Quinta, 30 Agosto 2018 11:32

 

A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) está praticamente sem condições de manter seu funcionamento no semestre letivo. Há 590 disciplinas sem professor, 12 cursos foram suspensos pelo Conselho Estadual de Educação e outros 51 estão prestes a terem seu reconhecimento indeferidos pelo órgão. Além disso, a universidade enfrenta problemas como bolsas atrasadas e o corte de internet e de telefone em todos os campi pela falta de pagamento.

 

Rosângela Assunção, coordenadora-geral da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a luta imediata é pela convocação dos 193 docentes classificados em concurso público realizado recentemente. “O governo do Piauí não queria convocar os docentes, mas após a pressão dos movimentos docente e estudantil e da realização de uma audiência pública com o Ministério Público, afirmou que iria convocar os aprovados no concurso”, afirma. “Os problemas da Uespi são bem maiores do que a falta de professores, mas agora o foco da nossa luta é pela convocação dos docentes”, completa a coordenadora-geral da Adcesp-SSind.

 

De 197 vagas abertas no concurso, 167 docentes foram aprovados. 193 docentes se classificaram no certame, e a Adcesp-SSind luta para que todos eles sejam convocados imediatamente. Rosângela ressalta que o Conselho Estadual de Educação já deixou de reconhecer 12 cursos da Uespi por falta de professores, e que outros 51 cursos poderão passar pelo mesmo caso o governo não convoque os docentes classificados no concurso.

 

Os docentes da Uespi estão em estado de greve por conta da situação da universidade. Na quinta (30), às 9h, realizam assembleia geral para decidir os próximos passos da mobilização. Os estudantes também estão em luta, e realizam paralisação na quinta-feira em todos os campi da Uespi. Nos últimos dias, eles têm agido para constranger o governador Wellington Dias (PT) por onde ele passe em campanha para reeleição, exigindo que ele convoque os docentes classificados no concurso público.

 

 Fonte: ANDES-SN (com informações de Adcesp-SSind.)

 

Terça, 12 Abril 2016 18:09

 

Docentes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) aprovaram na segunda-feira (11), em assembleia, estado de greve contra os ataques que o governo do Piauí têm feito contra os servidores públicos estaduais, em especial os docentes. Durante a assembleia, docentes junto com técnico-administrativos e estudantes dos campi de Teresina, Picos, Campos Maior, Piripiri e Oeiras da universidade, debateram sobre Lei Estadual 6.772/2016, recentemente aprovada pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), que fere direitos trabalhistas como o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCs), progressões e mudanças de nível na carreira dos servidores estaduais.

 

Lucineide Barros, diretora da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp - Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a lei é um risco para o serviço público e para a sociedade em geral, pois desvaloriza a carreira dos servidores e, a qualquer momento, pode acabar com todos os cargos públicos. “A revogação da lei é apenas uma das pautas de reivindicação. Estamos em um movimento unificado, com técnicos e estudantes, lutando em defesa de uma universidade pública de qualidade. Para isso, vamos convocar aulas públicas, provocar audiências e chamar atenção da sociedade para os problemas da nossa universidade”, disse.

 

Durante a assembleia da categoria, foi comunicado que deputados apresentaram um projeto de lei, que será enviado à Alepi, pedindo a retirada dos servidores da Uespi dos efeitos da Lei 6.772. Lina Santana, presidente da Adcesp SSind afirmou que a categoria vai continuar mobilizada e acompanhando a tramitação do projeto. Porém, os professores não querem apenas a exclusão da Uespi dos efeitos da Lei 6.772, mas sim a revogação da mesma.

 

“Esse Lei, mesmo excluindo a Uespi, ainda é um risco para o serviço público e para as demais categorias do estado. O artigo 4, por exemplo, diz que a qualquer momento todos os cargos podem ser extintos, através de decreto do executivo. Ou seja, estamos todos expostos da mesma forma. Precisamos unificar essa luta e derrubar essa lei”, ressaltou Lina.

 

Uma nova assembleia está marcada para o dia 18 de abril, na qual os docentes irão avaliar a situação e decidir ações do movimento, caso não haja avanços nas negociações.

 

Desde janeiro deste ano, a seção sindical do ANDES-SN na Uespi já vinha denunciando a não implementação das promoções, progressões e mudanças no regime de trabalho dos docentes. Mais de 15% dos professores efetivos da Universidade Estadual do Piauí foram atingidos com as medidas em seus contracheques, antes mesmo da aprovação da Lei 6.772.

 

Fonte: Adcesp - SSind (com edição de ANDES-SN)