Terça, 16 Novembro 2021 19:11

 

 

A comissão organizadora do 40º Congresso Nacional do ANDES-SN se reuniu nessa semana para dar início aos preparativos do encontro, que acontecerá em março de 2022, na cidade de Porto Alegre (RS). Integrantes da diretoria nacional, da Regional Rio Grande do Sul e trabalhadoras do Sindicato Nacional foram até a capital gaúcha para se reunir com a comissão local composta por representantes da Seção Sindical do ANDES-SN na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ANDES/UFRGS).

Esse será o primeiro evento deliberativo presencial do ANDES-SN desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020. Porto Alegre foi escolhida como sede do encontro durante o 39º Congresso, ocorrido em São Paulo em fevereiro do ano passado. O 40º Congresso estava previsto para ser realizado no primeiro semestre de 2021, no entanto, devido às condições impostas, o evento foi suspenso. Durante o 13º Conad Extraordinário, em outubro passado, as e os docentes participantes reafirmaram a cidade de Porto Alegre como sede para o encontro presencial.

“A comissão de organização do 40° Congresso do ANDES-SN esteve reunida durante dois dias em Porto Alegre. Foi um momento muito importante de encontro da comissão local e da comissão nacional de organização do evento, que está empenhada em fazer um grande congresso para nossa categoria. Um congresso que vai se realizar ainda no contexto da pandemia e de suas consequências, com presencialidade, o que nos traz o enorme desafio de pensar em todo o processo de organização, de garantia das condições de segurança sanitária e também de garantia das condições para um bom debate político da nossa categoria”, conta Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN.

Rivânia avalia que a reunião foi muito positiva e permitiu vários encaminhamentos em relação aos locais de realização das atividades do congresso, as visitas que nós conseguimos realizar e pensar em todo o processo de organização. Na quinta-feira, a comissão se reuniu e também visitou a UFRGS. Já na sexta, foram ao Memorial Carlos Prestes e também conhecer os hotéis que serão indicados para hospedagem dos e das participantes.

“Nós visitamos inclusive a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estivemos na Faculdade de Educação, onde fomos recebidos pela diretora da faculdade. O local vai ser um espaço bastante utilizado durante o congresso, principalmente para a realização dos nossos grupos de trabalho. Pudemos também receber a acolhida da equipe local e perceber a vontade e disposição para realização do Congresso, para que possamos fazer desse congresso presencial um grande momento de reencontro da nossa categoria e de fortalecimento do nosso sindicato e das nossas lutas”, acrescentou.

 

Memorial Carlos Prestes
Durante a estadia em Porto Alegre, a diretoria nacional do ANDES-SN visitou o Memorial Carlos Prestes e entregou ao diretor do espaço a moção de apoio aprovada pelos e pelas docentes, durante o 13º Conad Extraordinário. O memorial está sob ameaça de ser fechado, pois tramita na Câmara Municipal da capital gaúcha um projeto de lei para transformar o local em um memorial da cidade de Porto Alegre, apagando seu nome e conteúdo, que faz referência à luta e resistência de Luís Carlos Prestes.

“Fomos pessoalmente entregar a moção para o diretor do espaço e para a equipe de trabalho que estava presente, numa ação de solidariedade e de luta pela continuidade do memorial. Foi muito importante para nossa diretoria entregar essa moção e demonstrar o apoio do ANDES-SN”, afirmou Rivânia.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Leia também:
Docentes aprovam realização de Congresso presencial do ANDES-SN no primeiro trimestre de 2022

 

Terça, 19 Outubro 2021 11:16

 

No dia 23/11, o ANDES-SN lançou com uma live-show a campanha “Defender a Educação Pública, essa é a nossa escolha!”. O evento, realizado em um heliporto em São Paulo, contou com apresentação da cantora brasiliense Ellen Oléria, participação da cantora paulistana Ana Cañas e do poeta mineiro radicado em São Paulo, Sérgio Vaz. Ao final, a cantora pernambucana Duda Beat fez um show de encerramento. Todas as artistas e o poeta declaram apoio à defesa intransigente da Educação Pública e convidaram o público a conhecer a campanha lançada pelo Sindicato Nacional.

