Segunda, 20 Maio 2024 18:30

 

O Comando Local de Greve da UFMT (CLG) informa que a deflagração da greve dos docentes da UFMT foi aprovada, em Assembleia Geral, por tempo indeterminado, no dia 17/05/2024; mais precisamente às 17:22 (dezessete horas e vinte e dois minutos). Por isso, ratificamos o início da greve, respeitado o prazo legal de 72h corridas, às 17h22 min de hoje, 20 de maio de 2024.

Sobre o que ocorre a partir de agora, o CLG informa que, reunido na tarde do dia 20 de maio, decidiu o seguinte:

Pela suspensão imediata das aulas no âmbito da graduação e da pós-graduação, em todas as modalidades;

Pela manutenção do funcionamento de no mínimo 30% de toda e qualquer atividades previstas nos incisos II (assistência médica e hospitalar) e XIII (atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência por meio da integração de equipes multiprofissionais interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na Lei 13.146, de 6 de julho de 2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência), do Artigo 10 da Lei 7783/89.

Encaminhar ao CONSEPE pedido de suspensão imediata do calendário acadêmico, com a manutenção de auxílios, bolsas e editais em andamento.
Orientar os docentes a não responder a demandas que possam subsidiar o ataque a direitos, vide o Ofício 001/PRUM/UFMT.

Encaminhar ao Comando Nacional de Greve pleito para que seja solicitado às agências de fomento a suspensão de prazos relativos à pesquisa e à pós-graduação com a manutenção de bolsas e a sua posterior prorrogação, ao final da greve, pelo prazo correspondente à paralisação. Solicitar, ainda, à CAPES a suspensão dos prazos relativos à pós-graduação, incluído o ensino a distância (graduação e pós-graduação), para que docentes, estudantes e os próprios PPG e cursos não sejam prejudicados em sua avaliação, ante o exercício legítimo dodireito de greve docente.

Sobre a realização de outras atividades em andamento, o CLG informa que se reunirá às 8h de 21 de maio, para deliberar sobre solicitações que já chegaram a este Comando e acerca de outras atividades que poderão ser consideradas essenciais.

Ao final da reunião, os canais oficiais da ADUFMAT informarão as deliberações tomadas.

Recomendamos, ainda, que pedidos de realização de atividades essenciais sejam endereçados ao e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., para apreciação do CLG.
Por fim, reforçamos que os canais da ADUFMAT serão os únicos utilizados pelo CLG para, diariamente, veicular informações sobre a greve e os seus desdobramentos.

Segunda, 20 Maio 2024 10:25

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Danilo de Souza*


            Na manhã do dia 1º de fevereiro de 1974, em uma sexta-feira nublada, São Paulo foi palco de um desastre sem precedentes. Por volta das 8h30, um curto-circuito nos cabos elétricos que alimentavam um ar-condicionado desencadeou o incêndio devastador no Edifício Joelma, localizado no coração da cidade. A tragédia foi uma das mais severas já registradas na metrópole, tendo como causas raízes a falta de manutenção e o não cumprimento das normas técnicas da época referentes às instalações elétricas.


           

            As faíscas oriundas do curto-circuito encontraram um terreno fértil no 12º andar do Joelma, um ambiente repleto de materiais inflamáveis como carpetes, forros de espuma e divisórias de madeira. Situado na rua Santo Antônio, 140, no bairro da Bela Vista, o edifício não possuía infraestrutura de segurança contra incêndios, como paredes corta-fogo entre os andares, que são mandatórias atualmente. Em poucos minutos, as chamas obstruíram a única rota de fuga e avançaram rapidamente para os andares superiores, alcançando o 23º andar em aproximadamente 30 minutos. No momento do incêndio, cerca de 750 pessoas estavam no prédio; destas, mais de 300 sofreram ferimentos e, lamentavelmente, ao menos 187 vidas foram perdidas.
            Para evitar a repetição de tragédias como a do Edifício Joelma, duas questões cruciais são colocadas: i) o que já foi feito; e ii) o que ainda podemos fazer. Nos últimos 50 anos, testemunhamos avanços significativos em tecnologias de combate a incêndios e na proteção de instalações elétricas, além de melhorias nos procedimentos do Corpo de Bombeiros e das brigadas internas, bem como nas normas técnicas de instalações elétricas. No entanto, analisando o cenário da catástrofe do Joelma, fica evidente que, mesmo na década de 70, o desastre poderia ter sido evitado com as tecnologias, normas e procedimentos existentes no Brasil naquela época. O problema residia na falta de cumprimento das normas, de inspeções e de manutenção das instalações elétricas, além da ausência de dispositivos de proteção contra sobrecorrentes.
            Uma análise atual das instalações elétricas revela cenários preocupantes em que desastres como o ocorrido no edifício Joelma possam se repetir. Visando reduzir as probabilidades de eventos dessa natureza, a Associação Brasileira para Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel) conduz pesquisas sobre a qualidade das instalações elétricas no Brasil. Um equipamento essencial na prevenção de fugas de corrente elétrica, choques e incêndios é o Dispositivo Diferencial Residual (DR), obrigatório desde 1997 pela NBR 5410 - Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Contudo, de acordo com o estudo “Raio X das Instalações Elétricas Residenciais e Comerciais Brasileiras”, publicado pela Abracopel em 2024, cerca de 79% das residências e 60% das edificações comerciais e públicas no Brasil ainda não estão equipadas com o DR em suas instalações elétricas, e mais da metade dos incêndios urbanos têm origem em falhas nessas instalações.
            Outro elemento necessário para a segurança dessas instalações é o sistema de aterramento, identificado pelo condutor verde de proteção. No Brasil, a realidade é preocupante: mais de 48% das residências e 41% dos estabelecimentos comerciais carecem desse recurso essencial. Além disso, toda instalação elétrica deve ser projetada e executada por profissionais habilitados, mas, infelizmente, verifica-se que 71% das residências e 54% dos comércios não possuem sequer um projeto elétrico definido.


