Comunicação

Greve docente tem pauta ampla

 

 

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) debateram densamente, durante assembleia geral nessa quarta-feira (05/08), a conjuntura da greve desse ano. Apesar da negociação salarial ter sido problematizada, a maioria dos docentes concorda que o primeiro objetivo do Movimento é defender a universidade pública, de qualidade e socialmente referenciada.

 

“A luta não é só por salário. A questão é mais ampla, é a sobrevivência da universidade”, disse o professor Vinícius dos Santos, criticando o que chamou de “pequenês política”. Isso seria, segundo ele, uma postura que vem se mostrando nas últimas greves, de restringir o debate às negociações salariais, ou a questões imediatas.

 

O professor Dorival Gonçalves destacou a importância de manter a perspectiva histórica da análise e também criticou as relações “coisificadas”.     

 

Representante do Comando Local de Greve em Brasília, na última semana, a professora Ivone Ferreira falou que muitas universidades, dentre elas a UFRJ, estariam paralisadas, mesmo que não houvesse um movimento nacional de greve. “As portas da UFRJ na estão fechadas só por causa da greve. Estão fechadas por falta de condições de funcionar!”, disse, citando o depoimento de um servidor daquela universidade.    

 

A terceirização dos serviços dentro da instituição e a relação universidade-mercado também foram destacadas, pelos docentes, como nocivas à universidade pública.

 

Ventilou-se a possibilidade de colocar a pauta dos professores em votação na Câmara Federal, proposta recusada pela plenária. Além disso, o professor Caron ficou, novamente, de submeter sua contraproposta de negociação aos docentes no Espaço Aberto.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat-Ssind

 

 

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