Como etapa seguinte, foi inaugurado o site https://www.eudefendoaeducacao.com/. A plataforma reúne informações sobre a campanha, sobre os cortes orçamentários na Educação Pública, promovido pelos governos federal, estaduais e municipais e sobre a importância da pesquisa e produção de conhecimento nas instituições públicas de ensino. Traz ainda um canal de contato com o ANDES-SN, que pode ser feito também através do email campanha O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Além do site, a campanha conta com perfis no Facebook (https://www.facebook.com/eudefendoaeducacaopublica) e no Instagram (https://www.instagram.com/eudefendoaeducacaopublica/), nos quais também serão compartilhados os conteúdos para mobilização em defesa da educação pública.

Claudio Mendonça, 2º vice-presidente da Regional Nordeste 1 do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Comunicação e Arte (GTCA),  ressalta que a campanha busca conscientizar a população sobre como os ataques à Educação pública atingem, e dizem respeito, a toda a sociedade brasileira. Além disso, busca pressionar e sensibilizar parlamentares e governantes pela reposição do orçamento das universidades públicas, institutos federais e cefets.

“A campanha foi motivada a partir do debate orçamentário, que tem sido profundamente afetado pelos sucessivos cortes dos governos, o que tem levado a um quadro insustentável”, afirma o diretor do ANDES-SN.

De acordo com o coordenador do GTCA do Sindicato Nacional, a previsão é que a campanha, uma deliberação do 11º Conad Extraordinário dure ao menos cinco meses. As próximas peças da campanha serão divulgadas nas redes sociais da campanha e do ANDES-SN. Além de cards, serão divulgados vídeos e realizados eventos artísticos pontuais para ampliar a divulgação da luta em defesa da educação pública.

Live-show
O lançamento da Campanha “Defender a Educação Pública, essa é a nossa escolha!” contou com a presença da presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura, da diretora Joselene Mota e do diretor Cláudio de Souza Mendonça, além de representantes da UNE e da Fasubra. Durante a live, também foram exibidos vídeos com saudações de diversas entidades como a Ubes, Fenet, Sinasefe, CSP-Conlutas, entre outras.

Assista aqui

 

Fonte: ANDES-SN 

 

Terça, 24 Agosto 2021 14:43

O governo federal publicou uma Instrução Normativa nº 54/21 para estabelecer o corte de ponto do(a)s trabalhadore(a)s público(a)s em virtude de qualquer paralisação motivada no escopo do direito de greve. Essa ameaça ao legítimo direito de paralisação do funcionalismo público federal ataca professores e professoras, quando o sentido das nossas conquistas trabalhistas está ameaçado pela lógica da destruição das carreiras e do serviço público. Portanto, trata-se de uma ação autocrática para tentar impedir que nossa categoria desenvolva formas de luta em defesa dos nossos direitos e do serviço público.

A normativa desqualifica a noção de governo que gerencia o que chamamos de autarquia e atropela a autonomia universitária, ao não respeitar os preceitos normatizados do que seja o caráter da universidade pública no regramento constitucional.

Existe na normativa em questão um procedimento ameaçador, ao constranger a categoria docente, contribuindo para a fragmentação da luta do conjunto do(a)s trabalhadore(a)s público(a)s, autorizando as chefias do serviço público federal, que no caso do(a)s docentes implica nas reitorias, apresentarem listas de quem vai continuar trabalhando em caso de paralisações e greves.

Esta ação do governo federal é um violento processo de intimidação para com àquele(a)s que diante dos ataques aos seus direitos e aos serviços públicos, colocam-se em luta por meio de atos, paralisações e greves.

Ao reforçar o sentido autoritário da normativa, por meio dos itens elencados, o governo age na perspectiva de não respeitar o espaço de mediação/negociação/diálogo, instrumento que deve ser constituído diante das questões e pautas levantadas pela categoria docente e pelas mais diversas categorias do serviço público federal.

Com esse arcabouço policialesco, a Instrução Normativa nº 54/21 procura uma forma política de se opor aos movimentos que têm como eixo fundamental a defesa do serviço público e daquele(a)s que prestam, em condições de profunda precarização, as mais diversas formas de atendimento básico e cidadão ao conjunto do povo brasileiro.