 

             Uma das grandes causas dos incêndios de origem elétrica são os cabos “desbitolados” ou irregulares, que possuem menor quantidade de cobre que o necessário. Em 2021, nas inspeções realizadas pelo Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem/MT – Inmetro), com o apoio da Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos (Qualifio) e do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), chegaram ao infeliz recorde nacional do cabo mais “desbitolado” em Cuiabá, que tinha apenas 25% da massa de cobre necessária.
            Nesse cenário, esses dados alarmantes nos desafiam a promover mudanças urgentes para evitar tragédias como a do edifício Joelma. Pode-se inferir que, devido à qualidade das instalações elétricas brasileiras, por sorte acidentes similares ao do Joelma não ocorram com maior frequência no Brasil. Entretanto, esta é uma falsa percepção. Embora o Joelma tenha sido um caso extremo de incêndio de origem elétrica com inúmeras vítimas, o número total de incêndios e vítimas vem crescendo assustadoramente. Em seis anos, houve um aumento de quase 100% nos casos, saltando de 451 registros em 2016 para 874 em 2022. Esses números refletem uma realidade que não pode ser negligenciada.
            Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica da Abracopel publicado em abril de 2024, Mato Grosso é o oitavo estado brasileiro com mais incêndios de origem elétrica. E assim como o incêndio no Edifício Joelma, que se iniciou no circuito do condicionador de ar, Cuiabá é considerada a capital mais quente do país, e o uso do condicionamento ambiental é obrigatório. Esse contexto reforça a necessidade da atenção especial com a manutenção e inspeção das instalações elétricas, para que outros casos como o do Joelma não ocorram novamente.


*Danilo de Souza é professor na FAET/UFMT e pesquisador no NIEPE/FE/UFMT e no Instituto de Energia e Ambiente IEE/USP.

Segunda, 20 Maio 2024 10:07

 

A Adufmat-Ssind realiza uma caravana para Brasília, com saída programada para amanhã, terça-feira, 21/05, e retorno na quarta-feira, 22/05.
Segunda, 20 Maio 2024 09:35

 

 

A Adufmat-Ssind informa que a greve docente aprovada na assembleia geral da última sexta-feira, 17/05, tem legalidade para iniciar a partir das 17h22 desta segunda-feira, 20/05, quando completam 72h da notificação à Reitoria para suspensão do calendário acadêmico, por meio do processo SEI nº 23108.037186/2024-35, cujo conteúdo pode ser conferido integralmente AQUI.

 

Adufmat-Ssind

Sexta, 17 Maio 2024 19:41

 

 

Em assembleia geral da Adufmat-Ssind, realizada nesta sexta-feira, 17/05, os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram deflagrar greve a partir da próxima segunda-feira, 20/05 (72h corridas, conforme a legislação). Foram 216 votos favoráveis, 90 contrários e três abstenções. Assim, a partir deste prazo, deverão parar todas as atividades de graduação e pós-graduação da universidade.     

 

A convocação foi feita para a assembleia desta sexta-feira teve pauta única. No entanto, como de praxe, a diretoria repassou alguns informes importantes. Um deles foi sobre o andamento da consulta informal para a Reitoria da UFMT; após alguns ruídos, o atual reitor afirmou que fará a primeira convocação para instalação do Colégio Eleitoral em breve. Outro informe foi sobre o Conselho do Andes, segundo maior espaço de decisão do Andes-Sindicato Nacional, que ocorrerá em julho e, por isso, o sindicato fará nova assembleia nos próximos dias para eleger a delegação. Um terceiro informe foi sobre a preparação de uma caravana para Brasília, para os atos programados para os dias 21 e 22/05.  

