JUACY DA SILVA
Há décadas todos os Governos, desde Sarney ate o interino, farinha do mesmo saco, que apoiou Lula/Dilma, Michel Temer, usam de mentiras sobre o deficit da previdência para cortar beneficios e jogar a carga da corrupção e da gestão incompetente nas costas dos trabalhadores do setor público e privado, para "solucionar o problema".
Governantes que legislam em causa própria, que criam privilégios para si, para seus familiares, que se utilizam das estruturas do poder para benefícios próprios,popularmente entendidos como mordomias, altos salários e outras mutretas , enquanto a população sofre com uma carga tributária enorme, governantes que no exercício do poder não tem responsabilidade com os gastos públicos e não conseguem attender níveis de eficiência, eficácia e efetividade, não tem moral para propor reformas que, na verdade, apenas irão mais sofrimento , fome e miséria ao povo brasileiro.
Enquanto os trabalhadores e a classe média baixa precisam mourejar durante mais de 35 anos, de trabalho duro, uma jornada de trabalho de 184 horas, além de mais de duas out res horas diárias para o deslocamento de casa para o trabalho e vice versa, para, ao final da vida, receberem menos ou apenas um salário mínimo, os marajás de nosso “Estado democrático de direito” continuam aumentando seus salários, diversas vantages, como auxílio moradia, férias/recess duas vezes por ano, auxílios diversos e tantas mordomias que representam um escárnio ante o que o povão recebe, nada disso é levado em conta quando os governantes usam de verdadeiro terrorismo verbal e burocrático para tentar demonstrar que um dos grandes problemas do país é o buraco da previdência.
No entanto, nada falam e nada fazem para cortar os privilégios de uma elite que ganha altos salários e muitas mordomias e se aposenta com até um mes na função, como aconteceu em Mato Grosso há alguns anos, quando um Presidente da Assembléia Legislativa, sendo o segundo substitute do Governador que se afastara para concorrer a outro cargo eletivo, acabou aposentando com ex governador, ou pouco mais de um ano como governadores tampões ou substitutos; Deputados federais, estaduais, Governadores, Presidentes da Republica, ministros, conselheiros de Tribunais de Contas e de outras instancias da Administração Pública se aposentam com menos de oito anos de “trabalho”, com todas as mordomias, além de vários que acumulam tres, quatro ou até cinco aposentadorias.
Enquanto isso, os trabalhadores que ganham um salário minimo de fome se aposentam com a média das contribuições dos últimos cinco anos, valores corroidos pela inflação para sustentarem suas famílias que continuam na pobreza e na miséria. Boa parte dos aposentados brasileiros, tanto urbanos quanto rurais precisam de programas como bolsa família, sacolões ou caridade pública para sobreviverem e sustentarem as famílias.
Atualmente (2016) existem 28,2 milhões de aposentados no Brasil que recebem pelo INSS. Desses 760 mil recebem menos que um salário mínimo; 66,8% ou 17,4 milhões recebem apenas o piso básico que é de R$880,00, praticamente apenas um salário mínimo; 9,8 milhões recebem entrée dois a cinco salários mínimos e apenas 0,6% ou 180 mil aposentados recebem o teto máximo que é de R$5.189,82 e 93 mil recebem acima deste teto.
Em um país com tanta corrupção, com tantas quadrilhas de colarinho branco aliadas de empresários corruptos, com tantos privilégios para as governantes e gestores de alto escalão falar em cortar beneficios das classes baixa e média baixa que ganham uma miséria é UMA VERGONHA, um acinte, um desrespeito, uma injustiça, uma afronta a democracia e `a justiça social.
A corrupção, segundo um procurador da República que entregou ao Congresso Nacional um projeto de Lei popular, de iniciativa do MPF como forma de se combater a corrupção em nosso país, é responsável por um buraco/roubo dos cofres publicos na ordem de R$200 bilhões de reais por ano.
Segundo o TCU o Brasil “perde” anualmente em torno de R$150 bilhões com obras paradas, como as do VLT em Cuiabá. Só o pagamento de juros sobre uma dívida pública que cresce bilhões a cada ano, o Brasil em 2015 gastou mais de R$450 bilhões em 2015 que, ao ser adicionados `a rolagem e amortização atingiu quase novecentos bilhões, ou praticamente 48% do Orçamento Geral da União. A sonegação e a inadimplência representam mais de R$250 bilhões por ano e a renúncia fiscal por parte da União, dos Estados e Municípios chegam a mais de R$200 bilhões por ano. Ou seja, existe uma incompetencia generalizada por parte dos Governos federal, Estaduais e municipais para acabarem com esses buracos ou ralos por onde escoam bilhões ou quase um trilhão de reais por ano.Ao invés de buscar ser mais eficiente na gestão pública, nossos governantess cortam recursos para políticas públicas como educação, saúde, segurança, saneamento e meio ambiente, infra estrutura e outras mais e agora vem com uma proposta indecente para marginalizar ainda mais milhões de trabalhadores, atualmente aposentados ou já no Mercado de trabalho e que ao se aposentarem em um future próximo irão viver na miséria e na exclusão social. Isto não é justo e nem humano.
Se for para cortar na carne porque não começar acabando com tantos privilegios, mordomias e mutretas dos governantes e gestores que também acumulam privilégios? Boa parte, para não dizer a maioria, de nossos governantes na verdade são grandes demagogos e exploradores do povo! São eleitos ou nomeados para defenderem os interesses e as aspirações da população, mas usam as estruturas de poder para se locupletarem e defenderem seus interesses imediatos ou dos grupos que representam!
JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado, mestre em sociologia, colaborador e articulista de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação.Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. twitter@profjuacy Bloghttp://www.professorjuacy.blogspot.com/
NÚMEROS QUE ASSUSTAM
JUACY DA SILVA*
Quando se fala em crise econômica geralmente o foco tem sido o descontrole das contas públicas, ou seja, os governos federal, estaduais e municipais, sistematicamente gastam mais do que arrecadam e aí surgem os famosos deficits públicos.
Apesar da gravidade da situação, geralmente a maior parte, para não dizer a quase totalidade, de nossos governantes não cumprem com a determinação constitucional, llegal e de cidadania no sentido de dar transparência aos seus atos, mesmo porque se assim fosse não haveria tanta corrupção no Brasil.