O ANDES-SN se somará ao conjunto de entidades representativas do serviço público federal na defesa do direito de greve e dos serviços públicos de qualidade e gratuito para a população brasileira que, nesse momento de nossa história, se encontra sem essa rede pública de atendimento pela total irresponsabilidade do governo do agitador fascista, Jair Bolsonaro.

Pela autonomia universitária!

Pelo direito de greve no serviço público!

Em defesa do serviço público gratuito e de qualidade!

Fora Bolsonaro-Mourão!

 

Brasília(DF), 24 de agosto de 2021.

 

 

Diretoria Nacional do ANDES-Sindicato Nacional

Quarta, 18 Agosto 2021 15:30

 

A diretoria do ANDES-SN vem por meio desta manifestar sua solidariedade à Professora e Vereadora no Munícipio de SINOP-MT Graciele Marques dos Santos (PT) e à Professora Lélica Elis Pereira de Lacerda, vinculada a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que vêm sofrendo ataques de seguimentos da direita por suas posturas em defesa dos direitos sociais e ambientais.

No dia 13 de agosto de 2021, a Professora Graciele, por meio de seu mandato, propôs e fez a mediação na realização de uma audiência pública na Câmara Municipal de Sinop-MT tendo como temática a PEC 32/2020 – Reforma Administrativa. Na oportunidade várias entidades da sociedade civil, estudioso(a)s e sindicatos estiveram presentes e fizeram considerações sobre o tema, entre essas o ANDES-SN representado pela Regional Pantanal. Uma das intervenções foi realizada pela professora Lélica Lacerda (UFMT-Cuiabá) que traçou o contexto histórico do processo de colonização de Mato Grosso, com destaque ao munícipio do Sinop-MT. Diante das críticas ao agronegócio, ao latifúndio, ao racismo e ao machismo estruturais, seguimentos da direita mato-grossense destilam seu ódio e intolerância em ataques virtuais e presenciais. No pleno da Câmara Municipal de Sinop-MT, no dia 16 de agosto as professoras foram ameaçadas de processos judiciais, entre os quais, racismo reverso.


Reiteramos que não existe racismo reverso, na medida em que a experiência colonizadora que funda o racismo que ainda hoje vivenciamos no Brasil não fez um caminho inverso na história, seguiu e segue sendo a colonização europeu sobre o continente Africano e Americano.

Os ataques dirigidos às professoras ferem diretamente a liberdade de expressão e a democracia, a luta empreendida por aquele(a)s que têm como horizonte um país efetivamente justo, igualitário, livre de opressões e atentam à liberdade de livre pensamento docente. São permeados por fake news e expressam o conservadorismo violento e o autoritarismo costumeiro desses seguimentos. Repudiamos todos os ataques, perseguições, ameaças e prestamos nossa solidariedade às professoras Graciele e Lélica, duas companheiras comprometidas com a defesa da educação, dos serviços públicos, dos direitos das mulheres, da população negra, LGBTQIA+ e dos povos originários!

Não irão nos calar!


Brasília(DF), 17 de agosto de 2021.

Quinta, 12 Agosto 2021 15:58

No dia 09/08/2021, o atual Ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez declarações desastrosas, que mostram o despreparo total para o cargo que ocupa e podem explicar também porque, ao viajar pelo Brasil, o referido ministro prefere se esconder em instituições particulares ao invés de visitar as Instituições Públicas de Ensino Superior.

