A professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Inês da Silva Barbosa, foi censurada e expulsa da 15ª Conferência Municipal de Saúde de Cuiabá (MT), pelo prefeito da cidade, Abílio Brunini (PL). A atividade ocorreu nessa quarta-feira (30), no Hotel Fazenda.
Maria Inês da Silva é mulher negra, doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP, constrói a II Marcha Nacional de Mulheres Negras por reparação e bem viver e participava, como conferencista, do debate “Consolidar o SUS: com a força do povo, participação social e políticas públicas”.
Durante sua fala, a docente foi interrompida pelo prefeito, após fazer uso de linguagem inclusiva na saudação ao público. De modo firme, e sem se dobrar à intervenção antidemocrática e LGBTI+fóbica do prefeito, defendeu sua fala e se retirou do espaço.
Na saída, em entrevista a jornalistas locais, Maria Inês rebateu a acusação feita pelo prefeito de extrema direita, de promover “doutrinação ideológica”, e reforçou seu compromisso com a defesa do Sistema Único de Saúde. “[Eu defendo] o direito de cada um e cada uma de nós, de sermos o que nós quisermos, e sermos respeitados na nossa existência. Então, não é esse joguinho de palavras. Eu não faço joguinho de palavra. Eu estou procurando, no máximo que posso, ser uma porta-voz , e sou, dentro dessa voz, de todas, de todos e todes. Já passei por 'N' formas de gestão. Já fui do governo federal, já fui das agências da ONU, eu sou, atualmente, aposentada, mas estou na militância, porque esse é um projeto político e têm distintos projetos lutando nesse campo. Tenho que reconhecer, o do prefeito e seu entorno é um outro projeto político, que não se coaduna com o meu. Por que o que está acontecendo com o Sistema Único de Saúde? Está sendo terceirizado, está sendo aviltado pela privatização, era disso que eu também queria falar”, disse a repórteres do canal Olhar Direto e ao Estadão.
Repúdio
Em nota, o ANDES-SN e a Associação de Docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (Adufmat Seção Sindical), repudiaram a ação de censura, machista, racista e LGBTfóbica do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini.
“A companheira, de forma violenta, foi interrompida após utilizar linguagem neutra, como forma de incluir pessoas historicamente invisibilizadas. Nós, do ANDES-SN, entendemos que a atitude do prefeito, de extrema-direita, foi de censura, foi machista, LGBTfóbica, antidemocrática e racista! Nos solidarizamos com a professora doutora Maria Inês da Silva, reafirmando: não seremos interrompidas!”, ressaltou a nota do Sindicato Nacional. Leia aqui a nota do ANDES-SN.
A Adufmat SSind repudiou ainda a manifestação oficial emitida pela prefeitura de Cuiabá, que, segundo a seção sindical, “longe de corrigir o abuso de autoridade do prefeito, reafirma o cerceamento à liberdade de expressão e à liberdade científica de uma professora negra, sob o pretexto de defesa da ‘neutralidade ideológica’. A imposição de uma suposta ‘neutralidade’ é, na verdade, censura”.
“Exigimos respeito à professora Maria Inês, a todas, todes e todoes que lutam pela Saúde Pùblica, pelo SUS e em defesa da Universidade Pública!", reforçou a nota da Adufmat SSind.
Fonte: Andes-SN (com informações da Adufmat SSind. e do Canal Outros Olhares)
O ano de 2024 registrou 211 assassinatos de indígenas. A informação foi divulgada no Relatório Violência Contra Povos Indígenas no Brasil – 2024, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). De acordo com o levantamento, o primeiro ano de vigência da Lei do Marco Temporal foi marcado por conflitos e violência contra povos em luta pela terra.

A Lei 14.701/2023, também chamada de Lei do Genocídio Indígena, foi aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada nos últimos dias de dezembro de 2023. Segundo o Cimi, a legislação fragiliza os direitos territoriais dos povos originários, gerando insegurança e fomentando conflitos e ataques contra comunidades indígenas em todas as regiões do país.
Conforme o Cimi, a lei foi apontada pelo Poder Executivo, responsável pela demarcação das terras indígenas, como um impedimento para avançar com processos administrativos de reconhecimento e regularização de territórios indígenas.
Apesar dos questionamentos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o relator dos pedidos, Ministro Gilmar Mendes, optou por mantê-la em vigor e estabeleceu uma “Câmara de Conciliação”, reabrindo discussões que já haviam sido superadas pelo próprio STF. As representações indígenas se retiraram da Câmara por não aceitarem negociar os direitos de seus povos.
Como consequência, aponta o relatório, as demarcações avançaram em ritmo lento e terras indígenas, inclusive já regularizadas, registraram invasões e pressão de grileiros, fazendeiros, caçadores, madeireiros e garimpeiros – entre outros criminosos, que se sentiram incentivados pelo contexto de desconfiguração de direitos territoriais. Os números de assassinatos e de suicídios de indígenas mantiveram-se elevados, assim como os casos de desassistência e omissão a povos e comunidades.
