. A justificativa dada pela empresa para a ausência de pagamento é que o Estado não fez os repasses. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) enfrentou problema semelhante no início de 2016, também com a Luppa, o que motivou a substituição da empresa. No entanto, é justamente a precariedade do tipo de relação imposta pelo contrato terceirizado que preocupa.

  

Com um documento da Luppa em mãos, as trabalhadoras apontaram: “são esses meses aqui, setembro, outubro, novembro, dezembro e janeiro sem nenhum pagamento, fora a repactuação há cinco anos. A empresa não tem como bancar sozinha, sem o repasse da Prefeitura. Tem mais de cinco anos que eles não repassam a diferença salarial. Há uma dívida enorme da Secretaria com a empresa”, insistiram.

 

Além do Pronto Socorro, também estão paralisados os trabalhadores da Luppa lotados na UPA Morada do Ouro, UPA Pascoal Ramos e outras unidades de saúde.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Ler 1372 vezes Última modificação em Sexta, 02 Fevereiro 2018 16:55