No início de uma entrevista ao programa “Sem Censura”, comandada pela jornalista Marina Machado, da rede de televisão pública TV Brasil, da Empresa Brasileira de Comunicação, o ministro afirmou que “universidade, na verdade, ela deveria ser para poucos nesse sentido de ser útil à sociedade.” Essa fala mostra como esse senhor não conhece a universidade pública no Brasil e está alinhado a um governo que está a serviço do grande capital, defendendo a meritocracia, na qual somente privilegiado(a)s podem ter acesso ao ensino superior. Para justificar essa absurda afirmação, o ministro cita as pessoas formadas que atuam como “motoristas de aplicativo” e/ou exercem outras atividades que não condizem com a formação universitária adquirida. Vamos elucidar: a situação do(a)s formado(a)s que exercem atividades fora da sua área de formação não é culpa das universidades, do(a)s estudantes e ou do(a)s recém-formado(a)s. Essa situação é causada pela grande crise do capitalismo, que desacelerou a economia, empobreceu a população, e que se aprofundou ainda mais com a pandemia, e as políticas ultraneoliberais adotadas pelo governo Bolsonaro-Mourão, que deixaram mais de 14,7 milhões de trabalhadore(a)s desempregado(a)s no país, e não oferecem políticas para o enfrentamento da crise, mas mais arrocho e retirada de direitos, como na MP 1045, editada pelo governo federal para reduzir jornadas e salários em meio à pandemia a fim de proteger empresas, aprovada horas antes da rejeição da chamada PEC do voto impresso, em 10/08.

Essa crise do capitalismo deveria servir para questionarmos o capitalismo, mas o(a)s serviçais do grande capital usam a grande mídia, para mais uma vez, de forma ardilosa, culpabilizar os trabalhadores e as trabalhadoras.

Para piorar, o ministro continua com sua verborragia, cheia de mentiras e ataques vazios afirmando que: “Respeitosamente, vejo que alguns deles optaram por visão de um mundo à esquerda, socialistas…”, se referindo à(o)s reitore(a)s das universidades. Essa afirmação mentirosa e enviesada mostra que o ministro pouco conhece das universidades públicas no Brasil e traz uma grande carga de preconceito com relação a essas instituições. O conhecimento produzido nas universidades, institutos e Cefets sempre foi e será importante para a nossa sociedade, exemplo disso é o que foi feito durante toda a pandemia que estamos vivendo, com pesquisas em vacinas, testes e medicações, além de atendimento direto à população nos diversos Hospitais Universitários. Enquanto isso, as ações do governo federal e de muitos governos estaduais e municipais se resumiram a postura, discursos e ações negacionistas. O simples fato de alguém, que estuda e domina o assunto, discordar desses negacionistas, é o suficiente para ser automaticamente tratado como esquerdista, comunista e outros termos supostamente pejorativos. Essa postura serve apenas para tentar desqualificar essas instituições e criar uma cortina de fumaça, enquanto continuam tocando a agenda de reformas destrutivas, que fazem parte da agenda do grande capital, como a reintrodução do “Reuni digital”, que o MEC está impondo às instituições, como forma de chantagear o(a)s reitore(a)s das universidades e continuar com a guerra cultural e ideológica contra as instituições universitárias, que promovem o conhecimento, a reflexão e produzem ciência. O objetivo do ministro e do governo Bolsonaro-Mourão é destruir as conquistas da Constituição Federal de 1988, por um lado, asfixiando financeiramente as instituições de educação para promover a privatização, e por outro, atacar o artigo 207 da CF, que garante a autonomia pedagógica, financeira e administrativa às universidades, dessa forma, tentando destruir, tal como nos governos totalitários nazistas e fascistas, o cerne da universidade: a liberdade para ensinar, realizar pesquisa e promover a extensão universitária.

A diretoria do ANDES-SN repudia veementemente tais afirmações e continuaremos a defender os princípios aprovados em nossos Congressos e sistematizados no Caderno 2, que contém a proposta do ANDES-SN para a universidade brasileira.

Por liberdade e autonomia universitária!

Por uma universidade pública laica, de qualidade e socialmente referenciada!

Por políticas públicas de ingresso e permanência estudantil! Respeitem nossas universidades, institutos e Cefets!

Fora Ministro Milton Ribeiro!

 

Brasília(DF), 11 de agosto de 2021

 

Diretoria Nacional do ANDES-Sindicato Nacional

Quarta, 31 Março 2021 11:14

 

O golpe empresarial-militar de 1964 está completando 57 anos. É importante reafirmar que foram 21 anos de um regime político que atacou a classe trabalhadora com um imenso arrocho salarial e que reprimiu todas as suas manifestações, a exemplo das greves de Osasco, Contagem e do ABC paulista. Os governos militares, a serviço do imperialismo e da burguesia interna, interviram nas universidades brasileiras e massacraram a população indígena, camponesa e quilombola.

Esse longo período de exceção notabilizou-se pela cassação de milhares de ativistas, mas, também, pela prática do terrorismo de Estado. A ditadura prendeu milhares de opositore(a)s, inclusive religioso(a)s; torturou centenas de militante; forçando ao exílio um grupo importante de lideranças políticas, sindicais, estudantis e intelectuais. Para além dessa tragédia política, a ditadura de 1964 matou - em cifras oficiais - 434 homens e mulheres que lutavam em defesa das liberdades democráticas, contra os governos militares e em defesa dos interesses da classe trabalhadora e da democracia.

Dentro desse cenário político, um dos maiores ataques engendrados pela ditadura foi contra a universidade brasileira, partindo de uma orientação que advinha da ideologia da segurança nacional, centrado no chamado “inimigo interno”, que foi formulada pela ESG em consonância com agências internacionais, o regime autoritário usou fortemente dos seus organismos de repressão (SNI, Polícia Federal, AESI, CENIMAR, CISA, CIE, DOI-CODI, etc.) para agir sobre a universidade brasileira, chegando ao criminoso ato de assassinar 119 membros da comunidade universitária (97 homens e 22 mulheres), entre professore(a)s, estudantes e um técnico.

Foi criado durante esse período ditatorial um aparato de repressão interno ao ambiente da universidade. A AESI ou ASI (Assessorias Especiais de Segurança e Informações) tinha como finalidade vigiar, filtrar contratações, operar sobre possíveis ações do movimento estudantil, emitir relatórios para os órgãos de segurança do Estado ditatorial e denunciar membros da comunidade acadêmica para serem enquadrado(a)s no Decreto nº 477. Este decreto espúrio de 1969, ficou conhecido como o “AI-5 da educação” e tinha rito sumário para finalizar processos (20 dias).

Ainda nesse período tortuoso da história brasileira, o ensino privado foi expandido, os acordos com os EUA (MEC/USAID) comprovam a ingerência externa na educação, tendo sido aplicado um conjunto de reformas na universidade para colocá-la a serviço dos planos de desenvolvimento autoritário dos governos militares, como podemos entender a Lei nº 5.540/68. E, posteriormente, com a implementação da Lei nº 5692/71 que criou diretrizes e bases para uma educação totalmente voltada aos interesses profissionais como formas de servir aos capitalistas em nosso país.

O esquema repressor que se desenvolveu na universidade brasileira foi gerenciado para se representar nas formas administrativas por meio de seu caráter de controle interno, a exemplo de estatutos, regimentos, portarias e resoluções dos diversos conselhos. Ainda convivemos com esse entulho autoritário em muitas universidades, por meio das diversas permanências desse arcabouço no ambiente acadêmico.

Ao repudiarmos os 57 anos desse golpe e tudo que ocorreu com a ditadura empresarial-militar de 1964, precisamos alertar a comunidade universitária brasileira que estamos vivendo um grave momento político. Voltam à cena grupos obscurantistas e reacionários com o desejo político de romper as balizas da democracia formal com o nítido sentido de operar um “novo” regime de exceção. São hordas neofascistas, grupos golpistas que se confirmam como apoiadore(a)s do atual presidente da república, Jair Bolsonaro.

O Brasil vive uma intensa crise, cujo elemento mais contundente é a pandemia em virtude da Covid 19. O governo negacionista abriu as portas para o genocídio da nossa população, situando-se de forma perversa e com total irresponsabilidade diante da imensa mortandade.

Assim como, durante os anos da ditadura de 1964, lutamos e vencemos as trevas, agora, mais do que nunca, precisamos construir uma firme unidade de ação para enfrentar o(a)s golpistas neofascistas, defender a universidade brasileira e os serviços públicos. Temos que cerrar fileiras na luta pela vacinação já, para todos e todas.

Em defesa da democracia e da luta da nossa classe contra a tirania, denunciamos qualquer forma de comemoração desse evento nefasto da história brasileira. Tal atitude, ocorra onde ocorrer, deve merecer o nosso mais profundo repúdio.

