Sexta, 05 Maio 2023 16:31

 

A segunda semana da campanha “Em Defesa dos Serviços Públicos – Garantir Direitos e Qualidade de Vida” está sendo marcada pela disposição de novos banners, agora dentro dos institutos e blocos.

 

As mensagens abarcam a necessidade de recomposição do orçamento das universidades e dos salários (dos serviços públicos e também do salário mínimo), a desmilitarização da Educação, valorização do SUS e dos direitos políticos e sociais, aumento de recursos para a Assistência Estudantil, paridade entre docentes ativos e aposentados, revogação do Novo Ensino Médio, revogação das contrarreformas Trabalhista e da Previdência, entre outros.

 

Conforme decisão de assembleia, a campanha produzirá também vídeos e spots, que serão divulgados nas próximas semanas.

 

Confira abaixo algumas fotos e ajude o sindicato a ampliar a ideia de que os serviços públicos, gratuitos e de qualidade são direitos de todos e, por isso, devem ser cada vez mais valorizados.    

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Fotos: Sérvulo Neuberger e Heitor Gomes

Quarta, 03 Maio 2023 16:32

 

Mais uma vez a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) protagoniza um fato demonstrando como as (contra)reformas sociais e trabalhistas prejudicam todos os trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do setor público. Entre outros diversos malefícios, a Contrarreforma Trabalhista (2017) permitiu o fracionamento das férias dos trabalhadores contratados pelo regime da CLT. Na semana passada, a UFMT, por meio do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), utilizou a mesma lógica para picotar as férias de servidores públicos em 15 dias.

 

Não é novidade que o pensamento empresarial, mercadológico, privatista tem tomado os espaços da universidade. Junto à redução do orçamento, efetuada de maneira sistemática pelos governos dos últimos anos, com o objetivo de estimular o financiamento privado dentro da instituição pública ou até mesmo a cobrança de mensalidades, a UFMT passou, também, a promover cursos de empreendedorismo e educação financeira - para que estudantes, técnicos e docentes aprendam a administrar cada vez menos recursos, em vez de reivindicar mais investimentos.

 

Desta vez, o ataque ao direito à 30 dias de férias, sob a justificativa de regular o calendário acadêmico também trará consequências a todos. Docentes e técnicos não conseguirão o descanso mínimo ideal, que é, comprovadamente, de 30 dias. Os estudantes, mais uma vez, terão problemas ainda maiores: primeiro porque, além de não conseguirem descansar, terão mais gastos para visitar familiares em outros municípios e estados em tempo mais curto; segundo porque, caso não consigam viajar, terão de arcar com mais um período de gastos para a permanência.

 

A proposta, apresentada pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) na reunião do Consepe do dia 27/03, recebeu o pedido de vistas da conselheira docente Clarianna Silva. Ao entregar o parecer, na segunda-feira, 24/05, a professora fez comparações e sugeriu a adoção da proposta apresentada pelo Departamento de Matemática (disponível aqui). A grosso modo, a proposta da Matemática foi aproveitar as datas consideradas “pontos facultativos”, sem causar danos a dias letivos e período de férias, indicando a regularização do calendário em 2025 – isto é, em menos de dois anos. Paradoxalmente, a proposta vencedora, feita pela Proeg (que fracionou o período de férias em 15 dias por dois anos - 2023 e 2024) também prevê a regularização do calendário em 2025 (confira aqui a Resolução Consepe 337/23).

 

“A Adufmat-Ssind enviou uma solicitação ao Consepe no dia 24/03 para apresentar ponderações à proposta na primeira reunião em que seria debatida. O ofício nunca foi respondido. Mesmo diante da apresentação de uma nova proposta, que manteria os 30 dias e contemplava a preocupação sobre o descompasso do calendário acadêmico, o Conselho decidiu pela proposta que retira os 30 dias contínuos de férias em janeiro. Nós ouvimos muitos depoimentos de professores dizendo que não conseguiram debater a nova proposta apresentada. Então, nós precisamos ampliar o diálogo dentro da UFMT, precisamos ter a participação efetiva de todos nas decisões, para que a gente possa construir não apenas uma universidade viável e agradável para os estudantes, professores e técnicos, mas uma instituição mais forte, coesa, respeitada pela população em geral, que é, no fim, quem espera os benefícios do que a universidade pode produzir”, afirmou o professor Leonardo Santos, diretor geral da Adufmat-Ssind.

 

O sindicato aprovou, em assembleia geral realizada no dia 12/04, a realização de uma série de atividades relacionadas a essa questão, como a solicitação dos dados de evasão à universidade; a realização de uma reunião com a pauta “orçamento e calendário” envolvendo as direções da Adufmat-Ssind, DCE e Sintuf-MT; a organização de um seminário sobre evasão escolar e ações específicas relacionadas ao orçamento junto à comissão que elabora a campanha “Em Defesa dos Serviços Públicos”; o acompanhamento da elaboração da contraproposta apresentada na última reunião, além da elaboração de material informativo e gráfico, como cartazes, panfletos, entre outros (leia mais sobre as decisões da assembleia citada aqui).    

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

     

Segunda, 17 Abril 2023 15:09

 

A abertura da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA) deste ano será nesta segunda-feira, 17/04, às 19h, no auditório da Adufmat-Ssind. 


Em 2023, a JURA completa dez anos de experiências coletivas em diversas universidades do país, e seu lema será "Reforma Agrária Popular: Em Defesa da Natureza e Alimentos Saudáveis".

 

As inscrições para participação podem ser feitas aqui. 

 


Haverá certificado de extensão.

 

Também será possível acompanhar a abertura pelo Youtube, por meio do link: https://www.youtube.com/live/hZAZzDChwYw?feature=share

  

 

Fonte: Organização

Sexta, 14 Abril 2023 17:48

 

 

Exaustão. Essa foi a palavra chave da reunião realizada nesta sexta-feira, 14/04, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), com o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Soares. Com o prédio literalmente caindo sobre suas cabeças, professores, técnicos-administrativos e estudantes apelaram mais uma vez à maior autoridade da universidade e a mensagem foi direta: não aguentamos mais.

 

O encontro com o reitor foi um convite da Direção do ICHS, marcado justamente para o dia da reunião da congregação, quando professores de todos os cursos do instituto estão presentes. Isso porque, além da infraestrutura, os cursos têm questões específicas, como a necessidade de mais técnicos e, no caso do Departamento de Filosofia, a resolução de uma vaga para docente que foi retirada sem explicações, prejudicando o trabalho dos professores e, consequentemente, os estudantes.  

 

“Nós estamos cansados de ouvir essa questão dos cortes do orçamento. Nós já sabemos e compreendemos a situação, mas queremos saber efetivamente o que pode ser feito no ICHS, porque está insustentável”, disse a diretora do ICHS, Marluce Souza e Silva.

 

“São várias questões de emergência em relação às vidas humanas que correm risco aqui”, destacou a chefe de Departamento do curso de Filosofia, Sara Pozzer, pontuando que toda a estrutura do teto está comprometida por cupins e que algumas partes já estão caindo.

 

Foram inúmeras manifestações de docentes e estudantes no sentido de que os cortes de recursos são importantes, sim, mas as escolhas da administração podem fazer diferença. “Nós temos um levantamento, feito em 2018, que demonstra que a UFMT tem muito gosto por empresas terceirizadas. E isso não mudou”, disse a professora Alair Silveira, representante do ICHS no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).

 

 

A docente lamentou que as reuniões do conselho ainda estejam sendo realizadas de forma remota, e afirmou que o Consepe tem um papel político muito maior do que se limitar a aprovar ou rejeitar processos.  

 

Para os representantes estudantis, as dificuldades estruturais já atingem a saúde mental e ameaçam a própria permanência na universidade. “Não aguentamos mais, estamos exaustos. Nós precisamos ter condições físicas e mentais para estudar e não estamos conseguindo”, disse a estudante Daiane Ferreira.

 

Os estudantes reivindicaram a devolução dos R$ 2 milhões retirados da Assistência Estudantil no plano de orçamento de 2023, que impedirá a cessão de novas bolsas de incentivo à permanência. O recurso foi realocado justamente para pagamento de empresas terceirizadas que administram os restaurantes universitários.

 

Ao final da reunião, que durou cerca de três horas, os presentes apresentaram um documento para que Soares se comprometesse com a série de demandas apresentadas. Apesar de fazer algumas ressalvas, o reitor assinou o Termo de Compromisso, cuja íntegra do texto segue abaixo.

 

 

MAGNÍFICO REITOR, DOUTOR EVANDRO APARECIDO SOARES

 

Nesta oportunidade, agradecemos pela vossa presença e solicitamos o seu compromisso em solucionar os graves problemas do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) que lamentavelmente estão produzindo riscos e desqualificando os serviços acadêmicos desenvolvidos nos Cursos de Graduação e de Pós-graduação do instituto.

Ainda que seja de vosso conhecimento, enfatizamos que o nosso instituto tem realizado esforço descomunal para dar continuidade às atividades acadêmicas em condições precarizadas, com salas inundadas por chuva, com banheiros e pias sem água, com energia elétrica oscilando constantemente, com refrigeração inadequada, com invasão de cupins nas divisórias, mobiliários, livros e equipamentos, com risco de incêndio nas instalações elétricas, sem apoio logístico e administrativo de servidores técnicos, e com muita insegurança pública o que está provocando relações de trabalho hostis, desrespeitosas, cruéis, violentas e doentias.

Desta forma, solicitamos que se comprometa em:

1 – Realizar a substituição imediata dos aparelhos de ar-condicionado, com mais de 20 anos, nas salas de aula do bloco do ICHS. Lembrando que se tais aparelhos não possuem o número de tombo, a responsabilidade não é do ICHS, visto que todos os equipamentos ou mobiliários que dão entrada na UFMT devem ser, antes da instalação, emplacados e registrados pelo setor competente;

2 – Realizar a reforma a cobertura do Bloco do ICHS, eliminando as infiltrações, os mofos e os riscos de desabamento;

3 – Realizar uma vistoria técnica especializada nas instalações elétricas do ICHS, que frequentemente provocam queimas de aparelhos e apagões elétricos;

4 – Garantir a substituição imediata de pelo menos dois servidores técnicos administrativos (visto que tivemos 5 aposentadorias e morte de servidores);

5 - Garantir a vaga de um docente efetivo em substituição à vaga que foi “devolvida” para o Curso de Medicina em Sinop sem a anuência da Direção do ICHS;

6 – Reformar as salas administrativas e de pesquisas que foram destruídas pelos cupins e pelas infiltrações;

7 – Reformar a sala de estudo e o Laboratório de Informática do ICHS;

8 - Equipar o Laboratório de Informática com aparelhos de ar-condicionado, carteiras e mobiliários adequados;

9 – Reformar e preparar a antiga sala de informática para se tornar uma Sala de Prática de Ensino (pintura, iluminação, equipamentos e mobiliários);

10 – Garantir Internet de alta velocidade e com maior cobertura no espaço do ICHS;

11 – Garantir serviços de segurança pública nos espaços do ICHS, especialmente, no período noturno, com contratação também de vigilantes do sexo feminino;

12 – Providenciar uma vistoria técnica nas estruturas físicas do MUSEAR e tomar as devidas providências para garantir a reabertura do referido Museu;

13 – Garantir melhores serviços de segurança pública nos espaços do MUSEAR e ao seu patrimônio cultural;

14 – Viabilizar junto às autoridades municipais um desenho viário que permita um melhor e mais seguro acesso à UFMT, reduzindo os engarrafamentos e os riscos no trânsito;

15 – Solicitar à MTU que estabeleça um horário de ônibus que atenda os interesses e os horários de aulas dos estudantes da UFMT, considerando que os horários atuais não permitem que eles permaneçam até o final das aulas (22:30).

 

Estando assim comprometido, assino o presente termo.

 

Cuiabá, 14 de abril de 2023.

 

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

  

Quarta, 29 Março 2023 13:04

 

 

Contrários à proposta, os estudantes ocuparam o prédio da Reitoria, em Cuiabá, nesta quarta-feira, 29/03, e realizam manifestações nos campi do interior

 

 

Os estudantes da UFMT podem pagar, mais uma vez, pela política neoliberal que asfixia a educação pública superior há anos. Após oito horas e meia de reunião remota, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (Consepe UFMT) aprovou, na última segunda-feira, 27/03, a retirada de dois milhões de reais da Assistência Estudantil para pagar o aumento dos contratos com as empresas privadas que gerenciam os Restaurantes Universitários (RU’s).  

 

A decisão, que incide sobre os recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), vai impactar diretamente em todos os auxílios e bolsas oferecidas aos estudantes, que contava com um orçamento de R$ 8.055.752,00 (oito milhões, cinquenta e cinco mil, setecentos e cinquenta e dois reais) em 2022, e agora terá exatamente dois milhões de reais a menos, enquanto o recurso destinado aos três Restaurantes Universitários passará de R$ 7.920.000,00 (sete milhões, novecentos e vinte mil reais) para exatamente dois milhões de reais a mais.

 

 

Assim, o Auxílio Moradia e Permanência terá redução de R$ 1.400.381,00 (um milhão, quatrocentos mil, trezentos e oitenta e um reais), o Auxílio Complementar de Alimentação terá um corte de R$ 43.000,00 (quarenta e três mil reais), o Auxílio Adicional de Alimentação menos R$ 103.680,00 (cento e três mil, seiscentos e oitenta reais) e a Bolsa Monitoria Inclusiva perderá R$ 124.800,00 (cento e vinte e quatro mil e oitocentos reais).

 

Outros benefícios como Auxílio Evento, Auxílio Emergencial, Auxílio Material Pedagógico, Programa de Acolhimento Imediato e Projetos, que somavam R$ 328.139,00 (trezentos e vinte e oito mil, cento e trinta e nove reais) em 2022 foram reduzidos a zero.

 

Confira a comparação nas tabelas abaixo:

 

 

 

O conselheiro Vinícius Fernandes, representante discente, criticou a proposta apresentada pela comissão do Consepe responsável pela proposta de distribuição dos recursos, e isso é resultado da Emenda Constitucional 95/16 (que estabelece um teto para os gastos sociais), uma política que tem prejudicado sobremaneira a permanência dos estudantes na universidade.

 

 

“Entre 2019 e 2022 houve uma queda de 300 milhões no que diz respeito aos valores autorizados na LOA para o PNAES [...]. Em termos de impacto humano, significa que muitos estudantes não terão acesso aos auxílios e benefícios e não terão condições de se manter nas Universidades, aumentando ainda mais os índices de evasão, além de um retrocesso sem precedentes na Política de Assistência Estudantil”, afirmou o estudante na relatoria do seu voto, apresentado durante a reunião do Consepe, após pedido de vista sem carga.  

 

Alguns professores acompanharam a argumentação de Fernandes. No entanto, a proposta foi aprovada por 57% dos conselheiros, com 30% contrários e 14% de abstenções.

 

Para a professora Emiliane Santiago, conselheira docente do Instituto de Ciências da Saúde da UFMT em Sinop, a Assistência Estudantil deveria ser prioridade.  

 

“A Comissão fez um enorme esforço para conseguir redigir um orçamento que está cada vez menor. É muito complicado tentar pagar tudo o que é necessário e manter a universidade com um orçamento que inviabiliza as coisas. Foram muitas discussões, muito trabalho tentando descobrir um santo e cobrir outro. Mas o santo que está sendo descoberto é justamente os estudantes, e aí a gente não pode mexer, porque quando você tira qualquer que seja o auxílio do estudante, ele para de ir para a universidade, e se nós não tivermos estudantes, a gente não tem mais universidade. É nesse ponto que a gente tem que tomar cuidado, deveria ser blindado. Tudo o que se diz respeito à assistência estudantil deveria ser prioridade, porque os estudantes têm de ser prioridade. A gente pensa em priorizar a qualidade de ensino, e eu concordo, mas não existe qualidade de ensino se você não tem para quem ensinar. E se os estudantes precisam dos auxílios, então a gente não pode diminuir”, afirmou Santiago.

 

 

Outra questão levantada pela professora é que o Conselho justifica a realocação dos recursos com base na expectativa de uma suplementação orçamentária que não está garantida. “A gente não tem como garantir isso. No momento que você tira esse valor da Prae e manda para o RU mesmo entendendo que o RU faz parte da assistência estudantil, você acaba tirando um dinheiro, uma verba, que talvez não volte nunca mais. A gente acaba fazendo provisoriamente aquele provisório definitivo, compreende? Então, a briga dos acadêmicos, dos estudantes, não é uma briga inválida. Ela não está errada. Realmente a gente acabou mexendo na Assistência Estudantil, e quando você mexe aí você diminui a probabilidade de permanência do estudante na universidade pública”, concluiu a docente.

 

 

O Caderno Orçamentário 2023 provado pelo Consepe precisa passar, ainda, pelo Conselho Universitário (Consuni) e pelo Conselho Diretor. No entanto, os estudantes já estão mobilizados. No Araguaia, houve ato em frente ao Restaurante Universitário na manhã desta quarta-feira, 29/03, ao mesmo tempo em que estudantes ocuparam o prédio da Reitoria em Cuiabá. Na capital mato-grossense, os estudantes também fecharam a principal entrada da universidade na terça-feira e realizaram um ato em frente a Reitoria no dia em que o Consepe aprovou a proposta.    

 

As empresas terceirizadas responsáveis pelos RU’s da UFMT são Kadeas Restaurante, desde 2021 (nos campi de Cuiabá e Araguaia, desde 2022), e Novo Sabor (Sinop), que operava em todos os restaurantes desde 2014, mas saiu após uma série de problemas relacionados à empresa dentro e fora da universidade.

 

 

Outras decisões do Consepe

 

 

Na mesma reunião, o Consepe iniciou debates sobre outros pontos importantes e sensíveis para a comunidade acadêmica, como o Calendário Acadêmico 2023/2024. A proposta recebeu o pedido de vista de uma conselheira e voltará à pauta nas próximas reuniões. Sobre essa questão, docentes criticam o parcelamento das férias para acelerar os semestres letivos (saiba mais aqui).

 

 

Também foi ponto de discussão a realização das reuniões de forma remota. A defesa é de que, antes do início da pandemia, as reuniões presenciais possibilitavam maior interação entre os conselheiros e a comunidade acadêmica, além de maior concentração nos debates. No entanto, alguns conselheiros dos campi do interior apontam dificuldades no deslocamento até Cuiabá. Por fim, foi aprovado com pequena diferença, uma recomendação de que os participantes ao menos liguem as câmeras ao fazerem suas intervenções.

 

Também receberam pedidos de vista as propostas sobre Política Institucional de Pesquisa e de Reformulação da Resolução dos Programas de Pós-graduação Lato Sensu da universidade.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 24 Março 2023 09:42

 

 

A Associação dos Docentes (Adufmat-Ssind) encaminhou, nesta sexta-feira, 24/03, um ofício ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), solicitando a participação na próxima reunião do mesmo, na segunda-feira, 27/03. O motivo é a proposta de alteração de calendário acadêmico que retira da categoria o direito a 30 dias de férias.

 

Na minuta, encaminhada pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) ao Conselho, com a justificativa de recuperação do calendário - atrasado pela pandemia -, estão previstos três períodos letivos em 2024, separados por 15 dias de férias docentes: 15 em janeiro, 15 em abril e 15 em período a ser determinado em nova proposta.

 

A ideia, no entanto, além de sobrecarregar ainda mais o trabalho já extenuante da categoria, compromete sobremaneira o direito a férias de 30 dias, que tem como principal objetivo o necessário descanso físico e mental, imprescindível para a saúde.

 

“Somos cientes do grande atraso no calendário acadêmico em relação ao civil, e da necessidade de diminuir progressivamente essa diferença. Contudo, não achamos condizente que isso seja ao preço de nossas merecidas férias. Muito problemática tem sido a diferença entre o calendário da graduação e da pós-graduação, gerando um sem número de transtornos, sobretudo para os professores que têm acumulado trabalho de ‘diferentes semestres’, o que, na prática, é sobretrabalho”, argumenta a Adufmat-Ssind. 

 

Além disso, o diretor geral do sindicato, Leonardo Santos, observa que a proposta apresentada pela Poeg tem causado preocupação aos professores dos cursos de Licenciatura, que realizam estágios nas escolas - uma etapa fundamental para a formação de professores, função, inclusive, pela qual a UFMT é uma das principais responsáveis no estado. A Pró-reitoria apresenta início de semestre em meados de novembro, quando o ano letivo já está sendo encerrado nas escolas.   

 

O sindicato questiona, ainda, como a ideia de retirar um direito fundamental pode ser utilizada como argumento para contornar as consequências de outros ataques a direitos. “Algumas das defesas utilizadas para a mudança no calendário utilizam-se do argumento de que tal atraso tem levado à evasão de estudantes da UFMT. Contudo, não parece haver razão para acreditar numa relação direta entre as duas questões, sobretudo se pensarmos nas dificuldades que nossos estudantes têm enfrentado para manterem-se na universidade, por exemplo, a partir do aumento da inflação, do desemprego etc. Vale ressaltar ainda que a falta de uma Assistência Estudantil efetiva e de bolsas de Pesquisa e Extensão são elementos importantes para avaliar a evasão de estudantes. Mudar o calendário para termos efetivamente três semestres em um mesmo ano civil não é o caminho para combater esse problema, pelo contrário. A deterioração das condições de trabalho docente também afeta os estudantes, pois nossas condições de ensino são as condições de aprendizagem dos estudantes”, aponta o documento.

 

Por fim, afirmando contrariedade com relação à proposta, a Adufmat-Ssind solicita a participação na reunião, pontuando que todas as paralisações que ocorreram na universidade decorreram de demandas legítimas, necessárias e importantes, e que é preocupante a possibilidade de que o Conselho debata o assunto sem tocar nas razões que levaram a esse atraso, naturalizando a adequação do calendário a qualquer custo.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 16 Fevereiro 2023 16:56

 

 

Mais uma vez a empresa responsável pela limpeza da UFMT não paga os funcionários e, por isso, os trabalhadores podem cruzar os braços novamente. Embora esta prática de empresas terceirizadas não seja novidade, dessa vez a responsável pela revolta é a Prime Clean Service – antes foram Luppa, Presto, MJB Segurança e Vigilância, entre outras.

 

Nessa quinta-feira, 16/02, após 10 dias de atraso – que já rendem muitos juros sobre as contas e outras dívidas com empréstimos -, a categoria se reuniu com o Sindicato dos Empregados de Empresas Terceirizadas, de Asseio, Conservação e Locação de Mão de Obra de MT (Seeac/MT) e também representantes do Sintuf-MT e DCE para reclamar o direito mais básico de todos.

 

Além dos salários, vales transporte a alimentação também não foram pagos, e os trabalhadores estão tendo de pedir dinheiro emprestado para conseguir pagar o ônibus para não faltar ao trabalho, além de dividirem as marmitas até entre três pessoas. Segundo os relatos, muitas vezes essa marmita - dividida em três - é a única refeição de um dia de trabalho que começa às 5h da manhã e termina às 15h.

 

Segundo Sintuf e DCE, a UFMT já foi notificada sobre o caso e tem de tomar providências, mas esse é um dos principais problemas da terceirização: achar o responsável pelas falhas.

 

“Quando você terceiriza um trabalho, o contratante empurra a culpa para a empresa que vende o serviço, que nem sempre é facilmente contactada, porque geralmente está em outro estado. Então o trabalhador fica ainda mais vulnerável. É absurdo que a UFMT ainda permita esse tipo de relação. Nós reivindicamos o pagamento imediato desses trabalhadores e defendemos que as universidades revejam essa forma de contratação de serviço, para que esses trabalhadores façam parte do serviço público, para que a relação de trabalho seja direta e todos os direitos sejam garantidos”, ressaltou o diretor geral da Adufmat-Ssind, Leonardo Santos.

 

Cerca de 50 pessoas – em sua maioria, mulheres - participaram da reunião, que resultou na aprovação de um indicativo de greve. Após 48h da notificação da Prime Clean Service do indicativo de greve, caso a mesma não tenha pago os salários e outros direitos, os trabalhadores terão respaldo legal para deflagrar a greve.   

  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 07 Dezembro 2022 16:45

 

            Em reunião chamada e realizada no dia 06 de dezembro, a Reitoria da UFMT repassou para as entidades representativas da UFMT a situação financeira da Universidade. A UFMT tem hoje em média 10 mil reais em caixa, estando sua ordem de pagamento em torno de 5,2 milhões de reais em dívidas já liquidadas, até o momento. Isso se dá por conta dos recentes cortes de orçamento que várias políticas sociais receberam nos últimos dias, em especial as universidades públicas.

            Diferentemente dos cortes e bloqueios orçamentários anteriores, que por si só já colocavam as universidades públicas em situação desesperadora, agora o corte se deu diretamente no valor mensal repassado para as universidades horarem seus compromissos e contratos. No mês de novembro esse corte foi da ordem de 70% e no presente mês de dezembro o corte foi completo, isto é, 100% dos recursos que a Universidade deveria receber.

            Tal situação significa que, nesse mês de dezembro, a UFMT – e as demais universidades brasileiras – não tem recurso para o pagamento de todas as bolsas de pesquisa, extensão e de permanência estudantil, para pagar suas contas de energia e internet, para pagar o contrato com terceirizadas do RU, limpeza e segurança, etc. Reforçamos, nesse atual momento, não há qualquer perspectiva de as bolsas sob responsabilidade da UFMT serem pagas aos estudantes, também não há ainda perspectiva de pagamento dos contratos, o que nos coloca com a insegurança da continuidade de serviços essenciais para manter a universidade funcionando.

            Trata-se de uma tragédia anunciada sob o Governo Bolsonaro, inimigo da educação pública e da garantia de direitos sociais para o povo trabalhador brasileiro! São milhares de estudantes que dependem das bolsas das universidades para se manterem, são milhões de famílias brasileiras que sonham com o ensino superior para seus filhos ou para si mesmos. Família que veem seu sonho cada dia mais distante pela precarização que temos vivenciado. Chegamos no ápice desse processo, depois de derrotado nas urnas e de forma irresponsável, o Governo Bolsonaro, sem maiores explicações, simplesmente não repassa a verba já debilitada das universidades públicas!

            Lamentamos durante a reunião com a Reitoria, e também o fazemos publicamente, que somente agora a administração superior da UFMT tenha nos convidado a tratar desse tema, considerando que este ataque estava prenunciado desde o mês de maio, quando houve o primeiro bloqueio, que depois se efetivou em corte orçamentário no valor de R$ 7 milhões. Até hoje não temos a listagem de danos causados pelo corte orçamentário que houve em 2022.

Nós da Adufmat – Ssind. E do Andes-Sindicato Nacional temos elencado e divulgado o conjunto dos problemas vivenciados pela comunidade acadêmica, como os cortes de bolsas, a falta de iluminação, a diminuição das profissionais de limpeza e de segurança, os problemas de segurança e de furtos e assaltos nos campi, etc. Desde sempre relacionamos tais problemas aos cortes orçamentários e batalhamos pela recomposição orçamentária das universidades federais. A transparência nos problemas da universidade é condição necessária para o dialogo com a comunidade acadêmica e a sociedade mato-grossense e brasileira em geral.

            Vários foram os atos locais e nacionais chamados por docentes em unidade com técnico-administrativos e estudantes, várias foram as tentativas de negociação com o Governo Federal, várias foram as formas de divulgação dos crescentes problemas enfrentados pelas universidades. Em todos os momentos, deixamos evidente que tal processo se dava no contexto do projeto político do Governo Bolsonaro de destruição das universidades brasileiras. Agora é preciso força e determinação para reverter o atual corte e garantir que nossos estudantes recebam suas bolsas e consigam se manter, que os compromissos da universidade sejam honrados e nós possamos manter a universidade pública brasileira em pé! Nós da Adufmat-SSind. Teremos Assembleia Geral para tratar do tema na próxima semana, mas desde já é necessário divulgar a situação em que estamos e pressionar por sua solução imediata! Além do mais, conclamamos o conjunto de docentes e a comunidade acadêmica a exigir a recomposição do orçamento das universidades públicas para 2023.

 

 

 

7 de dezembro de 2022

Gestão PEDRO CASALDÁLIGA (2021-2023)

Quinta, 08 Dezembro 2022 00:00

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral ordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 15 de dezembro de 2022 (quinta-feira)

Horário: 13:30h (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.


Pontos de Pauta:

1) Informes;

2) Analise de Conjuntura e corte do repasse de verbas da UFMT;

3) Delegados da ADUFMAT para o 41° Congresso do ANDES-SN.

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.

 

 


Cuiabá, 08 de dezembro de 2022.

Gestão Colegiada Dom Pedro Casaldáliga

Quarta, 16 Novembro 2022 15:43

 

A Adufmat-Ssind é parceira na “Celebração da Consciência Negra: 20 de novembro na UFMT - Resistir, existir e ocupar para transformar”, que será realizada na próxima sexta-feira, 18/11, no Centro Cultural da universidade, pelo Coletivo Negro Universitário da UFMT.

 

O evento faz parte das celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra e, a partir das 8h, no Auditório da Adufmat-Ssind, terá o formato Roda de Conversa, com a participação de Tatielly Emanueli da Silva e Max Brenner, da Comunidade Quilombola N. Sra. Aparecida do Chumbo – Poconé/MT, e Keneo Silva Coelho, da Comunidade Quilombola Bela Cor – Vila Bela da Santíssima Trindade/MT. A mediação será de Rodolfo Rodrigues, sobre o tema “vivências quilombolas na UFMT”, por meio do Programa de Inclusão Quilombola (Proinq).

 

Às 10h30 haverá uma visita guiada pela exposição “À Flor da Pele, Arte Negra no Museu”, que está aberta no Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT (MACP). Os artistas Babu78, Elaine Fogaça, Gervane de Paula e Rodolfo Luiz, expositores da mostra, acompanharão os participantes.

 

Para as 14h, está organizada a mostra e feira de artesanatos, arte e culinária de juventudes negras e quilombolas, no estacionamento do Centro Cultural.

 

No mesmo horário terão início as oficinas de danças afro-brasileiras e quilombolas – siriri, que serão ministradas por Tatielly Emanueli da Silva, Flávia Cristine Ramos da Silva e Watila Fernando, no hall do Centro Cultural até às 17h (inscrições na bio do instagram @cnuufmt).

 

A partir das 19h, haverá o show com Roda de Samba no estacionamento do Centro Cultural.

 

Além da Adufmat-Ssind, também são parceiros nesta atividade a Prefeitura de Cuiabá, a ProcevUFMT, o Macp e 5º Kwanzaa Festival de Cultura Afro.  

 

 

 

       

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind