Quarta, 16 Novembro 2022 15:43

 

A Adufmat-Ssind é parceira na “Celebração da Consciência Negra: 20 de novembro na UFMT - Resistir, existir e ocupar para transformar”, que será realizada na próxima sexta-feira, 18/11, no Centro Cultural da universidade, pelo Coletivo Negro Universitário da UFMT.

 

O evento faz parte das celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra e, a partir das 8h, no Auditório da Adufmat-Ssind, terá o formato Roda de Conversa, com a participação de Tatielly Emanueli da Silva e Max Brenner, da Comunidade Quilombola N. Sra. Aparecida do Chumbo – Poconé/MT, e Keneo Silva Coelho, da Comunidade Quilombola Bela Cor – Vila Bela da Santíssima Trindade/MT. A mediação será de Rodolfo Rodrigues, sobre o tema “vivências quilombolas na UFMT”, por meio do Programa de Inclusão Quilombola (Proinq).

 

Às 10h30 haverá uma visita guiada pela exposição “À Flor da Pele, Arte Negra no Museu”, que está aberta no Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT (MACP). Os artistas Babu78, Elaine Fogaça, Gervane de Paula e Rodolfo Luiz, expositores da mostra, acompanharão os participantes.

 

Para as 14h, está organizada a mostra e feira de artesanatos, arte e culinária de juventudes negras e quilombolas, no estacionamento do Centro Cultural.

 

No mesmo horário terão início as oficinas de danças afro-brasileiras e quilombolas – siriri, que serão ministradas por Tatielly Emanueli da Silva, Flávia Cristine Ramos da Silva e Watila Fernando, no hall do Centro Cultural até às 17h (inscrições na bio do instagram @cnuufmt).

 

A partir das 19h, haverá o show com Roda de Samba no estacionamento do Centro Cultural.

 

Além da Adufmat-Ssind, também são parceiros nesta atividade a Prefeitura de Cuiabá, a ProcevUFMT, o Macp e 5º Kwanzaa Festival de Cultura Afro.  

 

 

 

       

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 24 Novembro 2021 19:25

 

No mês da Consciência Negra, atos públicos também fizeram parte da agenda organizada por diversas entidades em Mato Grosso. Na sexta-feira, 19/11, e também no sábado, dia 20, duas regiões do centro da capital mato-grossense foram pontos de concentração desses atos: a Praça Alencastro, em frente a Prefeitura Municipal, e o Beco do Candeeiro, que fica próximo ao Morro da Luz.  

 

Além das intervenções das entidades envolvidas na Agenda Kwanzaa 2021 e da caminhada pela região central próximo ao Beco do Candeeiro, na Praça Alencastro, os cuiabanos também puderam apreciar shows com artistas locais, como Mariana Borealis, Pacha Ana, Ahgave e DJ Taba.

 

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES-Sindicato Nacional participou das atividades. “É importante que a população entenda que a luta contra o racismo é de todos, por isso nós temos a responsabilidade de estar atentos. A população negra tem sido excluída de espaços estratégicos. A Universidade tem denunciado o que tem ocorrido com o Enem, por exemplo, que agora tem ‘a cara’ de um Governo que não quer a população negra na universidade, que é conservador, para quem aqueles que constroem a luta nesse país não tem espaço. As universidades brasileiras, nas últimas duas décadas, produziram realidades muito interessantes quando oportunizaram que negros, negras, indígenas, trabalhadores ribeirinhos, indígenas e quilombolas entrassem nela. E isso está em risco agora. Não há outro caminho a não ser cada um e cada uma de nós organizarmos, dizendo: a universidade é da classe trabalhadora, é do negro, do índio, do quilombola, de todos aqueles que querem estudar”, disse o diretor geral da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo.

     

O professor lembrou, ainda, que tanto o Governo Federal quanto o Estadual atacam, de forma frontal, os direitos da população negra, pressionando comunidades quilombolas de diversas regiões do país, o que também se reproduz contra as populações rural e indígena.

 

As atividades da Agenda Kwanzaa, relacionadas ao Dia da Consciência Negra (20/11) em Cuiabá vão até o dia 29/11 deste mês. Confira aqui a programação completa e CLIQUE AQUI PARA VER A GALERIA DE IMAGENS.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

 

Quarta, 17 Novembro 2021 13:47

 

Na manhã desta terça-feira (16), servidoras e servidores públicos ocuparam a área de desembarque do Aeroporto de Brasília para iniciar mais uma semana de lutas contra a PEC 32. Entretanto, alguns e algumas manifestantes foram vítimas de ataques racistas por parte de um homem presente no aeroporto.

 

Em um determinado momento da atividade, um indivíduo – ainda não identificado - jogou lixo no local onde Zuleide Queiroz, 2ª vice-presidenta do ANDES-SN, acompanhada de uma banda musical de matriz africana, realizava uma fala para marcar o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, em apoio ao movimento negro, cobrando respostas ao assassinato de Marielle Franco e contra o genocídio promovido pelo atual governo.

 

De acordo com a 2ª vice-presidenta do Sindicato Nacional, enquanto realizavam a atividade na área de desembarque do Aeroporto de Brasília, manifestantes sentiram que, do alto, alguém jogava restos de suco, café, entre outras coisas. ‘‘Ao olhar para cima, nos deparamos com um homem branco, raivoso, segurando uma lata de lixo e derrubando todo o lixo na nossa cabeça. Ele simplesmente jogou todo o lixo e saiu andando. Mesmo vendo a atitude do homem, policiais não o abordaram e ele seguiu tranquilamente para fora do aeroporto. O racismo foi explícito. Ele jogou o lixo em nós, negros e negras’’, pondera Zuleide.

 

Esta é a 10ª semana da jornada de lutas contra a PEC 32 em Brasília e, durante todo o mês de novembro, a mobilização se soma às atividades em celebração ao Mês da Consciência Negra. Esse foi o primeiro ataque sofrido por servidores e servidoras após mais de dois meses de mobilização com atos semanais nos aeroportos.

 

O ANDES-SN repudia o episódio, se solidariza com os e as manifestantes que sofreram o ataque e informa que já solicitou à polícia e à administração do aeroporto as imagens do circuito interno para que o homem possa ser identificado e punido por desempenhar atos racistas.

 

Não passarão!

 

Fonte: ANDES-SN, com informações da ADUFC-Sindicato

Terça, 24 Novembro 2020 14:37

 

 

A parceria entre o ANDES-SN e a editora Expressão Popular para a reedição de várias publicações, que tenham relação com as pautas do Sindicato Nacional, lança um novo livro. Em referência ao mês da Consciência Negra, a publicação do mês de novembro é Quilombo: Resistência ao Escravismo, de Clóvis Moura, lançado em 1993. 

A entidade tem uma cota de 500 livros, que serão distribuídos gratuitamente para a categoria nos eventos, quando voltarem ao modo presencial. Além disso, os livros reeditados estarão no catálogo da editora e no Clube do Livro. 

Em comemoração aos 40 anos do ANDES Sindicato Nacional, diversos outros livros serão relançados até maio de 2021. A proposta foi apresentada no 39º Congresso do ANDES-SN, realizado em fevereiro, em São Paulo. A ideia surgiu com base nas experiências de seções sindicais, que já têm projetos semelhantes. "Achamos que seria interessante, em comemoração aos 40 anos do ANDES-SN, o sindicato reeditar livros clássicos, que tenham relação com as pautas discutidas pela entidade. Como a Expressão Popular já tem um lastro nesse campo de edição e acesso a muitos clássicos para reedição, nós optamos por fazer essa parceria com a editora", disse Eblin Farage, secretária-geral do ANDES-SN.

Quilombo: Resistência ao Escravismo

O livro, escrito por Clóvis Moura, conta como os quilombos foram locais de luta e resistência do povo negro contra o escravismo. O autor apresenta histórias de quilombos de negros fugidos em cada região do Brasil e a relação direta com o Quilombo dos Palmares, o maior quilombo da história de resistência à escravidão no Brasil e que contou com mais de 20 mil habitantes. Para quem quiser adquirir o livro, basta acessar https://www.expressaopopular.com.br/loja/ 

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 18 Novembro 2020 16:10

Essa semana, quando todos nós somos desafiados a refletir profundamente sobre a nossa história a partir do Dia da Consciência Negra – 20/11, a Adufmat-Ssind vai contribuir com o debate “A Reforma Administrativa e a População Negra! Quem e como será afetado(a)?”

A Live será na quinta-feira, dia 19/11, excepcionalmente às 20h, e terá como convidados a professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e atual vice-presidente do ANDES – Sindicato Nacional, Qelli Rocha, e o professor do Departamento de História do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Lucas Santos Café.

Participe do debate ao vivo enviando as suas perguntas pelo chat dos canais oficiais da Adufmat-Ssind, nos quais o debate será exibido: Facebook e Youtube!

 

Link para o Facebook: https://www.facebook.com/ADUFMAT-SSIND-211669182221828

Terça, 18 Dezembro 2018 14:27

 


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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Artigo enviado pelo Prof. Bruno Pinheiro Rodrigues* 

 

Duas das principais condições para que um regime democrático possa existir são a liberdade de opinião e o respeito à pluralidade política. A democracia moderna é inconcebível sem essas e vice-versa. Uma famosa frase atribuída ao filósofo iluminista Voltaire sintetiza esse pensamento: “Não concordo com uma palavra que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la”. 

Em que pese a importância dessas considerações iniciais para própria possibilidade da existência em sociedade, é preciso confessar que ultimamente tem sido penosa a tarefa de presenciar o show de horrores nas casas representativas do poder público. Quando as manchetes jornalísticas não anunciam parlamentares descobertos em esquemas de lavagem de dinheiro, desvios, nepotismos ou patrimonialismos, nos informam ideias e fatos, no mínimo, espantosos. 

A bola da vez no Mato Grosso é o projeto de lei 310/2018, protocolado em nome das “lideranças partidárias”, mas segundo a imprensa local, capitaneado pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco. A proposta pretende modificar a lei estadual 7.819/2002, que institui o 20 de novembro como feriado estadual. De acordo com o projeto, “(...) o feriado influência na rotina econômica das cidades afetando diversos setores com o fechamento dos comércios e de prestadores de serviços, causando prejuízos econômicos e impedindo a comercialização dos produtos e a realização do serviço nos feriados”. 

Primeiro, causa perplexidade a ausência de dados para fundamentar a iniciativa. Acredite, o projeto é apresentado essencialmente com este argumento, desacompanhado de estudos econômicos, análises comparativas com outros feriados etc. Um projeto de lei fundamentado no famoso “achismo”. 

Segundo, o calendário anual é repleto de feriados, a maior parte vinculado a eventos do segmento religioso católico. Se realmente o 20 de novembro prejudicasse a economia local, “impedindo a comercialização de produtos e realização de serviços”, por que os outros feriados não comportariam os mesmos efeitos? A preferência de um em detrimento dos outros, provoca a sensação de que esse grupo de parlamentares, no frigir dos ovos, discorda das razões que levam dezenas de municípios e alguns Estados a declararem feriado – nesse caso, seria muito mais digno e honroso se tivessem assumido essa posição. 

Em terceiro lugar, não é preciso ser especialista em economia para entender que se uma parte do comércio fecha, a outra se beneficia com a circulação e consumo; se o fluxo do varejo diminui, na outra ponta aumenta o movimento vinculado ao circuito do turismo, que abarca agências turísticas, empresas aéreas e rodoviárias, restaurantes etc. Em 2017, segundo levantamentos da Fundação Getúlio Vargas e Ministério do Turismo, somente os chamados “feriados prolongados” foram responsáveis pela injeção na economia nacional de 21 bilhões. 

Para além de todas essas questões expostas, é preocupante o nível de desconhecimento histórico e insensibilidade. Uma data como o 20 de novembro possui uma larga trajetória até obter a condição de feriado. Escolhida nacionalmente para relembrar a data da morte de Zumbi dos Palmares, é igualmente o momento onde diversas organizações da sociedade civil, universidades, escolas refletem a memória e atual condição do povo afrodescendente no país. 

A escravidão negra no Brasil atravessou quase 4 séculos. Nos campos ou cidades, homens e mulheres de origem afrodescendente sentiram o peso e a crueldade por terem sido tomados ou nascidos em um sistema socioeconômico que os concebiam como “objeto”, desprovido de humanidade.  Embora seja difícil afirmar com exatidão, iniciativas como a do Slave Voyages – projeto multinacional que conta com pesquisadores de todos os continentes -, estimam que para as Américas foram levados 12 milhões de africanos. Desse valor total, ao menos metade foi introduzida no território luso-brasileiro.



Legenda: “Castigo de escravo”, por Jean-Baptiste Debret

Mato Grosso, como não poderia deixar de ser, também é um estado profundamente marcado por toda essa história.  Desde as primeiras expedições ao oeste brasileiro constam registros da presença negra. A população afrodescendente trazida a essa região não somente foi distribuída nos mais diferentes setores da economia colonial – mineração, agricultura, serviços domésticos e até militares -, mas legou fortes contribuições à identidade mato-grossense, fartamente visível em festas populares, nomes de escolas, praças ou parques. As grandiosas festividades de São Benedito (Cuiabá-MT), a Congada de Vila Bela de Santíssima Trindade e o Parque Mãe Bonifácia, atestam esse passado e presente.


Legenda: Lavagem das escadarias da Igreja de São Benedito, Cuiabá-MT (2017)
 

Não restam dúvidas que essa proposta de alteração do 20 de novembro ignora toda essa história e, especialmente, deixa clara a posição do Estado brasileiro para com a população afrodescendente do país, que é a da negligência. Por que esse grupo de parlamentares, no lugar de propor o retrocesso, não apresenta um projeto de lei para o combate do racismo crescente no Estado? De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, somente nos primeiros 4 meses do ano de 2018, 35 casos de racismo foram denunciados à polícia em municípios do Estado. Por que não apresentam alguma proposta para o combate ao desemprego que ainda atinge em cheio a população afro-brasileira? Segundo dados divulgados pelo IBGE em 2017, dos 13 milhões de desempregados, 8,3 milhões eram pretos ou pardos; em Mato Grosso, mais de 55% dos 160 mil desempregados são autodeclarados pretos ou pardos. Essa mesma pesquisa, realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) e divulgada pelo IBGE – aponta outro dado preocupante: entre pretos ou pardos empregados, apenas 67% ganha o mesmo salário que um branco, exercendo as mesmas atribuições. 

Das duas, uma:  ou esse grupo de parlamentares não está devidamente informado sobre todos os aspectos que envolvem o 20 de novembro, ou decididamente resolveu se valer do velho cinismo do Estado brasileiro para com as condições singulares que se encontram a população afrodescendente no país, historicamente explorada, esquecida e desprezada. É preciso mudar essa realidade urgentemente e valorizar cada passo que reconhece esse esforço. A manutenção do status de feriado à Consciência Negra é um deles. Precisamos valorizá-lo e avançar rumo a um país mais humano e justo. 

 

*Bruno Pinheiro Rodrigues é doutor em História, professor do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso e autor do livro “Paixão da Alma: o suicídio de cativos em Cuiabá (1854-1888)”.

Sexta, 02 Dezembro 2016 12:21

 

GERALDO ALCKMIN *

CELSO LUIZ PRUDENTE**

As sesmarias do período colonial são a gênese das políticas públicas brasileiras, que nasceram voltadas para o benefício do europeu.

A desigualdade social, jurídica e econômica entre brancos e negros, que remonta àquele período, não arrefeceu no Brasil independente.

A Constituição de 1824 estabelecia o catolicismo como religião oficial do Estado, e este reconhecia o casamento e o batismo protestantes, em ação afirmativa que protegia as famílias imigrantes europeias.

Ao mesmo tempo, os cultos afro-brasileiros eram perseguidos, com prejuízo para a difícil organização familiar dos negros.

No primeiro ano da República, um decreto restringiu a imigração africana e asiática, ao mesmo tempo em que se incentivava a chegada de europeus.

A Constituição de 1934, primeira a garantir educação para todos os brasileiros, dizia textualmente que cabia à União, aos Estados e aos municípios "estimular a educação eugênica".

É importante lembrar essas passagens da nossa história neste novembro, Mês da Consciência Negra. Também é importante valorizar as conquistas das populações afrodescendentes e os desafios a serem enfrentados por toda a sociedade.

Por muito tempo, o Brasil foi celebrado como o lugar da democracia racial. A desarticulação do mito só aconteceu a partir dos anos 1970, com a mobilização dos movimentos sociais, entre eles o movimento negro, na esteira da luta ampla contra o autoritarismo.

A marginalização, no entanto, não acabou. Uma crença resistente no darwinismo social leva à segregação, e esta promove a violência. É preciso combater essa realidade.

Se, no passado, a educação no Brasil foi terreno de experimentação com ideais racistas, hoje, felizmente, é ferramenta poderosa para enfrentá-las.

No Estado de São Paulo, políticas públicas combatem ativamente a discriminação que atenta contra o direito à vida, à saúde e à inclusão em todas as esferas da sociedade, incluindo a econômica. Nas escolas da rede estadual paulista, a luta se faz em todos os ciclos.

O currículo oficial no Estado aborda a temática da diversidade étnico-racial em disciplinas de ciências exatas, humanas e biológicas. Na Secretaria da Educação, o Núcleo de Inclusão Educacional trata das questões étnico-raciais e da educação escolar quilombola na rede estadual.

Os docentes de todas as 91 diretorias regionais de ensino recebem orientações técnicas e assistem a videoconferências sobre questões raciais, cultura africana e afrodescendente, história da população negra, combate ao racismo e valorização e respeito à cultura negra.

Nas universidades estaduais paulistas, o processo seletivo tem pontuação acrescida para afrodescendentes, indígenas e alunos de escolas públicas. Isso também vale nas Etecs e Fatecs do Estado, que constituem a melhor rede de ensino técnico do país e a pioneira na adoção desse mecanismo.

O Centro Paula Souza, que administra a rede, também tem uma política específica para regiões de maior vulnerabilidade social e já implantou Etecs em comunidades como Heliópolis e Paraisópolis, na capital, e o quilombo André Lopes, no Vale do Ribeira.

O combate à discriminação requer o estabelecimento, na sociedade, de um compromisso solidário de tolerância. Para destacar como isso é importante, o jurista Wilson Prudente observou que a ONU criou a iniciativa Decênio Afrodescendente 2014-2024.

Nós defendemos a construção de um diálogo nacional do qual participem todas as minorias, entre elas a comunidade negra, e outros segmentos da sociedade civil organizada.

Na era da revolução tecnológica, a informação e o conhecimento são armas poderosas para vencer o preconceito. No Mês da Consciência Negra, todos os brasileiros devem refletir sobre isso.

*GERALDO ALCKMIN é governador do Estado de São Paulo (PSDB), cargo que também ocupou de 2001 a 2006. Foi deputado estadual (1983-1987) e federal (1987-1995)

**CELSO LUIZ PRUDENTE, antropólogo e cineasta, é curador da Mostra Internacional do Cinema Negro