CONVITE: Roda de Conversa SUS - Programas e Serviços de Saúde, 29/08/18, às 14h
O GT Seguridade Social e Aposentadoria da Adufmat-Ssind convida todos a participarem da Roda de Conversa “SUS - programas e serviços de saúde”, no dia 29/08/2018 (quarta-feira), a partir das 14h, no Auditório da Adufmat-Ssind.
Às 16h, após a Roda de Conversa, teremos um “Tchá co Bolo”.
Aguardamos todos e todas no evento!
Att.
Diretoria de Ass. Seguridade Social e Aposentadoria da Adufmat-Ssind e Coordenação do GTSSA.
A partir dessa quarta-feira, 25/10, a Adufmat – Seção Sindical do ANDES realiza uma série de atividades, distribuídas em três dias, para discutir os 100 anos de um dos acontecimentos mais relevantes da história da humanidade: a Revolução Russa.
Por motivos óbvios, a grande maioria da população desconhece - ou conhece pouco - as informações sobre a primeira experiência efetiva de um Estado tomado e liderado por trabalhadores. Afinal, uma população consciente de suas capacidades é sempre muito perigosa para quem obtém vantagens das relações sociais estabelecidas.
No entanto, é real que em 1917 as transformações provocadas pela expansão do modo de produção capitalista, as precárias relações de trabalho impostas, e as intensas disputas internacionais, entre outros fatores, levaram a população do maior país do mundo em extensão territorial a realizar algo que até então permanecia na esfera das tentativas. A partir daquele ano, o mundo nunca mais seria o mesmo.
“O processo da Revolução Russa é um marco para nós que construímos a militância, no campo da esquerda, porque é a primeira experiência, de fato, de organização dos trabalhadores no controle do Estado. É uma experiência que completa 100 anos, e de alguma forma nos motiva, nos alimenta na expectativa de que se repita em outras oportunidades pelo mundo afora. É no processo da Revolução Russa que nos inspiramos, nas teorias que foram construídas, nas ações dos primeiros anos do governo, ainda que depois tenha se instalado um regime que não tem a ver com aquilo que a gente acredita como construção socialista. Mas é a experiência que influenciou o mundo inteiro. Para nós, reviver isso a partir do evento que estamos organizando é a oportunidade de alimentar os militantes mais experientes e também os mais novos”, afirma o presidente da Adufmat-Ssind, historiador e antropólogo, Reginaldo Araújo.
Para a diretora do sindicato e cientista política, Alair Silveira, apesar da importância, a Revolução Russa ainda é pouco conhecida. “Sob todos os aspectos, a Revolução Russa é extremamente rica, instigante e estimulante para que se pense na criação das possibilidades revolucionárias dos trabalhadores. O que falta muito é a compreensão do que, efetivamente, foi esse processo. Ela demonstra, de maneira inegável, o papel de direção que militantes e teóricos como Lenin e Trótsky tiveram na organização, no modo de pensar o partido, a emancipação dos trabalhadores, e a autogestão. Da Revolução Russa decorrem várias tentativas de despraiamento, como na China em 1949, em Cuba em 1959, e em várias outras regiões, procurando reproduzir com a mesma profundidade revolucionária o que aconteceu em 1917. Um fato importante é que, quando se pensava, a partir de Marx e Engels, numa possibilidade de revolução por parte dos trabalhadores, pensava-se sempre que isso se daria em países com o capitalismo mais avançado, com o proletariado como vanguarda do movimento. A Revolução Russa alarga essa concepção e a compreensão da potencialidade revolucionária”, afirma a docente.
A partir da experiência que durou mais de 70 anos, de seus acertos e seus erros, as conquistas de direitos humanos, sociais e trabalhistas, e até mesmo as relações de gênero ganharam outra roupagem, que ainda hoje refletem em nosso cotidiano.
Quer saber mais sobre o que foi a Revolução Russa e o que você tem a ver com isso? Participe do Seminário sobre os 100 anos desse marco nos dias 25, 26 e 27/10/17, no auditório da Adufmat-Ssind. O evento é aberto, gratuito e não é preciso fazer pré-inscrição. Haverá certificado para os participantes.