Por nosso(a)s morto(a)s nem um minuto de silêncio, toda uma vida de combate!

Ditadura nunca mais!

 

Brasília(DF), 31 de março de 2021

 

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Terça, 16 Março 2021 16:13

A secretaria do ANDES-SN divulgou na última sexta-feira (12) o Caderno de Textos do 11º Conad Extraordinário. O encontro, com o tema central “Em defesa da vida, dos serviços públicos e da democracia e autonomia do ANDES-SN”, ocorrerá via internet, em dois dias: 27 de março e 3 de abril.

O documento que irá guiar os debates do 11º Conad Extraordinário contém oito textos de apoio sobre conjuntura, dois textos de resolução referentes à realização do congresso do Sindicato Nacional e cinco textos de resolução acerca do plano de lutas dos setores das instituições Federais de Ensino (Ifes) e Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes).

A proposta de pauta e cronograma apresentados no Caderno de Textos prevê que os debates dos Temas I e II – conjuntura e congresso – ocorrerão no dia 27 de março – e as deliberações referentes ao Tema III – Plano de Lutas dos setores – no dia 3 de abril. O intervalo entre as plenárias foi pensado devido ao excessivo desgaste físico e emocional provocado pela realização de longas reuniões virtuais, em um contexto de grande carga de trabalho profissional e doméstico dos e das docentes. Segundo avaliação da Assessoria Jurídica Nacional do ANDES-SN, o formato está de acordo com o estatuto da entidade e com a legislação em vigor.

Credenciamento
O credenciamento para participar do 11º Conad Extraordinário é prévio e digital. As inscrições de delegadas, delegados, observadoras e observadores podes ser feitas, pelas seções sindicais, até o dia 25 de março, pelo link: http://credenciamento.andes.org.br. 

Confira as orientações para credenciamento na circular 037/2021. Clique aqui.

Acesse aqui o Caderno de Textos do 11º Conad Extraordinário

 

Fonte: ANDES-SN

 

Leia também


11º Conad extraordinário do ANDES-SN deve debater realização do próximo Congresso da categoria docente

Sexta, 30 Outubro 2020 12:20

 

Circular nº 045/CEC/2020                                                                                                                                                                                         Brasília (DF), 30 de outubro de 2020

 

Às seções sindicais, secretarias regionais, à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN

c/c à Candidata a Presidente pela Chapa 1, à Candidata a Presidente pela Chapa 2 e aos membros da Comissão Eleitoral Central (CEC)

Assunto: DIVULGAÇÃO DO HOTSITE E DO HORÁRIO DAS ELEIÇÕES PARA A DIRETORIA DO ANDES (BIÊNIO 2020-2022)

 

Companheiro(a)s,

 

Considerando a proximidade das eleições, a  CEC relembra que as Eleições para a Diretoria do ANDES-SN (Biênio 2020-2022) ocorrerão nos dias 03, 04, 05 e 06 de novembro de 2020, das 9h às 21h (horário de Brasília).

            A CEC aproveita para divulgar o link do hotsite das Eleições para a Diretoria do ANDES-SN (Biênio 2020-2022), no qual se encontram várias ferramentas explicativas do processo eleitoral virtual telepresencial, principalmente, para o(a)s votantes, como o acesso direto ao site do Sindicato Nacional, vídeos, tutoriais para computadores e celulares, perguntas e respostas frequentes, chatbot. Para acessar, clique aqui:  https://eleicoesandes-sn2020.andes.org.br/.

hotsite será divulgado nas redes sociais do ANDES-SN e a CEC orienta que as seções sindicais também divulguem para que o máximo de docentes sindicalizado(a)s e aquele(a)s envolvido(a)s no processo eleitoral tenham acesso a essas informações.

Sem mais para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof.ª Raquel Dias Araújo

Presidente

 

Prof. Alexandre Galvão Carvalho

Representante da Chapa 1

 

Prof. Fabio Cesar Venturini

Representante da Chapa 2

 

Prof. Lucas Santos Cerqueira

1º Titular Eleito na Plenária

 

Prof.ª Deborah Fontenelle

2ª Titular Eleita na Plenária

 

 

At.te

Lucas Brito

Secretaria ANDES-SN

Sexta, 30 Outubro 2020 11:50

 

 

A Comissão Eleitoral Central (CEC) do ANDES-SN divulgou, nessa quinta-feira (29), o site da eleição do ANDES-SN (biênio 2020-2022), o qual os e as votantes deverão acessar para dar início ao processo de votação telepresencial.