Violência contra a pessoa
O documento denuncia 424 registros de casos de “Violência contra a Pessoa”. A seção é dividida em nove categorias: abuso de poder (19 casos); ameaça de morte (20); ameaças várias (35); assassinatos (211); homicídio culposo (20); lesões corporais (29); racismo e discriminação étnico-cultural (39); tentativa de assassinato (31); e violência sexual (20).
Os três estados com maior número de assassinatos têm se mantido constantes nos últimos anos. Em 2024, Roraima (57), Amazonas (45) e Mato Grosso do Sul (33) registraram os números mais altos, com destaque também para a Bahia, onde 23 indígenas foram assassinados.
Os dados foram compilados a partir de consultas a bases do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de secretarias estaduais de saúde, além de informações obtidas junto à Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena (Sesai) via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Foram graves e numerosos os ataques armados a comunidades indígenas em luta pela demarcação de suas terras, e tiveram implicações e desdobramentos registrados em diferentes categorias desta seção. Os assassinatos de Nega Pataxó Hã-Hã-Hãe e de Neri Ramos da Silva, morto durante uma operação policial contra uma retomada Guarani e Kaiowá na TI Ñande Ru Marangatu, destacam-se pela brutalidade e pela participação da Polícia Militar.
Além do terror, das ameaças e dos ferimentos por agressões e tiros nos diversos ataques que atingiram comunidades como as das TIs Tekoha Guasu Guavirá, no Paraná, e Panambi – Lagoa Rica, em Mato Grosso do Sul, muitos indígenas relataram casos de discriminação e preconceito ao buscar atendimento médico em hospitais, evidenciando um contexto de racismo e desumanização.
Mais de 30 ataques contra comunidades indígenas foram registrados no país, e ao menos dez pessoas ficaram com projéteis alojados em seus corpos: nove Avá-Guarani e um Guarani Kaiowá, que ficou com uma bala alojada em sua cabeça.
Em janeiro deste ano, o ANDES-SN se solidarizou com o povo Avá-Guarani, que foi alvo de ataques violentos na região de Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, desde dezembro de 2024. Os episódios já deixaram ao menos seis indígenas feridos por disparos de arma de fogo e resultaram na destruição de casas e vegetação por incêndios criminosos.
O Sindicato Nacional também noticiou os ataques violentos contra retomadas Guarani e Kaiowá, na Terra Indígena Lagoa Panambi, em Douradina (MS), em agosto de 2024. Ao menos 11 indígenas ficaram feridos, três em estado grave. Também manifestou pesar pelos assassinatos de diversas lideranças indígenas como Nega Pataxó Hã-Hã-Hãe e repudiou a violência contra o povo Pataxó no sul da Bahia.
O relatório reuniu ainda outros tipos de violência, como a omissão do Poder Público e contra o patrimônio. Foram relatados 208 suicídios de indígenas, em sua grande maioria até 29 anos, e registrados 922 óbitos de crianças de 0 a 4 anos de idade em 2024. De acordo com o Cimi, a maioria dos óbitos de crianças indígenas foi provocada por causas consideradas evitáveis. “Ações adequadas de atenção à saúde, imunização, diagnóstico e tratamento poderiam evitar ou diminuir consideravelmente o desfecho fatal nesses casos”, denuncia.
O documento aponta ainda 1.241 casos de violência contra o patrimônio, que envolvem omissão e morosidade na regularização de terras, que reúne a lista com todas as terras indígenas com alguma pendência ou sem providências para sua regularização, que totalizou 857 casos; conflitos relativos a direitos territoriais, que teve 154 registros em 114 Terras Indígenas em 19 estados; e invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio, com 230 casos, que atingiram 159 Terras Indígenas em 21 estados do Brasil.
Os casos, de acordo com o levantamento, têm relação direta com a fragilização dos direitos indígenas ocasionada pela Lei 14.701, reconhecida pela própria Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Incitado a comentar o efeito da lei, por meio de questionamento feito via Lei de Acesso à Informação (LAI), o órgão admite que a medida afeta potencialmente “todas as Terras Indígenas que se encontram em fase administrativa anterior à regularização”.
A tese do marco temporal, contida na Lei, restringe a demarcação apenas às terras que estivessem sob a posse dos indígenas no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Sua implicação fundamental é que povos expulsos de seus territórios poderão ser impossibilitados de reaver suas terras.
De acordo com o relatório, além de aplicar esta tese, a Lei prevê ainda mudanças significativas nos procedimentos administrativos de reconhecimento territorial. Algumas dessas mudanças são de difícil cumprimento e já incorrem, conforme a própria Funai, em um “um aumento da morosidade dos processos de demarcação de terras indígenas”. Outras “pecam por falta de clareza e por contradição” e chegam a ser “inexequíveis”.