Confira a programação na íntegra:
25/10/17
8h - Abertura e Mesa de Debate: "A Revolução Russa e um resgate da perspectiva revolucionária"
(Professor Ivo Tonet/UFAL)
14h - Mini-curso: "Teoria da Revolução e Prática Revolucionária: um debate acerca da Revolução Russa” - parte 1
(Professora Camila Marques/IFG)
19h30 - Mesa de Debate: "Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia na URSS”
(Professor José Domingues Godoi/ UFMT)
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26/10/17
8h - Mesa de Debate: "As mulheres na Revolução Russa"
(Professora Camila Marques/IFG)
14h – Mini–curso (parte 2) e Cine-debate: “Pão, Paz e Terra” & "Teoria da Revolução e Prática Revolucionária: um debate acerca da Revolução Russa”
(Professoras Camila Marques/IFG e Alair Silveira/UFMT)
19h30 - Mesa de Debate: "A Revolução Russa e seus reflexos"
(Professor Valério Arcary/IFSP)
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27/10/17
8h - Mesa de Debate: "Arte na Revolução Russa: Rússia e México"
(Professor Pablo Diener/UFMT)
14h - Exibição do filme "A Mãe", de Vsevolod Pudovkin, seguido de mesa de debate: "Maksim Górki: Engajamento e Arte na Revolução Russa".
(Patrícia Acs/ PEB - Seduc/MT)
19h30 - Mesa de Debate: "O cinema soviético e Sergei Eisenstein"
(Professor Flávio Trovão/ UFMT-Roo)
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
CONVITE: REABERTURA DA CASA BARÃO DE MELGAÇO (ACADEMIA MATO-GROSSENSE DE LETRAS)
A professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso, Marília Beatriz Figueiredo, atual presidente da Acadêmica Mato-grossense de Letras (AML), convida toda a comunidade acadêmica da UFMT para a cerimônia de reabertura da Casa Barão de Melgaço, no próximo sábado, 06/05/17, às 19h.
O prédio histórico, que pertenceu ao político e intelectual Auguste Leverger (o Barão de Melgaço), e hoje abriga a Academia Mato-grossense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, passou por mais uma obra de restauração. Dessa vez, a reforma durou mais de um ano.
Com a disposição que lhe é peculiar, Marília Beatriz, primeira professora da UFMT a presidir a AML, convida a todos para “sentirem-se abraçados com a reabertura da Casa”.
CONVITE: PALESTRA "FAPEMAT – INVESTIMENTOS EM PESQUISA NO ESTADO DE MATO GROSSO"
O Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia da Adufmat - Seção Sindical do ANDES (GTCT) convida todos os interessados para a palestra "FAPEMAT - investimentos em Pesquisa no Estado de Mato Grosso", que será realizada no auditório da Adufmat-Ssind na próxima quarta-feira, 23/11, às 9h.
O presidente da FAPEMAT, professor Antônio Máximo, é o convidado do GT para falar sobre o tema.
Não é necessário fazer inscrição. O evento será gratuito e aberto a todos.
PALESTRA:
FAPEMAT – INVESTIMENTOS EM PESQUISA NO ESTADO DE MATO GROSSO
PROF. ANTONIO MÁXIMO – PRESIDENTE DA FAPEMAT
Promoção: GT Ciência e Tecnologia/ADUFMAT
23/novembro/2016 (quarta-feira) – 09:00 horas
Auditório da ADUFMAT
Nos dias 18 e 19 de novembro, o ANDES-SN realizará o VI Encontro Nacional de Saúde do Trabalhador Docente, em Feira de Santana (BA). Durante o encontro, que terá como tema central “A lógica gerencialista nas universidades e o impacto na saúde doente”, o Sindicato Nacional irá também lançar uma cartilha para instrumentalizar as Seções Sindicais na realização de uma pesquisa nacional sobre saúde docente. O material terá procedimentos detalhados, relacionados ao método de trabalho, para a aplicação da pesquisa e consolidação dos dados em âmbito nacional.