Com layout semelhante ao do site do Sindicato Nacional, a página traz orientações sobre o processo de votação, com vídeos e tutoriais, além de informações sobre as chapas participantes do processo eleitoral. Explica, ainda, como instalar e acessar a plataforma Zoom, que abrigará as mesas virtuais de identificação.

A área para cadastro do CPF, que dará acesso às mesas eleitorais está fechada e será habilitada para acesso no dia 03 de novembro, terça-feira, a partir das 09 horas (horário de Brasília), quando terá início a eleição. As votações acontecerão de 03 a 06 de novembro, das 09h às 21h (horário de Brasília). Podem votar todos e todas docentes que tenham se sindicalizado até 3 de agosto deste ano e estejam em dia com a entidade. 

Como será a votação?
A CEC solicitou, a todas as seções sindicais, os dados das fichas de filiações dos docentes. Com essas informações, foram criadas as mesas virtuais de identificação, que contarão com dois mesários – presidente e secretário – indicados pelas comissões eleitorais locais de cada seção sindical e mais dois fiscais, um de cada chapa.

O(a) docente apto(a) a votar deve acessar a página das eleições do ANDES-SN. Ao digitar o CPF no campo solicitado, será direcionado(a) para a mesa virtual telepresencial de identificação na qual está cadastrado(a). Deverá. Então, se apresentar através da câmara e do microfone do seu equipamento (computador, celular ou notebook) com um documento de identidade com foto, para verificação.

O presidente da mesa irá confirmar os dados e o email do(a) eleitor(a), para o qual será enviado o link para votação. Caso prefira receber pelo celular, é possível fornecer o número nesse momento e o link será enviado por mensagem de texto.

Após o envio do link, o(a) docente terá 10 minutos para acessar o sistema de votação e registrar seu voto. Ao concluir o processo, será enviado um comprovante de votação.

Caso o(a) docente tenha alguma dificuldade e não consiga registrar seu voto nesse período de 10 minutos, poderá acessar novamente a mesa virtual e solicitar um novo link. Isso pode ser feito no mesmo dia, ou em outro, desde que durante os dias e horários de votação. O CPF e o email ou celular dos aptos a votar só serão bloqueados no sistema quando o voto for computado.

Para aqueles(as) cujas seções sindicais não enviaram as informações para a CEC ou que votam pelas Secretarias Regionais, o processo é semelhante. No entanto, ao acessar o site da eleição, além do CPF, precisarão preencher um formulário com as demais informações. E, na mesa virtual telepresencial de identificação, deverão apresentar um comprovante de sindicalização como, por exemplo, o contracheque com o desconto da mensalidade sindical.

Após a confirmação da identidade e da sindicalização, esses(as) votantes receberão o link para registrar o voto da mesma forma que os demais. A lista de votos em separado será remetida, ao final de cada dia, para as Comissões Eleitorais Locais (CEL) de cada seção sindical para validarem ou não, a depender da situação. Caso o voto seja validado, será imediatamente computado após confirmação da CEL.


A computação dos votos acontecerá no dia 6 de novembro, a partir das 22 horas. O resultado preliminar será divulgado assim que concluído o processo de apuração, pois as chapas poderão apresentar recursos até 24 horas após a divulgação do resultado, a contar do momento em que for concluída a computação dos votos. 

A divulgação oficial dos resultados será feita no dia 10 de novembro. A chapa eleita será empossada em dezembro, durante o 10º Conad Extraordinário, que ainda será convocado.

Confira

Hotsite para mesário(a)s, técnicos e funcionário(a)s das seções sindicais contendo os materiais do treinamento (vídeos e tutoriais). 

Ressaltamos que é fundamental que leiam os materiais e assistam aos vídeos antes do treinamento que será realizado no dia 31/10/2020.

 

Fonte: ANDES-SN

Quarta, 21 Outubro 2020 12:37

Na imagem, as duas candidatas à Presidência do ANDES-SN: pela chapa 1, a professora Rivânia Moura (UERN); pela chapa 2, a professora Celi Taffarel (UFBA)  

Confira os novos materiais divulgados pelas chapas, por ordem numérica. 

 

Contrarreforma Administrativa e Ensino Remoto: implicações na nossa carreira

 

Este ano de 2020 tem sido intenso e difícil para a docência. De um lado, uma contrarreforma administrativa que pretende destruir o serviço público. De outro, fomos obrigados ao distanciamento social e, de forma emergencial, exercer a docência remotamente. Para além da emergência, não devemos perder a noção de que essas questões se articulam com um processo de fragmentação e aceleração do tempo e de precarização das condições de trabalho e a destruição do tripé ensino, pesquisa e extensão.

Nós da chapa 1 defendemos que o EaD não pode substituir o ensino presencial, embora reconheçamos a sua necessidade em determinadas situações e contextos, como neste momento de pandemia. Porém, nós somos contra sua regulamentação, porque é a oficialização da precarização e flexibilização do trabalho docente e, nesse momento, a luta é para que o ônus material e demais necessidades impostas pelo trabalho remoto sejam garantidas pelas instituições de ensino.

Nosso compromisso é com a valorização de nosso trabalho. Defendemos a carreira docente única, com ingresso por concurso público como garantia da transparência ao acesso, regime prioritário de dedicação exclusiva que permita ao/à docente não depender de trabalhos complementares, estabilidade no emprego que assegure que os/as servidores/as trabalhem pautados/as por projetos imunes à pressão e flutuações administrativas e aposentadoria integral que garanta um futuro menos inseguro.

A reforma administrativa quer destruir nossa carreira. Ela é continuidade da política de redução do tamanho e função do Estado Social, precedida pelas Contrarreformas da Previdência e Trabalhista, Lei de terceirização e, principalmente, a Emenda Constitucional 95. Derrotar a Contrarreforma Administrativa é nossa tarefa central.

Somos Chapa 1 UNIDADE PARA LUTAR

Em defesa da educação pública e das liberdades democráticas

 

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UMA NOVA DIREÇÃO PARA ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS

 

Esta eleição para o ANDES-SN não é uma eleição qualquer. Ela irá eleger a diretoria que enfrentará os maiores ataques que a educação, a ciência, a tecnologia e a democracia têm sofrido. Por isso, não basta repetir o de sempre, é preciso RENOVAR nosso sindicato.

É preciso RENOVAR porque não podemos ficar satisfeitos em participar de um fórum que reúne apenas as entidades que a atual diretoria classifica como “classistas”, virando as costas para o Fórum Nacional Popular de Educação, que reúne 54 entidades deste setor, com a única exceção do ANDES-SN. Defendemos a unidade, na prática, em torno de quem luta pela educação!

É preciso RENOVAR porque não vamos conseguir derrotar a Reforma Administrativa, que ameaça nossa carreira e o futuro do serviço público de qualidade, sem tornar nosso sindicato um espaço aberto para cada colega que queira participar. Defendemos um sindicato voltado para o conjunto da categoria docente!

É preciso RENOVAR porque precisamos garantir a autonomia e a democracia nas universidades federais, estaduais e municipais, nos IFs e CEFETs e isso será possível apenas com uma direção que defenda a autonomia e a independência, mas que não se negue ao diálogo com as forças vivas da comunidade acadêmica. Defendemos que reitor eleito é reitor empossado e não tergiversaremos na defesa da posse dos reitores ou reitoras mais votados(as) nas consultas e processos eletivos!

Enfim, é preciso RENOVAR para termos um ANDES-SN que priorize a luta pela nossa carreira, pelos nossos salários e pelo financiamento público do ensino, da pesquisa e da extensão. A luta sindical deve dialogar com o nosso cotidiano de profissionais que dão aulas, pesquisam, publicam, orientam e fazem extensão. Sabemos da importância de nossa profissão para a sociedade brasileira. Somos docentes e queremos o ANDES-SN de volta para o conjunto da categoria!

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