Segunda, 19 Outubro 2015 16:45

Educar já

Aumentar contingentes policiais nas ruas em nada contribuirá para que milhares de jovens, absolutamente sem perspectivas, parem de fazer os famosos arrastões pelas praias do Rio de Janeiro durante os finais de semana ensolarados. 
As autoridades detentoras do poder público precisam vivenciar as ruas, e não, se encastelarem em suas mansões, seus helicópteros, seus jatinhos. 
Moradores da orla da zona sul há muito advertem sobre o aumento da violência, visível a cada verão. 
As periferias que abraçam a cidade dão sinais de que não mais aceitam o estado de abandono e descriminação com que são tratadas há décadas. 
Belos fins de semana são convites ao deleite nas mais belas praias do mundo, até porque, é o único espaço democrático que sobreviveu à fúria da comercialização brutal da cidade. 
As periferias, totalmente abandonadas, suas praias poluídas, piscinas, as poucas existentes, contaminadas, ausência de saneamento básico, enfim, a injustiça social avassaladora. 
Continuamos confiando naquele bom humor carioca, na sua índole pacífica, mas, a realidade mostra que isso está desaparecendo com o agravamento da crise socioeconômica. 
São quinhentos e seis comunidades em busca de entretenimento e diversão a preço baixo. 
A luta de classes, antes despercebida no país, vem visivelmente se acirrando, inclusive através das redes sociais. 
É preciso que o sistema educacional leia imediatamente todos os sinais que a sociedade está mostrando a passos muito rápidos. 
A hora é de ações educativas imediatas, ou mergulharemos todos num grande conflito social de proporções incalculáveis. 

Gabriel Novis Neves
25-09-2015

Sexta, 16 Outubro 2015 18:10

Mentiras com pernas curtas IV

Ouvi hoje fragmentos de fala da Presidente na Conferência da ONU : jogo de cena, teve que falar uma parte da verdade, que o pais está em crise, o modelo econômico superado, senão ficaria ridicularizada. Na Conferencia anterior, cometeu a “gafe” de convocar todos, naquela conjuntura, para um acordo com o Islã. Hoje aqui no Brasil, a grande mentira é das doações “legalizadas’ de campanha e a contínua tentativa da Presidente em driblar a crise.com a corrupção agindo sobre o processo político. Lula da Silva nega, e ao mesmo tempo justifica que todos fazem o mesmo, Dinheiro obtido criminosamente, esquentado como “doações registradas” para a campanha do PT e sua coalizão. O esforço é esconder a origem do dinheiro. Os dois últimos tesoureiros do PT foram presos e condenados por corrupção (Delubio e João Vacari). Assim, existe uma conexão direta entre o mensalão e o petrolão, com os mesmos objetivos. Tentaram “esfolar” Joaquim Barbosa, agora, o mesmo com Sergio Moro. Neste cenário de desespero da Presidente, seu partido e a base aliada, corre factualmente um complô de potencial interesse político. Tentam de todas as formas desmoralizar o Juiz Sergio Moro e sua competente equipe de Promotores, Policiais Federais e toda a logística de pessoal e infraestrutura formada. Uma equipe complexa e de qualidade, que rastreia o intrincado da Operação Lava Jato e suas conexões. A maioria do STF, até que se prove em contrário, é de pouca confiança na seriedade com a justiça. Caso mais escabroso é de óbvias dúvidas, como o caso do Ministro Dias Toffoli, que encaminhou agora a proposta do fatiamento do processo a partir de acusações e prova contra a petista Gleisi Hoffmann. A proposta foi aprovada. Simplesmente retira esta Senadora e protege preventivamente outros políticos das garras implacáveis e provedoras da verdadeira justiça, sob o comando do Juiz Sergio Moro. Contra isto, o comentário de que “a dispersão das causas penais não serve aos interesses da justiça!” O que fizeram foi questionar a competência da 13ª Vara da Justiça Federal para comprovar a conexão da Empresa CONSIST com o caso Lava Jato. Gleisi, personagem de proa do PT, teria auferido propina na conexão com o Ministério do Planejamento, dirigido na época por seu marido, também figura de mando do partido. Imaginem se esta conexão chegar a Itaipu Binacional. A força tarefa dirigida por Sérgio Moro, continua insistindo em manter sob sua responsabilidade estes casos.  Ocorreram manifestações maciças de apoio a seu favor, no pátio da Justiça Federal em Curitiba. Como a proposta do STF foi de mandar o processo para São Paulo, onde ocorreu o fato, coerente, a equipe propôs dar assessoria e apoio aos trabalhos dos procuradores deste Estado, propondo inclusive um trabalho integrado. Querem estilhaçar o quebra cabeças que vem sendo elucidado gradualmente da maior corrupção já vista com dinheiro público. Isto sim, é um verdadeiro golpe contra a justiça política no Brasil. Na conjuntura de fisiologismo político do presidencialismo de coalizão. A equação é cooptação versus subserviência. Cresceram Ministérios para 39, com o geométrico aumento de cargos comissionados. O corte na diminuição do tamanho da administração pública significa somente 1,6% do total de cargos. Cumpre uma verdadeira cartilha antirrepublicana com a negociata para manter aliados. O outro lado da equação é que estão reféns de Eduardo Cunha, Renan Calheiros, do PMDB, que ensinaram a gravitar em torno do poder a qualquer preço. Da subserviência a reféns, que ocorre com a Presidente e seu partido, enfraquecidos ao “fundo do abismo” em que meteram o país, o povo brasileiro e a si próprios. Levaram junto movimentos sociais, outrora independentes. Os mesmos, que como o MST, arriscam agora quando não há mais saída, a criticar o governo petista, no “salve-se quem puder”. No mínimo, estes movimentos deveriam ter rompido bem antes as relações para tentar retomar autonomia e a dignidade política, no entanto, pela sua importância, ainda há tempo. O sindicalismo entrou nesta ciranda. É uma “faca de dois gumes” sob a prática do desmando, da incompetência, descompromisso público, eivada de trapalhadas, assediados hoje por chantagens de todos os matizes. Nada de escolher Ministros decorosos, é fisiologismo puro, contra transparência, a favor da enganação. O “negócio de poder” que colocou o pais em queda meteórica só tem um interesse agora: de manter os vetos presidenciais a um preço impagável pela população. E de evitar o impeachment com a lança apontada inexoravelmente pelas criaturas que ressuscitaram ao pódio do poder.  Esta é uma insólita cena macabra de descrédito e de indigência política. Não interessa que preço o povo pagará. Como e quando sairemos desta farsa política? - Mentiras e enganações “a dar com pau”! 

Waldir Bertulio

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