 

Ainda durante os informes, o professor Breno dos Santos, diretor do Andes-Sindicato Nacional (VPR Pantanal) falou sobre como está a negociação da categoria com o Governo Federal. Nos últimos dias, duas reuniões foram realizadas, uma setorial para tratar das pautas não financeiras (segunda-feira, 13) e outra específica, para tratar da carreira (na quarta-feira, 15). Segundo o professor, a primeira terminou em nada e na segunda, o Governo Federal apresentou uma contraproposta que está muito aquém das reivindicações.

 

Com relação aos salários, o Governo Federal oferece aos servidores reajuste de 0% em 2024, e aumento dos benefícios como vale alimentação. A categoria rejeita a proposta porque, além dos salários estarem defasados, os docentes aposentados ficarão prejudicados. A categoria identificou que a proposta do Governo Federal é enganosa, pois incluiu entre os 13 e 31%, conquistas já obtidas, como os 9% de 2023, e também os percentuais que são legalmente adquiridos com os steps entre níveis de progressão.      

 

Entre outros alertas, Breno dos Santos lembrou que o Governo insiste na proposta de alteração da Instrução Normativa 66/2022, para que os docentes realizem o pedido de progressão em até 6 meses após cumprirem os requisitos. O Movimento Docente, pelo contrário, reivindica o fim da limitação de tempo para solicitação de promoções e progressões funcionais e das progressões múltiplas.  

 

Ainda dentro dos informes, pela diretoria da Adufmat-Ssind, a professora Clarianna Silva, de Sinop, avisou que as entidades representativas da UFMT construíram um documento visando a construção de uma estratégia de superação de violências dentro da UFMT, devido aos vários casos registrados de assédio e discriminação. A minuta foi encaminhada nesta sexta-feira ao Consuni e Consepe, bem como a solicitação para apresentação oral da mesma.

 

 

Os professores Aldi Nestor e Luciane Gomes informaram sobre atividades do Grupo de Trabalho Formação Política e Sindical (GTPFS) e Grupo de Trabalho de Políticas Educacionais (GTPE), respectivamente.      

 

Ainda antes do início do debate sobre a deflagração da greve, a professora Lélica Lacerda apresentou o gráfico com o orçamento da União, demonstrando que o percentual destinado à educação tem sido, recorrentemente, de cerca de 2,7%, enquanto os juros e amortização da Dívida Pública também tem sido o mesmo, variando entre 46 e 50% de todo o Orçamento da União (veja os dados e saiba mais sobre a Dívida Pública aqui).  

 

“O maior inimigo da Educação hoje são os bancos, que levam quase 50% do orçamento federal. Vou iniciar mostrando esse dado para que a gente não permaneça no debate superficial de quem não tem dinheiro”, afirmou Lacerda.

 

A diretoria também apresentou ainda dados da Quaest, de que 78% dos brasileiros aprovam a greve dos docentes, e de que a União aumentou sua arrecadação deste ano em 10%. “O Brasil voltou a ter um PIB [Produto Interno Bruto] maior do que o do Canadá e eu convido vocês a pesquisarem sobre quanto ganha um doutor no Canadá, qual é o investimento na Educação. Nós estamos bem longe disso”, provocou a diretora.  

 

Iniciado o debate sobre a deflagração da greve, alguns presentes, especialmente representantes dos diretórios centrais estudantis, manifestaram contrariedade à greve, argumentando que reconhecem os motivos para o movimento, mas o atraso do calendário provoca evasão e, além disso, os estudantes que são de outros estados terão de arcar com os custos de estadia mesmo sem ter aulas.  

 

Em seguida, a diretora Lélica Lacerda dialogou com os estudantes, explicitando alguns motivos pontuados na Carta aos Estudantes da UFMT, publicada esta semana pelo sindicato (leia aqui). “A evasão é um problema histórico, causado por questões econômicas e, nos últimos anos, agravado pela aprovação da Reforma Trabalhista, que obriga os estudantes a trabalharem mais, com menores salários e direitos”, pontuou.   

 

A professora Alair Silveira lembrou que, se ainda há UFMT, é porque houve luta. “Em vários momentos, estudantes, técnicos e docentes foram à luta para que a UFMT resistisse. Não foram governos que quiseram. Quem critica a greve, apontando como causadora de atraso no calendário, está criticando também a greve estudantil de 2018, uma das greves mais bonitas registradas na UFMT, onde os estudantes deram aula de democracia”, afirmou a docente.

 

Para a professora Carla Wünsch, a greve também tem o dever de apoiar os servidores técnicos-administrativos. “Os TAES têm os piores salários da carreira do serviço público federal”, afirmou, lembrando ainda que, além dos anos como docente, também foi aluna da UFMT. “Nós sempre tivemos evasão e vamos continuar tendo. Eu dou aula para uma turma de 30 alunos na Enfermagem, 27 deles já disseram que querem fazer Medicina e vão tentar mudar ao longo do curso. Eu estudei na UFMT há mais de dez anos, então, estudantes, pensem se daqui dez anos haverá universidade para seus filhos estudarem”.

 

A professora Neuza Cristina destacou a importância da unidade das categorias. “A unidade sempre consegue fazer o movimento mais forte”, disse a docente, que também se formou em três cursos pela UFMT.

 

A representante dos técnicos-administrativos, Luzia Melo, deu informes sobre a greve da categoria, que já completou 62 dias. “Fazer greve não é fácil, ninguém quer entrar em greve”, afirmou.       

 

Ao final, foram 158 votos a favor da greve em Cuiabá, 25 no Araguaia e 33 em Sinop, totalizando 216 votos pela greve. Os contrários foram 36 em Cuiabá, 37 no Araguaia e 27 em Sinop, somando 90. As abstenções foram três em Cuiabá e nenhuma em Sinop e no Araguaia.

 

Respeitando as garantias legais, a greve terá início 72h corridas após a notificação da universidade sobre a suspensão do calendário acadêmico, que se deu ainda na tarde dessa sexta-feira. Assim, o início legal se dará no final da tarde da segunda-feira, 20/05.   

 

A pós-graduação também deve parar. Nesse sentido, o professor Breno dos Santos ressaltou que o Comando Nacional de Greve da categoria está tentando agenda com a Capes e CNPq já há alguns dias, sem sucesso. A categoria deve realizar, ainda, uma nova assembleia, na próxima semana, para avaliar detalhadamente a proposta apresentada pelo Governo na última quarta-feira. Também há agenda de mobilização em Brasília na próxima semana, entre os dias 21 e 22 (clique aqui para se inscrever na Caravana).  

  

Para o Comando Local de Greve, instância política que dirige a greve e iniciará os trabalhos na segunda-feira, foram indicados os professores: Aldi Nestor de Souza, Einsten Aguiar, Luzinete Vanzeler, Haya Del Bel, Tamires Coêlho, Djeison Beneti, Vinícius dos Santos, Ana Luiza Cordeiro, Vanessa Furtado, Lélica Lacerda, José Domingues de Godoi, Alair Silveira, Adriana Pinhorati, Maria Salete Ribeiro, Patrícia da Silva, Gleyva Oliveira, Dorival Gonçalves e Bruno Araújo em Cuiabá, em Sinop Claudia dos Reis, Juliano dos Santos, Everton Botan, Onice Dall’Oglio, Lorena Rezende e Clarianna Silva, e no Araguaia Ana Paula Sacco, Valéria Queiroz, Robson Lopes, Geruza Vieira, Edson Spenthof e Magno Silvestri.        

 

Com a UFMT, o Brasil passa a ter 58 universidades federais em greve, de um total de 63. Acompanhe aqui todas as informações sobre a greve docente 2024; desde a pauta de reivindicações até a última contraproposta do Governo Federal.

 

Clique aqui para ver o VÍDEO do pronunciamento da Diretoria da Adufmat-Ssind logo após a aprovação da greve.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 17 Maio 2024 17:10

 

 

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para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Wescley Pinheiro
Prof. da UFMT
Integrante e coordenador do Cena Livre

 
               Muitas pessoas conhecem o Cena Livre, coletivo extensionista que existe desde 2016 na UFMT e que passou por diversos departamentos e institutos produzindo estudos e formação em teatro, realizando festivais de esquetes como o Cenas Curtas e espetáculos em Mostras Cênicas, como o Contidas Nunca Mais, Gatos de Rua, entre outros. Muitas pessoas também conhecem o teatro da UFMT, prédio imponente, estruturado, com um palco italiano clássico perfeito, uma coxia gigante, boa iluminação, acústica, posicionamento de cadeiras na plateia com um planejamento estratégico, um foyer iluminado, um salão nos fundos e um trabalho técnico admirável.
               No entanto, quem teve a oportunidade de ir ao teatro da UFMT no domingo, 12/05/2024, teve também a oportunidade de conhecer aquele espaço em minúcias pouco vistas para quem não trabalha nos bastidores. Pode também reconhecer uma forma de realização teatral que vai, em forma e em conteúdo, além dos elementos tradicionais.
               Mal o crepúsculo anunciava o início da noite e o disparador ligava as luzes dos postes da área externa, as portas da área dos fundos do Teatro da UFMT se abriram para a II Mostra de Performances do Cena Livre.  Enquanto isso, na entrada principal, devidamente trancada, um cartaz enorme anunciava: "O curso de extensão de artes cênicas da UFMT, Cena Livre, ocupa a entrada principal, para que possamos, que, para se ter teatro, não basta somente ter o espaço, é preciso existir arte". Assim, iniciava o circuito, com as pessoas sendo desconvidadas a observarem o teatro como cimento e procurarem nele a concretude da arte.
               A partir daí, setas pelo chão guiavam até a porta da administração, enquanto nos flechavam com a pergunta: porque não há curso de graduação em artes cênicas na UFMT?".
               A pertinência do questionamento  levava até a parte inferior do Teatro onde, de frente, um jovem negro declamava em voz alta o sofrimento de um sujeito alvejado pelo racismo, enquanto um cartaz convidava a se sentar, colocar os fones de ouvir o sussurro dos dados de mortalidade dos jovens negros no Brasil, a história da chacina do Beco do Candieiro, além de tantas outras tragédias reais da nossa vivida herança colonial.
               Ao subir as escadas, antes do foyer, se podia operar uma máquina que fisgava sentimentos, adjetivos e rótulos. A máquina era uma mulher. Um corpo sendo etiquetado por tantas palavras, um rosto com uma máscara, a primeira de tantas por ali, uma engrenagem provocando as pessoas passantes que seguiam o fio vermelho pelo chão. Logo em frente, um homem de olhos vendados empilhava moedas e chamava para jogar a trama alienada do valor de troca. O fetiche da mercadoria dinheiro era ridicularizado numa relação onde não havia espectador, mas cúmplice.
               No centro do salão uma cadeira com um aparelho celular em cima, esperando ser tocado e preparando-se para tocar quem atendesse a ligação. Ao seu lado uma jovem costurava seus sonhos e suas dores, tecendo generosidade, enquanto coloriam em seu corpo os sonhos e as dores alheias, encontrando empatia e reciprocidade.
               Ainda no foyer, um jogo, numa ponta havia um sujeito com um óculos de realidade virtual e seus controles eletrônicos nas mãos atadas ao outro pólo onde as mãos de uma artista buscava realizar um quadro. Num balé entre o artifício tecnológico e o recurso artístico, duas pessoas duelando uma dança entre a miopia virtual e a transcendência dos pincéis que ousaram perceber a figura de uma mulher atada, vendada e cercada, mas que estava em um outro lugar, no centro da plateia, no interior do teatro.
               Os fios vermelhos que se entrelaçavam por todo o espaço guiavam as tramas como artérias de um teatro vivo e em cada esquina encontrávamos uma novidade: Um jovem que trocava um medo por um poema, outro que oferecia a escuta de uma história amarga em contrapeso de um doce, dois artistas desfilando seu olhar vivo e ao vivo, por via de uma câmera intrusiva sendo apresentada por todo o espaço, o que aprofundava aquela overdose metalinguística. Tudo isso ainda do lado de fora, do lado de baixo, do lado de cima, por todos os lados, o metabolismo da arte pulsando.
               Somente quando davam a mão para uma mulher de olhos vendados para que ela ultrapassasse seus receios (e todos os medos que foram nela depositados), os fios vermelhos levavam todos para dentro do teatro, uma plateia quase vazia, recheada somente com olhos e bocas assistiam aquela mulher no centro, atada, amordaçada, também vendada, com uma atmosfera temperada com um som delicado e terrível, a mesma figura que do lado de fora seria pintada na tela que teimava em ser colorida.
               A mulher e a pintura realizada por outra mulher eram uma só coisa, ou melhor, um só sujeito coisificado, e aquela unidade só era possível pela singularidade das artistas, algo muito singular de pessoas que se enxergam sem se olhar, próprio daquelas que sentem as amarras do heterocispatriarcado e precisam ultrapassar as paredes, as vendas e as correntes que insistem em não se deixar ser tudo que se pode ser.
               No palco, um vestido branco no primeiro plano chamava atenção diante da luz avermelhada. Um manequim imponente, atolado em soja e em cruzes com nomes de pessoas, nome de mulheres. Uma faixa com o brasão de Mato Grosso ostentava o título de maior produtor de feminicídio. Do seu lado esquerdo havia um púlpito, onde uma mulher viva bradava um manifesto diante da violência. Sua voz se misturava com a música que vinha do centro da plateia, seus olhos e seus lábios se misturavam com os que estavam vendados e amordaçados também por ali.
               Os fios seguiam nos convidando a subir naquele palco, atravessar a cortina e enxergar entre luzes pulsantes o teatro, aquele que antes parecia ser um labirinto, agora, era de fato um. Uma instalação de cortinas e caminhos distintos  para adentrar nos descaminhos da arte e do mundo trabalho, onde os passos entre a necessidade e o desejo tropeçavam em livros, figurinos e perguntas. Ao seu lado, os camarins, em um, máscaras e sons, libertando a realidade de suas amarras, afinal, "ninguém estava olhando", do outro, uma jovem nordestina se projeta, realiza e mostra seu sonho, sua história e seu caminhar.
               E no fim do caminho, o início de tudo, uma projeção indagava se o Cena Livre é tudo que pode ser. Cadeiras do teatro por trás do palco, na coxia, convidavam o espectador a buscar a sua resposta.
               Acho que sei. Após atravessar esse caminho e tantos outros nos últimos meses de oficinas, ao lado de tantas pessoas, de tantas artistas, de discentes, de egressas e demais integrantes que tanto aprendem e tanto me ensinam, após tentar colaborar com a produção dessa mostra, após testemunhar o empenho das/dos artistas, dos técnicos do teatro, do público que prestigiou... penso que posso ousar uma resposta. O Cena Livre, apesar de todos os percalços, apesar dos boicotes, apesar dos pesares, e das vendas, e das máscaras, e da soja, e das correntes, e das paredes de vidro, e dos degraus, e dos labirintos... O Cena Livre é potência e ato, é extensão de fato, é extensor da arte tensa e necessária.
               O Cena é livre, um coletivo preso ao aprendizado, à crítica e à rebeldia. A sagacidade enfrentando o silêncio institucional, os feudos simbólicos, os totens e os tabus. Um teatro se fazendo vivo diante das paredes e das pessoas desbotadas. E se, para alguns, a vida nunca couber de fato na universidade, restará ao Cena essa tarefa de alargar essas paredes, com suas cores e com os fios que tecem um teatro contra as exploração e contra a opressão, um teatro educativo para quem o faz e para quem o vive e, por tudo isso, um teatro que incomoda e que mostra como seria bom se a universidade fosse tudo o que ela pode ser, inclusive, com uma política cultural democrática e estruturada.
               O Cena Livre é coletivo. É muito mais do que deixam ser e será muito mais, pois é recheado de pessoas que enxergam vida e arte onde muitos só veem cimento. Que venha o Cenas Curtas. Evoé.


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Atenciosamente,
Paulo Wescley Maia Pinheiro*
Professor do Departamento de Serviço Social da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso.
Dr. em Política Social - UnB
Presidente da Associação Buriti Nagô
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Sexta, 17 Maio 2024 12:45

 

As entidades representativas da comunidade universitária da UFMT vêm a público manifestar repúdio a qualquer tentativa de deslegitimar a consulta informal para a reitoria e vice-reitoria da UFMT. Produto histórico de resistência às medidas antidemocráticas da ditadura civil-militar, por meio desse procedimento sempre garantimos que a vontade da maioria fosse respeitada, em um processo consolidado ao longo de mais de 30 anos, com exceção do triste golpe implementado em 2020.

Não aceitaremos que isso se repita! Qualquer tentativa de deslegitimação do resultado da consulta informal será um terrível golpe à democracia interna, signatário dos golpismos que tentam destruir a democracia brasileira.

Ademais, as entidades signatárias desta nota tem plena ciência de que manifestações contrárias ao sólido processo democrático e isonômico da escolha dos ocupantes da reitoria e vice-reitoria nada mais são do que elocubrações isoladas, que não representam a posição oficial dos candidatos ao pleito que, a todo momento, agiram em conformidade com as regras inicialmente estabelecidas e aceitas em caráter oficial por todos os participantes.

Diante disso, temos convicção de que o colégio eleitoral será instaurado e que seus trabalhos serão desenvolvidos nos termos do Regimento que será apresentado e apreciado pelo colégio eleitoral, e que seus trabalhos sejam realizados respeitando a autonomia Universitária e seus processos democráticos.

Também não aceitaremos que o direito de greve seja atacado nem que qualquer das entidades seja responsabilizada por qualquer tipo de boicote à normalidade democrática.

Por fim, reivindicamos que os membros do Colégio Eleitoral votem para que suas reuniões sejam presenciais ou hibridas e com transmissão para acompanhamento da comunidade acadêmica, inclusive com a presença de intérpretes de libras.

 

Associação dos Docentes da UFMT - ADUFMAT
Diretório Central dos Estudantes da UFMT - Cuiabá - DCE
Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Públicas de Ensino Superior no Estado de Mato Grosso – SINTUF-MT

 

 

Sexta, 17 Maio 2024 10:43

 

Na manhã desta quarta-feira (15), na nova reunião da Mesa Específica e Temporária do Magistério Federal, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, os representantes do governo apresentaram ao movimento docente a nova proposta salarial para o magistério federal.

