Comunicação
Mais de 6 mil servidores marcham em Brasília e participam de audiência junto ao governo
- Quinta, Jul 23 2015
- Data de publicação
Mais de seis mil manifestantes, de diversas categorias do funcionalismo público, participaram nesta quarta-feira (22) da Marcha dos Servidores Públicos Federais (SPF), em Brasília (DF). A atividade foi deliberada em última reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF com o intuito de cobrar negociação efetiva da pauta unificada protocolada junto ao governo. Servidores, advindos de diversos estados do país, percorreram a Esplanada dos Ministérios e caminharam em direção ao Palácio do Planalto, onde exigiram uma audiência junto à Secretaria Geral da Presidência da República para que essa interfira no avanço do processo de negociação entre os servidores e a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog).
Servidores reafirmam descontentamento em relação ao reajuste proposto
Após a marcha, uma comissão representativa do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF participou de uma audiência junto à Secretaria-Geral da Presidência da República com objetivo de dar continuidade ao processo de negociação salarial dos eixos da campanha unificada para 2015 dos servidores públicos. Os servidores foram recebidos por José Lopez Feijóo, Assessor Especial da Secretaria-Geral da Presidência da República.
https://www.adufmat.org.br/portal/index.php/comunicacao/noticias/item/757-edital-de-convocacao-assembleia-geral-da-adufmat-ssind#sigProId2272beae19
De acordo com Amauri Fragoso, 1º Tesoureiro doANDES-SN “a audiência foi mais uma ação por parte do Fórum dos SPF para demonstrar disposição de diálogo com o governo para tratar da proposta de reajuste salarial de 21,3%, parcelado em quatro anos – amplamente rechaçado pela categoria”. De acordo com os servidores, a proposta – apresentada na última reunião realizada entre o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF e a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Mpog, no dia 20 deste mês – ignora as perdas acumuladas (2010-2015) e não leva em conta a inflação prevista para os próximos quatro anos.
“Além disso, quando você assina um acordo para quatro anos, o governo engessa o movimento por esse período. As entidades ficam submetidas a esse acordo, sem poder reclamar. Por isso, nós queremos uma negociação anual. A proposta de reajuste do governo para quatro anos não cobre nem a inflação do primeiro ano e nem as projeções futuras, e, ainda, tem a última parcela entrando, inclusive, em um novo governo, em 2019”, ressalta Fragoso.
Fragoso aponta também que a reunião foi importante e a expectativa é que tenha resultados no sentido de avançar. “O Assessor Especial da Secretaria-Geral da Presidência da República saiu com o compromisso de interceder junto a Rosseto para abrir novos canais de negociação principalmente em relação ao que foi apresentado pelo governo até agora”. Feijóo comprometeu-se também a interceder junto ao secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog), Sérgio Mendonça, na tentativa de fazer tratativas para que a negociação avance.
“É importante buscar novos canais de diálogo diferentes dos que estão postos até o momento para tratar das pautas setoriais e das que tocam toda a categoria do funcionalismo público. Dessa forma, é razoável que o ministro Miguel Rosseto [da Secretaria-Geral da Presidência da República], que é um dos responsáveis pela articulação do governo com os movimentos sociais e populares, compreenda todo o processo de construção do Fórum na organização de diversas entidades para que tenhamos um serviço público de qualidade no país”, finaliza.
Na próxima segunda-feira (27), ocorrerá nova reunião do Fórum para discutir os próximos encaminhamentos, entre os quais nova marcha à Brasília para primeira quinzena de agosto.