Nosso país possui inúmeros organismos e instâncias para promover o controle dos gastos públicos e as ações de governo como os poderes legislativos federal, estaduais e municipais; os tribunais de contas da União, dos Estados e, ainda, de alguns municípios como SP e Rio de Janeiro, as constroladorias gerais da União, dos Estados e municípios, as ouvidorias, as procuradorias, as auditorias, as instâncias policiais em todos os níveis, os Ministérios Públicos Federal e Estaduais, o Sistema judiciário e as entidades não governamentais como OAB, os movimentos de combate a corrupção eleitoral e em outras dimensões. Enfim, não é por falta de leis e organismos de controle que tanto a corrupção quanto a balbúrdia nas contas públicas campeiam de uma forma vergonhosa.
Todavia, quem de fato ajuda e em muito no controle da máquina pública, principalmente em seus desvios funcionais e em seu espírito paquiderme e de Ali Babá e seus , não quarenta, mas milhares ou dezenas de milhares de ladrões, tem sido a imprensa livre e investigativa, que ao longo dos tempos tem mostrado as chagas de nossos sistemas politico, econômico, judicial, administrativo e de gestão.
Estamos em plena crise econômica , financeira e orçamentária que beira o caos, que tem gerado recessão econômica, com encolhimento do PIB por tres anos ou talvez chegue ao quarto ano consecutivo de ‘crescimento” negativo, fechamento de dezenas de milhares de empresas de todos os portes, gerando o desemprego de mais de 11,3 milhões de pessoas que até recentemente trabalhavam com carteira assinada e todas as garantias trabalhistas, previdenciárias e sociais, empurando essas famílias para a informalidade, para a fome e a miséria, anulando todo o “esforço” feito pelos governos ao longo de mais de uma década com seus programas assistencialistas e paternalistas.
A recessão tem também outro efeito imediato que é a queda da arrecadação do poder executivo federal, estaduais e municipais, gerando instabilidade social , política e a deterioração da qualidade dos serviços públicos, afetando toda a sociedade, mas de uma forma mais cruel a camada mais pobre, mais de 150 milhões de pessoas que tem na saúde pública, na educação pública, na segurança pública as únicas fontes de atendimento para suas necessidades básicas.
Apesar de o Brasil ter uma das maiores cargas tributárias do mundo, nossos governantes anteriores e os atuais ao invés de cortarem privilégios e desperdício de recursos públicos, incluindo a corrupção, a incompetência, a inadimplência e a sonegação, teimam em penalizar a população com mais impostos e mais privilégios para as camadas superiores da sociedade e os próprios governantes e gestores de alto escalão, enfim, os donos do poder.
Nossos governantes continuam favorecendo os grandes grupos econômicos com renúncia fiscal, que deixa de arrecadar mais de 240 bilhões por ano; em conceder crédito subsidiado a vários setores empresariais, através do BNDES, BB, CEF e outros bancos públicos, onerando o Tesouro Nacional/contribuintes em mais de 100 bilhões por ano, fazendo vistas grossas ou ajudando através da morosidade e da corrupção os grandes sonegadores , onde apenas 0,1% das empresas sonegam mais de 425 bilhões por ano em impostos não pagos e ainda atuam para que a corrupção faça parte das ações do CARF, vide Operação Zelotes. O estoque da sonegação dessas empresas era de 723,4 bilhões de reais em dezembro de 2014 e o total so da Dívida Ativa da União DAU, em dezembro de 2015 era de 1,3 trilhões de reais e ao final deste ano deverá atingir próximo a 1,5 trilhões de reais. Só a dívida pública consome praticamente metade do Orçamento Geral da União, com gastos com juros, rolagem, e “administração” dessa dívida que não para de crescer e deverá ser mais de 2,4 trilhões de reais em dezembro vindouro e irá comprometer o futuro de nosso país.
Mesmo tendo tanto buracos a serem fechados e ativos/impostos a serem arrecadados dos maus pagadores, o Relator do Orçamento da União, Senador do PR/MT, Wellington Fagundes, atendendo “pleito” do Governo Interino Temer, teima em reintroduzir a famigerada CPMF que já foi rejeitada amplamente pelo Congresso Nacional e pela população brasileira.
Aumento de carga tributária em meio a uma grave crise economica , desemprego e inadimplência generalizada e juros extorsivos irá contribuir ainda mais para penalizar as camadas média e mais pobres do país! Esta não é a saída, com certeza!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
ELEIÇÕES E PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Estamos nos aproximando das eleições municipais de 2016, quando serão eleitos milhares de prefeitos e vice-prefeitos e dezenas de milhares de vereadores, para, como espera a sofrida população brasileira, realizarem uma gestão pública ética, transparente, eficiente, eficaz, efetiva e voltada para a solução dos problemas que, por décadas, tem afetado nossos municípios.
Talvez esta seja uma boa oportunidade para que os partidos políticos ou coligações e não apenas os candidatos, possam apresentar aos eleitores dois tipos de planejamento, um de curto prazo, ou seja, para o próximo mandato e ao mesmo tempo outro de médio e de longo prazos, com horizonte temporal de dez anos ou vinte anos, para que as futuras administrações possam ter continuidade.
Geralmente os candidatos apresentam uma série de promessas, muitas das quais verdadeiras peças de fantasia, esquecendo-se de realizar um diagnóstico profundo da realidade demográfica, social, econômica, ambiental e, mais importante do que isso, uma radiografia da situação orçamentária e financeira de cada município, incluindo as estratégias e as metas que balizarão cada gestão.
Bem sabemos que os municípios são os primos pobres de nossa federação, onde a União abocanha a maior parte, em torno de 63%, dos recursos que os contribuintes pagam em impostos, taxas e contribuiçãos; os estados ficam com pelo menos 25% do bolo tributário nacional, restanto aos municípios em torno de 12% ou pouquinho mais do que isso.
Tanto a União, quanto os Estados e municípios estão praticamente falidos, muitos, como no caso do Rio de Janeiro, que é um verdadeiro descalabro, não conseguem sequer pagar a folha de pagamento e demais encargos que a União repassou aos estados e municípios, sem que a contrapartida de recursos financeiros e orçamentários tivessem também sido compartilhados.
Ano após ano, assistimos um triste espetáculo de medicância política, seja de prefeitos e governadores dirigindo-se a capital federal, quando realizam individualmente ou tendo a tiracolo um parlamentar federal, senador ou deputado, que ocupam a maior parte de seu tempo realizando atividades de padrinho ou despachante de luxo em Brasília. O espetáculo é mais deprimente quando prefeitos, aos milhares, resolvem realizar as famosas marchas, `a semelhança de alguns movimentos sociais e chegam até mesmo a demonstrar certa forma de “indignação” política, na esperança de “sensibilizar” nossos governantes, vale dizer, os donos do poder executivo, no caso o ou a presidente de plantão no Palácio do Planalto, que tem a “chave do cofre”, inclusive a liberação das famosas emendas parlamentares, uma espécie de moeda de troca nas relações entre os poderes executivo e legislativo.