Em relação à proposta anterior, rejeitada pelo conjunto da categoria nacional, haveria mudanças na estrutura, com aglutinação das duas classes iniciais (Auxiliar e Assistente, respectivamente, A e B), que passariam a ser apenas uma classe (B) com um nível inicial pelos primeiros três anos (período do estágio probatório).

Isso reduziria os níveis totais de 13 para 10. Todos os docentes ingressariam nesse nível inicial, independentemente da titulação, mantendo, obviamente, as diferenças salariais de acordo com o regime de trabalho (20h, 40h e DE) e a titulação (graduação, especialização, mestrado e doutorado).

Também haveria uma alteração gradual entre os steps (diferenças entre níveis):

  • Em 2025, os padrões C (Adjunto) 2 a 4 e D (Associado) 2 a 4 passariam de 4% para 4,5%, e o padrão D1 passaria de 25% para 23,5%.
  • Em 2026, os padrões C 2 a 4 e D 2 a 4 passariam de 4,5% para 5%, o padrão C1 passaria a 6%, e o padrão D1 passaria a 22,5%.

Na questão salarial, a nova proposta não prevê reajuste em 2024. Mantém a previsão de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Com a aplicação dos novos steps, haveria uma aceleração dos reajustes, que acabariam sendo variáveis, de acordo com o nível na carreira. No acumulado, até o final de 2026, esses reajustes ficariam entre 12,8% e 31,2%, dependendo do nível. Os impactos seriam maiores para quem ganha menos, o que é uma reivindicação do movimento docente.

Uma reivindicação atendida será a retirada da exigência de controle de ponto dos docentes EBTT. Além disso, haverá garantia da progressão e promoção sem prejuízos, desde que solicitada em até seis meses após atendidos os requisitos.

Ficou firmada a data de 27 de maio como prazo final para que as entidades nacionais avaliem com suas bases e respondam. Segundo o Governo, esta é a proposta final, que será assinada com qualquer uma das entidades nacionais que aceitar os termos apresentados.

 

Tabela apresentada pelo Governo Federal. A versão final será enviada às entidades nacionais. Pode haver pequenas variações.

 

 

Veja abaixo como ficariam os reajustes até o final de 2026 para quem tem contrato em regime de 40 horas e Dedicação Exclusiva (DE):

 

 

Tabela apresentada pelo Governo Federal. A versão final será enviada às entidades nacionais. Pode haver pequenas variações.

 

O governo não apresentou os dados referentes aos docentes com regime de 20h e 40 sem DE. Mas estamos desenvolvendo os cálculos, junto com outras seções sindicais. Iremos publicá-los em breve.

Entre 2023 e 2026, período referente ao atual governo, os reajustes acumulados ficariam assim:

Tabela apresentada pelo Governo Federal. A versão final será enviada às entidades nacionais. Pode haver pequenas variações.

 

 

Antes da nova proposta do Governo, as entidades nacionais de docentes federais haviam apresentado suas contrapostas, confira abaixo:

– ANDES

– Proifes

– Sinasefe

 

Fonte: ApufPR

Quinta, 16 Maio 2024 17:06

 

 

As entidades que realizaram a Consulta Informal para a Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) 2024 – Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos (Sintuf/MT) e Diretório Central dos Estudantes (DCE) - se reuniram nesta quinta-feira, 16/05, com o atual reitor da instituição, Evandro Soares. O motivo do encontro foi a reafirmação do compromisso com o resultado do pleito, firmado antes mesmo do início dele por todos os candidatos concorrentes.

 

Soares foi um dos candidatos ao cargo, ficando em segundo lugar, atrás da chapa formada pelos docentes Marluce Souza e Silva e Silvano Galvão, que devem assumir a gestão a partir de outubro. “Eu vou reafirmar meu compromisso com aquilo que eu acordo, pactuo. O que eu assino eu sei que vou cumprir e cobrar que todos os que assinaram também cumpram. Eu sempre reconheci a vitória da Marluce, a parabenizei, inclusive bem antes do anúncio oficial”, disse Soares, sobre respeitar o resultado das urnas.

 

O reitor criticou, inclusive, o fato do ex-presidente, Jair Bolsonaro, ter desrespeitado algumas indicações, e falou sobre a tentativa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) de aprovar uma lei para coibir este comportamento.  

 

A comunidade acadêmica da UFMT ficou um pouco agitada depois da circulação do vídeo de um docente, apoiador da candidatura de Soares, posicionado em frente ao prédio da Reitoria, perguntando aos seus ouvintes se concordam que o Colégio Eleitoral - formado por representantes dos três conselhos universitários - deve respeitar o resultado da Consulta Informal e montar a lista tríplice com os nomes conforme a ordem de votação. Isso logo após o cancelamento da primeira reunião para a formação do Colégio Eleitoral por falta de possibilidade de transmissão.

 

Sobre o vídeo, o atual reitor disse não ter acordo. “O professor é jovem, ele vai aprender. A universidade é um local de aprendizado e a eleição nos ensinou muitas coisas”, comentou.  

 

A Consulta Informal para eleição das reitorias das universidades públicas, realizada de forma paritária, é uma tradição democrática praticada pelas comunidades acadêmicas desde antes do final da ditadura militar. A UFMT se orgulha de ter sido uma das pioneiras neste processo. O pleito representa a resistência aos modelos autoritários de indicação de representação. Há cerca de 40 anos, as entidades que representam docentes, técnicos-administrativos e estudantes realizam as votações, e os conselhos, que formam os colégios eleitorais, indicam os nomes que participaram da disputa, respeitando a ordem de colocação. Também respeitando o rito, os governos federais costumam indicar os primeiros colocados das listas. O único presidente que desrespeitou a tradição foi Jair Bolsonaro.

 

A diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda, sugeriu ao reitor que responda publicamente ao vídeo. “A conjunta nacional é de ascensão do autoritarismo, inclusive com tentativas de golpe. O vídeo pode inflamar pessoas, e uma declaração pública sua pode evitar esse ânimo”, disse a docente.   

 

Vale destacar que derrubar a indicação de Reitoria por meio de lista tríplice é uma reivindicação histórica dos movimentos universitários, elevando, assim, as consultas democráticas à forma legal de escolha da administração.        

 

Durante a Consulta Informal para a Reitoria da UFMT realizada este ano, além de tempo, a Adufmat-Ssind dedicou, com a anuência da categoria, cerca de R$ 51,8 mil. O valor total gasto pelas entidades foi de R$ 103.769,79.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 16 Maio 2024 09:06

 

Circular nº 197/2024

Brasília (DF), 15 de maio de 2024.

 

 

Às seções sindicais, às secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN.

 

Assunto: Convoca reunião conjunta do GTPCEGDS e dos setores das IFES e IEES/IMES/IDES do ANDES-SN para debater criação de proposta de protocolo de combate ao assédio moral e sexual.

 

Companheira(o)s,

 

No âmbito das resoluções do 42º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), foi aprovada a realização de uma reunião conjunta entre o Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) com o Setor das IFES e das IEES/IMES/IDES, com o objetivo de debater questões pertinentes ao enfrentamento dos assédios moral, sexual e a diversas violências nas Universidades, IFs e CEFETs. A partir das seguintes resoluções:

Que o setor das IEES/IMES/IDES, em conjunto com o GTPCEGDS construa protocolo de acolhimento, prevenção e combate aos assédios moral e sexual e de diversas formas de violências, para compor nossas pautas gerais de luta.

 

Que o setor das IFES, em conjunto com GTPCEGDS e setor das IEES-IMES-IDES, construa protocolos de prevenção e combate aos diferentes tipos de assédio: moral, individual, coletivo, virtual, institucional, sexual, entre outros no serviço público, lutando também para que estes protocolos considerem as marcações de classe, racial, de gênero, sexualidade, xenofobia, capacitismo, etarismo, dentre outros atravessamentos.

 

Para contribuir com o debate e a construção de proposta de protocolo de combate aos assédios e as violências dentro das Universidades, IFs e CEFETs, solicitamos que as seções sindicais nos enviassem informações sobre a existência, ou não, de protocolo ou setor específico de acolhimento de denúncias e de apuração de casos de assédio moral e/ou sexual, via Circular nº 182/2024/ANDES-SN. A partir desses dados, debateremos a construção de protocolo de enfrentamento a essas violências, com intuito de incluir na pauta do Setor das IFES e do Setor das IEES/IMES/IDES. Além desse tema, trataremos da intensificação de PAD nas Universidades, IFs e CEFETs como instrumento de perseguição a docentes.

Dessa forma, convoca-se a mencionada reunião, a ser realizada no dia 28 de junho, a partir das 9h. O local do evento será o Auditório Marielle Franco, 2º andar da sede do ANDES-SN.

A programação detalhada do evento será encaminhada em momento oportuno. Solicitamos às seções sindicais interessadas em indicar representantes para a reunião que preencham o formulário enviado às seções até o dia 21 de junho, às 12h.

Ressaltamos que as contribuições para o debate e os informes das seções sindicais, que integrarão o relatório final do encontro, deverão ser enviados exclusivamente por meio do formulário também enviado às seções.

Sem mais para o momento, aproveitamos a oportunidade para renovar nossas mais cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

  

Profa. Francieli Rebelatto

Secretária-Geral