Confira aqui a íntegra do relatório
Fonte: Andes-SN
O ANDES-SN exigiu, novamente, do Ministério da Educação (MEC) o cumprimento dos termos dos acordos de greve firmado com as categorias da Educação Federal em 2024. A cobrança foi apresentada durante a 2ª Reunião da Mesa Setorial de Negociação Permanente (MSNP) no âmbito do MEC, realizada na manhã nesta terça-feira (29).

Segundo Cláudio de Souza Mendonça, presidente do ANDES-SN, a proposta inicial de pauta, apresentada pelo governo, não contemplava os pontos considerados mais emergentes pelas entidades da Educação Federal. Após pressão de representantes do Sindicato Nacional, da Fasubra e do Sinasefe, houve consenso em se discutir alguns temas relacionados aos acordos de greve.
Sobre o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para aposentados e aposentadas, o governo afirmou que, mesmo com parecer favorável de vários setores, inclusive da Advocacia-Geral da União, houve manifestação contrária do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Segundo relatado pelos representantes do MEC, isso teria impossibilitado avançar nessa discussão. Estavam na mesa o Secretário-Executivo Adjunto do MEC, Rodolfo Cabral, e o Gerente de Projeto da Secretaria Executiva do ministério, Fábio Paiva, além de outros assessores.
“Nós pautamos a necessidade do MEC continuar a pressão, uma vez que isso tem relação com um acordo assinado pelo governo. O MGI não pode desconsiderar um termo firmado com as categorias da Educação Federal e com suas entidades representativas”, criticou Cláudio Mendonça, que participou da reunião acompanhado da secretária-geral do ANDES-SN, Fernanda Maria Vieira.
Também foi discutida a mudança do texto do Decreto 1590/95, que trata do controle de frequência de docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A minuta acordada entre o MEC e as entidades segue parada na Casa Civil, aguardando publicação. Os representantes do Ministério da Educação afirmaram que a Pasta, recentemente, enviou um ofício à Casa Civil, reafirmando o compromisso do governo com a publicação da nova redação do Decreto 1590/95, visto que esse é um dos compromissos assumidos no acordo firmado no ano passado. O MEC não soube informar a data de envio desse ofício.
Em relação aos resultados concluídos pelo Grupo de Trabalho (GT) sobre a regulação do trabalho docente no EBTT, o MEC afirmou que há previsão, até setembro, para publicação do texto que substituirá a portaria MEC 750/2024. Conforme foi explicado na reunião, estão sendo realizados pequenos ajustes, mantendo o que foi acordado com as entidades.
Em janeiro deste ano, o GT concluiu suas atividades com a aprovação de uma carga horária mínima de 8 horas semanais de aula para docentes EBTT, entre outros avanços. O grupo, do qual o ANDES-SN fez parte, realizou um total de dez reuniões e é um dos resultados do Termo de Acordo 10/2024, que garantiu a revogação da antiga Portaria 983/2020 e a publicação de uma Portaria transitória (750/2024), divulgada em julho do ano passado. Saiba mais aqui.
As entidades ainda cobraram resposta referente a questão da insalubridade, que segundo o governo, será tratada em uma reunião extraordinária da MSNP no MEC. Os representantes do Ministério da Educação também afirmaram que a discussão sobre a jornada de 30 horas para as técnicas e técnicos administrativos em educação (TAE) será tratada na 3ª reunião ordinária da MSNP, prevista para outubro.

Outro tema que deve estar na pauta da próxima reunião ordinária da Mesa Nacional de Negociação Permanente no âmbito do MEC é a democracia interna nas instituições federais de ensino (IFE). Rodolfo Cabral solicitou que as entidades encaminhem, até setembro, suas propostas relacionadas à democratização das IFE. “Nós consideramos essencial essa questão da democracia dentro das instituições de ensino da base do ANDES-SN. O sindicato, inclusive, já enviou sua proposta várias vezes, e encaminhará novamente”, ressaltou o presidente do Sindicato Nacional.
A tônica adotada pelas três entidades - ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe - desde o início da reunião, conforme Mendonça, foi de apontar que os termos firmados no ano passado não foram acordados só com uma parte do governo, e ainda exigir o cumprimento, ainda em 2025, de todos os pontos desse acordo. “É inadmissível, por exemplo, um setor do governo apresentar um parecer desfavorável, desconsiderando os outros pareceres favoráveis e, acima de tudo, o que o governo firmou conosco, no ato da assinatura, no ano passado”, disse.

Para o presidente do ANDES-SN, tem sido um acerto a unidade da entidade com a Fasubra e Sinasefe. “Isso tem nos permitido chegar nessas reuniões de forma muito coesa, com coerência política, o que nos ajuda a pressionar o governo a atender as diversas demandas que apresentamos. Por fim, sobretudo, essa pressão permitiu demonstrar ao governo que, independentemente de outros pontos que são importantes para as nossas categorias, a centralidade deve ser a efetivação de imediato da totalidade dos acordos de greve firmados com os docentes e com os TAE, porque isso eleva a possibilidade de avançar para outros temas”, avaliou.
