Sexta, 27 Outubro 2023 17:07

 

“Todo país que invade outro está roubando”, disse Assan Fouad Salim, representante da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, nessa quinta-feira, 26/10, em debate realizado pelo Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTC&T) da Adufmat-Ssind. O evento, com o título” Israel-Palestina, o genocídio moderno: 75 anos de conflito”, teve como objetivo apresentar alguns elementos omitidos pela mídia convencional sobre mais um triste episódio de massacre do povo palestino.

 

A palestra, mediada pelo coordenador do GTC&T, José Domingues de Godoi, começou com uma exposição histórica do surgimento do território palestino, ocupado pelos filisteus mais de dez séculos antes de Cristo. O território sempre teve a presença de diferentes religiões, mas desde o advento do cristianismo, as três principais são: muçulmana, judaica e cristã. Segundo o palestrante, cerca de 20% da população que vivem em Gaza, hoje, é cristã, informação que a mídia não explora, porque é mais fácil criminalizar muçulmanos. “Todas essas religiões são monoteístas, acreditam no mesmo Deus. Não se trata de guerra religiosa, essa é uma guerra econômica”, destacou Salim.

 

O convidado continuou lembrando que o Estado de Israel foi criado em 1948, após o fim do Império Otomano e da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Isso ocorreu dentro da Organização das Nações Unidas (ONU), com o voto de minerva do Brasil. “O slogan utilizado na época era ‘uma terra sem povo, para um povo sem terra’. Mas a terra tinha povo, e foi aí que começaram as atrocidades”, afirmou. Logo de cara, a 1ª Guerra Árabe-Israelense resultou na tomada de 75% do território palestino pelo Estado de Israel.   

 

Quase 20 anos depois, em 1967, a população árabe se revoltou contra a situação, especialmente contra as intervenções realizadas pelos Estados Unidos da América e Inglaterra. Houve confronto e, a partir daí, com a ajuda dos dois países citados, Israel aprofundou ainda mais a tomada do território palestino. Em 1993, por meio dos “acordos de Oslo”, o então presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, tentou um acordo de paz com o Governo de Israel, mediado pelo presidente dos Estados Unidos. O acordo, assinado, mas nunca cumprido, previa a criação do Estado Palestino e a devolução ou indenização pelos territórios roubados.

 

Em 2008, nova ofensiva contra Gaza. O território se tornou um verdadeiro campo de concentração, com a justificativa alimentada a partir de 11 de setembro 2001: guerra contra o terrorismo.  

 

“É interessante observar que todas as vezes que há governos fracos em Israel ou nos Estados Unidos, alguma tragédia relacionada ao povo árabe ocorre. A demonstração de poderio de guerra contra a figura criada do ‘terrorista’ eleva o grau de aprovação desses políticos. Mas eu pergunto a vocês, o que ser terrorista? Ser terrorista é produzir terror. Nesse sentido, os Estados Unidos são terroristas? A Rússia é terrorista? Israel é terrorista?”, provocou o convidado.

 

Não havia nenhuma arma química no Iraque. Há um abismo entre o potencial militar de Israel e de Gaza. A questão, de forma resumida, leva à disputa por poder político, bélico e econômico. Os territórios palestinos têm gás e petróleo que podem gerar centenas de bilhões de dólares, como a própria ONU já divulgou. Além disso, Israel é uma das maiores potências armamentistas do mundo. As armas que matam palestinos são as mesmas que matam nas favelas brasileiras. Em 2022, Israel arrecadou mais de US$ 12,5 bilhões em exportações no setor de armamentos. Essa é a sua maior fonte de receitas, além da indústria de turismo religioso.

 

Parece contraditório, mas em nome do capitalismo, o território sagrado para fiéis de pelo menos três grandes religiões no mundo, onde teria nascido (Palestina), vivido e morrido Jesus Cristo (Israel), tem protagonizado grandes atrocidades, em vez do amor e respeito ao próximo.  

 

Confira aqui a íntegra da Palestra realizada na Adufmat-Ssind nesta quinta-feira, 26/10.

 

 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

           

Segunda, 26 Setembro 2022 15:58

A Adufmat-Ssind receberá, nessa quinta-feira, 29/09, às 19h, no auditório do sindicato, a professora aposentada da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Maria Orlanda Pinassi. A convidada ministrará palestra com o tema "Amazônia: vórtice da crise estrutural do capital!".

Livre-docente pela Unesp, Pinassi se formou em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1981, concluiu o mestrado em Sociologia pela Unesp em 1985 e o doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas em 1996.

É professora colaboradora da Escola Nacional Florestan Fernandes, centro de educação e formação idealizado pelo MST, que recebe historicamente a contribuição de diversos intelectuais e grandes nomes do marxismo, como o professor José Paulo Netto.

Realizou pesquisas com ênfase em teoria marxiana e teoria marxista contemporânea, atuando principalmente em torno dos temas: Marx, Georg Lukács, István Mészáros, Movimentos Sociais, Trabalho, Ontologia, Brasil e América Latina.

Algumas de suas obras são: "Três devotos, uma fé, nenhum milagre" (1998); "Leandro Konder: a revanche da dialética" (2002); "Da miséria ideológica à crise do capital: uma reconciliação histórica" (2009); "Dimensões da miséria desenvolvimentista Brasil/América Latina" (2017) e "La farsa neosarrollista" (em co-organização com Mariano Féliz, da Universidad de La Plata, 2017).

Foi responsável pela revisão técnica de alguns livros de István Mészáros como "Para além do capital" (2002), "Atualidade histórica da ofensiva socialista - uma alternativa radical ao sistema parlamentar" (2010), "O desafio e o fardo do tempo histórico" (2007) e "Estrutura social e formas de Consciência - a determinação social do método" (2009). Também fez a apresentação do livro do mesmo autor, publicado em 2016, com o título “A teoria da alienação em Marx”.

Pinassi é membro fundador da Revista Margem Esquerda e membro do Conselho Assessor da Revista Herramienta (Buenos Aires) e, em suas palavras, pesquisa atualmente "algumas das ruínas da crise estrutural do capital no Brasil". Pouco antes da palestra dessa quinta-feira, às 18h, será realizado o lançamento da edição de número 39 da Revista Margem Esquerda (Boitempo), com a qual Pinassi contribui com uma radiografia das redes de poder econômico na Amazônia.

Não perca a palestra da professora Maria Orlanda Pinassi na próxima quinta-feira (29), às 19h. O evento também será transmitido em tempo real pelos canais oficiais da Adufmat-Ssind no Youtube e no Facebook.

Veja, abaixo, o vídeo com o breve currículo da professora Maria Orlanda Pinassi:

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 21 Setembro 2022 15:07

 

A Adufmat-Ssind tem o prazer de convidar toda a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para o segundo debate da série voltada à recepção para o atual semestre letivo.

A palestra "Amazônia: vórtice da crise estrutural do capital" será realizada na quinta-feira, 29/09, às 19h, no auditório do sindicato, e a socióloga e professora aposentada da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Maria Orlanda Pinassi, é a convidada para provocar o debate.

Antes da palestra, às 18h, haverá o lançamento da edição de número 39 da Revista Margem Esquerda (Boitempo), com a qual Pinassi contribui com uma radiografia das redes de poder econômico na Amazônia.    

Livre-docente pela Unesp, Maria Orlanda Pinassi realiza pesquisas com ênfase em teoria marxiana e teoria marxista contemporânea, atuando principalmente em torno dos temas Marx, Georg Lukács, István Mészáros, Movimentos Sociais, Trabalho, Ontologia, Brasil e América Latina.

Entre outras produções, foi responsável técnica, em 2010, pela tradução do livro “Atualidade histórica da ofensiva socialista - uma alternativa radical ao sistema parlamentar”, do filósofo húngaro marxista István Mészáros. Também fez a apresentação do livro do mesmo autor publicado em 2016 com o título “A teoria da alienação em Marx”.

 

 

Terça, 22 Agosto 2017 15:09

 

A Direção do Sintuf-MT- ESPAÇO SAÚDE, convida a todos(as), para a Palestra:

Combinações Alimentos e suas Reações Químicas.

- Palestrante: Diego Tavares PROARSA

 

Data:  06/09/2017

Horário: 08h30

Local: Auditório do Sintuf/MT

Duração: 45 minutos

 

Inscrições no Sintuf-MT com a Débora ou a Flavia

Sexta, 04 Novembro 2016 14:37

 

Boa tarde.

O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFMT (Sintuf-MT) convoca a todos os trabalhadores para participarem da Assembleia Geral desta terça-feira (08.11), às 08h30, no auditório da Famev. Pauta:

Informes Nacionais e Locais;

Encaminhamentos da Greve;

Palestra sobre a PEC 241 / PEC 55 com representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Max Leno de Almeida.


Dúvidas estaremos a disposição.
Saudações Sindicais

Quarta, 31 Agosto 2016 10:03

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Boa tarde

 

Agradeço a oportunidade de estar aqui e de refletir sobre alguns dados da realidade do trabalho docente na Universidade Federal de Mato Grosso.

Agradeço o convite que me foi apresentado pela Magnífica reitora, profa. M. Lúcia Cavali Neder, pessoa pela qual cumprimento todos os presentes, especialmente os professores e professoras da nossa instituição.

E agradeço também a contribuição significativa de minhas estagiárias e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Política Social - PPGPS.

Minha exposição de dados será dividida em duas partes:

- na primeira falarei sobre o resultado de uma pesquisa realizada por minha orientada, Paula Adriana Lima Freitas, no PPGPS, cujo objetivo foi o de conhecer as dificuldades e os conflitos gerados durante a realização do trabalho docente na UFMT. Analisamos também os registros de Sindicâncias Investigativas e dos Processos Administrativos Disciplinares, constantes nos Relatórios de Gestão da nossa universidade, no período de 2010 a 2014, e entrevistamos 12 docentes que viveram situações de constrangimentos e conflito durante o desenvolvimento de suas atividades laborais.

– e na segunda parte apresentarei alguns dados sobre a carga horária de trabalho dos docentes na UFMT. Dados que foram coletados em documentos oficiais da universidade, junto ao site (Projetos de Cursos) e também a partir dos relatórios emitidos pela STI. Esses dados foram organizados especialmente para este Seminário.

Portanto, minha contribuição aqui é a de informá-los sobre aquilo que observamos, coletamos e permaneceremos analisando

 

PRIMEIRA PARTE

 

Para analisar os conflitos existentes entre os docentes, no momento da realização de suas atividades, nos ancoramos, primeiramente, na concepção teórica do que seja o TRABALHO DOCENTE.

 

 

1 CONCEPÇÕES

 

Logo de início, e considerando os dados relativos aos Processos Administrativos e Inquéritos Investigativos, partimos do pressuposto de que a universidade é um espaço permanentemente atravessado por lutas e disputas por hegemonia.

E que ENSINAR consiste em trabalhar com seres humanos, sobre seres humanos, para formar seres humanos.

Portanto, o objeto de nosso trabalho é um objeto humano. E, neste processo em que esse ser humano é formado, nós docentes, também somos formados e transformados.

Portanto, exercer a docência é envolver-se ao mesmo tempo, numa práxis fundamental em que também somos transformados.

Precisamos ter em mente que o trabalho docente é um trabalho cognitivo, baseado em informações, conhecimentos, concepções, e que para seu exercício é demandado TEMPO para: observação, compreensão, interpretação e análise do objeto estudado. E isso não acontece dentro da lógica do mercado.

Os depoimentos dos docentes revelam que há, no cotidiano do exercício profissional, constantes deslocamentos, desorientações, conflitos, desvios, tensões e contradições no comportamento dos nossos docentes.

Verificamos que uma das maiores dificuldades do trabalho docente é a grande diversidade de tarefas que se tem a cumprir, ou seja, sobrecarga de trabalho com: ensino, pesquisa, extensão, orientação, produção numa lógica produtivista, representação e administração. Tudo ao mesmo tempo.

Assim, contrariando as nossas concepções, o docente não é mais um profissional com tempo para pensar. É um simples executor de tarefas.

 

 

2 RESULTADOS DA PESQUISA SOBRE O TRABALHO DOCENTE E OS SEUS CONFLITOS

 

- Constatamos, pelos depoimentos, que os docentes estão convivendo muito mal com as negociações administrativas estabelecidas na Ufmt.

- Eles denunciam privilégios de alguns grupos; denunciam dificuldades com o nível de colaboração dos colegas e da própria instituição nos momentos de dificuldades; insatisfação com as suas próprias realizações, e sofrimento neste espaço tensionado.

- Percebemos que a universidade (como espaço organizacional) está caracterizada pela codificação e burocratização do trabalho docente, sem dar aos docentes condições para atenderem as demandas da burocracia. Ex: relatórios a serem preenchidos com dados que já foram oferecidos nos Planos de Ensino, nos Relatórios de Pesquisa e até mesmo nos processos de progressões e promoções funcionais. Há uma insistente e repetitiva solicitação, por diferentes setores da UFMT, das mesmas informações.

- Constatamos que há, realmente, uma relação de violência instalada. Ora de violência entre os pares, ora de violência administrativa/institucional. E isso, tem sido empecilho para uma convivência humanamente aceitável em um grupo de trabalhadores pós-graduados.

- Os depoimentos nos permitem apontar que há entre os docentes, sentimentos semelhantes ao que Jayet (1994) apresenta como indicadores de sofrimento:

 

1º. Slide – Manifestações docentes sobre os conflitos no trabalho

  • Medo físico - fragilidade do corpo quando exposto a determinadas condições de trabalho;
  • Medo moral - medo do julgamento dos outros e de não suportar a situação de pressão e adversidade na qual realiza a tarefa;
  • Ininteligibilidade das decisões organizacionais, que gera falta da referência da realidade;
  • Sobrecarga do trabalho, gerando a impressão de que não vai dar conta das responsabilidades;
    • Conflitos entre valores individuais e os valores organizacionais;
    • Incertezas sobre o futuro da organização e o seu próprio futuro – gerando desistência da docência e transferências para outras instituições;
    • Perda do sentido do trabalho a partir da não compreensão da lógica das decisões institucionais;
    • Sentimento de injustiça;
    • Falta de reconhecimento retratado na ausência de retribuição financeira;
 
 
 
 
 
 
 
 

Fonte: Jayet (1994, apud Ferreira e Mendes, 2001). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epsic/v6n1/5336.pdf

 

3 EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES E ÀS SINDICÂNCIAS INVESTIGATIVAS NA UFMT, coletamos os dados que estão registrados nos Relatórios de Gestão, no período de 2010 a 2014.

 

As informações constantes nos relatórios não permitiram uma análise sobre o desfecho conclusivo de cada processo, visto que as fichas estão incompletas, mas por elas conseguimos confirmar a hipótese de que a UFMT vive intensos conflitos nas relações de trabalho.

Os relatórios oficiais da gestão apresentam a indicação de dois tipos de processo: Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é o instrumento destinado a apurar a responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições relativas ao cargo em que se encontre investidas; e a Sindicância Investigativa (SI) que é o procedimento preliminar sumário, instaurada com o fim de investigação de irregularidades funcionais, que precede ao processo administrativo disciplinar, sendo imprescindível a observância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

Tivemos dificuldades, em algumas fichas, para verificar se as pessoas envolvidas nos PADs ou nas SIs eram parte do quadro docente ou do quadro técnico. Nem todas as fichas oferecem tal informação.

 

Nos relatórios encontramos PADs e SIs motivados inclusive por ameaças e agressões, levando-nos a concluir que os servidores da UFMT estão submetidos ao estress, o que Grandjean (1998) descreve como “um acontecimento emocional negativo, gerado por sensação de medo, tensão, derrota, raiva, cansaço e falta de iniciativa”.

 

É oportuno destacar que um dos grandes problemas da atualidade nas relações de trabalho é o estresse ocupacional, considerado uma das doenças da modernidade. Geralmente é definido por diversos autores como conjunto de sofrimentos psicológicos associados às experiências do trabalho e como perturbações psíquicas.

           

O relatório de 2011 registra graves ocorrências, inclusive uma tentativa de atropelamento de docente contra um porteiro; agressão de uma enfermeira (servidora) contra pacientes, e maus tratos a pacientes do HU.

 

Fatos que indicam alto grau de estresse, ou seja: uma exaustão emocional, levando à depressão e à instabilidade emocional, a pessoa com tal exaustão apresenta um desgaste físico e emocional, levando-a um comportamento agressivo e de irritabilidade. Knapik (2005, p. 206).

 

Em 2012 foram abertos 70 (setenta) PADs e 12 (doze) sindicâncias investigativas, e conforme o Relatório de Prestação de Contas, grande parte das demandas foram julgadas. As motivações destes procedimentos não foram apresentadas nos relatórios.

 

Em 2013 tivemos sindicância aprovada para verificar: agressões físicas entre servidores; jornada excessiva de trabalho com mais de 80 horas e desacato a servidor público. Em relação aos registros de 2013 aparecem atos violentos entre servidores públicos e novamente um caso de agressão física envolvendo alunos, como apareceu no ano de 2011.

 

Em relação aos procedimentos ocorridos no ano de 2014 encontramos dois processos de discente denunciando assédio moral por parte de docente, cujas ações ainda se encontram em andamento. Este processo está revestido de sigilo, o que impossibilita maiores informações.

Há também processos de desacato, crime contra a dignidade sexual, ameaça verbal de morte, que é crime previsto no art. 147 do Código Penal.

        

Vejamos o gráfico:

 

2º. slide: Quantidade de processos administrativos disciplinares e sindicâncias

 

 

Legenda: PAD = Processo Administrativo Disciplinar e SI = Sindicância Investigativa

 

           A representação gráfica demonstra que no ano de 2010 foram abertos 142 (cento e quarenta e dois) PADs, juntamente com as SI, e assim sucessivamente, em 2011 o número foi de 182 (cento e oitenta e dois); em 2012 teve um índice de 82 (oitenta e dois); em 2013 teve um equivalente de 98 (noventa e oito). E finalizando em 2014 houve a abertura de 67 (sessenta e sete) procedimentos.  Reunindo todos os números tem-se um total de 574 (quinhentos e setenta e quatro) processos PAD + SI.

 

 

SEGUNDA PARTE

 

Dados semelhantes aos que aqui apresentamos foram reunidos durante o período de greve docente na UFMT, no ano de 2014. Agora foram atualizados para serem apresentados neste seminário.

Com todo respeito ao Relatório da Auditoria Interna e aos apontamentos da CGU, apresentamos, com mesma metodologia de pesquisa, resultados diferentes em alguns aspectos. Vejamos:

 

ANÁLISE ATUAL – PIAS

 

QUANTIDADE DE TURMAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO E DE PROFESSORES POR CAMPI*:

Câmpus

Turmas/Cursos

Nº Professores

Cuiabá

61

1158

Várzea Grande

5

46

Araguaia

16

201

Sinop

11

254

Rondonópolis

22

337

Total

115

1996

*A quantidade de turmas/cursos foi retirada do site da UFMT e a quantidade de professores foi fornecida pela STI

 

3º. Slide - CH/SEMESTRAL EM ENSINO – UFMT/CUIABÁ

 

– O Campus Cuiabá está constituído por 47 cursos (com 61 turmas) e os PCs totalizam uma carga horária de 178.963 horas/semestre em ensino (fora atividades complementares):

178.963 /100 dias letivos = 1.789, 63h/dia

1.789h x 5 dias = 8.948,15h/semanais

8.948 / 1.158 docentes = 7,73 (fora preparação)

7,73h x 1.5 = 11,59

11,59 + 7,73 = 19,32 (apenas na graduação)

 

– O Campus Araguaia está constituído por 03 Institutos com 16 cursos (16 turmas) e uma carga horária de 52.624 horas/semestre:

52.624 / 100 = 526,24h/dia

526,24h/dia x 5 dias = 2.631,20h/semana

2.631,20 / 201 = 13,09

13,09 x 1,5 = 19,64

19,64 + 13,09 = 32,73

 

– O Campus Rondonópolis está constituído por 03 Institutos com 19 cursos (com 22 turmas) e uma carga horária de 55.544 horas/semestre:

55.544 / 100 = 555h/dia

555,44h/dia x 5 dias = 2777,20 h/semana

2.777,20 h/semana / 337 docentes = 8,24

8,24 x 1,5 (preparação) = 12,36

12,36 + 8,24 = 20,60

 

– Campus Sinop está constituído por 03 Institutos com 11 cursos (11 turmas) e uma carga horária de 41.000 horas/semestre:

41.000 / 100 dias letivos = 410h/dia

410h x 5 dias = 2.050h/semana

2.050 / 254 docentes = 8,07

8,07 x 1,5 (preparação) = 12,11

12,11 + 8,07 = 20,18 horas de ensino na graduação/semana

 

– Campus Várzea Grande está constituído por 01 Instituto com 05 cursos (5 turmas) e uma carga horária de 7.472 horas/semestre:

7.472 / 100 dias letivos – 74,72h/dia

74,72h/dia x5 dias = 373,6h/semanais

373,6h /46 docentes = 8,12

8,12 x 1,5 = 12,18

12,18 + 8,12 = 20,30

 

 

4º. Slide - CH/SEMESTRAL EM ENSINO – UFMT/TODOS OS CÂMPUS

TOTAL CH/Semestre na UFMT = 335.603 horas/semestre, distribuída entre 1.996 docentes, resulta numa média de 21 horas e 02 minutos/semanais para cada docente, em atividades de ensino, apenas nos cursos de graduação (de todos os Câmpus).

 

CH COM ATIVIDADES DE ENSINO

HORA AULA + PREPARAÇÃO/ POR CÂMPUS

Câmpus

Carga horária semanal

Cuiabá

19,32

Várzea Grande

20,30

Araguaia

32,73

Sinop

20,18

Rondonópolis

20,60

UFMT (geral)

21,02

 

 

ANÁLISE DE 870 PIAS

 

Analisamos PIAS de 07 Faculdades e Institutos (FAMEV, FE, FENF, FM, ICET, ICHS, IL) totalizando 435 PIAS de 2015/1 e 435 de 2015/2, num total de 870 PIAS.

 

5º. Slide – PIAS e CH (FAMEV, FE, FENF, FM, ICET, ICHS, IL)

EM 2015/1

Quantidade de PIAS

Carga Horária

157

0 encargos

21

de 0,01 a 20h*

69

de 20,01 a 40h

72

de 40,01 a 50h

48

de 50,01 a 60h

40

de 60,01 a 70h

11

de 70,01 a 80h

07

de 80,01 a 90h

05

de 90,01 a 100h

02

de 110,01 a 120h

03

de 130,01 a 140h

435

 

*Neste grupo existem apenas 7 docentes com contrato de 20 horas, portanto há registro de 14 docentes contratados por 40 horas e trabalhando 20.

 

Obs. Neste semestre (de 435) apenas 194 PIAS foram aprovados; 235 não foram avaliados; e 06 foram reprovados.

PIAS com mais de 40 horas = 185 (42,52%)

PIAS com mais de 50 horas = 116 (26,66%)

 

Quantos estão com carga horária na pós-graduação? 56 docentes

Quantos estão com pesquisa? 151

Quantos com + 10 horas na pesquisa? 23 (6 pessoas com 20 horas – o que contraria a Resolução/Consepe 158)

 

EM 2015/2 TEMOS A SEGUINTE SITUAÇÃO:

 

6º. Slide – PIAS e CH (FAMEV, FE, FENF, FM, ICET, ICHS, IL)

 

EM 2015/2

Quantidade de PIAS

Carga Horária

144

0 encargos

27

de 0,01 a 20h*

72

de 20,01 a 40h

85

de 40,01 a 50h

48

de 50,01 a 60h

29

de 60,01 a 70h

16

de 70,01 a 80h

05

de 80,01 a 90h

04

de 90,01 a 100h

03

de 100,01 a 110h

02

de 110,01 a 120h

435

 

* Neste grupo existe apenas 7 docentes com contrato de 20 horas, portanto há 14 docentes contratado por 40 horas e trabalhando 20h.

 

Obs.

- 192 PIAS dentre os 435 estão com mais de 40 horas/semanais de atividades = (44,13%).

- 107 PIAS apresentam mais de 50 horas/semanais de atividades = (24,59%).

 

Quantos estão com carga horária na pós? 67 docentes

Quantos docentes estão com pesquisa? 160

Quantos com + de 10 horas em pesquisa? 24 (um PIA com 40 horas);

Obs. O STI contabiliza a quantidade de horas, mesmo quando a docente não coloca a CH no PIA.

 

7º. Slide - EXEMPLO DE PIA COM SOBRECARGA DE TRABALHO OU ZERADO:

DOCENTE – 40H DE

08h – encargo com laboratório

02h – colegiado departamento

30h – projeto pesquisa (em 4 projetos)

10h – projeto de extensão

16h – orientação (VIC, Monitoria, Pós-graduação, Graduação = 8 alunos)

54,5h – sala de aula e preparação (4 disciplinas sem dobra de horário)

Total = 120,5 horas na STI e (94,5 no PIA preenchido pelo professor).

Obs. Não tem disciplina na pós-graduação.

 

DOCENTE – 40H DE COM PIA ZERADO

Temos 2 PIAS zerados que foram aprovados apenas pelo Colegiado de Departamento – 2015/1 e 2015/2 com a informação de que a docente estava afastada por Portaria do Gabinete.

Não consta no PIA nenhuma atividade, mas sabemos que a referida docente exerceu no referido período, atividades administrativas.

 

8º. Slides – PIAS COM GRAVES PROBLEMAS PARA OS GESTORES/AS

Entre os PIAS de docentes (contratados com 40 horas) encontramos:

- PIA com 4,21h/semana

- PIA com 5,88h/semana

- PIA com 16h/semana

 

EM UMA DAS UNIDADES ANALISADAS ENCONTRAMOS:

- Dos 56 PIAs de uma Faculdade, tem-se 36 zerados.

- Dos113 PIAS de outra Faculdade, tem-se 62 zerados.

 

 

9º. Slides – CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

1 - Considerando os PCs e o número de docentes em todos os Câmpus, concluímos que todos fazem mais de 8 horas de ensino (hora em sala de aula), conforme determina a legislação (LDB); e não menos que 19,32 horas quando somadas as horas de preparação;

2 – Considerando os 870 PIAs encontramos 44,16% deles com CH superior a 40h;

3 - Considerando os 435 PIAs de 2015/2 temos 160 docentes com atividades de pesquisa, com CH total de 1.464,17 horas, que divididas por 160 docentes resulta em 9,15h para cada pesquisador; (igual ao permitido pela Resolução 158)

4 - Considerando os 435 PIAs de 2015/2 temos 210 docentes com atividades administrativas, com CH total de 2.259 horas, que divididas por 210 docentes resulta em 10,75 h para cada docente; (A CH de administração supera em 1,6 horas à CH de Pesquisa, mas representa apenas 50% da CH de ensino (19,32h no Câmpus Cuiabá);

5 - Considerando os 435 PIAs de 2015/2 temos 38 docentes com atividades de extensão, com CH total 280,65, que dividas por 38 docentes resulta em 7,38 horas para cada docente (o que é muito semelhante à CH de ensino sem preparação);

6 – Não analisamos, até o momento, a carga horária de ensino na pós-graduação.

 

Portanto, se existe alguma incompatibilidade (para menor) entre o contrato de trabalho do docente, com as horas efetivamente trabalhadas, ela não é regra, é exceção.

 

 

 

10º. Slide

“A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que, se a década passada foi a vez das lesões por esforços repetitivos – a LER, essa será a década do ESTRESSE, DA DEPRESSÃO, DO PÂNICO, DA TORTURA PSICOLÓGICA E DE OUTROS DANOS PSÍQUICOS relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas às políticas neoliberais”.

 

Quarta, 13 Julho 2016 14:54

 

Data: 14/07/16

Horário: 20h

Local: auditório da Faculdade de Economia.