De acordo com João Negrão, 2º tesoureiro e da coordenação do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do Sindicato Nacional, a lógica gerencialista se inclui a quebra da autonomia universitária e na visão de gestão atual. “Os reitores já são chamados de gestores e, com isso, está se perdendo toda a concepção de universidade que a própria Constituição estabelece. Mas, além disso, é a submissão das universidades à lógica gerencial do Estado brasileiro, com o controle da produção acadêmica e do que se faz no ensino. É uma lógica bem produtivista, que tira o caráter de pesquisa da própria universidade, orientada para o mercado”, explica.
De acordo com Negrão, o Encontro Nacional será um momento de reflexão e de contato com a sociedade e com outros órgãos que também pesquisam a questão do trabalho e do adoecimento laboral. “Será importante para enriquecer o nosso debate e termos elementos mais profundos para poder discutir e alavancar a nossa pesquisa”, enfatiza o diretor do ANDES-SN. O evento será sediado pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Ferira de Santana (Adufs-BA, Seção Sindical do ANDES-SN).
A proposta de realização da Pesquisa Sobre Saúde Docente nas Instituições de Ensino Superior surgiu após a constatação da escassez de informações específicas sobre a saúde da categoria docente, além da necessidade do aprofundamento dos debates acerca dessa temática. A elaboração da cartilha de orientação, que será lançada durante o VI Encontro Nacional foi deliberada no 35º Congresso do ANDES-SN, realizado no início desse ano, em Curitiba (PR).
Confira a programação do Encontro
Serviço:
VI Encontro Nacional de Saúde do Trabalhador Docente
Data: 18 e 19 de Novembro de 2016
Local: Hotel Ibis Feira de Santana. Rua Coronel José Pinto dos Santos, número 700, Bairro São João, ao lado do Shopping Boulevard. Feira de Santana (BA).
Fonte: ANDES-SN
Regionais Nordeste 1 e Pantanal do ANDES-SN realizam encontros nos próximos dias
Nos dias 22 e 23 de setembro será realizado o Encontro da Regional Nordeste I do ANDES-SN, no município de Redenção (CE). O encontro terá como tema "Resistência à ofensiva conservadora e ao desmonte da educação pública” e acontece no auditório administrativo do campus da Liberdade, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
O encontro inicia, no final da tarde, com o lançamento local da Revista Universidade e Sociedade n° 58, que tem como tema “Mulheres em movimento nas lutas sociais e sindicais”, que foi divulgada no 61º Conad do ANDES-SN, realizado em julho em Boa Vista (RR). Logo após, será realizada uma mesa de debate do tema central do encontro, com a participação de Eblin Farage, presidente do ANDES-SN. No dia seguinte (23), pela manhã, acontecerá uma palestra sobre a "Escola sem Mordaça", com exposição dos professores José Alex Soares dos Santos e Raquel Dias Araújo (ambos da Uece), seguida de debate. Durante a tarde, serão realizados os informes das seções sindicais acerca das lutas e enfrentamentos locais. Confira aqui a programação do evento.
Já nos dias 23 e 24 desse mês, será realizado o Encontro da Secretaria Regional Pantanal do ANDES-SN, na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Sinop. Na sexta a noite, haverá uma reunião com o Comitê Sindical de Sinop, e no dia seguinte (sábado), dois debates abordarão temas de extrema importância para os docentes, diante dos sistemáticos ataques aos serviços públicos e aos direitos dos trabalhadores dos últimos anos.
A primeira mesa será às 9h30, com o professore José Menezes Gomes, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com uma explanação sobre a Dívida Pública, o PLP 257/16 e a PEC 241/16. Na sequência, Elda Valim, da organização não-governamental Moral, falará sobre Corrupção, sonegação e controle social. A tarde, os docentes terão oportunidade de encaminhar questões locais junto aos representantes do Comitê Sindical e da Regional Pantanal. Confira a programação.