O que prefeitos e em menor escala governadores, não sabem ou fingem não saber é que tudo isso representa um verdadeiro teatro ou circo politico,onde tres grandes problemas ou desafios estão postos na política brasileira. O primeiro é que o Estado brasileiro, ai incluindo União, estados federados e municípios não primam pela ética, pela transparência, pela decência e pela racionalidade quando se trata de arrecadação de impostos, taxas e contribuições e de outro não tem o mínimo cuidado com a aplicação do dinheiro público. Basta ver que o rombo nas contas públicas constantes do OGU Orçamento Geral da União, para 2016 foi aprovado pelo Congresso um deficit de 170 bilhões. Segundo, a corrupção tem sido a marca registrada tanto no Governo Federal quanto de estados e municípios, chegando a mais de duzentos bilhões de reais por ano, segundo pronunciamento de um procurador da República quando da apresentação do Projeto de Iniciativa Popular, encaminhado ao Congresso recentemente. Terceiro, pela incompetência do Governo e a falta de planejamento nacional de médio e longo prazo, o Brasil há praticamente quatro anos encontra-se em plena recessão e estagnação econômica e isto afetou profundamente as receitas federais , estaduais e municipais.
Resultado, os candidatos nessas eleições municipais não podem apresentar a população planos mirabolantes, desligados da situação em que vivemos, que é extremamente grave e nem podem imaginar que tem uma bola de cristal ou varinha de condão com o poder de gerar receitas fora das limitações que a crise está impondo ao país. Pior ainda é a situação dos pequenos municípios, com população menor do que 20 mil habitantes, cuja maior fonte de receita tem sido as transferêcias constitucionais e o principal fonte de renda de seus habitantes são as transferências da aposentadoria, do bolsa família ou outros programas assistencialistas.
Este é o quadro de nossos municípios que mobilizarão milhões de eleitores para escolher seus govenantes para os próximos quatro anos. Oxalá os candidatos não estejam alienados quanto a esta realidade e possam realizar um debate honesto e aberto com a população sobre como encontrar as saídas para os problemas que diretamente afetam o povo e seus municípios. Chega de mentiras e demagogia, só a verdade abre caminho para as transformações.
JUACY DA SILVA, professor univeristário, titular e aposentado UFMT, Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twtter@profjuacy
LIMPEZA GERAL, CHEGA DE CORRUPÇÃO
JUACY DA SILVA*
A cada dia a população é colhida de “surpresa” pelo noticiário dos meios de comunicação de casos e mais casos de corrupção em todos os Estados, municípios e na Administração federal. A polícia Federal, a polícia civil dos vários estados, o Ministério Público Federal, os GAECOS dos Ministérios Públicos Estaduais, a Justiça Federal e a Justiça dos Estados estão abarrotados de processos onde “autoridades”, com ou sem mandato, estão, foram ou serão investigadas, presas e condenadas por crimes de colarinho branco.
Entre os crimes mais comuns nesses processos estão: corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de organizações criminosas/quadrilhas, evasão de dinheiro, tráfico de influência, enfim, roubo. Assim sendo essas autoridades na verdade são ladrões de colarinho branco, gente influente, até há bem pouco tempo “acima de qualquer suspeita”, que, ao roubarem dinheiro público e colocarem importâncias vultuosas de milhões e bilhoões de reais em contas secretas em paraísos fiscais ou outros países, passaram a ser investigados de forma mais profunda, principalmente a partir da OPERAÇÃO LAVA JATO e a batuta do Juiz Federal Sérgio Moro, em Curitiba.
Todavia, a força tarefa e a ação destemida da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e a Justiça Federal, em Curitiba, não conseguem alcançar ou atingir os chefões desses esqueumas criminosos, pois os mesmos, apesar de que muitos já figuram das listas de bandidos de colarinho branco, as famosas LISTAS do JANOT, da Odebrecht e outras que surgem a partir dos acordos de delação premiada, por serem protegidos pela excrecência jurídica de que tem “foro especial” ou privilegiado e só podem ser investigados, presos, julgados e condenados pelo e com autorização do STF, que tem um rítimo bem mais devagar do que a Operação Lava Jato em Curitiba, acabam ficando impunes.
Até o momento, apenas o ex Senador e Líder do Governo Dilma no Senado, Delcidio Amaral foi preso e perdeu o mandato, os demais, incluindo vários deputados federais, senadores, com destaque para os presidentes da Câmara Federal Eduardo Cunha e do Senado, Renan Calheiros, ninguém parece temer as ações do Procurador Geral da República e do STF, pois continuam discursando no Congresso e andando livremente pelo país, inclusive usando aviões da FAB e desfrutando de todas as mordomias e privilégios que os cargos lhes proporcionam, pagos, claro, com odinheiro público, oriundo de uma das maiores cargas tributárias do mundo, enquanto os trabalhadores tem que fazer malabarismo para sustentarem a si e suas famílias na linha ou pouco acima da linha de pobreza.
Na manhã de ontem, quinta feira, 23 de junho de 2016, acordamos com o estardalhaço da prisão preventiva de um figurão importate do PT e dos Governos LULA e DILMA, o ex ministro de planejamento e das comunicações Paulo Bernardo, no desodbramento da operação pixuleco/lava jato, agora denominada, nesta fase, de CUSTO BRASIL. A imprensa destaca também o fato do ex ministro ser esposo da ex ministra chefe da casa civil de Dilma, senadora aguerrida do PT/PR Gleisi Hoffman e que tanto ela quanto seu esposo agora trancafiado na Policia Federal já foram indiciados em outro processo que investiga o uso de dinheiro roubado da PETROBRÁS na Campanha para o Governo do PR em 2010.
Neste meio tempo o STF por 11 votos a zero torna o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha em réu por corrupção e outros crimes mais. De forma semelhante há poucos dias foram presos vários empresários e outros laranjas nas investiações que estão sendo feitas sobre a origem dos recursos usados pelo Candidato Eduardo Campos, falecido em plena campanha.