As reuniões previstas para setembro (reunião extraordinária) e outubro (3ª reunião ordinária da MSNP) ainda não têm data definida.
Fonte: Andes-SN
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso - Seção Sindical do Andes-SN (Adufmat-Ssind) abriu edital de seleção para os cargos de Assessor Sindical (Cuiabá), estagiário de Comunicação (Cuiabá) e Assistente de Subseção (Sinop).
O período de inscrição será de 01 a 07/08, e a documentação deverá ser encaminhada para o e-mail da Adufmat-Ssind, como estabelecem os editais. Após as etapas de seleção, a contratação deve ser imediata. Confira abaixo a íntegra de cada um dos editais:
EDITAL DE SELEÇÃO PARA O CARGO DE ASSESSOR SINDICAL
EDITAL DE SELEÇÃO PARA ESTAGIÁRIO DE COMUNICAÇÃO
EDITAL DE SELEÇÃO PARA O CARGO DE ASSISTENTE DE SUBSEÇÃO
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
A ADUFMAT - Seção Sindical do ANDES-SN manifesta seu mais firme repúdio à truculência do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), que, em uma tentativa de censura e de violação da liberdade acadêmica e de expressão, tentou constranger a professora Maria Inês da Silva Barbosa, docente do ISC, durante a 15ª Conferência Municipal de Saúde, realizada em 30 de julho de 2025.
A professora Maria Inês é referência nacional em Saúde Pública e estava como conferencista do evento, quando foi interrompida pelo prefeito em razão do uso de linguagem inclusiva na saudação ao público. A professora Maria Inês, de modo firme, e sem se dobrar à intervenção anti-democrática e LGBTQIA+fóbica do prefeito, defendeu sua fala e se retirou do espaço.
Repudiamos também a nota oficial emitida pela Prefeitura de Cuiabá, que, longe de corrigir o abuso de autoridade do prefeito, reafirma o cerceamento à liberdade de expressão e à liberdade científica de uma professora negra, sob o pretexto de defesa da "neutralidade ideológica". A imposição de uma suposta “neutralidade” é, na verdade, censura.
Exigimos respeito à professora Maria Inês, a todas, todes e todos que lutam pela Saúde Pública, pelo SUS e em defesa da Universidade Pública!
Diretoria da ADUFMAT – Seção Sindical do ANDES-SN
Gestão Adufmat é pra lutar!
A Diretoria da Adufmat, no uso de suas atribuições, torna público o presente Edital para a seleção de 1 (um/uma) Assistente de Subseção para atuar na Subsede Sinop da Adufmat.
A vaga se destina a um(a) profissional que desempenhará suas atividades na Subdsede da Adufmat, situada na cidade de Sinop (MT), em regime presencial de 20 horas semanais, período vespertino. A vaga será de ampla concorrência, com primazia para perfis de mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, quilombolas e/ou com deficiência. As provas e entrevistas serão realizadas na cidade de Sinop (MT).
1. DO CARGO E ATRIBUIÇÕES
Cargo: Assistente de Subseção
Modelo de Contrato: CLT
Carga Horária: 20 horas semanais
Horário do Expediente: 14h às 18h
Local de atuação: Subsede da Adufmat em Sinop (MT)
Remuneração Inicial: R$ 1.518,00 + VT + VA
Atribuições:
● Organizar o seu local de trabalho, mantendo-o limpo e funcional;
● Recepcionar visitantes de toda e qualquer natureza e manter contatos de interesse do sindicato, realizando o seu colhimento tanto nas atividades ordinárias como nos eventos;
● Redigir e distribuir correspondências;
● Digitar e reproduzir correspondências e outros documentos, dentre eles ofícios, informes, relatos de reuniões, de Assembleias Gerais ou de outros eventos de interesse do sindicato;
● Expedir correspondências;
● Receber, selecionar, ordenar, encaminhar e arquivar documentos;
● Preparar e secretariar reuniões e assembleias;
● Controlar entrada e saída de documentos, organizando o seu fluxo;
● Organizar e acompanhar o sistema de recebimento e divulgação das comunicações verbais e não verbais do Sindicato;
● Atender as demandas dos docentes durante reuniões, Assembleias Gerais e votações, atuando ainda na organização de encontros, congressos, colóquios, atos políticos, dentre outros;
● Organizar a agenda do Sindicato;
● Realizar tarefas de comunicação digital;
● Executar outras tarefas para atender necessidades do Sindicato e inerentes à sua função;
● Executar outras tarefas de mesma natureza e mesmo nível de dificuldade.
● Atendimento ao público em geral, seja ele presencial ou virtual.
2. REQUISITOS MÍNIMOS
● Ensino Superior completo;
● Conhecimento de informática;
● Conhecimento de aspectos técnicos de redação de correspondência oficial.
3. ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO
3.1. Inscrições
● Período: 01/08/2025 a 07/08/2025;
● Por e-mail, com envio da ficha de inscrição e documentação exigida, para o email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;
● Documentos necessários:
○ Currículo atualizado;
○ Documento de identificação;
3.2. Homologação das Inscrições
Divulgação das candidaturas homologadas: 11/08/2025 (no site da Adufmat)
3.3. Análise de currículo (Eliminatória)
Resultado: 13/08/2025 (no site da Adufmat)
3.4. Prova prática e entrevista, por ordem de inscrição (Eliminatória e classificatória)
Data: 18/08/2025, das 14h às 18h
● Prova Prática: Elaboração de comunicação formal para docentes com base em um tema fornecido.
● Entrevista
● Local: Subsede Sinop (Campus Sinop da UFMT)
3.5. Resultado Final
Divulgação: 19/08/2025, pelo site da Adufmat (https://www.adufmat.org.br/)
4. DISPOSIÇÕES FINAIS
● A(o) candidata(o) aprovada(o) assumirá o cargo imediatamente após a conclusão do processo de admissão.
● A Adufmat reserva-se o direito de, a seu critério, alterar o cronograma ou cancelar o processo seletivo, caso necessário.
● Dúvidas e informações adicionais podem ser esclarecidas através do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR DOCUMENTO E ANEXO
Cuiabá (MT), 30 de agosto de 2025.
(Documento disponível para download no Arquivo Anexo abaixo)
Edital suspenso pela organização no dia 18/08. Leia a decisão aqui*
Atualizado às 14h do dia 08/08/2025 para alterações conforme retificação (leia aqui)*
A Diretoria da Adufmat, no uso de suas atribuições, torna público o presente Edital para a seleção de 1 (um/uma) Estagiário(a) de Comunicação e Redes Sociais e formação de cadastro de reserva.
Todas as vagas disponibilizadas pela Adufmat em editais específicos são destinadas à ampla concorrência, com prioridade para mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTI+, quilombolas e/ou com deficiência.
1. DO CARGO E ATRIBUIÇÕES
Cargo: Estagiário(a) de Comunicação
Modelo de Contrato: Estágio via CIEE
Carga Horária: 20 horas semanais
Horário do Expediente: 14h às 18h
Local de atuação: Sede da Adufmat, em Cuiabá (MT)
Remuneração Inicial (bolsa estágio): R$ 1.200,00 + VT
Atribuições:
● Planejar, criar e publicar conteúdo para redes sociais (textos, imagens, vídeos e infográficos e alimentar com as campanhas os canais do Adufmat nas plataformas de comunicação);
● Gravação e edição de vídeos;
● Interagir com o público das redes sociais, respondendo comentários e mensagens de forma adequada, conforme o orientado pela Diretoria da Adufmat para cada situação específica;
● Acompanhar tendências e boas práticas no universo digital para aplicação nas estratégias institucionais;
● Trabalhar em conjunto com a equipe de comunicação para garantir alinhamento na disseminação de informações;
● Garantir que toda comunicação esteja alinhada à identidade visual e institucional da entidade;
● Apoiar na cobertura de eventos e mobilizações, garantindo atualizações em tempo real nas redes sociais da entidade.
2. REQUISITOS MÍNIMOS
● Estar cursando graduação em Comunicação Social, Jornalismo, Publicidade e Propaganda ou áreas correlatas;
● Conhecimento em estratégias de marketing digital, tráfego orgânico e engajamento em redes sociais;
● Domínio de programas da plataforma Adobe e da plataforma Canva para design gráfico e edição audiovisual;
● Habilidade na produção de conteúdo textual e audiovisual para múltiplas plataformas;
● Excelentes habilidades de comunicação e trabalho em equipe.
3. ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO
3.1. Inscrições
● Período: 01/08/2025 a 07/08/2025;
● Por e-mail, com envio da ficha de inscrição e documentação exigida, para o email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;
● Documentos necessários:
○ Currículo e portfólio atualizados e documentados;
○ Documento de identificação;
○ Comprovante de matrícula emitido pela secretaria do curso;
3.2. Homologação das Inscrições
Divulgação das candidaturas homologadas: 08/08/2025 (no site da Adufmat)
3.3. Análise de currículo (Eliminatória)
Resultado: 08/08/2025 (no site da Adufmat)
3.4. Prova prática e entrevista, por ordem de inscrição (Eliminatória e classificatória)
Data: 20/08/2025, das 08h às 18h (e, se necessário, 12/08/25, das 8h às 12h)
● Prova Prática: Elaboração de conteúdo para redes sociais (texto, imagem e/ou vídeo) com base em um tema fornecido.
● Entrevista
● Local: Sede da Adufmat (Cuiabá)
3.5. Resultado Final
Divulgação: 22/08/2025, pelo site da Adufmat (https://www.adufmat.org.br/)
4. DISPOSIÇÕES FINAIS
● A(o) candidata(o) aprovada(o) assumirá o estágio imediatamente após a conclusão do processo de admissão.
● A Adufmat reserva-se o direito de, a seu critério, alterar o cronograma ou cancelar o processo seletivo, caso necessário.
● Dúvidas e informações adicionais podem ser esclarecidas através do e-mailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O DOCUMENTO E ANEXO.
Cuiabá (MT), 30 de agosto de 2025.
(Documento disponível para download no Arquivo Anexo abaixo)
*Editado às 12h20 do dia 31/07 para correção do horário de expediente
A Diretoria da Adufmat, no uso de suas atribuições, torna público o presente Edital para a seleção de 1 (um/uma) Assessor(a) Sindical para atuar na Adufmat (Cuiabá).
A vaga se destina a um(a) profissional que desempenhará suas atividades na Sede da Adufmat, situada na cidade de Cuiabá (MT), em regime presencial de 40 horas semanais. A vaga será de ampla concorrência, com primazia para perfis de mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, quilombolas e/ou com deficiência. As provas e entrevistas serão realizadas na cidade de Cuiabá (MT).
1. DO CARGO E ATRIBUIÇÕES
Cargo: Assessor(a) Sindical
Modelo de Contrato: CLT
Carga Horária: 40 horas semanais
Horário do expediente: 7h30 às 11h30; 13h30 às 17h30
Local de atuação: Sede da Adufmat em Cuiabá (MT)
Remuneração Inicial: R$ 3.036,00 + VT + VA
Atribuições:
● Assessorar a diretoria do sindicato na execução de atividades de organização e execução de congressos, encontros, assembleias, seminários, colóquios, atos e articulações políticas e outros, incluindo seus aspectos técnicos, prestando o suporte necessário para a viabilização das mesmas;
● Colaborar no acolhimento cotidiano dos sindicalizados na sede, bem como, nas atividades políticas, sociais e culturais de forma a identificar demandas do sindicato e seus sindicalizados;
● Participar e assessorar programas educacionais, culturais, recreativos e de promoção de bem estar e qualidade de vida dos (as) sindicalizados (as) e trabalhadores (as) da ADUFMAT;
● Assessorar na síntese, elaboração e execução de conteúdos para divulgação das ações ou atividades de interesse do sindicato, pelos meios de comunicação utilizados pelo sindicato, podendo ainda atuar na elaboração, formatação e edição dos mesmos;
● Assessoria política e executiva da diretoria;
● Seleção de materiais, realização da arte e acompanhamento da execução da agenda anual distribuída a filiados.
2. REQUISITOS MÍNIMOS
● Ensino Superior completo;
● Conhecimento de informática;
● Conhecimento de aspectos técnicos de redação de correspondência oficial.
3. ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO
3.1. Inscrições
● Período: 01/08/2025 a 07/08/2025;
● Por e-mail, com envio da ficha de inscrição e documentação exigida, para o email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;
● Documentos necessários:
○ Currículo atualizado e documentado;
○ Documento de identificação;
3.2. Homologação das Inscrições
Divulgação das candidaturas homologadas: 08/08/2025 (no site da Adufmat)
3.3. Análise de currículo (Eliminatória)
Resultado: 11/08/2025 (no site da Adufmat)
3.4. Entrevista, por ordem de inscrição (Eliminatória e classificatória)
Data: 18/08/2025, das 08h às 18h.
● Entrevista
● Local: Sede da Adufmat (Cuiabá)
3.5. Resultado Final
Divulgação: 19/08/2025, pelo site da Adufmat (https://www.adufmat.org.br/)
4. DISPOSIÇÕES FINAIS
● A(o) candidata(o) aprovada(o) assumirá o cargo imediatamente após a conclusão do processo de admissão.
● A Adufmat reserva-se o direito de, a seu critério, alterar o cronograma ou cancelar o processo seletivo, caso necessário.
● Dúvidas e informações adicionais podem ser esclarecidas através do e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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Cuiabá (MT), 30 de agosto de 2025.
(Documento disponível para donwload no Arquivo Anexo abaixo)
O 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data carrega o peso histórico das lutas contra o racismo e a exploração, que atravessam a vida das mulheres negras em todo o mundo e, também, reforça o papel fundamental da resistência, da organização e da denúncia frente às injustiças sociais.
O Dia Internacional nasceu durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em 1992, na República Dominicana, e posteriormente foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento reuniu mais de 300 mulheres de diversos países para denunciar as múltiplas opressões sofridas e articular estratégias de enfrentamento ao racismo, à misoginia e às desigualdades estruturais.