Fonte: ANDES-SN (com informações da Adufmat SSind)
Convite: 25/07 - Dia Internacional da Mulher Negra, Caribenha e Latinoamericana
Grupo de Trabalho organiza o 2º Encontro de Aposentados e Aposentáveis da Adufmat-Ssind para junho
*Atualizada às 11h25 do dia 19/05/16
O GT Aposentados da Adufmat-Ssind organiza para os dias 24, 25 e 26 de junho o 2º Encontro de Aposentados e Aposentáveis do Sindicato. O evento, que pretende reunir professores já aposentados, que recebem abono permanência ou que estão a um ano da aposentadoria, será no Hotel Águas Quentes, localizado à 85km da área urbana de Cuiabá.
A ideia é unir lazer, descanso e reflexão. Para isso, o grupo convidará integrantes do GT Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSS/A) do ANDES – Sindicato Nacional e do Instituto MOSAP – Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas, para debater a situação dos aposentados no Brasil, esmiuçando as perdas dos últimos anos, as possibilidades de reversão da Contrarreforma da Previdência, a reestruturação da carreira, o Funpresp, entre outros.
A diversão também será garantida com apresentações culturais, música ao vivo, festa junina, atividades esportivas, além do acesso as águas termais.
Os interessados em participar podem entrar em contato com a Cristiane Lopes, assistente social da Adufmat-Ssind, por meio dos telefones (65) 3615-8293 | (65) 4104-0656 | (65) 4104-0548 ou do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .
Proposta de Programação
Local: Hotel Águas Quentes
Data: 24,25 e 26/06/2016
Público: Aposentados e aposentáveis - 30 vagas para aposentados e 20 aposentáveis.
24/06 – Saída do ônibus às 14 h
19h - Jantar
21 h – Festa Junina
25/06
- Manhã – Mesa: Situação dos aposentados no cenários Nacional;
- Tarde - Mesa: Reversão da contra reforma da Previdência;
1. Descongelamento da VPNI e as perdas da carreira e possíveis direitos para os docentes aposentados;
2. Reestruturação da carreira (adjuntos/associados);
3. Funpresp e o futuro incerto;
4. Restabelecimento dos 28,86%.
- Noite: Jantar em Comemoração o dia do Servidor Público aposentado com musica ao vivo
26/06 – lazer/livre – outras atividades
Cinco séculos após invasão, território ainda é a principal demanda da população indígena brasileira
Imagine como é difícil ter invadida, saqueada e devastada uma terra que é sua, de onde você e sua família retiram o sustento há gerações; uma terra que significa mais do que trabalho para os seus; um espaço conectado ao seu corpo e ao seu espírito. Essa é a situação a qual os indígenas brasileiros estão expostos há pelo menos 500 anos.
Cinco séculos após a chegada de outros povos no Brasil, que resultou na morte e expulsão de milhares de indígenas de suas terras, o território ainda é a grande questão dos nossos povos originários. A exploração absurda da terra sempre foi o motivo. Antes, o maior interesse eram as riquezas minerais. Hoje, o agronegócio avança empobrecendo e envenenado o solo, o ar e os rios.
Essa situação ficou clara durante a Semana dos Povos Indígenas, realizada na sede da Seção Sindical do ANDES (Adufmat-Ssind) e no Museu Rondon da UFMT nos dias 25 e 26/04. A parceria entre estudantes indígenas da universidade com a Adufmat-Ssind, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a coordenação do Museu Rondon, o Diretório Central dos Estudantes e outros movimentos sociais trouxe para o debate professores, estudantes e representantes do Ministério Público Federal e da Advocacia Geral da União.
“Aqueles que chegaram no Brasil há menos de 50 anos conseguem terra, conseguem recursos do governo para comprar e depois colocam à venda. E nós, indígenas, não temos um território seguro e tranquilo para seguir com as nossas tradições”, disse Pedro Filho Canela Kwara, liderança indígena representando o Povo Canela do Araguaia.
Os Tapirapé, representados por Kamoriwai Elber Tapirapé, fizeram seu relato na língua. A tradução revelou a angústia manifesta no tom da fala: a reclamação também estava relacionada ao território. É preciso ter floresta. “Sem a floresta, nós não somos nada”, disse a liderança.
Os Chiquitano, por sua vez, trouxeram a realidade violenta na disputa pela terra entre indígenas e fazendeiros. “Para nós a terra não é mercadoria, ela é mãe. A constituição nos garante esse direito. Que ela seja respeitada”, afirmou Saturnina Urupe Chue. Embora o acesso às aldeias seja restrito, muitos fazendeiros avançam na tentativa de intimidar os índios.
A preocupação de Orivaldo Aiepa é que pelo menos seus netos tenham a segurança de crescer em local seguro. “Nós temos informação, sabemos a situação do país. Isso nos preocupa, mas o agronegócio não para. A água não é mais sadia. A mata não é mais sadia. Os bichos não são mais sadios e nós também não, porque estamos muito perto”, afirmou o Bororo.
Para alguns rituais, contam os indígenas, já não se encontra mais os animais necessários, como peixes e aves. Por vezes, em vez de caçar e pescar, os índios têm de comprá-los e transportá-los, correndo o risco de receber multas impagáveis ou ter a encomenda apreendida pela Polícia Federal.
Contribuição científica
Os indígenas se apropriam do conhecimento fornecido pela universidade e reivindicam cada vez mais espaço na academia. Assim eles se fortalecem, inclusive, com relação aos direitos que têm, além de ter acesso a diferentes técnicas que podem auxiliar em melhorias nas suas comunidades.
Essa foi uma das observações do presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Antônio Carlos Lima (MUNA/UFRJ) que participou do café da manhã temático, na abertura do evento, e provocou o debate na noite do dia 25/04, a partir do tema “O Estado brasileiro e os povos indígenas”. Ele trouxe o histórico da legislação voltada para os direitos dos povos originários, da luta pela terra e das instituições nacionais destinadas à proteção dos direitos indígenas. Para o antropólogo, o único caminho para avançar ainda é a articulação política por meio dos movimentos sociais.
A UFMT tem hoje 75 estudantes que fazem parte do Programa de Inclusão Indígena (Proind). Eles representam 12 etnias diferentes, e estão presentes nos campi da UFMT em Cuiabá, Sinop, Araguaia e Rondonópolis. O Proind teve início em 2008, disponibilizando apenas dez vagas. Mas apesar do aumento gradativo, esses 75 estudantes indígenas não contemplam nem 28% do total de etnias que vivem no estado (43). Essas informações foram apresentadas pelo mestrando em Antropologia da UFMT, Adriano Boro Makuda. Formado em Direito pela UFMT, o estudante, da etnia Bororo, ministrou a palestra com tema “Estudantes indígenas do ensino superior e movimento indígena” na tarde do dia 26/05.
Além de apresentar os dados, Makuda falou sobre as dificuldades encontradas pelos estudantes que chegam na universidade: a saudade da família, as diferenças estruturais da cidade e das relações pessoais, as responsabilidades financeiras que não existiam anteriormente (moradia, serviços, alimentação), as aflições diante do contato com metodologias e conteúdos desconhecidos e a pressão para superar todas essas questões.
O mestrando relatou, ainda, que o currículo da universidade, em especial da Faculdade de Direito, onde se formou, não envolve conteúdo de interesse indígena. “Eu fiz um debate na universidade, durante a minha graduação, sobre legislação indígena. Falei aos meus colegas que eles eram privilegiados, porque como futuros advogados, juízes, promotores, poderiam se deparar com casos envolvendo povos indígenas. Diferente do que as universidades oferecem, geralmente, eles estavam ali conhecendo a nossa realidade.”
Para o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, o evento foi um aprendizado. A presença de estudantes indígenas na universidade é, para ele, uma oportunidade ímpar de formação cultural para todos. “Há quem acredite que estar na universidade é uma grande oportunidade para eles, mas na minha leitura é uma grande oportunidade para nós, de conhecer e ampliar nosso olhar sobre as diferentes culturas presentes no nosso estado e no nosso país", afirmou.
A semana terminou com um sarau indígena. A chuva e o frio atrapalharam um pouco, mas a reunião com música e comida típicas animou quem teve disposição de prestigiar o evento.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind