Sexta, 05 Abril 2019 17:36

Centrais sindicais dão início a debate com a população nas ruas, com abaixo-assinado e cartilha contra Reforma da Previdência

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Já está nas ruas a campanha de abaixo-assinado e distribuição de cartilhas contra a Reforma da Previdência, impulsionada pelas centrais sindicais. Nesta quinta-feira (4), um ato unificado das entidades na Praça Ramos, em São Paulo (SP), lançou a campanha.

 

Durante a ação, Renata França, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, aproveitou para panfletar a cartilha e levar aos que passavam no local o abaixo-assinado. Uma mulher que aceitou assinar, falou que aquele documento era necessário porque a reforma representava um ataque, sobretudo às mulheres. “Tem que assinar, é muita sacanagem”, disse. Renata completou que as mulheres eram as que mais sofriam com a reforma. “Qual a novidade, onde a mulher não sofre? Eles querem colocar a gente submissa e inferior”, reiterou.

 


Em poucas horas na Praça Ramos, centenas de assinaturas já começaram a ser recolhidas junto à população que circulava pelo local. As assinaturas que forem coletadas em todo o país deverão ser entregues no Congresso Nacional logo após o ato do 1° de Maio, que está sendo organizado unitariamente pelas centrais e que também terá como eixo a luta contra a Reforma da Previdência.

 

 
Endereçado ao presidente da Câmara Rodrigo Maia, o abaixo-assinado exige que os deputados votem contra a PEC 06/2019 que modifica o sistema de Previdência Social. “Esta Proposta de Emenda à Constituição dificulta o acesso à aposentadoria, aumenta o tempo de contribuição e de trabalho, diminui o valor dos benefícios e ameaça a existência da seguridade social (aposentadoria, benefícios da assistência social como o BPC e as políticas de saúde). Enquanto isso, a PEC 06/2019 não combate a sonegação das empresas devedoras da previdência, mantém privilégios e incentiva a previdência privada (os planos de capitalização), que só beneficiam os banqueiros”, diz texto do documento.

 

Na cartilha, as centrais denunciam alguns dos principais ataques da reforma e demonstram que a proposta do governo Bolsonaro ao contrário de combater privilégios e desigualdades, vai acabar com a aposentadoria e os direitos previdenciários dos trabalhadores e mais pobres.

 

“Os trabalhadores em geral, os aposentados, a juventude, enfim, todos já perceberam que essa reforma é um brutal ataque e por isso colher essas assinaturas é muito fácil. Vamos massificar a campanha para esclarecer a população e avançar na construção de uma nova Greve Geral no país”, explica o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela.

 

Em outras cidades, como Teresina (PI), Itajubá (MG) e Rio de Janeiro (RJ), também foram montadas barracas nesta quinta-feira para colher assinaturas e distribuir o material. A campanha será estendida para todos os estados e cidades do país.

 

Teresina (PI)

 

Teresina (PI)

 

Itajubá (MG)

 

Rio de Janeiro (RJ)

 

Rio de Janeiro (RJ)

 

 Fonte: CSP-Conlutas

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