Já o Dia Nacional de Tereza de Benguela foi instituído por meio da Lei 12.987/2014 em homenagem a Tereza de Benguela, mulher negra que liderou, no século XVIII, o Quilombo do Quariterê, localizado no Vale do Guaporé (MT). Conhecida como “Rainha Tereza”, ela organizou um sistema de governo próprio, com parlamento e defesa militar, reunindo quilombolas e indígenas na luta pela liberdade. Tereza foi capturada e morta por forças coloniais.
As datas estão incluídas no calendário de lutas do ANDES-SN e são reafirmadas anualmente pelo Sindicato Nacional como parte da resistência coletiva. Em 2024, o ANDES-SN lançou, neste mesmo dia, a campanha “Sou Docente Antirracista”, com o objetivo de ampliar o debate e a mobilização contra o racismo nas universidades, institutos federais e cefets.
Mais uma vez, o ANDES-SN evoca, para a data e o Julho das Pretas, as potentes referências de Almerinda Farias Gama, Laudelina de Campos, Carolina de Jesus, Antonieta de Barros, Lélia Gonzales, Conceição Evaristo, Marielle Franco, Xica Manicongo, Maria Felipa, Dandara, Esperança Garcia, Luísa Mahin, entre tantas outras personalidades que se destacaram na luta contra o machismo e o racismo.
Luta por cotas
A luta antirracista também passa pela defesa das ações afirmativas, como a política de cotas raciais no serviço público. Apesar dos avanços, essa conquista tem sido alvo de ataques constantes, como as fraudes nas autodeclarações e, mais recentemente, a proposta de sorteio entre candidaturas negras.
A nova Lei 15.142/2025, que amplia de 20% para 30% o percentual de vagas reservadas a pessoas negras em concursos públicos e inclui quilombolas e indígenas, foi destacada por Jacyara Paiva, 2ª secretária da Regional Leste do ANDES-SN. “Essa ampliação é um passo significativo. Mas garantir a efetivação dessa política exige vigilância constante”, completou.
Conforme a diretora do sindicato, a política de cotas é fruto de décadas de mobilização do povo negro e deve ser respeitada em sua integridade. “Sorteio é loteria. A luta por justiça racial não é um jogo de sorte”, afirmou. Ela reforçou a necessidade de garantir a efetividade de ações afirmativas nas instituições de ensino.
Segundo Letícia Nascimento, 2ª vice-presidenta do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), a trajetória de mulheres negras no Brasil é marcada por exclusão, racismo estrutural e machismo cisheteronormativo. “Na escola, além de aprender, eu também tinha que resistir aos olhares, às humilhações, às violências sobre o meu corpo, minha identidade. Esses obstáculos não são exceção, são parte do caminho de todas nós, mulheres negras”, relembrou.
A 2ª vice-presidenta do Sindicato Nacional ressaltou que a luta antirracista segue viva e se amplia. “Dando continuidade à campanha ‘Sou Docente Antirracista’, o ANDES-SN está na construção da Marcha Nacional das Mulheres Negras de 2025, que acontecerá em Brasília, no dia 25 de novembro, data que marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Vamos ocupar as ruas com nossas vozes e nossas histórias”, disse.
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Fonte: Andes-SN
Divulgado no último dia 24, véspera da data que marca internacionalmente o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e, no Brasil, o Dia de Tereza de Benguela, a 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública traz dados alarmantes. O país registrou novo recorde de feminicídios, estupros e estupros de vulnerável em 2024. A maioria das vítimas são mulheres e meninas negras.
O anuário, elaborado por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), é baseado em informações fornecidas pelos governos estaduais, pelo Tesouro Nacional, pelas polícias civil, militar e federal e fontes oficiais da Segurança Pública.
Violência contra as Mulheres
Mesmo com a diminuição na taxa global de mortes violentas intencionais no Brasil, com queda de 5,4%, as estatísticas de feminicídio atingiram um novo recorde da série histórica, iniciada em 2015, com aumento de 0,7% de casos no ano passado em comparação com 2023. No total, 1.492 mulheres foram assassinadas por sua condição de gênero em 2024.
O perfil das ocorrências traçado pelo FBSP mostra que 63,6% das vítimas eram negras; 70,5% tinham entre 18 e 44 anos. Oito em cada dez mulheres foram mortas por companheiros ou ex-companheiros, e 64,3% dos crimes ocorreram dentro de casa.
Segundo o levantamento, quase a totalidade das vítimas (97%) foi assassinada por homens. No caso das tentativas de feminicídio, as ocorrências aumentaram em 19%, com 3.870 casos. Outras condutas criminosas contra mulheres também cresceram em 2024, como stalking (18,2%) e violência psicológica (6,3%).
Crimes Sexuais
Também foi registrado aumento em diversos crimes sexuais monitorados pelo Fórum, como estupro (ambos os sexos), estupro de vulnerável (ambos os sexos), estupro total (incluindo o estupro de vulnerável, ambos os sexos), estupro de mulheres, assédio sexual, importunação sexual e pornografia. Esta última violência teve crescimento mais expressivo, de 13,1%.
Em 2024, o Brasil registrou outro lamentável recorde: o maior número de estupros e estupros de vulnerável da série histórica, com 87.545 ocorrências no período. Isso significa que uma mulher foi estuprada a cada seis minutos no país.
Do total de ocorrências, 76,8% correspondem ao crime de estupro de vulnerável, 55,6% foram contra mulheres negras e 65% ocorreram dentro de casa. Quase metade dos agressores (45,5%) era formada por familiares das vítimas, e 20,3% eram parceiros ou ex-parceiros íntimos.
Violência contra crianças e adolescentes
A violência contra crianças e adolescentes também continua crescendo. As taxas de mortes violentas intencionais tiveram aumento de 3,7% no grupo de zero a 17 anos, com 2.356 vítimas no total.
Também houve crescimento de 14,1% dos crimes relacionados à produção de material de abuso sexual infantil; de 9,4% de ocorrências de abandono de incapaz; de 8,1% da prática de maus-tratos; e de 7,8% nas taxas de agressão decorrente de violência doméstica.
A 2ª vice-presidenta da Regional Norte 2 do ANDES-SN, Ruth Helena Cristo Almeida, ressalta que os dados são alarmantes e mostram algumas intersecções. “Quando a gente fala sobre violência contra as mulheres e contra vulneráveis, que são, na sua maioria, mulheres e meninas negras, a gente está falando de uma interseção importante de ser avaliada, que diz respeito à questão de gênero e à questão racial. Quando a gente pensa nessas vítimas, mulheres e meninas negras, quando fazemos essa interseção, estamos mostrando que existe essa relação perversa, terrível, entre o racismo estrutural, o patriarcado e a desigualdade social”, pontuou.
“Quando a gente fala sobre essa violência contra as mulheres, principalmente as mulheres negras, a gente está dizendo que isso faz parte, infelizmente, de uma estrutura de opressão, que não é circunstancial”, acrescentou. A diretora do Sindicato Nacional lembrou ainda que, infelizmente, os lares estão longe de serem espaços seguros para as mulheres e para as crianças, uma vez que é onde os crimes mais ocorrem.
Ruth Helena criticou a falta de atuação do Estado e de políticas públicas eficazes, de prevenção, proteção e justiça para essas vítimas. “Muitas vezes, por serem mulheres negras dentro dos lares, isso é dado como um processo de naturalização. Infelizmente, quando a gente vê situações de cortes de orçamento ligados a políticas públicas voltadas à segurança e à vida das mulheres, como vivemos muito recentemente no governo anterior, quando as políticas foram negligenciadas, essa realidade vai ser agravada ainda mais”, reforçou.
A diretora do Sindicato Nacional ressaltou que o ANDES-SN tem papel fundamental na denúncia dessas violências e na cobrança e responsabilização do Estado por mais investimento em políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero e ao racismo. Ela lembrou as ações dentro das universidades e as que o Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do Sindicato Nacional vem desenvolvendo como o protocolo de enfrentamentos aos assédios e opressões, e diversas resoluções ao longo dos anos no combate ao machismo e ao racismo, entre outras violências.
“Acredito que, como ANDES-SN, temos esse papel combativo e propositivo também nessa articulação importante da luta sindical com a luta antirracista, antipatriarcal, anticapitalista. O sindicato realmente já atua nesse sentido, porque é só isso que consegue transformar uma realidade ainda tão perversa para as mulheres e, principalmente, para mulheres negras”, concluiu.
Mortes Violentas Intencionais
Apesar dos índices recordes de violências contra mulheres e meninas, o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que o número de Mortes Violentas Intencionais (MVI) no Brasil caiu 5,4% em relação a 2023, com 44.127 casos. As situações incluem vítimas de homicídio doloso (também feminicídios), roubos seguidos de morte (latrocínio), lesão corporal seguida de morte, mortes decorrentes de intervenções policiais e mortes de policiais em serviço e fora do horário de trabalho.
O perfil predominante das vítimas não se alterou em relação aos anos anteriores. Em 2024, a maioria das pessoas assassinadas era constituída por homens (91,1% das ocorrências), negros (79%), pessoas de até 29 anos (48,5%), vítimas de armas de fogo (73,8%) em via pública (57,6%).
Letalidade policial
Em 2024, 6.243 pessoas foram mortas pelas polícias brasileiras, o que representa 14,1% do total geral de mortes violentas Intencionais do país no período. Considerando o período de 2014 e 2024, esse número chega a 60.394 vítimas.
Os casos de letalidade policial no estado de São Paulo tiveram um aumento de 61% no último ano. Segundo o anuário, a elevação foi causada principalmente pela Operação Escudo na Baixada Santista e pelo desmantelamento do programa de câmeras corporais instituído na gestão anterior.
Acesse aqui a edição 19 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública
Fonte: Andes-SN (com informações da Agência Brasil. Infográficos do FBSP)