Da mesma forma no Rio de Janeiro o ex governador Sérgio Cabral é acusado de receber propina das obras da copa, principalmente do Maracanã, situção que também existe em diversos estados em que foram construidas obras da fracassada COPA 2014.
Em São Paulo está em andamento inestigações sobre corrupção na merenda escolar e também na Companhia dos trens metropolitanos. Em Minas Gerais o já condenado no MENSALÃO, publicitário, queridinho do PT e PSDB, resolveu abrir o bico sobre o MENSALÃO TUCANO .
Recentemente uma Companhia aérea européia que opera na Argentina, Colômbia e México informou que não vai operar noBrasil devido ao ambiente de corrupção que marca opaís.
Finalmente, ao encaminhar ao Congresso o Projeto de Lei de inciativa popular, de combate a corrupção, encabeçado pelo Ministério Público Federal, o procurador que defendia o projeto disse com todas as letras que por ano a corrupção desvia/rouba a bagatela de mais de 200 bilhões de reais.
Com essas e com outras que ainda estão por vir, não resta dúvida que o Brasil está precisando de passar por uma grande limpeza ética, tanto na administração pública quanto no meio empresarial, antes que o crime organizado amplie seus tentáculos de forma irremediável. Afinal, LUGAR DE CORRUPTO É NA CADEIA, jamais nas estruturas do poder!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog http://www.professorjuacy.blogspot.com/ Twitter@profjuacy
SERÁ QUE DILMA VOLTA?
JUACY DA SILVA
Nos últimos dias o PT e partidos aliados como PDT, PCdoB e PSOL, bem como os movimentos sociais e sindicais que orbitam em sua orla, como o MST, CUT, os Sem Teto e outros mais, estão fazendo uma verdadeira luta política e psicológica para influenciar a votação do Impeachment de Dilma, primeiro na Comissão Especial e depois, quando chegar a hora, no Plenário do Senado.
Apenas para recordar, para a admissibilidade do pedido do impeachment e iniciar a tramitação do processo de verdade, o quorum exigido era a votação favorável de 41 senadores, ou seja, metade mais um dos senadores que compõem o Senado Federal e o resultado foi acachapante, votaram a favor 55 senadores, alguns que sempre e até as vésperas frequentavam a cozinha do Palácio da Alvorada e eram frequentemente vistos no Palácio do Planalto e nas fotos de inauguração ao lado de Dilma e Lula e agora viraram ministros ou conselheiros de Michel Temer,
Esses Senadores foram os traidores a quem Dilma e Lula e a turma do PT se referem, contra os quais pesam a mágua e a revolta da Presidente afastada,com certa razão, convenhamos. Afinal esses Senadores e Deputados Federais ajudaram a eleger e reeleger Lula e Dilma e em troca sempre receberam cargos, liberação de emendas e outras mutretas como indicar apadrinhados para cargos importantes, como ministros, diretores de Estatais, inclusive na Petrobrás, onde formaram verdadeiras quadrilhas que a Operação Lava Jato tem demonstrado de forma clara.
Pois bem, para que o impeachment de Dilma seja aprovado e ela seja afastada definitivamente do cargo de Presidente e tenha seus direitos políticos cassados por oito anos, se depois de afastada não acabar nas garras do Juiz Sérgio Moro ou até mesmo na prisão, são necessários 54 votos quando o Impeachment for votado no Plenário do Senado.
Ora, se na primeira votação 55 senadores votaram contra Dilma, basta que suas hostes consigam que dois sendores que votaram pela admissibilidade do processo de Impeachment mudem de lado, o que não é algo tão impossível na vida política brasileira, onde senadores e deputados trocam de lado como as pesos trocam de camisa, daí a expressão “vira casaca”. Basta que dois senadores sejam presos, fiquem doentes ou simplesmente digam que se arrependeram e erraram na primeira votação.
É importante também lembrar que o Procurador Geral da República pediu ao STF a prisão dos Senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, além de Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara Federal e do Ex Presidente do PDS, do PMDB e ex Presidente da República José Sarney, todos do PMDB, partido de Temer.
Neste caso o placar da votaçõ poderia ser de 53 ou 51 senadores favoráveis ao impeachment, quando para afastar defintivamente a Presidente são necessários 54votos a favor. Pelo andar da carruagem nos últimos dias este cenário não pode ser totalmente descartado.
Se antes da votação final do processo de Impeachment o STF aceitar este pedido de prisão, serão dois votos a menos pelo impeachment e Dilma volta a sentar na Cadeira de Presidente, causando uma verdadeira revolução no país, quando os conflitos tanto políticos quanto de rua podem atingir níveis nunca vistos nas últimas décadas. Além disso o caos econômico e administrativo, fiscal e finaceiro jogará o Brasil em situação vivida pela Venezuela nas últimas duas décadas.
Até que este nó do Impeachment seja desatado, Temer é apenas um presidente interino e tudo o que fizer poderá ser desfeito, com sérias consequências, se Dilma voltar a ser presidente de direito, pois de fato quem será presidente, se não for preso, será Lula, que também deseja encurttar o mandato de Dilma, para ficar em seu lugar, através da antecipação das eleições para este ano.
Pesquisas de opinião pública, apesar dos fatos trazidos a público pela operação lava jato envolvendo Lula, ele ainda é o nome mais lembrado e mais querido pelos eleitores, principalmente de baixa renda. Se as eleições para presidente fossem hoje, como essas pesquisas indicam, Lula seria vitorioso, pois os demais postulantes não tem carisma e nem força política e eleitoral suficientes para derrota-lo.
Resumo da ópera: o futuro imediato de nosso país parece muito tumultuado e a crise pode piorar e muito!
JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog http://www.professorjuacy.blogspot.com/ Twitter@profjuacy
SOCORRO, O RIO CUIABÁ ESTÁ MORRENDO!
*Juacy da Silva
Há poucos dias, como atividade incluida nas comemorações da semana do meio ambiente de 2016, vários grupos de pessoas desceram o Rio Cuiabá, em canoas e barcos catando entulhos, vários tipos de lixo que diariamente são jogados ou descem através de córregos, ,atualmente apenas esgotos a céu aberto e contaminam não apenas as águas deste,que outrora foi um rio navegável, mas que ano após ano está também se transformando em um dos maiores esgotos da bacia que alimenta o Pantanal, ante o descaso de nossos governantes e de boa parte da população que não percebem que saneamento básico é fundamental para a saúde e o meio ambiente.
O Rio Cuiabá é um dos principais formadores da bacia do Rio Paraguai e continua morrendo um pouco a cada dia tanto pela quantidade de lixo e ou principalmente por milhões de toneladas de esgoto, in natura que nele são lançadas tanto pelos dois municíipios que formam o maior aglomerado urbano de Mato Grosso, respectivamente Cuiabá e Várzea Grande, quanto pelos demais 11 municípios que formam a Baixada Cuiabana.
Há aproximadamente 25 anos o governo de Mato Grosso juntamente com o BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento criaram um programa, estimado naquela época em mais de 400 millhões de dólares denominado BID PANTANAL em que eram previstas várias ações na bacia do Rio Cuiabá, incluindo projetos de saneamento como for ma de evitar a degradação tanto do Rio Cuiabá e seus afluentes quanto o próprio Pantanal.
Com a chegada do Governo Blairo Maggi este programa não teve continuidade e de forma semelhante praticamente nada foi feito em termos de saneamento básico na região há mais de duas décadas. Tanto Cuiabá e Várzea Grande quanto os demais municípios e seus núcleos urbanos continuaram e continuam não investindo nada em coleta e tratamento de esgotos.
O ultimo relatório do Instituto Trata Brasil, que analisa a situação do saneamento básico, com destaque para o abastecimento de água e o esgotamento sanitário nas cem maiores cidades do Brasil, em sua edição de 2015, tem um a referência que é um alerta bem claro da situação e das pespectivas desta questão ao afirmar que “Com desperdício de 65% de toda a água tratada em Cuiabá e investimento zero em coleta e tratamento em Cuiabá e Várzea Grande, as duas cidadess maiores cidades de Mato Grosso não configuram como exemplo de gestão em saneamento básco”. Entre as 100 maiores cidades analisadas na pesquisa Cuiabá fica na 70a posição e Várzea Grande na 97a posição, situação que deveria envergonhar as autoridades estaduais e municipais.
As estimativas demográfcas do IBGE indicam que a população total da Baixada cuiabana ou como alguns a denominam de bacia do Rio Cuiabá em 2015, são de 990,8 mil habitantes, sendo 915,5 mil habitantes na área urbana e 75,3 mil habitantes na área rural.
A população urbana da região produz em torno de 300 kg de lixo per capita ano, totalizando pouco mas de 2,9 milhões de toneladas ano, com estimativa de que apenas 80% são coletados pelos respectvos municípios. O restante, 580 mil toneladas são depositadas em lugares imprópros como terrenos baldios, córregos, margem de ruas ou queimadas. Alguns municipios sequer tem coleta regular de lixo, princpalmente em bairros periféricos, muitos dos quais formados a partir de invasões ou loetamentos irregulares.
Todavia, o maior problema, além do lixo é a falta de rede coletora e de estações de tratamento de esgoto. Este é um dos problemas mais sérios não apenas de Cuabá e Várzea Grande, mas do Brasil como um todo. O maior exemplo de como a falta de saneamento básico degrada os rios e córregos em áreas urbanas foi o que aconteceu com os Rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, em SP, que atualmente podem ser considerados os maior esgoto a céu aberto da Améica do Sul. Isto também pode acontecer e está acontecendo com o Rio Cuiabá e todos os seus afluentes, princpalmente os córregos de Cuiabá e de Várzea Grande.
A população urbana da Baixada cuiabana produz 2,2 milhões de M3 (metro cúbico) por ano. Cuiabá , a cidade em “melhor “ situação coleta apenas 38% de seus esgotos e trata 28% do volume de esgoto produzido; os demais municípios estão em situação muito pior, a maioria dos municípios da região sequer tem redes de esgoto e todo volume produzido é lançado nos cursos d’água, tendo o Rio Cuiabá e o Pantanal, considerado patriminio da humanidade, como destno final.
Lamentavelmente nossos governantes imaginam que saneamento básico é luxo e não investem nesta área ou sequer consideram este tema como um dos maiores problemas da região. Quem vai pagar a fatura pelo descaso dos governantes passados e atuais serão as próximas gerações.
Pare e pense um pouco nesta questão, pois um dia todos vão se lamentar que o Rio Cuiabá está morto.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog http://www.professorjuacy.blogspot.com/ Twitter@profjuacy
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE 2016
JUACY DA SILVA*
Neste domigo 05 de junho, quando o mundo todo celebra o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, o Brasil precisa voltar sua atenção para a degradação ambiental em curso em todos os estados e a necessidade de que a eleboração de planos nacionais, estaduais e municipais de meio ambiente é um imperative se desejarmos deixar `as gerações futuras um país socialmente justo, economicamente forte e ambientalmente saudável.
No início deste ano, há cinco meses , entrou em vigor o compromisso que todos os países do mundo, através de seus governantes fizeram sob os auspícios da ONU, quando inicia um período de mais 15 anos, a ser concluidi em 200, tendo como base para as ações o Programa das Nacões Unidas consubstanciados nos OBJETIVOS DO DESENVIMENTO SUSTENTÁVEL, em substituição aos OBJETIVOS DO MILÊNIO encerrados no final de 2015.
Assim as “comemorações “ e todas as ações no DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, devem estar voltadas para que os OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEIS e suas respectivas metas, sirvam de base para construirmos uma comunidade, um município,uma cidade, um estado, um pais, enfim, um mundo melhor.
Os objetivos do desenvolvimento sustentável e suas respectivas metas deveriam servir para balizar tanto as políticas públicas e as ações de governo, quanto um referencial para que a população, incluindo as Entidades NÃO GOVERNAMENTAIS, como ONGs, Clubes de Serviços, movimentos sindical, comunitário, estudantil, igrejas, bem como os empresários de todos os setores definam suas ações para que a SUSTENTABILIDADE seja a base do desenvolvimento nacional, estadual e local.
Desenvolvimento só tem sentido se os seus frutos forem distrbuidos para a sociedade inteira. Crescimento econômico, monocultura, degradação ambiental, desmatamento, uso excessivo de agrotóxicos, desertificação, mudanças climáticas e muitas outras formas criminosas de uso do solo, das florestas, da água e de outros recursos naturais devem ser combatidos, para que as futuras gerações possam ter um meio ambiente saudável e jamais apenas um passivo ambiental irrecuperável.
Nestea ano, dentro de poucos meses teremos eleições municipais no Brasil inteiro, mais de cinco mil municípios, milhares de canidatos estarão tentando conseguir que os eleitores os escolham para futuros governantes locais . Seria de todo conveniente e importante que os candidatos, tanto a vereadores quanto a prefeitos, voltassem suas atenções para analisar como estão os aspectos ambientais de seus municípios.
Tais candidatos e partidos deveriam estabelecer uma agenda ambiental para nortear o desenvolvimento de seus municípios e respectivas regiões, incluindo a istalação e fortalecimento dos comites de bacias e sub bacias hidrográficas e também definir planos de saneamento básico, de destinação do lixo e de resíduos sólidos, ver como está a questão do abastecimento de água, desmatamento, poluição e outros aspectos mais.
Desenvlvimento que não respeite o meio ambiente e não promove a justiça social, jamais pode ser chamado de desenvolvimento. Crescimento econômico, muitas vezes com a ajuda do Estado, sob as formas de renúncia fiscal e créditos subsidiados e que deixa um rastro de desstruição e degradação ambiental e um grande passivo ambiental para a coletividade e as futuras gerações não está cumprindo o seu papel social.
Pense nisso e vamos celebrar o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE com uma mente aberta, com a consciência da responsabilidade que deve ser compartilhada entre os poderes públicos e a população. Ações tópicas, emergenciais ou que visam objetivos imediatistas não são o caminho e nem ajudam a construir um modelo de desenvolvimento onde a questão ambiental seja o seu cerne e sua base fundamental.
*JUACY DA SILA, professor universitário titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador e articulista de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Bloghttp://www.professorjuacy.blogspot.com/ Twiiter@profjuacy
VIOLÊNCIA SEXUAL: TOLERÂNCIA ZERO!
JUACY DA SILVA*
O ultimo anuário do Forum Brasileiro de Segurança Pública de 2015. referindo-see ao Brasil, registra que “somos uma sociedade muito violenta e nossas políticas públicas são extremamente ineficientes e obsoletas”. Esta observação, ao lado da impunidade quanto ao crescimento da violência e `a morosidade da justiça demonstram que estamos longe de encontrar uma saída para este drama que estamos vivendo há décadas. Isto também é uma comprovação que nossos governantes não tem competência técnica e nem política para oferecer uma resposta `as demandas da sociedade que clama por paz, justiça e segurança.
A cada crime bárbaro que abala a opinião pública, como foi o caso de uma jovem de 16 anos que foi mais uma vítima de estupro coletivo, quando nada menos do que 33 bandidos a seviciaram e, tudo leva a crer, este fato deverá ser mais um para engrossar a lista de mais de 47,6 mil estupros, 58.5 mil assassinatos e mais de 25 mil mortes no trânsito. Nossas autoridades tiram um Coelho da cartola, como fez o senado de forma rápida tipificando o crime de estupro coletivo. Pena que a grande maioria de nossas leis não passa de letra morta.
Todavia, no caso dos estupros alguns estudos costumam afirmar que os casos registrados nas delegacias representam apenas 35% do número total desses crimes, pois existem inúmeros constrangimentos e dificuldades para que as vítimas, que em sua grande maioria são mulheres, possam registrar os boletins de ocorrência.
A gravidade da insegurança pública no Brasil é muito pior do que as estatísticas oficiais indicam. A realidade dos estupros no Brasil é muito mais grave do que o noticiário da imprensa ou que a “comocão pública” ou a “indignação” de nossas autoridades, como lágrimas de crocodilo e isto tem sido demonstrado por alguns estudos que a grande maioria da população desconhece.
Por exemplo, para ficar apenas em duas bem recentes. A pesquisa nacional de vitimização de 2013, verificou que somente 7,5% das vítimas de violência sexual registraram o crime nas delegacias. A mais recente pesquisa nesta área intitulada“Estupro no Brasil: uma radiografia segundo dados da saúde”, feita pelo IPEA, organismo respeitado pela qualidade de seus estudos e ligado `a Presidência da República, atesta que apenas 10% dos casos de estupros são registrados e diz que por ano ocorrem, na verdade, 527 mil casos de estupros em nosso país, dos quais em torno de 95% das vítimas são mulheres.
Durante os cinco anos de mandato de Dilma, a primeira mulher a ocupar a Presidência da República, confome dados do Forum Brasileiro de Segurança Pública, em sua edição de 2015, foram registrado um aumento significativo de registros de casos de estrupos. Em 2014 foram registrados 43.869; em 2012 nada menos do que 50.220 ; em 2013 aumentou para 51.090; em 2014 houve uma redução para 47.646 . Quanto ao ano de 2015, ainda que não se tem o número exato, mas as estimativas indicam 52.087; totalizando 244.012 casos de estupros registrados.
Como existem tres fontes de dados ,todas com credibilidade, podemos concluir que se os registros de estupros representam apenas 35% do que realmente aconteceu, foram cometidos 699.749 estupros no Brasil. Se tomarmos como referência a pesquisa do IPEA, que afirma que apenas 10% dos casos de estupros são registrados, então podemos concluir que durante esses cinco anos do mandato de Dilma, 2.449.120 pessoas, a grande maioria mulheres, foram estupradas em nosso pais.
Se considerarmos como parâmetro a pesquisa sobre vitimização que afirma que os casos de estupros registrados representam apenas 7,5% do número de pessoas estupadas, então podemos concluir que 3.265.403 pessoas sofreram abusos sexuais.
Tomando todas essas metodologias e seus números, a média do número de estupros que acconteceram no Brasil nos últimos cinco anos seria de 2.138.120 vítimas, cuja média anual seria de 476.624 número muito maior do que as estatísticas oficiais indicam.
Se a esses números de estupros forem agregados todos os outros casos de violência contra a mulher, inclusive a violência doméstica como espancamentos, cárcere privado, lesões corporais, ameaças de morte e feminicídio, dão uma idéia da gravidade desta violência e a importância para que nossas autoridades, legisladores e também dos poderes judiciário , executive e ministérios públicos estaduais aquilatem a gravidade deste problema e passem dos discursos para acões mais concretas. Se isto não acontecer logo, a tendência é que a impunidade favoreça ou até estimule esses criminosos a continuarem com sua sanha enlouquecida e aterrorize mais ainda tanto mulheres quanto homens.
Esta realidade além de triste, pois o estupro é um crime que mesmo não tirando a vida da vítima a destroi para sempre, principalmente em seus aspectos psicológicos, além de outras consequências como gravidez indesejada, dificuldade ou impossibilidade de provocar o aborto ou quando as vítimas contraem doenças como DST/AIDS e outras sequelas que afetam profundamente a família.
Enquanto no Brasil a penalidade para os crimes de estupros, da mesma forma que para tantos outros crimes, inclusive violentos, são extremamente brandas, em outros países os crimes sexuais, notamente o estupro as penas são muito mais rigorosas, incluindo o tempo de encarceramento, em regime fechado, podendo chegar`a castração química, `a prisão perpétua ou até mesmo a pena de morte. Vejamos exemplos de como alguns países tratam os crimes de etupros: India, ante uma onda de estupros coletivos aprovou em 2013 uma lei que estabelece pena de prisão perpétua e pena de morte; França mínimo de 15 anos `a prisão perpétua; China, castração, prisão perpétua e pena de morte; Arábia Saudita, Afeganistão, Egito, Iran enforcamento ou fuzilamento; Coréia do Norte fuzilamento público; Israel minimo de 16 anos `a prisão perpétua; Estados Unidos de 40 anos, a prisão perpétua ou pena de morte.
A idéia nesses países de como estupradores, assassinos, sequestradores e pistoleiros de aluguel devem ser tratados é que quem merece ter seus direitos grantidos são as pessoas que trabalham, pagam seus impostos e que em troca cabe ao Estado devolver `a população serviços públicos, incluindo segurança pública e que quem age `a margem da Lei deve ser retirado do convívio social e punido severa e exemplarmente. Esta forma de agir do Estado serve como elemento dissuassório em relação ao comportamento anti-social dos criminosos.
Nesses países de fato, existe tolerância zero para a totalidade dos crimes violentos, incluindo o estupro! Oxalá no Brasil o Estado, nossos legisladores e nossos governantes tivessem um pouco mais de sensibilidade social, respeito com o povo e protegessem a população em vez de proteger criminosos que matam, roubam, sequestram, estupram e aterrorizam as pessoas e famílias que vivem enjauladas e amedrontadas!
*JUACY DA SILVA, professor universitário UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
ELITE APODRECIDA!
JUACY DA SILVA*
Primeiro vamos ao que significa elite. Este é um conceito muito utilizado tanto na sociologia quanto na ciência política e, ao longo do tempo, tem ocupado a atenção de cientistas sociais e políticos para tentar entender melhor como ocorre a dinâmica do poder nas várias sociedades/países.
Alguns teóricos como Vilfredo Pareto e Caetano Mosca dedicaram a maior parte de seus estudos para entender ou lançar luzes sobre não apenas este grupo seleto de pessoas mas também como a elite ou elites se compartam na dinâmica social, política, econômica e militar, as quatro dimensões básicas do poder nacional.
“Charles Wright Mills utiliza o termo para referir-se a um gupo situado em uma posição hierárquica superior, numa dada organização, dotado de poder de decisão política e econômica. Robert Dahl descreve a elite como o grupo minoritário que exerce dominação política sobre a maioria, dentro de um sistema de poder democrático ou mesmo totalitário.
Elite pode ser uma referência genérica a grupos posicionados em locais hierárquicos de diferentes instituições públicas, mudo empresarial, partidos ou organizações de classe, ou seja, pode ser entendido simplesmente como aqueles que estão no topo da pirâmide e que têm capacidade de tomar decisões políticas ou econômicas, militares, religiosas ou de outra natureza.
Essas concepções surgiram e foram desenvolvidas para se oporem ao conceito de “classe dominante” elaborado por Karl Marx, em sua configuração de que em todas as sociedades exisitiram duas classes: a dominante ou dominadora e a dominada, os exploradores e os explorados, os proprietários do capital e dos meios de produçãao e os trabalhadores, passo essencial para elaborar um outro conceito importante na ideologia marxisita/leninista que é o da luta de classes.
O PT desde seu surgimento ao abrigar vários grupos de tendênncia marxista, leninista, maoista e trotskistas sempre usou boa parte dessses conceitos, tanto é verdade que em vários de seus documentos e resoluções utilizam de uma linguagem marxista ou as vezes pseudo marxista, tentando demonstrar que é , senão o único, pelo menos um dos partidos que defende a classe trabalhadora, apesar de que após chegar ao poder sempre esteve sempre aliado aos chamados partidos burgueses, aos políticos e gestores corruptos. Demonstrando que suas práticas no execício do poder estão muito distantes e em contradição com seus conceitos ideológicos e doutrinários.
A admissibilidade do processo de impeachment de Dilma e seu possível afastamento definitivo da Presidência, tirou o véu que por mais de 13 anos encobriu as práticas nada éticas, nada republicanas e muito menos democráticas do que podemos denominar de classe governante ou elites de plantão que o PT representou, como uma farsa, de forma exímia por décadas e ainda tenta mistificar suas ações aliadas `a corrupção que se alastrou no país desde que Lula chegou ao poder.
Durante anos o PT teve como alinhados ideológicos o PcdoB, o PSOL, cujos políticos antes eram filiados ao PT, o PDT e movimentos como MST, UNE e CUT. Todavia, o que marcou o PT , decepcionou muitos militantes e até quadros dirigentes foi sua aliança com partidos e grupos econômicos considerados até então como conservadores e corruptos.
Durante anos políticos como Maluf, Sarney, Color, Jader Barbalho, Renan Calheiros e muitos outros do PMDB, do PP, PR, PTB, por exemplo, eram tratados pelo PT como corruptos, mas isso não impediu que todos esses e muitos outros políticos que constam da lista do Janot ou da Lista da Odebrecht, ou das delações premiadas de corruptos presos, fossem sócios do PT na divisão de cargos, outras benesses e mutretas que marcaram o governo Lula/Dilma, incluindo o MENSALÃO, o PETROLÃO e diversos escândalos de corrupção que surgiram em vários ministérios, principalmente os que são o foco da força tarefa comandanda pelo Juiz Sérgio Moro, denominada de LAVA JATO.
A operação lava jata está dividida em duas partes, uma que já tem desvendado os meandros da corrupção na PETROBRÁS e atinge gestores, ex políticos e empresários, muitos dos quais estão presos em Curitiba e a cada dia vai mais fundo desvendando essas teias de crimes contra a administração pública e contra o Brasil.
A outra parte da LAVA JATO está a cargo do Procurador Geral da República e do STF, destinada a investigar e punir políticos , gestores e outras autoridades que gozam de foro privilegiado ou especial, uma excrecência que só existe no Brasil e visa proteger gente importante, anda a passos de tartaruga e poderá, por decurso de prazo, ‘inocentar” envolvidos em corrupção ou aplicando penas muito brandas como aconteceu com o MENSALÃO, onde o núcleo político acabou recebendo penas minimas e os envolvidos foram indultados e suas penas extintas pelo STF, enquanto outros sem foro privilegiado estão amargando décadas de cadeia.
Ultimamente estão sendo divulgadas gravações e conteúdos de delações premiadas que aos poucos dão a dimensão de como boa parte de nossos governantes estão apodrecidos. Pior do que isso, todos na linha sucessória da Presidência da República, respctivamente, Presidente afastado da Câmara Federal, seu substitudo e também o preisdente do Senado estão respondendo a vários processos por suspeitas de corrupção junto ao STF e não tem condições, aos olhos do povo, de serem Presidentes do Brasil.
Triste de um país cujos governantes mais se parecem a mafiosos e criminosos de colarinho branco e usam o poder para assaltar os cofres públicos e dilapidarem a administação pública, enquanto o povo paga uma das maiores cargas tributárias e sofrem amargamente, seus “representantes” se locupletam escandalosamente.
Enquanto esses delinquentes políticos estiverem ocupando postos na alta hierarquia política e da gestão pública em nosso país, tanto no âmbito federal quanto nos Estados e municípios, a tendência e que a crise brasileira se agrave, podendo levar nosso país ao mesmo caminho em que se encontra a Venezuela e outros mais.
É fundamental, urgente e imperioso que esta corja de corruptos seja banida da vida publica do Brasil. Democracia e estado de direito não pode coexistir com corrupção generalizada e impune! Isto é uma grande farsa que acaba em tragédia!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, mestre em sociologia, Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
TEMER COMEÇOU MUITO MAL!
JUACY DA SILVA*
Quando milhões de pessoas sairam `as ruas para protestarem contra o Governo Dilma e pedir sua saída, os slogans empunhados nas manifestações eram claros e indicavam o que o povo indignado desejava em termos de mudanças de rumo para o Brasil.
Essas mensagens eram claras e diziam FORA DILMA, FORA LULA, FORA PT e FORA CORRUPTOS, IMPEACHMENT JÁ, ou seja, não havia nenhuma faixa que demonstrasse que o lugar de Dilma deveria ser ocupado por Temer. Isto era demonstração de que a população não via a saida da crise pela mera substituição do Governo capitaneado pelo PT pelos partidos que ao longo de 13 anos sempre apoiaram os governos Lula e Dilma, incluindo o PMDB, como núcleo central do “novo governo”, que de novo parece que só vai substituir as logomarcas do governo Dilma.
Mesmo que a chegada de Temer a Presidência seja calcada na legalidade, falta-lhe legitimidade para essa função, aos olhos do povo é o mesmo que trocar seis por meia duzia, tendo em vista que o mesmo fazia parte do (des)governo Dilma, que só foi eleita graças ao apoio do PMDB e diversos partidos que abandonaram a presidente afastada.
Além dos gestores públicos, empresários, doleiros, dirigentes partidários e outros corruptos já conhecidos que estão sendo investigados e alguns até já condenados pelo Juiz Sérgio Moro, que comanda a OPERAÇÃO LAVA JATO, muito temido pelos corruptos de todos os naipes, existem ainda as LISTAS do JANOT e da ODEBRECHT e algumas figuras bem conhecidas, cujos nomes surgiram nas diversas delações premiadas de investigados ou presos que acabaram citando tais pessoas, as quais passaram a ser objeto de investigações tanto da Polícia Federal quando da Procuradoria Geral da República.
Tais suspeitos de corrupção, por gozarem de foro privilegiado, uma excrecência que só existe no Brasil para proteger gente importante, em tese, não deveriam ocupar cargos de relevo no cenário politico, para evitar que atrapalhem as investigações ou cometam obstrução da justiça usando seus altos cargos nas estruturas de poder.
Pois bem, da lista dos novos ministros e até mesmo o novo lider do Governo Temer na Câmara Federal , mais de uma dezena deles estão sendo investigados por práticas de corrupção junto ao STF. Além desses, existem também alguns que receberam financiamento para suas campanhas das empresas envolvidas na operação lava jato, ou seja, está mais do que claro que essas empresas, cujos dirigentes estão presos em Curitiba ou andando por ai com tornoseleiras eletrônicas que além de roubarem e destruirem a PETROBRÁS e outras Estatais, financiavam políticos e partidos que dividiam com o PT diretorias e outros setores dessas empresas, através de um aparelhamento partidário da administração pública.
Em boa hora o Procurador Geral de Justiça requereu autorização do STF para investigar alguns cabeças coroados do PMDB e que estão muito próximos de Temer, como o Senador/Ministro Jucá, os senadores Lobão, Jáder Barbalho e Raup, sob suspeitas de receberem propinas quando ainda estavam na “base” de apoio do governo Dilma.
Além dos aspectos morais ou imorais ligados ao fato desses politicos sob suspeitas de corrupção ocuparem cargo no Governo interino de Temer, que pode acabar deixando de ser interino, com o afastamento definitivo de Dilma, algumas propostas apresentadas pelos novos ministros estão na contra mão das aspirações do povo brasileiro.
Algumas dessas medidas podem ser destacadas como o aumento de impostos, inclusive a volta da famigerada CPMF, o aumento da idade minima para aposentadoria, que penaliza as pessas mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo; a idéia estapafúrdia do ministro da saúde,que teve suas campanhas e eleições financiadas por grupos da medicina privada, de que o SUS tem que ser reduzido em tamanho, apesar de que o mesmo está completamente sucateado depois de cinco anos de Governo Dilma, incluindo a perda de mais de 23,5 mil leitos hospitalares. Outra proposta do mesmo é acabar com as carreiras dos agentes comunitários de saúde e de endemias.
Finalmente, Temer para garantir maioria parlamentar no Congresso está usando as mesmas armas que Lula e Dilma e outros governantes usam, ou seja, o balção de negócios no Palácio do Planalto, onde a moeda de troca são cargos e outros favores a parlamentares e partidos. Isto decorre do fato de que esses mesmos parlamentares e partidos ajudaram a afundar o Brasil durante os últimos cinco anos, inclusive o PMDB, PP, PR e outros grupos fisiológicos que nunca querem deixar o poder e suas benesses.
Temer pode até conseguir maioria parlamentar com esses expedientes nada republicanos e muito menos éticos e democráticos, mas dizer com isso que fará mudanças significativas que recoloquem o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, da ética, da transparência, da justiça social e da eficiência vai uma distância enorme. Vamos aguardar um pouco mais para conferir!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy